Dezembro 16, 2025
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Sindicatos de bancários de todo o país realizaram, nesta última quinta-feira (15) um Dia Nacional de Luta contra as demissões que estão sendo promovidas pelos bancos Bradesco, Itaú, Mercantil e Santander, em desrespeito ao compromisso que estas instituições assumiram entre março e abril de que não promoveriam demissões durante a pandemia.

As demissões começaram pelo banco Santander, ainda no início de junho. Como justificativa para as demissões, o banco alega que o compromisso se encerrou em maio e que os bancários são demitidos pelo baixo desempenho. Mas, o Brasil é responsável por 32% do lucro mundial do Santander e mesmo após ter realizado uma provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de R$ 10,4 bilhões, o banco registrou um lucro de R$ 5,989 bilhões no primeiro semestre de 2020.

“O Santander vem sistematicamente demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Demissões que, inclusive, ferem estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT, como, por exemplo, a demissão de gestantes”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia. “O desrespeito é tamanho que, muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades”, completou.

#NãoDemitaMeusPais

Outro banco que descumpriu o compromisso de não demitir durante a pandemia foi o Itaú. Em uma só tacada, o banco demitiu 130 funcionários na área de Veículos, além de outras que ocorram em agências bancárias.

“O banco teve lucro líquido de R$ 28 bilhões no ano o passado e nos seis primeiros meses de 2020, mesmo com a pandemia, lucrou R$ 8 bilhões. Mas, ao mesmo tempo que desenvolveu campanha publicitária para mostrar seu lado humano, demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos. Tamanha incoerência não pode ficar oculta. Numa hora dessa, o banco precisa mostrar sua responsabilidade com as pessoas, com o país,” afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Itaú.

Futuro pra quem?

O Bradesco completa a lista dos três maiores bancos privados do país que descumpriram o compromisso de não demitir durante a pandemia. Em pleno período de pandemia o banco demitiu 427 funcionários.

Nesta terça-feira (13), os bancários promoveram um tuitaço contra as demissões com as hashtags #BradescoNãoDemita #BradescoPenseNoFuturo, em alusão à campanha publicitária na qual o banco convida quem a vê a “experimentar o futuro com o banco”.

“Eles fazem campanha falando que estão se preparando para o futuro, mas se esquecem de pensar no futuro das famílias que estão desabrigando neste momento”, finalizou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Mercantil

Além dos três maiores privados, o Banco Mercantil do Brasil (BMB) também descumpre compromisso assumido em negociação de não demitir durante a pandemia. O banco anunciou o fechamento das plataformas de serviços em Salvador, Brasília e Recife e demitiu funcionários, gerando protestos da categoria, que usaram a hashtag #MercantilSemCompromisso.

Fonte: Contraf-CUT

Não bastassem as demissões que estão ocorrendo no Itaú, o banco está dobrando as metas exigidas dos trabalhadores pelo programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários, com uma série de itens de vendas e atendimento a serem cumpridos. Tudo isso em plena pandemia de coronavírus (Covid-19), momento em que a comercialização de produtos bancários está muito mais difícil.

O crédito consignado é um exemplo: em outubro a meta do produto pelo Agir veio 30% maior do que em setembro e, após o governo divulgar o aumento na margem de consignado INSS de 30% para 35%, a meta do consignado aumentou mais 30%. As exigências do Agir incluem também itens como tempo de atendimento ao cliente, contratação de crédito, abertura de contas, venda de plano de capitalização, entre outros. E vários desses pontos tiveram suas metas ampliadas sem levar em conta o momento atípico pelo qual o país está passando por conta da pandemia de coronavírus.

“O Itaú precisa levar em consideração que estamos enfrentando uma crise sanitária e econômica sem precedentes nas últimas décadas, que o desemprego no país está ainda maior, e que poucas pessoas estão dispostas a contratar produtos bancários”, ponderou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

“Além disso, as próprias condições de funcionamento das agências dificultam o alcance das metas: as unidades estão funcionando em horários reduzidos, muitos bancários estão afastados por serem do grupo de risco, e muitos clientes não estão indo às agências, nem dispostos a atender os bancários por telefone. Tudo isso, somado ao medo das demissões promovidas pelo Itaú em plena pandemia, tem deixado os trabalhadores sobrecarregados, estressados e adoecendo”, denunciou o dirigente.

A COE Itaú cobra do banco a revisão das metas do Agir, que estão ultrapassando os 1.200 pontos. “As metas abusivas sempre foram um problema no setor financeiro, e o Sindicato sempre atuou tentando combater o problema. Mas agora o Itaú está passando dos limites. Exigir o cumprimento de 150% das metas nessas condições totalmente adversas, e com o banco alegando baixa performance para demitir é desumano. Vamos continuar cobrando que isso seja revisto”, finalizou Jair Alves.

Campanha #QuemLucraNãoDemite

Hoje, quinta-feira (15), é o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões nos Bancos. A ação faz parte da campanha que será feita por sindicatos de bancárixs de todo o Brasil. O tuitaço de hoje será às 16h e quem participar deve usar as imagens e as frases nas suas contas do Twitter com a hashtag #QuemLucraNãoDemite.

A campanha é contra as demissões que estão sendo promovidas pelos bancos Bradesco, Itaú, Mercantil e Santander, em desrespeito ao compromisso que estas instituições assumiram entre março e abril de que não promoveriam demissões durante a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander não estava pagando aos demitidos em setembro o abono único de R$ 2 mil previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários recém aprovada. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE) cobrou do banco o cumprimento da CCT e o banco pagará aos trabalhadores o que lhes é devido. Com isso, os bancários demitidos entre 4 e 30 de setembro deste ano receberão o abono único, previsto na CCT da categoria. Os desligados não precisam acionar o banco – o pagamento será automático nos próximos dias.

“A CCT 2020-2022 é clara: determina o pagamento do abono único no valor de R$ 2 mil a todos os bancários que estavam ativos até 31 de agosto deste ano. E o prazo para que os bancos efetuassem esse crédito era até 30 de setembro. Portanto, os desligados do Santander em setembro devem receber esse valor imediatamente”, explicou a coordenadora da COE, Lucimara Malaquias.

Mais desrespeito

Lucimara lembra também que o Santander foi o primeiro dos grandes bancos a descumprir o compromisso assumido em março de não demitir durante a pandemia, deixando milhares de pais e mães de família sem emprego em plena crise sanitária, mesmo tendo apresentado lucro. “Seria mais absurdo ainda que, além de demitir, o banco ainda deixasse de pagar os direitos devidos a esses trabalhadores, prejudicando-os ainda mais”, criticou a dirigente.

Diante de denúncias de bancários, a COE enviou ofício ao banco, no início de outubro, cobrando o cumprimento do acordo. “A CCT é clara na definição do critério de pagamento do abono, e ao banco só cabe o cumprimento”, destacou Lucimara, acrescentando que a atuação do movimento sindical na defesa dos direitos da categoria só é possível com a parceria dos trabalhadores. “Os bancários devem continuar procurando seus sindicatos para denunciar qualquer irregularidade. É essa proximidade dos trabalhadores com a entidade que fortalece nossa categoria”, disse.

Lucimara lembrou, porém, que sobre o valor do abono há incidência do Imposto de Renda.

Relembre

A Campanha Nacional dos Bancários 2020 conquistou um acordo de dois anos (2020-2022) que, além de manter todos os direitos da CCT da categoria, determinou para este ano: reajuste de 1,5% sobre salários, mais abono único de R$ 2 mil a todos os bancários; e ainda reposição da inflação para demais verbas como VA, VR, auxílio-creche/babá e valores fixos e tetos da PLR. E para 2021: reposição da inflação mais aumento real de 0,5% sobre salários e demais verbas.

Fonte: Contraf-CUT

Na manhã desta quinta-feira (15), o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve em diversas agências bancárias de sua base, para protestar e denunciar a postura infeliz dos grandes bancos, em plena pandemia.
 
Foi parte das manifestações pelo Dia Nacional de Luta contra as demissões nos bancos, que ocorre em todo o Brasil.
 
Confira as fotos em nossas redes sociais.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense inicia uma campanha de sindicalização e recadastramento de bancárias e bancários de sua base de atuação.

Quem se associar ou se recadastrar até o dia 10 de dezembro de 2020,  estará concorrendo a diversos prêmios. 

Porque o recadastramento é necessário? Primeiro, para a atualização dos dados cadastrais. Depois, porque muitas vezes o bancário passa por um período fora da base territorial do sindicato (seja por um afastamento temporário, seja por uma transferência de local), achando que ainda está sindicalizado, mas não está. 

Nos momentos mais difíceis que vemos a importância de ser sindicalizado. E, nesta pandemia, onde diversas categorias tiveram perdas, o movimento sindical bancário, mostrou sua força, mais uma vez: reintegrações, negociação com os bancos onde direitos históricos foram garantidos, apoio aos bancários, reversões de justa causa, convênios novos, atendimentos personalizados, entre outras coisas.

É preciso fortalecer o sindicato porque os bancos, que estão lucrando na crise, querem lucrar ainda mais com as demissões de trabalhadores e fechamento de agências. Esse momento também está levando os trabalhadores a perdas incalculáveis nos seus direitos. E quem luta por eles é o seu sindicato. Fortalecer o sindicato é um ato de legítima defesa, pois os Sindicatos são fundamentais na vida dos trabalhadores. 

É importante ressaltar que os direitos que bancárias e bancários tem hoje, não vieram da noite para o dia e nem de graça. São frutos da mobilização e luta dos trabalhadores. 

O Sindicato sempre estará lutando para que haja mais direitos para a categoria, para os trabalhadores e para a sociedade. 

Como se sindicalizar e recadastrar

Procure o(a) diretor(a) que visita a sua agência ou compareça na sede do Sindicato em Duque de Caxias, ou na sub-sede, em Nova Iguaçu. 

Como concorrer aos prêmios

Uma vez sindicalizado, ou recadastrado, o funcionário ou funcionária receberá um número para concorrer ao sorteio.

Datas dos sorteios e prêmios

15 de dezembro e terá transmissão pela internet.

Nesta quinta-feira, dia 15 de outubro, bancárias e bancários de todo o Brasil realizarão o Dia Nacional de Luta contra as Demissões nos bancos. 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorrerá agências para denunciar a postura infeliz dos bancos.   

Mesmo ferindo estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT como, por exemplo, a demissão de bancárias gestantes, os bancos Bradesco, Itaú e Santander vem, sistematicamente, demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades.

Após o debate realizado pelas Comissões de Empresas destes bancos, foi instituído o Dia Nacional de Luta, que tem como mote a “Defesa do Emprego e Contra as Demissões”.

A participação de todos os sindicatos que compõem da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, de todas suas diretoras e diretores, assim como de bancárias e bancários, é de fundamental importância para os bancos se sensibilizarem e se sentirem pressionados.

Além dos atos, manifestações e protestos presenciais, ocupar as redes sociais é outra maneira eficaz de atingirmos nosso objetivo neste dia de luta: pressão nos bancos e fazer com que clientes e funcionários saibam que postura os bancos estão tendo nestes tempos de pandemia.

Participem!

Fonte: Fetraf RJ/ES

Nota da coluna de Ancelmo Gois, veiculada na edição de 12 de outubro do jornal O Globo, repercutiu a desistência do consórcio formado pela americana International Game Technology (IGT) e pela inglesa Scientific Games International (SGI) em seguir com a operação da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), depois de vencer, em outubro de 2019, a concessão do negócio.
O colunista apresentou como principal justificativa das multinacionais, para pular fora da Lotex, a inexistência de um acordo que obrigasse a Caixa Econômica Federal a ceder a rede lotérica espalhada pelo país, para que assim pudessem vender os bilhetes. Na época, aliás, o BNDES impediu que a Caixa participasse do leilão.

O edital de concessão da Lotex previa que o consórcio poderia fazer acordo de parcerias, até mesmo com a própria Caixa, embora o banco não tivesse qualquer obrigação de fechar uma negociação de caráter draconiano. “Se assim ocorresse, seria o fim das loterias”, alerta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Ele define a situação como insana e completa: “A Caixa deveria estar no negócio e não ajudar o concorrente privado a vender os bilhetes na rede que opera. Seria acelerar a morte das próprias loterias. O acordo era vantajoso apenas para as empresas multinacionais. No lugar de gastar dinheiro para formar uma rede para comercializar os jogos, a alternativa proposta era o uso do balcão da Caixa para lucrar. Não bastasse tudo isso, a Caixa ainda cederia um espaço em que o próprio banco, o único 100% público do país, poderia arrecadar recursos a serem repassados aos programas sociais do Estado brasileiro”.

Sérgio Takemoto diz que a desistência das empresas abre a possibilidade para a concessão da Lotex retornar ao portfólio da Caixa, que opera com loterias desde a década de 1960. “Os recursos arrecadados pelas loterias da Caixa são fonte importante para o desenvolvimento social do país. No caso da Lotex, por exemplo, cerca de 40% do arrecadado eram destinados a programas sociais nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde”, analisa.

Essa situação mostra, com clareza, que a política de privatizações do atual governo não está baseada em justificativas plausíveis. A esse respeito, o presidente da Fenae faz um alerta: “Se a empresa privada precisa da rede lotérica e usa isso como alegação para quebrar o contrato, por que a própria Caixa não faz a operação? O banco é o único que possui expertise, capacidade técnica e a rede lotérica para operar”. Ele afirma que não dá para aceitar que um consórcio estrangeiro faça chantagem por desejar usar uma estrutura pronta sem fazer investimentos. “Taí, portanto, o exemplo do que significa para a sociedade e para a população a privatização de estatais e a entrega do patrimônio público”, denuncia Takemoto.

Fonte: Fenae

 

A presidenta da confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo financeiro, (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, vai fazer uma live nesta quinta-feira (15) no Madruga Bancário. O tema será o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões nos Bancos, que acontecerá na mesma quinta. A participação será a partir das 20h (@madruga bancário).

Madruga Bancário é um perfil no Instagram com 55 mil seguidores, que chama a atenção por brincar com o cotidiano dos bancários no ambiente de trabalho. Entre os temas abordados estão as metas altíssimas, situações hilárias com clientes e até mesmo na virada do mês quando cai o VR. Agora, as demissões entram no foco do Madruga.

O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões dos Bancos é uma denúncia sobre a quebra de compromisso das instituições bancárias de não demitir durante a pandemia do Covid 19. O compromisso foi firmado com o movimento sindical bancário no primeiro semestre deste ano, logo no início da pandemia.

A pandemia não acabou, mas o Santander demitiu mais de mil bancárixs em 2020. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as 427 demissões realizadas até o momento. O Banco Mercantil do Brasil demitiu 18 bancárixs somente em setembro. Desde o início do mês estão sendo realizadas manifestações de protestos em frente a agências bancárias, tuitaços para denunciar à população a quebra de comisso dos bancos e outras ações nas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

Os resultados das negociações salariais “vêm provando certo poder de resistência” dos trabalhadores em meio a uma situação econômica grave, analisa o Dieese. O instituto analisou dados divulgados pelo Ministério da Economia, que mostra a maioria das campanhas com reajustes iguais ou superiores à variação acumulada do INPC-IBGE.

Segundo as informações disponíveis, aproximadamente 43% das negociações resultaram em aumento real (acima da inflação) e 29% corresponderam à variação do INPC. As demais 28% tiveram perdas. A pesquisa inclui 4.938 reajustes salariais, com categorias que têm data-base de janeiro até agosto. Na média do ano, a variação é ligeiramente negativa: -0,07%.

O melhor resultado foi registrado em junho, com 53% dos reajustes acima da inflação e só 14% abaixo. O pior foi em janeiro: ganhos reais em 30% e perdas em 36% dos acordos.

Cresceu o número de categorias sem reajuste. Até agosto, foram 373 – 8,4% do total. Em igual período de 2019, eram 33 (0,4%). “Apesar das perdas causadas pelos reajustes de 0%, na média, as categorias que alcançaram reajustes em 2020 conseguiram repor a inflação, resultado importante, levando em conta o cenário complicado do ano”, diz o Dieese.

Incertezas

O instituto aponta ainda dificuldades adicionais na sequência das campanhas salariais. “O aumento da inflação nos últimos meses, captado pelo IBGE, e também pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese, traz incertezas para as negociações de fim de ano. A situação fica mais imprevisível ainda por causa da situação econômica do país.”

Confira aqui na íntegra a análise do Dieese sobre negociações salariais.

Fonte: Rede Brasil Atual

A pandemia de covid-19 é a maior crise sanitária do mundo em mais de 100 anos. São oficialmente 38 milhões de infectados e quase 1,6 milhão de mortos no planeta. Deste total, o Brasil concentra cerca de 15% de casos (5.113.628) e 10% das vítimas (150.988).

Hoje (13), o Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde – divulgou novo balanço da pandemia no período de 24 horas, contados a partir das 16h de ontem. Foram mais 309 mortes e 10.220 novos casos.

Além do luto das famílias das vítimas, os impactos provocados pela covid-19 no Brasil e no mundo se multiplicam. A superlotação de hospitais aumentou a mortalidade infantil; aumentaram os casos de doenças psiquiátricas a partir do confinamento prolongado; aprofundaram-se o desemprego e a extrema pobreza, entre outras consequências.

Medidas

De acordo com estudo do Banco Mundial, após 20 anos de recuos tímidos, a extrema pobreza cresceu significativamente em 2020. Em 2019, a condição atingia 7,9% da população mundial, enquanto em 2020, o percentual de deve ficar entre 9,1% e 9,4%. A entidade projeta que, a pandemia levará 115 milhões de pessoas a se tornarem miseráveis, enquanto os bilionários ficaram 27% mais ricos.

Brasil: pior cenário

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), viver na extrema pobreza significa passar um dia com menos de US$ 1,90. Ao câmbio de hoje, R$ 10,50. Ante da pandemia de covid-19 e o recuo na atividade econômica, Bolsonaro defendeu um Auxílio Emergencial de R$ 200 reais. O Congresso, por pressão popular e dos partidos de oposição, elevou o programa para R$ 600.

O Banco Mundial cobra metas para uma melhor distribuição da riqueza no mundo, sob alerta constante do crescimento da miséria e do não alcance das metas da ONU para o desenvolvimento sustentável em 2030. “Anteriormente, entre 2012 e 2017, havia ocorrido crescimento de 2,3% na prosperidade compartilhada. Sem ações políticas para promover uma retomada econômica inclusiva, a pandemia pode desencadear ciclos de maior desigualdade de renda e menor mobilidade social entre os vulneráveis”, disse, em nota, a ONU.

A entidade alerta que os problemas vão para além da pandemia em si. “Antes da pandemia, justamente por causa dos conflitos globais e das mudanças no clima, o progresso na redução da pobreza global já estava mais lento. Entre 1990 e 2015, por exemplo, a pobreza global caiu cerca de um ponto percentual por ano. Esse ritmo diminuiu para menos de meio ponto percentual por ano entre 2015 e 2017.”

Fonte: Rede Brasil Atual