Abril 29, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

Desde a semana passada, o Comando Nacional dos Bancários tem cobrado diretamente da a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Banco Central e as direções dos bancos, medidas para proteger a saúde de bancários e clientes durante a pandemia de coronavírus. Parte das cobranças foram atendidas pela Caixa, mas ainda são insuficientes.

Por isso, na noite desta quinta-feira (19), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), através da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal –(CEE/Caixa), enviou um ofício à direção do banco para reivindicar a participação de um representante do movimento sindical no comitê de crise que acompanha essas medidas preventivas frente à pandemia do Coronavírus (COVID -19). O objetivo é contribuir para maior efetividade e com foco direcionado à atenção às empregadas e aos empregados, bem como aos clientes e aos usuários da Caixa.

O pedido foi motivado pelo volume expressivo de queixas das empregadas e dos empregados da Caixa quanto às deficiências na implementação dessas medidas preventivas. As denúncias dão conta do não atendimento pleno das medidas preventivas negociadas. Há casos de empregados que se enquadram nos grupos de risco ao contágio e que continuam no exercício de sua função no mesmo ambiente, dentre outros casos relatos igualmente graves.

“Há de se destacar que determinadas decisões sobre a prevenção ao COVID-19, veiculadas em comunicações internas, estão sendo atribuídas aos gestores das unidades, mesmo a compra de álcool em gel e material de limpeza, o que deveria ser operado por área própria e com mais eficiência”, afirmou o coordenador da CEE, Dionísio Reis.

Para agravar a situação, o coordenador classifica como irresponsável o anúncio do Ministério da Economia, de medidas que levaram a uma verdadeira corrida às agências, um maior fluxo de circulação de pessoas nas dependências da rede de atendimento foi gerado, o que justifica as necessárias ações preventivas à pandemia de COVID-19.

“Nesse período, reconhecidamente de tensão e de redução de operações, é descabida a cobrança de resultados por metas dos empregados, fato esse, que dever cessado junto às superintendências regionais do banco”, completou.

Grupo de risco

Depois da cobrança do movimento sindical, a Caixa determinou que empregados do grupo de risco devem se afastar do trabalho. Não é mais uma decisão da chefia.

“O fato da decisão não ficar nas mãos do gestor é um avanço, uma vez que protege o trabalhador do grupo de risco e também o gestor, que não fica com uma decisão de tamanha importância e responsabilidade nas suas costas. Porém, vemos como um bloqueio muito grave para a proteção dos trabalhadores em grupo de risco a exigência de relatório médico, uma vez que essa exigência pode fazer com que ele vá até unidades de saúde e acabe por se contaminar. Cobramos que a Caixa aceite uma autodeclaração do empregado com prazo de 30 dias para comprovação médica”, diz Dionísio.

Casos confirmados e suspeitos

Em caso de suspeita ou confirmação por coronavírus, com atestado [B 34.2 e B 97.2], aciona-se o protocolo. Antes da cobrança, o protocolo era acionado apenas em casos de confirmação. Então, com o exame ficando pronto entre 4 e 7 dias, o tempo de exposição de bancários e clientes ao vírus era maior.

O protocolo para casos suspeitos e confirmados determina: afastamento imediato do empregado; notificação da área de pessoas e superior hierárquico, avaliando as providências necessárias para fechamento da unidade e direcionamento da equipe para projeto remoto; comunicar a equipe; quarentena inicial de 5 dias, podendo se estender para 14 dias,; liberação de toda a equipe para projeto remoto; utilização de notebook Caixa ou, se o empregado não possuir, é permitido uso de equipamento pessoal; agendamento com a logística da higienização da unidade.

Já para os casos em que empregados possuam sintomas, mas sem atestado, fica determinado: afastar ou priorizar no projeto remoto empregados gripados, tossindo, com coriza, febre ou dor de garganta, juntamente com o grupo de risco.

Licença prêmio

A direção da Caixa também liberou a utilização da licença-prêmio, além da APIP e antecipação de férias, para afastamento de empregados.

Subnotificação

Parte dos empregados que procuraram o médico foram diagnosticados clinicamente com coronavírus, mas no atestado é informada crise respiratória grave, encaminhando o trabalhador para quarentena de 14 dias. O Sindicato cobra que nesses casos também sejam acionado o mesmo protocolo dos atestados B 34.2 e B 97.2, com fechamento e higienização da agência; todos os empregados em quarentena mínima de 5 dias, extensiva por mais 14 dias; e a agência só pode abrir com outra equipe.

“Nesses casos de suspeita, o protocolo só está sendo adotado quando o Sindicato vai até a agência, mas é necessário que seja estabelecido como procedimento padrão”, avalia Dionísio.

Atingidos por medidas restritivas

O Comando Nacional também cobra da Caixa o afastamento de empregados atingidos por medidas restritivas como, por exemplo, pais e mães cuja a escola dos filhos está fechada.

Insumos

O coordenador da CEE/Caixa denuncia que, ao invés de centralizar a compra, a direção da Caixa colocou sob responsabilidade dos gestores a dotação para compra de insumos como, por exemplo, álcool gel. “A Caixa, enquanto uma empresa continental, deveria centralizar essa compra e providencias a distribuição, uma vez que existe grande dificuldade para encontrar estes produtos”, avalia.

Metas

Uma das principais cobranças é que a direção da Caixa suspenda as cobranças por metas durante a crise sanitária do coronavírus.

“Já tivemos denunciais de link de superintendente, de SEV, Dia D e planilha de cobrança de produtividade durante esse processo de enfrentamento ao coronavírus. Cobramos o fim da cobrança de metas nesse período de crise”, enfatiza Dionísio.

Contigenciamento

A Caixa divulgou que o acesso às agências será controlado, antecipando a abertura em uma hora de algumas unidades selecionadas para atendimento de clientes em grupo de risco. A agência só poderá ser ocupada até a metade dos assentos disponíveis, de forma que se mantenha pelo menos um metro de distância entre as pessoas. Empregados, utilizando máscaras e luvas, gerenciarão o fluxo de clientes ao lado de fora das agências, evitando aglomerações. A entrada na área de autoatendimento será limitada a um cliente por máquina.

“Os Sindicatos de todo o Brasil estão tomando todas as medidas no sentido de pressionar a Caixa, e os demais bancos, para que tomem todas as providências para proteção de clientes e bancários. Pedimos que os empregados nos mantenham informados e diante de qualquer dificuldade ou insegurança no local de trabalho entrem em contado contem conosco”, conclui Dionísio.

Fique informado

Acompanhe na página específica do site da Contraf-CUT a atualização das notícias sobre coronavírus que estejam relacionadas ao setor financeiro.

Fonte: Contraf-CUT

O Podcast da Contraf-CUT desta semana não poderia abordar outro tema, senão a pandemia do coronavírus (Covid19). Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fala sobre as reivindicações que foram passadas à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com as medidas a serem tomadas para evitar a proliferação da doença.

Fonte: Contraf-CUT

Nem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus é capaz de sensibilizar os banqueiros. Esta semana, na base do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ), ocorreram três demissões: duas na agência do Santander da avenida Pelinca e uma na agência do Itaú de São Francisco de Itabapoana.

“Repudiamos a postura dos bancos, que é lamentável. É uma verdadeira covardia com os trabalhadores neste momento difícil, em que todos nós estamos inseguros, cuidando das nossas vidas e dos nossos familiares, pensando na coletividade. Vamos com certeza tomar todas as providências em relação a esses casos”, disse o presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira.

Fonte: Contraf-CUT

Os representantes dos trabalhadores no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) propuseram nesta semana a aprovação emergencial do aumento de parcelas do seguro-desemprego. Seria uma medida de proteção em um momento de crise causada pela pandemia do coronavírus, que deve aumentar o desemprego no país.

“A prioridade é manter empregos, mas as demissões já estão ocorrendo“, afirma o representante da Força Sindical no Codefat, Sérgio Luiz Leite, o Serginho. “Precisamos manter uma renda para os trabalhadores desempregados, que certamente terão um período mais longo para encontrar um novo emprego.”

Os conselheiros das seis centrais sindicais com representação no colegiado sugerem acréscimo de três parcelas. Atualmente, o governo paga de três a cinco parcelas, dependendo do período trabalhado. O valor máximo do seguro-desemprego foi reajustado neste ano para R$ 1.813,03. O cálculo é feito com base na média dos três últimos meses, e o menor valor não pode ficar abaixo de um salário mínimo.

Indústria

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ao governo e ao Congresso um conjunto de 37 medidas para o período da crise, nas áreas tributária, financeira e trabalhista. As propostas foram elaboradas com federações estaduais e associações setoriais.

A avaliação é que, no momento, a redução do consumo é provocada pelo isolamento da população, que está orientada a não sair de casa. Desta forma, as medidas emergenciais para os próximos três meses, período que se considera o mais agudo da crise, devem focar nas empresas industriais e de serviços, e não em aumentar a demanda”, diz a CNI.

A entidade propõe acesso mais fácil a capital de giro, intensificação de linhas de crédito do BNDES, suspensão por 90 dias do pagamento de tributos federais, incluindo contribuições previdenciárias, e redução das tarifas de energia elétrica.

Na parte trabalhista, a CNI sugere “redução de exigências para a adoção do teletrabalho, ampliação do tempo para compensação do banco de horas e “permissão expressa” para alteração de horários de trabalho.

“Há, ainda, medidas que buscam ampliar o colchão de proteção do trabalhador em face do risco de desemprego, como a reativação do Programa Seguro-Emprego e a ampliação do lay off, que permite a suspensão dos contratos de trabalho com a manutenção do vínculo empregatício”, acrescenta a entidade.

Fonte: Rede Brasil Atual

Fundada em 12 de janeiro de 1861, a Caixa Econômica Federal, cuja privatização é sempre cogitada por governos neoliberais, volta a ser protagonista em uma situação de crise. A instituição anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas para facilitar a vida de pessoas e empresas no cenário daquela que já é considerada a maior crise econômica da história recente, com o advento do coronavírus, que ameaça a vida de pessoas físicas e jurídicas.

O banco vai permitir a interrupção do pagamento de crédito pessoal em até 60 dias, fornecer crédito consignado com juros a partir de 0,99% ao mês, dar direito a cartão virtual de débito para compras online a correntistas, crédito pessoal automático, possibilitar “pausa estendida” do pagamento de até duas prestações de financiamento de habitação, entre outras medidas.

Para micro e pequenas empresas, redução de juros de até 45% para capital de giro com taxas a partir de 0,57% por mês e linhas de crédito para investimento em máquinas e equipamentos com até 60 meses para pagamento.

O banco vai também entrar na crise do sistema de saúde causada pelo coronavírus, liberando R$ 3 bilhões em linhas para Santas Casas e hospitais filantrópicos que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao entrar na luta contra os efeitos econômicos do coronavírus, a Caixa mais uma vez  mostra sua importância como entidade do Estado no apoio à sociedade em momentos de dificuldade, como aconteceu na crise de 2008, quando, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Brasil, a Caixa foi fundamental na política anticíclica que evitou que o país mergulhasse profundamente na crise.

A ironia é que, em 2020, o governo mais selvagemente privatista da história brasileira é obrigado a recorrer a uma das mais tradicionais instituições do Estado para socorrer a população e a si mesmo e tentar minimizar os efeitos da crise que já é considerada uma tragédia mundial.

Nesse contexto, mais uma vez o projeto neoliberal de vender a instituição, ou privatizar operações importantes – intenção tanto do governo Michel Temer como de Jair Bolsonaro – será engavatado, pelo menos no curto e médio prazos, na opinião do economista Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa.

“Isto, agora, não está colocado no horizonte, dada a gravidade da crise que estamos vivendo. Caixa e BNDES são instituições que, num momento de crise, mais do que nunca precisam ser usadas pelo Estado”, diz. Para ele, é também o caso do Banco do Brasil, embora com a ressalva de que o BB tem especificidade diferente, possui ações em Bolsa e participação privada. “Não é exatamente como a Caixa, não pode ser utilizado como a Caixa é”, observa Mattoso.

Ele lembra que o banco  passou por vários momentos diferentes e, como nos períodos Temer e Bolsonaro, não é a primeira vez que se cogita a sua privatização. Antes, a tentativa mais recente, e mesmo mais próxima de se concretizar, foi na época do presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Ela foi preparada para ser privatizada, e só não foi porque Lula ganhou a eleição. A Caixa estava esvaziada e pronta para ser privatizada”, afirma Mattoso. “Mas sempre, em momentos de crise, ela é chamada, utilizada e valorizada. Quando você precisa de uma instituição pública com a vitalidade, com a expansão, com a quantidade de agências (mais de 3.400), ela sempre é e precisa ser utilizada.”

Em momentos de crise, obviamente, o próprio governo não cogita a possibilidade de privatização porque, em primeiro lugar, precisa da instituição, e, em segundo, porque é muito difícil vender durante uma crise. Mas, para Mattoso, o alerta permanece. “Se essa ideologia, como a do governo atual, se mantêm no poder, é possível que a ideia de privatizar seja retomada. Neste momento, não podem fazer o que gostariam, porque precisam da Caixa.”

Bancários contra a Covid-19

O Banco Central emitiu uma circular, nesta quinta-feira (19), na qual atende duas reivindicações apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em ofício enviado no dia anterior. A entidade cobrava a padronização das medidas adotadas pelos bancos, como forma de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e clientes em decorrência da pandemia causada pelo coronavírus.

A Contraf-CUT também reivindicava maior agilidade na implementação de medidas como o contingenciamento de acesso às agências e redução do horário de atendimento.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT),  Juvandia Moreira, o mais importante no momento é proteger a categoria. “Os bancos têm que ser mais ágeis na adoção das medidas protetivas e padronizar suas adoções”, afirmou.

“O Banco Central determina a redução do horário, mas mantém uma liberalidade com relação ao contingenciamento. O controle de acesso é fundamental para garantir a segurança e a saúde dos bancários e dos clientes”, acrescentou a dirigente.

“Já conseguimos a liberação dos bancários e bancárias em grupos de risco em todos os bancos e queremos todos os possíveis em home office“, destacou.

De acordo com Juvandia, os sindicatos em todo o país precisam fiscalizar o cumprimento das medidas e relatar sobre situações que exijam novas, de acordo com a evolução da doença e a realidade de cada localidade.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco Central emitiu uma circular nesta quinta-feira (19) atendendo duas reivindicações apresentadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em ofício enviado na quarta-feira (18). A Contraf-CUT cobrou a padronização das medidas adotadas pelos bancos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e clientes em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), além de maior agilidade na implantação das medidas necessárias, como o contingenciamento de acesso às agências e redução do horário de atendimento.

A Circular 3.991 do Banco Central determina aos bancos que “assegurada a prestação dos serviços essenciais à população, as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil DEVEM ajustar o horário de atendimento ao público de suas dependências enquanto perdurar, no País, a situação de risco à saúde pública decorrente do novo Coronavírus (Covid-19), dispensada a antecedência de comunicação de alteração, de que trata o art. 4º da Resolução nº 2.932, de 28 de fevereiro de 2002”.

A circula do Bacen diz ainda que “os bancos múltiplos com carteira comercial, os bancos comerciais e as caixas econômicas estão dispensados do cumprimento, em suas agências, do horário obrigatório e ininterrupto de que trata o art. 1º, § 1º, inciso I, da Resolução nº 2.932, de 2002”, que é no mínimo de 5 horas.

E que as instituições bancárias “devem afixar aviso em local visível em suas dependências, bem como comunicar os clientes, pelos demais canais de atendimento disponíveis, sobre o horário de atendimento e caso venham a instituir limitação de quantidade de clientes e usuários ou outras condições especiais de acesso às suas dependências, destinadas a evitar aglomeração de pessoas”.

“O Banco Central determina a redução do horário, mas mantém uma liberalidade com relação ao contingenciamento. O controle de acesso é fundamental para garantir a segurança e a saúde dos bancários e dos clientes. Esperamos que os bancos atendam essa reivindicação”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Mas, estamos enviando ofício ao Ministério da Saúde solicitando que os bancos sejam obrigados a fazer o controle de acesso para resguardar a saúde dos trabalhadores, dos clientes e usuários e evitar a propagação ainda maior da doença”, completou.

Juvandia ressaltou que, o contingenciamento, é apenas para que seja garantido o atendimento às pessoas que não têm o cartão para saque em unidades de autoatendimento, os aposentados que não tenham outra alternativa para sacar os benefícios da Previdência, que não possuem conta corrente, trabalhadores que tenham que sacar o FGTS, ou desempregados que tenham que sacar o seguro-desemprego, entre outros.

“A limitação precisa priorizar o atendimento a esse público para que eles tenham como manter sua subsistência”, disse a presidenta da Contraf-CUT, acrescentando que o trabalho nos departamentos, que não envolvam o atendimento bancário, a situação é diferente e deve ser liberado o máximo possível de pessoas no home office ou férias.

Para Piorar a situação, o ministro da Economia anunciou de forma irresponsável uma medida de concessão de auxílio aos autônomos e informais. Fazer tal anúncio sem que haja regras definidas para os procedimentos a serem realizados e sem a definição exata do público que será beneficiado e sem preparar a estrutura de atendimento é, no mínimo, uma irresponsabilidade, pois isso aumentou a demanda nas agências da CAIXA, sem necessidade, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Nesta quinta-feira, houve uma correria às agências de bancos públicos, principalmente da Caixa Econômica Federal.

As pessoas queriam sacar o benefício, mas isso acabou gerando aglomeração e aumentando ainda mais o risco a que os trabalhadores estão expostos.

Juvandia criticou ainda a proposta anunciada pelo governo por achar medida insuficiente tanto pelas ações a serem realizadas, quanto pelo público a ser atendido. “As centrais sindicais elaboraram e apresentaram ao Congresso uma proposta que vai garantir a subsistência das pessoas que estão, ou ficarão desempregadas por causa da epidemia”, disse a presidenta da Contraf-CUT, se referindo à proposta entregue pelas centrais sindicais ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), na última terça-feira (17).

Fique informado

Acompanhe na página específica do site da Contraf-CUT a atualização das notícias sobre coronavírus que estejam relacionadas ao setor financeiro.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (19), um amplo pacote de medidas de apoio à economia, afetada pela pandemia do coronavírus e reduziu juros nas linhas de crédito, seguindo o Banco Central que cortou a taxa básica, Selic.

Entre as medidas, suspendeu por 60 dias o pagamento de dívidas para pessoas físicas, incluindo o empréstimo habitacional. As empresas, especialmente micro e pequenas também terão a mesma facilidade, com redução do custo do crédito, renegociação de contratos e prazo de carência.

Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, este é exatamente o papel social que a Caixa, como banco público, precisa ter. “A medida é fundamental porque libera a renda e, portanto, retira as pessoas de um aperto financeiro num momento de crise. Este movimento significa um incentivo à demanda e irá reduzir os efeitos da crise sobre a economia. Agora, falta o banco se preocupar mais com os seus empregados e tomar medidas mais efetivas para proteger a saúde deles.”

O banco reduziu juros para pessoas físicas, especialmente crédito pessoal: a taxa do consignado baixou para 0,99% ao mês, do empréstimo pessoal para 2,17% ao mês e do penhor, para 1,99% ao mês.

No caso de micro e pequenas empresas, o corte nos juros chegou a 45% nas linhas de capital de giro, com taxas a partir de 0,56% ao mês. Haverá prazo de carência de até 60 dias nas operações parceladas, nessa modalidade e renegociação dos contratos.

Para as empresas dos setores do comércio e de serviços, mais afetadas pela crise, a Caixa vai oferecer linhas especiais com prazo de carência de até seis meses.

As taxas também foram reduzidas nas modalidades destinadas a compra de máquinas e equipamentos, com prazo de carência de 60 dias.

“O ideal é que essa resolução se estenda obrigatoriamente a todos os bancos, que distribuíram mais de 54 bilhões de reais em dividendos aos seus acionistas, no ano passado. Eles devem agora dar sua contraparte à sociedade que lhes garantiu esse ganho”, completou Fabiana.

Para evitar que os clientes precisem comparecer às agências e facilitar compras pela internet, a Caixa vai oferecer, de forma gratuita, o cartão de débito virtual a todos os correntistas e poupadores.

Os clientes também poderão renovar o contrato de penhor pelo site da Caixa e canal de Telesserviço. Na quarta-feira (18), a Caixa já havia anunciado que limitaria o acesso de clientes e abriria uma hora mais cedo para grupos de risco. Fluxo de pessoas no interior das agências será limitado a, no máximo, 50% da capacidade dos assentos das unidades.

Fonte: Contraf-CUT

A comissão mista que analisava a Medida Provisória (MP) 905, do contrato de trabalho “verde e amarelo”, aprovou na tarde desta terça-feira (17) o relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ), que agora segue para o plenário das duas Casas. Foi a única comissão que funcionou hoje, aumentando a “flexibilização” trabalhista em um momento de apelo por mais proteção social devido à crise do coronavírus. A oposição tentou, sem sucesso, suspender a tramitação.

“Enquanto o povo brasileiro está sofrendo com o descaso do governo em relação ao avanço do coronavírus no Brasil, a bancada governista traí os trabalhadores aprovando o relatório da MP 905 que retira ainda mais direitos básicos e destrói a dignidade de quem está desempregado e à procura de emprego”, disse Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Havia dois apelos à comissão mista. Um foi encaminhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que usou a crise do coronavírus para pedir aprovação de uma infinidade de matérias, incluindo a MP 905. O outro pedido foi das centrais sindicais, que querem a suspensão de votações importantes enquanto durar a situação emergencial causada pela doença. Guedes foi atendido.

Dirigentes das centrais estão, inclusive, reunidos nesta tarde com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para entregar um documento e discutir medidas contra a crise, no sentido contrário ao do governo, com mais investimentos e proteção social. “A crise de uma pandemia expõe a fragilidade das medidas neoliberais adotadas pelo Brasil, com privatização dos serviços públicos, desregulamentação do trabalho e exclusão do Estado como garantidor dos direitos sociais. O plano apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro, por intermédio do ministro da Economia, Paulo Guedes, vai na contramão das medidas adotadas pelos países mais afetados pelo coronavírus para combater a pandemia e proteger as economias locais”, afirmam.

O acesso à reunião foi restrito, de acordo com a Agência Senado. O presidente da comissão, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), limitou a entrada aos parlamentares, com apenas um assessor cada. Além disso, foram autorizados um consultor, servidores da secretaria do colegiado, um servidor operacional, um taquígrafo, um do serviço de áudio e mais um da TV Senado.

Bancos

O texto original da medida provisória permitia a abertura dos bancos aos sábados e o aumento da jornada dos bancários de seis para oito horas. O relator alterou o texto para permitir o trabalho nos bancos aos sábados, aos domingos e nos feriados em casos específicos, como atividades que envolvam automação bancária; teleatendimento; serviços por canais digitais; áreas de tecnologia, segurança e administração patrimonial; e atividades bancárias em locais como feiras, shopping centers, aeroportos e terminais de ônibus, trem e metrô.

A MP 905/2019 tentava revogar registros profissionais e desregulamentar várias profissões, como corretor de seguros, jornalista, radialista, publicitário e sociólogo, entre outros. O texto do relator mantém o registro das profissões citadas.

Sobre a jornada no relatório aprovado da MP 905 :

• Altera a jornada dos bancários de 7 às 22 horas para 7 às 21 horas, mantendo o texto
original da MP que estabelece como duração normal do trabalho 8 horas diárias e limita
a jornada de 6 horas diárias e 30 semanais exclusivamente para a função de caixa.
• Afasta exigência de acordo individual ou convenção coletiva para que jornada dos caixas
bancários possa ser superior a 6 horas, com limitação a 8 horas diárias.
• Aumenta para 40% o valor mínimo da gratificação de função para permitir que caixas
atuem mais de 6 horas diárias, sendo essa gratificação paga a título de 6a e 7a horas
trabalhadas.

Participação nos lucros

A MP pretendia determinar que as negociações para o pagamento de participação nos lucros aos trabalhadores poderiam ocorrer sem a participação do sindicato da categoria. Hoje a Lei 10.101, de 2000, diz que essa participação deve ser negociada em uma comissão paritária, com representantes de empregados e empregadores, além de um representante indicado pelo sindicato da categoria ou por meio de convenção ou acordo coletivo. O relatório do deputado Christino Áureo exige que a comissão paritária notifique o ente sindical para que este último indique representante no prazo máximo de sete dias. Se não houver indicação, a comissão poderá decidir sobre a participação nos lucros.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) assinaram, nesta quarta-feira (11), um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem vítimas.

Por reivindicação da categoria bancária, a proposta vinha sendo negociada desde março de 2019. Na reunião de negociação entre o Comando dos Bancários e a Fenaban, ocorrida em fevereiro de 2020, os bancos aceitaram a criação do programa.

Dados do relatório extraído do Sistema de Acompanhamento do Informações Sindicais do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2018 foram registrados 820 cláusulas que tratam o tema “violência contra a mulher”.

“Diariamente vemos os noticiários sobre a violência praticada contra as mulheres em suas próprias casas. As bancárias não estão imunes a este tipo de violência. Precisam faltar ao trabalho, perdem produtividade e muitas acabam sendo demitidas. Isso é punir quem é vítima!”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Esperamos que, com este acordo, no setor bancário não haja mais a punição às vítimas e as bancárias sejam acolhidas. E também que, nós, juntamente com os bancos, possamos criar políticas de trabalho que levem em conta a situação vivida por elas”, completou.

 

Pesquisas apontam que, no Brasil, mulheres vítimas de violência costumam se ausentar do trabalho, em média, por 18 dias . “A ausência de uma política interna para lidar com o problema da violência doméstica vivenciado por muitas mulheres no Brasil leva alguns gestores ao imobilismo ou ao tratamento inadequado da situação. Por isso, intervenções institucionais são necessárias para contribuir e minimizar o sofrimento psíquico da mulher vítima de violência”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

A não obrigatoriedade do cumprimento de metas no período de risco, o abono às faltas, a garantia do emprego, atendimento psicológico e social são algumas das políticas que os trabalhadores e trabalhadoras esperam que sejam criadas pelos programas de prevenção e apoio às bancárias vítimas de violência doméstica.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem e sobrevive. Mas, muitas delas morrem. Segundo o Atlas da Violência de 2019, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil.

Papel dos sindicatos

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, destacou a necessidade e a importância de que os sindicatos também se integrem e contribuam para o sucesso do programa. “Do nosso lado também temos que buscar formação para mudarmos uma cultura que faz parte da sociedade na qual estamos incluídos”, disse. “Precisamos ter a capacidade de mostrar às bancárias que elas podem confiar neste programa e na garantia de que será mantido sigilo de todas as informações”, completou.

Evento

Antes da assinatura do acordo, ocorreu uma série de apresentações sobre temas correlatos. A apresentadora Rita von Hunty, do Canal Tempero Drag, falou sobre Masculinidade Tóxica. Adriana Carvalho, da ONU Mulheres, tratou do tema violência contra as mulheres. Mulheres dirigentes sindicais disseram “O que esperamos dos bancos” e o diretor de Políticas de Relações Trabalhistas e Sindicais da Fenaban falou sobre “Negociação social”.

 

Fonte: Contraf-CUT

Depois de cobrança do Comando Nacional dos bancários, a Caixa Econômica Federal encaminhou orientações aos empregados sobre o Coronavírus.

Com o cenário atual do país, no que se refere ao COVID-19 (Coronavírus), a direção do banco autoriza os gestores a incluir os empregados no Projeto Remoto (MN RH226) pelos prazos de 14 a 30 dias.

Até 14 dias de projeto remoto:

Empregados que regressaram de viagens em localidades com surto do COVID-19, ou que tiveram contato com pessoas que testaram positivo. No caso de empregados que apresentem sintomas da doença (tosse, febre ou dificuldade de respirar) devem ser orientados a buscar atendimento médico.

Até 30 dias de projeto remoto:

Grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde: gestantes e adultos com 60 anos ou mais.

A Caixa orienta também a aquisição de álcool gel e máscara para uso, conforme protocolo do Ministério da Saúde. As unidades poderão utilizar a verba de “pronto pagamento” na compra de máscara e álcool gel, observadas as orientações do Ministério da Saúde.

Ação de contenção – casos confirmados

Para as unidades com empregados ou terceirizados com o coronavírus confirmados, o gestor deverá: afastar o empregado ou prestador de serviço terceirizado; encaminhar mensagens à caixa postal GERET10 – Coronavírus; acionar GILOG de vinculação para reforço de limpeza e contatar os grupos multidisciplinares coordenado pela área de Pessoas (GERET10 – SUBER).

A direção do banco frisa que, no caso da Rede Varejo, a coordenação será da Superintendência Regional, com a participação da área de Pessoas, Logística e Jurídico.

O banco ainda encaminhou um FAQ com o protocolo de orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde.

Para os empregados, o banco também encaminhou a mensagem abaixo.