Maio 02, 2025
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O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou nesta segunda-feira (19) a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC) enquanto vigorar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, previsto até dezembro. A suspensão atinge mais de 190 propostas em andamento na Casa, entre elas a reforma da Previdência, que só pode ser feita por meio de uma PEC. 

“Nenhuma PEC tramitará, não precisa a oposição entrar com pedido de liminar, absolutamente nada, porque nenhuma PEC tramitará. O mandamento constitucional no Artigo 60, item 1º, determina que, em estado de sítio, em estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não haverá mudança na Constituição”, ressaltou Eunício.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a decisão do presidente do Congresso é resultado da luta, da garra de trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram o enfrentamento, disputaram a narrativa deixando claro que a proposta de Temer não é reforma é desmonte da Previdência pública. 

"Temos de comemorar, mas é uma comemoração momentânea. Quem está em guerra como nós estamos, tem de estar o tempo todo mobilizado pra luta", disse Vagner, ressaltando a importância das greves, atos, caminhadas e manifestações realizados em todo o país nesta segunda (19) e em todas as jornadas convocadas pela CUT e demais centrais para lutar contra essa reforma, como a maior greve geral da história do país, realizada em 28 de abril do ano passado .

Segundo ele, a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC), entre elas a da Previdência, é uma derrota para os golpistas e uma vitória da militância, da classe trabalhadora que teve garra e foi persistente no enfrentamento com atos, manifestações, greves, ações nas redes sociais e fez uma pressão nos parlamentares. "Tiramos da agenda a joia da coroa, que é a reforma que os financiadores do golpe exigiam".     

Sobre a afirmação feita pelo ilegitimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) de que se conseguisse o numero de votos necessários para aprovar a PEC (308) suspenderia a internvenção só para aprovar a reforma da Previdência, Eunício descartou essa possibilidade. Segundo ele, o Congresso não vai sustar o decreto para que a Câmara e o Senado votem a reforma da Previdência. A decisão de Eunício joga por terra as pretensões do Palácio do Planalto de votar a reforma ainda em fevereiro.

Após participar da reunião dos Conselhos de Defesa Nacional e da República, no Palácio da Alvorada, o presidente do Congresso declarou que obedecerá a legislação que impede os parlamentares de aprovarem emendas constitucionais, inclusive a da reforma da Previdência.

O presidente do Senado disse que  Temer, por ser um constitucionalista, concordou com a suspensão de todas as PECs. Segundo ele, Temer não poderia se opor ao que determina a Constituição. 

“Não há previsão constitucional de suspensão de decreto. Ele pode a qualquer momento suspender o decreto, mas como? Extinguindo a intervenção no Rio de Janeiro. Se for pra fazer uma intervenção, chamar todos nós, fazer a intervenção e daqui a cinco dias dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, argumentou Eunício.

O presidente do Senado sinalizou ainda que, politicamente, não seria possível revogar o decreto e assinar outro em seguida a fim de beneficiar a aprovação de qualquer matéria no Congresso.

“Nem o presidente Temer nem ninguém fará com que o presidente do Senado e do Congresso Nacional mude a posição por conveniência. (…) Se ele revogasse [o decreto] , extingue-se a intervenção no estado do Rio de Janeiro automaticamente. Aí para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria aí a condição política de se fazer, teria que fazer todo o trâmite novamente. Então, o que a sociedade ia dizer, o que iriamos dizer no Conselho? Que não havia a necessidade da intervenção. E ela é necessária”, completou.

Eunício afirmou que vai pautar o decreto de intervenção na segurança do Rio no dia seguinte ao da aprovação na Câmara. A previsão é que os deputados aprovem o texto entre hoje e amanhã. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não aceitará que o texto relatado pela deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) sofra alterações por meio de emendas.

 

Fonte: CUT BRASIL

Os bancários se uniram a milhões de trabalhadores de todo o Brasil, das mais diversas categorias, para protestar contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos, nesta segunda-feira (19). A manifestação foi convocada pelas centrais sindicais.

Clique aqui e veja a galeria de fotos das manifestações por todo o Brasil.

“Os bancários em todo o Brasil atenderam ao chamado das centrais sindicais e amplificaram as manifestações contra a reforma da Previdência. Atos, atrasos de abertura de agências, paralisações, panfletagens, greve. Tudo somou para dizer aos parlamentares que a voz das ruas já decretou o fim da reforma da previdência. Se os deputados e senadores insistirem em votar, o povo vai lembrar deles em outubro. Não voltarão”, declarou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Sem apoio, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode ser suspensa a qualquer momento, caso Temer veja condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

Para o presidente da Contraf-CUT, mais uma vez o governo golpista responde às duras contradições da sociedade brasileira com uma solução equivocada, teatral e oportunista. “O apelo geral por segurança e paz não pode ser atendido por uma intervenção militar paliativa e que só apresenta soluções de curto e médio prazo. Além, disso, usa novamente as Forças Armadas que, nas várias intervenções na segurança no Rio (ocupação do Complexo do Alemão e Maré em 2007 e 2010, segurança para visita do Papa Francisco em 2013, segurança das Olimpíadas e ocupação da Rocinha em 2016), teve papel importante conjuntural, mas imediatamente após o fim da intervenção a situação insegura retornou.”

Ele acredita que o governo mascara o que o Rio de Janeiro e o Brasil precisam, na verdade, de que é uma intervenção social com conteúdo de políticas públicas que gerem empregos e renda, que tragam educação e saúde para o povo. “Esta intervenção foi feita sob a evidente desconfiança quanto ao seu objetivo e eficácia, parecendo mais ser instrumento de afastamento da opinião pública do tema da reforma da previdência. Não traz nenhuma proposta de inteligência, de planejamento ou reequipamento necessários para o combate ao crime organizado. Não é uma medida transformativa nem propõem mudanças estruturais nas policias. É maquiagem, assusta a população trabalhadora e faz uma péssima sinalização para a livre expressão dos movimentos sociais. Tem caráter improvisado e, considerando as declarações de que pode ser suspenso para permitir a votação da PEC da reforma da Previdência, escancara suas reais intenções. Lamentamos que assunto de tão profunda importância seja usado para esconder ataques aos direitos dos trabalhadores”, completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT

A rotina de trabalho dos gerentes do Bradesco está cada dia pior. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região tem recebido diversas denúncias de trabalhadores, principalmente de agências de todas as regiões de São Paulo e Grande São Paulo, de que não aguentam mais tanta pressão e assédio moral, o que é agravado ainda mais por uma política de gestão e cobrança de metas focada na intensa pressão imposta pelas diretorias regionais.

Além da pressão para o cumprimento semanal de metas de vendas de produtos (Evoluir); da exigência de, em média, duas visitas diárias; da cobrança por uma quantidade enorme de ligações aos clientes; do encarteiramento e abertura de contas; os gerentes do Bradesco estão sendo pressionados a extrapolar suas metas por conta do incentivo a concorrência dentro do banco.

“Todas as diretorias regionais querem ficar bem com a diretoria executiva. Então, pressionam além das metas para que estejam bem colocadas no ranking. Essa pressão se reflete nas áreas abaixo como gerências regionais e agências. É uma pressão que vem de cima e se transfere para todas as áreas subordinadas. Sabemos de diretorias que estão exigindo 130% em todos os indicadores. Não é algo pontual. É uma situação generalizada no Bradesco”, relata o diretor do Sindicato e bancário do Bradesco, Alexandre Bertazzo.

Smart

Outra questão que tem tirado o sono dos gerentes do Bradesco é o programa Smart, no qual o cliente avalia o contato do banco por meio de um SMS.

“Os gerentes precisam entregar um número elevadíssimo de contatos com clientes, que muitas vezes chega a 200 ligações. Isso, somado a todas as suas outras atribuições e metas, leva a uma sobrecarga enorme de trabalho. Com o Smart, o cliente responde um SMS com a nota para o contato, ou então responde com um N quando entende que não houve qualquer contato. Se o gerente tiver a partir de dois N´s ele é penalizado, assim como toda a agência, que perde pontos no Programa de Objetivos, inviabilizando a premiação dos funcionários. Isso sem falar que o emprego do gerente fica em cheque, com ameaças diretas e indiretas de demissão”, explica Bertazzo.

“O problema com a ferramenta é que muitas vezes o contato foi realizado para um número desatualizado ou mesmo uma terceira pessoa responde a mensagem sem saber do contato anterior do banco. O gerente e sua agência são penalizados mesmo quando procederam de forma totalmente correta no contato”, critica o diretor do Sindicato.

Para Bertazzo, a pressão absurda a qual os gerentes do Bradesco são submetidos induz ao erro. “É injusto que sejam pressionados dessa forma, muitas vezes além da meta, trabalhando sobre estresse constante, com a ameaça de demissão sempre presente, e quando cometem erros, induzidos por essa gestão do medo, sejam penalizados”.

Assédio e adoecimento

A gestão do Bradesco focada em pressão e concorrência leva também ao aumento do assédio moral, inclusive com cobrança de metas no WhatsApp.  Além disso, são feitas pesadas cobranças por meio de áudios enviados a todos os gerentes em seus locais de trabalho.

“A concorrência e a pressão absurda estimulam o assédio moral, que leva ao adoecimento físico e psíquico dos trabalhadores. Todo dia os gerentes são pressionados como se fosse o último dia do mês. Cobranças por WhatsApp, por exemplo, se tornaram frequentes. Um instrumento de assédio moral totalmente irregular. O Bradesco tem se tornado uma enorme panela de pressão. Não existe bancário que aguente trabalhar nessas condições sem colocar em grave risco a sua saúde”, enfatiza Bertazzo.

Fonte: Seeb SP

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), afirma que a pressão para que o Congresso Nacional desista definitivamente da proposta de reforma da Previdência pelo governo Temer, que ataca a aposentadoria de milhões de brasileiros, será intensificada, após o governo ter dado sinais de que considera a batalha parlamentar praticamente vencida e ter decretado intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, como forma de desviar a atenção da derrota e ainda tentar colocar a reforma em votação.

Para a CUT, a resposta dos trabalhadores se fará de três formas: a mobilização desta segunda-feira (19), com greves, paralisações e atos; ações nas redes sociais e bases eleitorais dos deputados; e garantir a candidatura de Lula nas eleições deste ano. As informações são do portal da central.

"A pressão precisa ser ampliada neste momento, pois essa é única maneira de garantir que não mexam na aposentadoria dos trabalhadores. A nossa luta é para enterrar de vez a reforma e uma das estratégias é realizar uma forte mobilização no dia 19, com greves e paralisações, além de intensificar as ações nas ruas e nas redes", diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Sobre a candidatura do ex-presidente, Vagner lembra que Lula foi o único a anunciar que, se eleito, vai propor um referendo revogatório de medidas baixadas pelo governo Temer, como a reforma trabalhista, o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, o pacote de privatizações e outras, além de ser garantia de respeito aos direitos dos trabalhadores.

Para o presidente da CUT, quanto mais cresce as intenções de voto em Lula nas pesquisas e ele acena que, se eleito, revogará, com o apoio do povo brasileiro, as medidas que retiram direitos, mais ele é perseguido pela mídia e setores do Judiciário. "Por isso, garantir Lula candidato e apoiar a sua eleição será fundamental. Faz parte da nossa estratégia de resistência e defesa dos direitos", disse Vagner.

Pressão nas ruas e nas redes

Como instrumentos de mobilização e pressão, a secretaria de Comunicação da CUT elaborou uma série de materiais com fotos e informações dos parlamentares, que poderão ser copiados e impressos para serem utilizados nas redes sociais e nos atos públicos durante as mobilizações contra a reforma da Previdência.

Segundo o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, foram produzidos 366 memes – 195 de deputados que estão indecisos e outros 171 dos que já declararam apoio a Temer e voto favorável à reforma proposta pelo governo golpista. O material, em listas separadas por estados, pode ser acessaado nesse link.

 

reprodução facebook/cut CUT memes reforma previdencia
Memes criados pela CUT mostram deputados indecisos e favoráveis à proposta de Temer para a reforma da Previdência

Além de memes, o site Na Pressão, lançado pela CUT em junho de 2017 e que permite contatar os parlamentares por e-mail, mensagens, telefone ou redes sociais, será uma das ferramentas usadas pelos internautas para auxiliar na pressão aos deputados. O site possibilita enviar, de uma só vez, e-mail para todos os parlamentares indecisos ou a favor da reforma da Previdência.

"É necessário usarmos todas as ferramentas criadas pela central para pressionar os parlamentares, além de informar a população sobre os impactos da reforma da Previdência", diz Roni.

Roni reforça ainda a necessidade de intensificar o diálogo com as bases, pois, segundo ele, foi o que conseguiu barrar a votação da reforma da Previdência até agora. "Ganhamos a opinião pública e conseguimos furar o bloqueio midiático, esclarecendo à sociedade que a reforma se trata, na verdade, do fim do direito à aposentadoria. Por isso o governo ainda não tem os votos necessários para aprovar a reforma", avalia Roni.

Bancários, metalúrgicos, professores, químicos, profissionais do setor de energia, de transporte, indústrias. Milhões de trabalhadores em todo o Brasil fazem greve nesta segunda-feira 19 contra a reforma que é o desmonte da Previdência e a retirada de direitos.
Sem apoio, sem credibilidade e arrastando o país para o fundo do poço, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode ser suspensa a qualquer momento, caso Temer veja condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

“Essa é uma situação absurda, vergonhosa e novamente a classe trabalhadora está unida para protestar por seus direitos”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. “Já deixamos claro para todos os parlamentares, mas nunca é demais avisar: quem votar a favor da reforma da Previdência de Temer, que na verdade é mais um desmonte dos direitos dos trabalhadores, não volta ao Congresso Nacional. Estamos denunciando que são os deputados e senadores que apoiam essa barbaridade contra o povo trabalhador e eles nunca mais serão eleitos”, reforça a dirigente.

Os bancários participam da greve em todo o Brasil. Em São Paulo, Osasco e nas cidades da região, agências de bancos amanheceram fechadas. A paralisação foi definida em assembleias nos locais de trabalho nos dias 8, 9, 14 e 15 de fevereiro. Os dirigentes sindicais farão debates com os trabalhadores sobre os riscos da reforma da Previdência e a perda de direitos imposta pela lei trabalhista de Temer.

     > Bancários aderem à greve do dia 19

“Vamos nos reunir com os bancários e, às 16h, após o fim do expediente nas agências, todos devem se dirigir ao vão livre do Masp, na Avenida Paulista, para o grande ato convocado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo”, convoca a presidenta do Sindicato. “Essa união tem conseguido barrar até agora esse ataque à aposentadoria pública e não sairemos das ruas enquanto ela não for definitivamente encerrada. Esse governo autoritário e incompetente, não tem legitimidade para fazer as mudanças que está impondo e que estão acabando com o Brasil. Unido, o povo trabalhador vai virar esse jogo e voltar aos tempos em que havia emprego e bons salários para todos.”

Participe da luta
Além de cruzar os braços nesta segunda-feira, os trabalhadores também podem participar da luta utilizando #queromeaposentar nas redes sociais. E, além disso, acessar o napressao.org.br para enviar mensagem e pressionar os parlamentares para que não votem essa reforma que é o desmonte da Previdência pública brasileira.

Acompanhe a paralisação
Sindicatos filiados à CUT realizam diversos atos, greves e atrasos na início das atividades neste 19 de fevereiro. Confira os detalhes da mobilização pelo estado de São Paulo.

Você também pode ouvir todas as informações sobre a greve do dia 19 na Rádio Democracia, que está no ar desde as primeiras horas da manhã, com transmissão ao vivo dos protestos por todo o Brasil. Acompanhe pelo www.radiodemocracia.net.br.

Fonte: SPBancários

O momento da rescisão contratual é muito importante na vida do trabalhador. É o rompimento definitivo de um vínculo que, às vezes perdurava há anos. Por essa razão, precisa ser revestido de segurança total para a parte mais frágil da relação patrão-empregado, justamente o trabalhador. Erros e irregularidades comuns nas rescisões podem prejudicá-lo muito.

“Os bancos eram obrigados a homologarem as rescisões dos empregados com mais de um ano de trabalho nos sindicatos, que fazia a conferência, apontava os erros e o banco tinha que corrigi-los. Com a nova Lei Trabalhista, essa obrigação deixa de existir. Mas, apesar de não serem mais obrigados, os banco não estão proibidos de continuarem homologando as rescisões nos sindicatos. Por qual razão eles estão optando em não continuarem com essa prática?”, questiona Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A Contraf-CUT fez um pequeno vídeo sobre o assunto, orientando a categoria a, caso a rescisão seja feita sem a supervisão, levar os documentos logo após a rescisão ao sindicato para que sejam conferidos por um profissional capacitado.

Erros comuns
“Não se trata de desconfiança e sim de segurança”, destaca o presidente da Contraf-CUT. “Existem muitos erros nas rescisões que podem passar desapercebidos pelo banco e também pelo trabalhador. Por isso, caso a homologação não seja realizada no sindicato, é importante que se faça essa conferência por um profissional que conhece os detalhes da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, que garante vários direitos que precisam ser observados”, completa.

Um dos exemplos citados por von der Osten é o auxílio para requalificação profissional, garantido pela cláusula 64 da CCT dos bancários nos casos de dispensa sem justa causa. Mas, existem, entre outros casos, situações em que o devido depósito do FGTS de empregados incorporados após a aquisição de outras instituições financeiras deixam de ser feitos. “Existem inúmeras possibilidades de erros que podem ser constatados nas rescisões. Sempre em prejuízo do trabalhador”, ressalta.

Atuação sindical
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região está realizando uma intensa campanha que as rescisões sejam homologadas pelo sindicato. “A campanha está dando resultado. Vários bancários e bancárias estão nos buscando no momento da rescisão para acompanhá-lo em sua homologação o que temos feito no local de trabalho e já temos constatado o que já prevíamos: uma série de inconsistências que impedem a efetivação da homologação”, diz Elias Jordão, presidente do sindicato.

O secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sergio Martins de Souza, afirma que muitos dos erros eram corrigidos com uma simples conferência nos sindicatos. “De tanto conferir rescisões, os profissionais dos sindicatos já haviam adquirido know-how e, por conhecerem muito bem a CCT da categoria, conseguiam detectar erros facilmente. Com a desobrigação da homologação das rescisões nos sindicatos, toda essa expertise pode ser perdida”, observa. “A homologação nos sindicatos era uma possibilidade de minimizarmos os erros e evitar prejuízos aos trabalhadores”, completa Mauri.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, se o abandono da prática de homologações das rescisões de contrato de trabalho, iniciado pelo banco Itaú, se alastrar para as demais instituições financeiras será criado um quadro de insegurança jurídica para o trabalhador. “O bancário é a parte mais frágil desta relação e, por melhor capacitação que ele tenha, não é um especialista na conferência de seus direitos. Se observarmos que a nova Lei Trabalhista cria diversos empecilhos para que o trabalhador ingresse com ação na Justiça para garantir seus direitos veremos o drama que se instalará na vida daqueles que forem dispensados e não tiverem suas rescisões conferidas pelos sindicatos. Sabem que tiveram direitos desrespeitados, mas como buscar reparação com uma Lei que o assusta?”, questiona.

Defesa do trabalhador
A coordenação nacional do Coletivo Jurídico da Contraf-CUT vai se reunir na próxima terça-feira (20) para debater sobre o tema. A reunião será realizada na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

“A intenção é fazermos uma campanha para que os trabalhadores, se não tiverem auxílio na conferência da rescisão, leve os documentos imediatamente ao sindicato para que esse possa analisá-los. Rescisão segura, só no sindicato! Só a luta nos garante!”, observa o presidente da Contraf-CUT.

 

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Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT convoca os bancários de todo o Brasil a aderirem, na próxima segunda-feira (19), ao Dia Nacional de Luta, em nova etapa da mobilização contra a proposta do governo Temer de "reforma" da Previdência Social. A data foi definida pelas centrais sindicais.

A proposta de reforma da Previdência (PEC 287-A), que prejudica trabalhadores e trabalhadoras e beneficia empresários e banqueiros, está prevista para ser votada no Congresso Nacional na próxima segunda-feira, dia 19. Os sindicalistas criticam o que chamam de "campanha enganosa" do governo em relação ao tema.

“A Contraf-CUT, federações e sindicatos associados convocam os bancários a aderir às paralisações e protestos contra a reforma da Previdência que, na verdade, é uma proposta para acabar com a aposentadoria. O governo está gastando bilhões com propagando para ludibriar os brasileiros e pressionar deputados e senadores a aprovar a reforma. Ouvimos manifestações no Carnaval, nos movimentos sociais, nas ruas. O povo não quer essa reforma. Junte-se a nós e diga não ao fim da aposentadoria”, convidou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Para Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, “é fundamental que a categoria participe e fortaleça a luta. Vai ter paralisação e atos no Brasil inteiro. Os bancários e bancárias têm realizado assembleias nos locais de trabalho, aprovando paralisação que é da classe trabalhadora, da sociedade inteira, e a gente tem que lutar, tem que resistir, pois já perdemos direitos com a Reforma Trabalhista, que vai jogar a população na precarização e agora eles querem tirar o direito de aposentar. Por isso, é fundamental a participação de toda a categoria. Dia 19 é dia de luta e a gente conta com você!”

 

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Cresce adesão à greves no dia 19 contra a reforma da Previdência

Fonte: Contraf-CUT

O Santander vai antecipar, para o dia 20 de fevereiro, o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados aos bancários. A instituição financeira atendeu a reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos, encaminhada a todos os bancos, para a antecipação do valor, definido de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida para o período 2016/2018.

A regra básica da PLR será majorada de acordo com o lucro do banco – que cresceu 35,6% em 2017 – e os trabalhadores receberão 2,2 salários, descontada a primeira parcela paga no ano passado, limitado a R$ 26.478,55.

A parcela adicional também será paga pelo teto, de R$ 4.487,16, descontado o valor de R$ 2.243,58, creditado em 2017.

Todos os bancários do Santander receberão pelo menos R$ 2.260,50 a título de PPRS (Programa Próprio de Resultados do Santander).

Fonte: Contraf-CUT

Aumentou a adesão às paralisações contra a "reforma" da Previdência, que serão realizadas na segunda-feira (19) por várias centrais sindicais em todo o país. De acordo com a CUT, após diversas assembleias, mais atos foram marcados pelo país. A proposta do governo deve ser votada no dia 19, 20 ou 21 na Câmara dos Deputados. A base aliada precisa garantir 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287. “Não votaram até agora porque não têm votos. Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, diz o presidente da central, Vagner Freitas.

Segundo Vagner, a campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, que contou apenas com a militância es dirigentes que foram a aeroportos e às bases eleitorais dos deputados, fez mais efeito do que a montanha de dinheiro que o governo distribuiu e que as campanhas milionárias do Temer nas rádios e TVs. “Temos de aumentar ainda mais a pressão nos deputados. Quem aprovar o fim da aposentadoria pode vestir o pijama, pois pra Brasília não volta. Nunca mais vai ser eleito", afirma o dirigente.

Em São Paulo, várias categorias já realizaram assembleias e decidiram cruzar os braços no dia 19. Entre elas, motoristas de ônibus – que já marcaram nova assembleia no dia 16 para organizar a paralisação–, e professores das redes estaduais e municipais. Outras categorias que já haviam fechado posição pela greve, caso a reforma entrasse em votação, como metroviários e bancários, vão realizar assembleias para ratificar a decisão.

Na capital paulista, o ato público está marcado para as 16h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Na região do ABC, já aprovaram a greve em assembleia popular metalúrgicos, bancários, servidores e químicos, entre outras categorias.

No Nordeste, já realizaram assembleias os trabalhadores da Saúde e Previdência do Serviço Público Federal de Pernambuco e da Bahia e os servidores públicos de Sergipe, entre outras dezenas de categorias. Em Recife, haverá ato público marcado a partir das 15h, no Parque 13 de Maio.

Na Bahia, será realizada uma plenária nesta quinta-feira (15) para discussão dos pontos onde serão realizados atos, panfletagens e caminhadas. Já tem confirmação de paralisação de petroleiros, químicos, rodoviários, professores, bancários, servidores e metalúrgicos, entre outras categorias. Também atos estão sendo marcados em cidades como Juazeiro, Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Itapetininga, Itabuna e Ilhéus, entre outras.

Em Sergipe, foi realizada uma assembleia geral unificada e os servidores públicos aprovaram por unanimidade a participação na greve do dia 19. Aprovaram a proposta os servidores organizados no Sintese (professores), Sindasse (assistentes sociais), Sindinutrise (nutricionistas), Sinpsi (psicólogos), Sindijor (jornalistas), Sindijus (Judiciário), Grupo Atitude (trabalhadores da Saúde), Sindifisco (Auditores), Sintrase (Servidores), Sinter, Sintasa (Saúde), Sinpol (Policiais), Senge (Engenheiros) e o Sindicato dos Enfermeiros.

No Ceará, haverá atos e paralisações em todas as regiões do estado, sendo a maior delas marcada no centro de Fortaleza. A partir das 9h haverá uma caminhada, com concentração na Praça da Bandeira. Em Teresina, tem ato marcado para as 8h, na Praça Rio Branco. Em Natal, haverá ato a partir das 14h, em frente à agência do INSS, Rua Apodi, 2.150 (Tirol).

No Distrito Federal, as ações serão realizadas durante todo o dia, culminando numa atividade conjunta entre os sindicatos e os movimentos sociais no final da tarde, a partir das 17h, no Museu da República, em Brasília.

Em Minas Gerais, professores da rede estadual também sinalizaram que vão aderir à paralisação.

Em Santa Catarina, municípios de todo o estado se unirão à luta contra a reforma da Previdência. O Sinte/SC está orientando que todos os trabalhadores da rede estadual de educação paralisem completamente as atividades nas escolas e participem de atos e mobilizações em suas cidades. Em Florianópolis, o transporte coletivo ficará paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também vão aderir à greve em defesa da aposentadoria.

A partir das 9h, as centrais sindicais e entidades farão um arrastão no centro da capital para fechar o comércio e os bancos. E, a partir das 16h, acontecerá um grande ato na Praça de Lutas, que terminará com uma passeata até a agência do INSS. Em Criciúma, haverá um ato a partir das 8h, em frente à agência do INSS. Haverá mobilização também em Araranguá, Blumenau, Chapecó e Joinville.

Em Porto Alegre, a mobilização começará antes do sol nascer. Às 5h, haverá concentração junto do Monumento ao Laçador, seguida de caminhada até o saguão de embarque do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Às 7h, concentração na Estação Rodoviária, onde serão também distribuídos panfletos para esclarecer a população sobre as mentiras espalhadas pelo governo e pela mídia tradicional. Às 8h30, haverá marcha até o prédio do INSS, na Travessa Mário Cinco Paus, ao lado do Mercado Público, no centro da cidade. Lá, será realizado um grande ato público em defesa da Previdência e denunciando os deputados que estão se posicionando a favor da reforma.

No Rio de Janeiro, tem ação no aeroporto Santos Dumont de manhã, no embarque dos deputados. Às 16h, haverá ato na Candelária.

Fonte: Rede Brasil Atual, com informações da CUT

Afirmar que o carnaval é a festa popular mais celebrada pelos brasileiros não é novidade para ninguém, nem que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Mas, o carnaval de 2018 escreveu um novo capítulo nesta rica história. Agora, carnaval também é palco de manifestações políticas.

O que se iniciou nas ruas, antes mesmo do feriado, quando com inúmeros bloquinhos entoavam o grito: “Fora Temer!” pelo Brasil afora, conquistou um vulto internacional com manifestações nos sambódromos do Rio e de São Paulo.

Pecado é não pular o Carnaval", provocou a Estação Primeira de Mangueira, numa referência ao prefeito do Rio de Janeiro e pastor evangélico, Marcelo Crivella. "Desobedecer para pacificar", cantou a Mocidade Independente de Padre Miguel. "Liberte o cativeiro social", pediu o coro do Paraíso do Tuiuti. "Salve a imigração", saudou a Portela.

Em São Paulo, a Império da Casa Verde usou a Revolução Francesa para falar do caos na política brasileira, com guilhotina e tudo. Será que o brasileiro decidiu levar a revolta para o Sambódromo?

"O Carnaval de certa forma revela o fundo da sociedade brasileira", analisa o antropólogo Roberto DaMatta, autor do livro "Carnavais, Malandros e Heróis", em entrevista à Carta Capital. "Ele inverte, traz o fundo do poço para cima, como virar uma bolsa de cabeça para baixo ou uma roupa do avesso. Numa sociedade brasileira, onde tudo é proibido, uma sociedade que teve também reis, imperadores, que teve uma aristocracia pesadíssima com escravidão negra, uma sociedade que é patronal, familística, e que, como em quase todas as sociedades tradicionais (como no caso romano ou na França pré-revolução Francesa), estavam inscritos na dinâmica destas sociedades determinados momentos orgiásticos, onde se podia fazer tudo", diz DaMatta. "Evidentemente está acontecendo uma mudança, é popular. E popular no Brasil não tem a ver com cidadania, como no caso francês – foi o povo quem fez a Revolução Francesa", afirma.

Paraíso do Tuití

O desfile da Paraíso do Tuiuti merece destaque. A agremiação, nascida no morro de mesmo nome, em São Cristovão, no Rio de Janeiro, que surpreendeu o público durante o desfile de domingo à noite e conseguiu enorme repercussão nas redes sociais. Com o samba enredo “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”, a escola criticou as condições de trabalho no país e, de quebra, o atual Governo, responsável pela reforma trabalhista aprovada no ano passado.

Se a comissão de frente da escola trouxe O grito da liberdade, mostrando escravos saídos da senzala açoitados, o último carro veio com um vampiro vestido com a faixa presidencial, que lembrava Michel Temer. Ele estava em cima do carro chamado neo tumbeiro, ou seja, um navio negreiro dos tempos atuais. Na avenida foram ouvidos gritos de "Fora, Temer", relatou o jornal O Globo. Entre o último e o primeiro carro, o desfile de 29 alas e 3.100 componentes ainda trouxe os manifestoches, integrantes vestidos de verde e amarelo, cor que marcou os protestos a favor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, sendo manipulados por uma mão invisível e encaixados em patos amarelos, símbolo das reclamações contra o antigo Governo feitas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Eles carregavam nas mãos panelas, outro símbolo dos protestos.

“Como falávamos da exploração do homem pelo homem queríamos incluir a mitigação dos direitos sociais. Através dos patinhos você representa uma situação anterior na qual os direitos eram bem protegidos e a partir do momento em que uma nova ordem política toma o país você tem novas reformas que, na ótica da escola, tiram direitos sociais de uma parcela da população. A escola quis questionar se quem pediu essa mudança não é também vítima. Essa pessoa que foi para a rua não tem esses direitos cortados também?”, explicou Thiago Monteiro, diretor de Carnaval da escola, em entrevista ao EL PAÍS.

Outro responsável pelo desfile foi além. O Carnavalesco Jack Vasconcelos fez uma defesa enfática da educação pública, em entrevista ao jornal O Dia; "Sou formado pelo ensino público, fui uma criança de escola pública, me formei em uma federal, em Belas Artes. Então, a população ajudou a me formar, foi dinheiro público que ajudou a pagar meus estudos e a manter as instituições em que me formei. Preciso de alguma forma retribuir para a população esse investimento. É a maneira que eu posso prestar o serviço a ela (à sociedade), através da minha arte", disse ele.

Cobertura da mídia golpista

As críticas explícitas da Paraíso do Tuiuti deixaram em silêncio os comentaristas da TV Globo, que transmite ao vivo os desfiles de Carnaval. Enquanto as alas anteriores eram explicadas em detalhes, a dos manifestoches recebeu um rápido e único comentário de "manipulados, fantoches", logo cortado para um "Jú, 120 [centímetros] de quadril", em referência à passista mostrada em seguida na imagem. Nas redes sociais, a escola foi louvada pela "coragem" das críticas.

Para o jornalista Florestan Fernandes Júnior, nada é mais revelador da escravidão do jornalismo brasileiro que o silêncio ensurdecedor no momento em que a última ala da Paraíso do Tuiuti entrou na Marquês de Sapucaí. “Ninguém no estúdio da Globo se atreveu a narrar o que via. Uma cena patética e constrangedora. Durante longos minutos as imagens mostravam uma plateia vibrando com o carro alegórico que trazia em destaque um Temer Vampirizado. Só faltou a Tuiuti mostrar os repórteres escravos dos senhores da comunicação que não têm liberdade sequer para dizer o que todos viram em cores e ao vivo.”

Em compensação, jornal norte-americano New York Times publicou sobre o Carnaval do Rio de Janeiro, dando um destaque especial pra escola Paraíso do Tuiuti; "A Paraíso do Tuiuti mostrou patos de plástico manipulados por marionetes, em uma referência a um pato de plástico gigante usado pelos brasileiros conservadores para se queixar dos altos impostos do país em manifestações que ganharam destaque há dois anos. O pedestal da escola também trouxe um vampiro vestindo a faixa presidencial com várias notas falsas de dólares", disse o jornal.

Fonte: Contraf-CUT