Abril 28, 2025
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Na última terça-feira, 17 de outubro, foi assaltada a agência do Banco Santander, em Miguel Couto, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O Diretor Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Márcio Sarmento, é funcionário da agência, e acompanhou de perto o que aconteceu, dando o suporte inicial para as funcionárias e funcionários que ali estavam, solicitando o fechamento do local e exigindo a emissão da CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho).

Gentil Ramos, Diretor e bancário do Santander, também acompanhou a situação, onde exigiu acompanhamento psicológico para os funcionários.

No momento do assalto, houveram agressões aos trabalhadores por parte dos assaltantes. Um terror físico e, também, psicológico.

Os criminosos conseguiram fugir e o policiamento foi reforçado na região.

O Sindicato reforça a necessidade da criação e manutenção de dispositivos de segurança, para que o bem estar dos trabalhadores esteja assegurado. E, também, informa que está acompanhando o desenrolar do caso, se colocando à disposição para o que os bancários e bancárias necessitarem.

O Sindicato orienta que todos que tiveram sua rotina emocional alterada, devem fazer uma avaliação psiquiátrica e pedir um laudo ao médico especialista.

 

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022, produzido recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresenta um amplo diagnóstico das transformações do setor nos últimos 10 anos.

A publicação examina o perfil da categoria bancária e demais trabalhadores do ramo financeiro por vários aspectos, como unidades da federação brasileira onde estão esses trabalhadores, natureza jurídica das empresas, jornada de trabalho, remuneração, escolaridade, faixa etária, sexo, cor/raça e segmento de pessoas com deficiência (PCD). O principal objetivo da sistematização do conteúdo é subsidiar as ações do movimento de trabalhadores, diante do cenário atual do setor financeiro, que passa por intensas e contínuas transformações.

Um dos pontos que chamam a atenção é a redução de bancários em relação aos demais trabalhadores do ramo. Se em 2012 representavam 59% do total, 10 anos depois passaram a 44%. Essa mudança, segundo o estudo, “tem consequências na realidade concreta dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, na medida em que as condições objetivas de trabalho são bastante diversas e heterogêneas”. A análise da publicação ressalta que, “em geral, as demais categorias do ramo têm condições de trabalho relativamente inferiores às dos bancários e bancárias, em termos de remuneração, jornada de trabalho, tempo de permanência no emprego, direitos garantidos em leis, acordos e convenções coletivas de trabalho”.

Entre exemplos dessa diversidade, o Perfil destaca que, no período, sempre em valores atualizados para dezembro de 2021, enquanto a remuneração média de um bancário ou bancária passou de R$ 9.558 para R$ 10.060, a dos demais trabalhadores e trabalhadoras do ramo foi de R$ 6.322 para R$ 6.284. Ou seja, além de estar em patamares inferiores, apresentou oscilação para baixo.

O estudo também mostra que há “grande diversidade de condições de trabalho” entre as categorias não bancárias do ramo financeiro formal. Os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito, por exemplo, que cresceram significativamente no período, têm ganho ao redor de 50% da média bancária e permanência no emprego de 49 meses, também próxima da metade em relação aos bancários.

O caderno também mostra o crescimento de categorias ligadas às áreas de seguro, previdência complementar, planos de saúde e cartões de crédito, além de outras atividades “pouco definidas do sistema financeiro nacional”, fato que favorece “o surgimento de novos modelos empresariais no ramo financeiro, como as Fintechs e as plataformas de serviços financeiros”.

Subsídios para a luta

Na introdução, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, destaca que o Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 é importante para que “as entidades sindicais tenham capacidade de compreender o mundo em transformação, para que possam atuar de forma eficaz para regular as relações de trabalho, com base nos preceitos do trabalho decente em todas as suas dimensões”.

A dirigente aponta que o desafio dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, evidenciado pela análise dos dados da última década é a “tendência de fragmentação do emprego no setor financeiro brasileiro, com a força de trabalho sendo pulverizada em diferentes categorias para além da bancária, como os securitários ou os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito”. Juvandia ressalta que esse processo ocorre junto ao “crescimento do emprego não assalariado, com aumento dos trabalhadores autônomos e plataformizados”.

Para Juvandia, o “conhecimento gerado a partir das informações desta cartilha e das próximas etapas dos estudos que estão por vir servirá de subsídio para a atuação da Contraf-CUT, federações e sindicatos na formulação de estratégias para a construção da organização coletiva do ramo financeiro em todas as suas dimensões e todos os segmentos de trabalhadores e trabalhadoras que estão nas cadeias de valor dos grandes conglomerados financeiros atuantes no Brasil”.

Construção do ramo financeiro

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, pontua que o Perfil faz “um diagnóstico com uma década de informações sobre bancários e bancárias e demais trabalhadores formais do ramo, elucidando informações estratégicas do setor, que visam a ajudar o movimento sindical a transformar essas informações em luta concreta e real, no sentido de caminharmos no fortalecimento e ampliação do ramo financeiro”.

Walcir ainda salienta que o atual estudo é uma retomada do histórico “Perfil do Bancário”, pesquisa realizada pela Executiva Nacional dos Bancários junto ao Instituto DataFolha, em 1996. “Alguns dados são interessantes. Apontam que 86% da categoria bancária trabalhavam em agências e apenas 8% em prédios administrativos. A pesquisa também mostrava que caixas e escriturários eram a maioria dos trabalhadores nos bancos. Os homens também eram a maioria, ocupando 59% das vagas de trabalho”, lembra o dirigente.

Hoje, como pontua Walcir, “o novo estudo mostra que a realidade dos trabalhadores do ramo financeiro mudou bastante: a concentração bancária se acentuou, a organização do trabalho é totalmente diferente e a tecnologia avançou de forma avassaladora no sistema financeiro”. O secretário analisa que “tudo isso nos coloca um enorme desafio para pensar novas formas de organização sindical e de representação desses trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro”.

Novos parâmetros

Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Dieese na Contraf-CUT e um dos responsáveis pelo Perfil, o trabalho de mapeamento “é importante, em primeiro lugar, para atualizar informações sobre a categoria e verificar o que mudou em relação a 10 anos atrás, em termos de padrões de jornada de trabalho, remuneração, tempo no emprego, pirâmide ocupacional, faixa etária, escolaridade, gênero, raça e pessoas com deficiência, entre outros aspectos”.

Gustavo explica que “compreender como cada indicador se comportou ao longo da última década é fundamental para direcionar mudanças na própria atuação do movimento sindical bancário”. O economista também entende que “um segundo eixo relevante do estudo é a comparação de todos estes indicadores, entre a categoria bancária e as demais categorias do ramo, buscando destacar o que unifica e o que difere cada um desses segmentos, com o objetivo de também direcionar a ação sindical mais efetiva no caminho de construção da organização mais ampla do ramo financeiro como um todo”.

Para a economista Vivian Machado, também da subseção do Dieese na Contraf-CUT e uma das responsáveis pelo estudo, “um destaque revelado pelo trabalho seria a perda de participação percentual e absoluta de bancárias e bancários em relação às demais categorias dentro do ramo financeiro, o que reforça a necessidade de se pensar formas de acessar os trabalhadores desses segmentos de trabalhadores não bancários, especialmente com um olhar voltado para as diferenças de remuneração e jornada, por exemplo”. Por conta dessas disparidades entre os diversos trabalhadores do ramo, Vivian ressalta “que futuras negociações deverão levar em conta as especificidades de cada segmento”.

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 está disponível para federações e sindicatos filiados à Contraf-CUT na área restrita do site da entidade.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 17 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou do Seminário “Reforma Sindical: O futuro dos sindicatos no Brasil”, promovido pela Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), da qual é filiado.

O evento presencial, foi realizado no auditório da Federação, e foi aberto para todos e todas as dirigentes sindicais da base da entidade.

O Seminário teve como objetivo analisar a necessidade de reforma e discutir possíveis mudanças, buscando fortalecer a representatividade dos trabalhadores, das trabalhadoras e dos Sindicatos, assim como melhorar as condições de trabalho e a negociação coletiva.

Durante o seminário, foi debatido o contexto antes e pós reforma trabalhista de 2017; os desafios enfrentados e os impactos esperados com uma possível reforma sindical. Foram abordadas questões como a liberdade sindical, organização sindical por setor ou ramo de atividade econômica como forma agregadora; o financiamento e reorganização patrimonial das entidades e as prerrogativas necessárias para integrar o sistema de negociação coletiva conforme o Projeto de Valorização do Sistema Sindical e da Negociação Coletiva, construído em conjunto pelas principais Centrais Sindicais.

Os palestrantes foram Paulo Jäger (Economista e Supervisor Técnico do Escritório Regional do Dieese/RJ), Normando Rodrigues (Integrante do Coletivo Jurídico da CUT e assessor jurídico da FUP) e Fausto Augusto (Diretor técnico do Dieese).

Dando continuidade ao compromisso de zelar pela saúde e condições de trabalho dos bancários, o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu com a direção do banco, nesta terça-feira (17), para discutir o aprimoramento do canal interno de denúncias.

O ombudsman do Itaú fez uma apresentação sobre o atual canal de denúncias e revelou os números de apurações e as ações empreendidas em relação a condutas inadequadas. Durante a apresentação, ele ressaltou a importância da divulgação do canal de denúncias e forneceu informações sobre como os funcionários podem reportar incidentes, incluindo vídeos e podcasts que abordam a construção de ambientes saudáveis com ênfase na segurança psicológica.

O movimento sindical expressou preocupações em relação à confiabilidade do canal de denúncias entre os bancários. “Muitas denúncias são encaminhadas ao banco por meio de canais internos. Nós reivindicamos maior agilidade nas apurações, bem como total preservação da identidade do denunciante. O sigilo absoluto da denúncia e um retorno satisfatório sobre as ações tomadas são fundamentais”, afirmou a coordenadora do GT, Luciana Duarte. “É fundamental que os bancários se sintam seguros ao denunciar casos de assédio moral, assédio sexual ou qualquer forma de discriminação no ambiente de trabalho”, completou.

O GT de Saúde enfatizou que é inaceitável que, em alguns casos, denunciantes sofram retaliações, como demissões ou transferências, o que permite que os assediadores continuem impunes. “Nós apresentamos exemplos da necessidade de uma ação mais efetiva nesse sentido. A criação de relações saudáveis e respeitosas no ambiente de trabalho é uma prioridade inegociável”, garantiu Luciana.

Outra demanda apresentada pelo movimento sindical foi a participação ativa na apuração dos casos de denúncia. O banco se comprometeu a reavaliar as situações discutidas durante a reunião e a continuar o diálogo sobre esse tema crucial.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de todo o país realizaram manifestações, nesta terça-feira (17), nas agências e departamentos administrativos da Caixa Econômica Federal. Os protestos ocorreram devido ao não avanço das negociações com o banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde das empregadas e empregados do banco, o Saúde Caixa. A vigência do atual acordo se encerra em dezembro.

“A Caixa vem endurecendo as negociações e não se posiciona quanto à exclusão do teto de custeio do plano pelo banco, definido no estatuto da Caixa em 6,5% da folha de pagamentos”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho que discute soluções para o plano de saúde, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pior do que isso, o banco não apresenta propostas para o Saúde Caixa e se nega a negociar outras pautas enquanto não há acerto para o acordo do plano de saúde”, criticou Fabiana, ao acrescentar que, apesar de não apresentar propostas, o banco vem trazendo números que sugerem o estabelecimento da cobrança por faixa etária.

“Isso é um ataque aos princípios da solidariedade e ao pacto intergeracional do Saúde Caixa, que foi criado de forma que todos possam ter acesso ao plano, até à aposentadoria. A cobrança por faixa etária transforma o Saúde Caixa em mais um plano de mercado, inacessível aos aposentados”, explicou a coordenadora da CEE.

Veja galeria de fotos das manifestações

Cor de luta

As empregadas e empregados, da ativa e aposentados, foram orientados a utilizarem roupas brancas nesta terça-feira e a tirarem fotos da manifestação para serem compartilhadas nas redes sociais.

Os sindicatos distribuíram um boletim explicando a situação do Saúde Caixa, das negociações para a renovação do acordo coletivos e dos riscos que os empregados correm se a Caixa insistir na manutenção do teto de custeio e na solução por meio da cobrança de mensalidades de acordo com a faixa etária.

“Isso vai expurgar do plano todos os aposentados e os empregados da ativa mais idosos, assim como aqueles que ganham menos. E, com uma carteira menor, não vai demorar muito para que os valores fiquem mais altos também para os mais novos e que ganham mais, inviabilizando o plano para o conjunto dos trabalhadores. Será fim do Saúde Caixa e a abertura para a entrada de empresas de saúde privada”, afirmou a coordenadora da CEE.

A luta continua

Os trabalhadores continuarão com as manifestações até que a Caixa resolva apresentar uma proposta viável para os trabalhadores. Um novo Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa já está pré-agendado para o dia 30 de outubro.

Fonte: Contraf-CUT

 

Pela terceira vez, o banco Santander foi condenado pela Justiça por fraudar a contratação de um bancário. A decisão da 2ª Vara do Trabalho da Zona Sul de São Paulo reconheceu como pertencente à categoria bancária mais um empregado do banco que havia sido transferido para a SX Tools, empresa do mesmo conglomerado. A ação foi movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo.

O trabalhador foi contratado pelo Santander em agosto de 2008. Em primeiro de outubro de 2022, foi transferido para a SX Tools, uma das empresas que o Santander criou a fim de terceirizar seus empregados. “O objetivo é rebaixar salários e direitos, além de fragilizar a organização sindical por meio da fragmentação da categoria”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, Wanessa de Queiroz.

De acordo com a sentença, o bancário afirma que sempre desempenhou as mesmas funções, prestando serviços exclusivamente para o Santander, razão pela qual pediu seu enquadramento como bancário do período de primeiro de outubro de 2022 a janeiro de 2023.

Por sua vez, o Santander e a SX Tools afirmam que o trabalhador não se enquadra na categoria dos bancários, uma vez que a SX Tools não é uma instituição financeira e sim, “uma empresa com objeto social distinto, desempenhando atividades de suporte e processamento de serviços de apoio administrativo à empresa”.

“A referida transferência suprimiu direitos inerentes à categoria dos bancários, o que é defeso em nosso ordenamento, como prevê os princípios da inalterabilidade contratual lesiva e indisponibilidade dos direitos trabalhistas”, diz um trecho da sentença proferida pela juíza Sandra dos Santos Brasil, da 2ª Vara do Trabalho da Zona Sul de São Paulo.

A sentença tornou sem efeito a transferência ocorrida em primeiro de outubro de 2022. Com isto, foram garantidas as vantagens e direitos assegurados aos bancários, por meio da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

O Santander e a SX Tools foram condenados a pagar horas extras além da 6ª hora diária ou da 30ª semanal – o que for mais benéfico ao trabalhador –, acrescidas de 50% ou normativo superior; além de reflexos em descansos semanais remunerados, inclusive no sábado bancário (conforme previsão contida nos instrumentos coletivos da categoria), férias acrescidas de um terço, aviso prévio, 13º salário, FGTS e respectiva indenização de 40%.

“Já é a terceira decisão favorável aos bancários do Santander transferidos para outra empresa do conglomerado, para desempenharem a mesma função. Uma artimanha que o banco espanhol colocou em prática para enfraquecer a categoria bancária por meio da sua fragmentação, e reduzir salários e direitos. Uma estratégia que está ruindo frente às decisões favoráveis aos trabalhadores, e que só comprovam aquilo que o sindicato sempre lutou e argumentou: quem trabalha em banco e executa serviços bancários é trabalhador bancário”, afirmou a coordenadora da COE do Santander.

“A transferência autoritária e sem qualquer tipo de negociação para a SX Tools tem sido reconhecida na Justiça do Trabalho como uma fraude, uma busca por retirar direitos dos trabalhadores e o enquadramento na categoria”, enfatiza André Esteves, advogado do Crivelli Advogados Associados, escritório que presta assessoria para o sindicato, e que ingressou com a ação na Justiça.

Esteves ressalta que a fim de contestar na Justiça a transferência de bancários para outras empresas visando a prestação do mesmo trabalho executado no banco há tanto o aspecto da alteração unilateral e lesivo no contrato de trabalho, vedado pelo artigo 468 da CLT; quanto o enquadramento dos fatos, explicitamente na súmula 239 do TST, que diz que quem atua em empresa de processamento de dados, como a SX Tools, exclusivamente para o banco Santander (como é o caso), bancário é. E possui todos os direitos da categoria, inclusive horas extras e PLR. “Os trabalhadores devem buscar o auxílio do departamento Jurídico do sindicato para reaver seus direitos”, orienta o advogado.

Movimento sindical na luta contra a terceirização

Escorado pela reforma trabalhista, que legalizou a terceirização irrestrita, desde o segundo semestre de 2021 o Santander vem transferindo trabalhadores para outras empresas pertencentes ao mesmo conglomerado, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera, e SX Tools. Cada uma vinculada a um sindicato diferente.

Desde então, o movimento sindical bancário vem denunciando e realizando uma série de protestos contra esse processo que visa rebaixar salários, retirar direitos e enfraquecer a organização dos trabalhadores.

“Seguiremos na luta para enquadrar todos os empregados de banco na categoria bancária, uma das mais fortes do país e com uma convenção coletiva que garante muitos direitos, como PLR, vale-alimentação de R$ 836 por mês, vale-refeição de R$ 48,22 por dia, auxílio-creche de R$630 por mês. Uma categoria que teve 21,61% de aumento real desde 2004”, afirma Wanessa.

Santander já é réu por terceirização fraudulenta

Mesmo após a entrada em vigor da reforma trabalhista (Lei 13467/2017), que legalizou a terceirização da atividade principal das empresas, o Santander e outras 43 empresas ainda podem ser condenadas em R$ 100 milhões, em outra ação judicial movida pelo Ministério Público do Trabalho, por intermediação fraudulenta da mão de obra.

Fonte: Contraf-CUT

A pesquisa sobre assédio faz parte da campanha “Vamos falar sobre assédio?” que a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e as Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) lançaram em 29 de setembro, com objetivo de conscientizar os empregados da Caixa sobre o tema, a prevenção e o combate a todas as formas de assédio. Saiba mais sobre a campanha!

“Uma pesquisa que fizemos em 2021 sobre saúde do empregado Caixa, entre outros aspectos, já apontava para a influência do assédio no agravamento dos problemas de saúde dos trabalhadores, sobretudo as doenças mentais. Seis em cada 10 empregados da Caixa relataram já ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. As entidades representativas têm cobrado a punição dos responsáveis e medidas de prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual no banco”, diz Sergio Takemoto, presidente da Fenae.

A “Pesquisa de opinião sobre violência e assédios no ambiente de trabalho”, será realizada a partir desta sexta (13). As empregadas e empregados receberão e-mail, explicando os objetivos da pesquisa e onde são convidados a acessar o link para responder um questionário.

As respostas serão usadas apenas para orientar ações de melhoria das relações e condições de trabalho na Caixa e gerenciadas com absoluta confidencialidade, mantendo os dados não identificáveis em qualquer relatório.

“As práticas de assédios geram consequências de longo prazo, como constatamos nos crescentes números de afastamentos de nossos colegas, e são resultado de uma cultura que se instalou na empresa. Para romper este ciclo, é necessário mapear a origem os problemas. Por isso, é fundamental que todos respondam à pesquisa, já que ela servirá como importante subsídio para as propostas que encaminharemos à empresa, que terão como objetivo propiciar um ambiente de trabalho seguro e saudável para os empregados “, explica o diretor de Saúde e Previdência da Fenae e presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

A consultora da Fenae para realização da pesquisa e mestre em políticas públicas e especialista em direitos humanos, Scarlett Rodrigues, considera que cada vez mais a pauta do assédio tem estado presente nas empresas, mas ainda de forma tardia. “O tema só entra como prioridade a ser discutido e endereçado quando algum comportamento grave que foi denunciado ganha proporções maiores na mídia e na sociedade”, reforça.

Empregado Caixa, acesse o formulário da pesquisa: www.fenae.org.br/pesquisaassedio

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Assédio sexual na Caixa

Em 28 de junho de 2022, vieram à tona denúncias sobre assédio moral e sexual contra Pedro Guimarães, na época presidente do banco. Em reportagem na imprensa, foram divulgados depoimentos de vítimas que acusaram Guimarães de praticar as agressões desde o primeiro ano de sua gestão, em 2019.

As bancárias da Caixa, que trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete de Guimarães, relataram toques em partes íntimas sem consentimento, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos. Os casos de assédio teriam ocorrido durante atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em várias cidades do país.

“A denúncia das empregadas foi fundamental para que o país tomasse conhecimento desses fatos gravíssimo. Assédio sexual é crime e não podemos ser coniventes com a impunidade”, destacou Sergio Takemoto.

Fonte: Fenae

A vergonha acabou no Santander. Depois de inúmeras denúncias de assédio moral efetuado por diferentes gestores em todo o Brasil, o Santander divulgou um vídeo institucional para a rede de agência escancarando à má prática.

Na peça, o banco insinua a sexta-feira 13 como um dia de azar para os trabalhadores que não baterem as metas, em especial àqueles que não dobrarem seus números, com os aceleradores disponíveis. “Cobramos o banco Santander para que reoriente os gestores e retire esse vídeo do aplicativo”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Wanessa lembra que no Acordo Coletivo de Trabalho aditivo do banco há uma cláusula de relações laborais, que orienta os gestores sobre as boas práticas. “Nós repudiamos qualquer política, qualquer comunicado, qualquer orientação que indique uma prática de assédio moral”.

A coordenadora destaca o quanto os trabalhadores têm sofrido com as cobranças de metas abusivas. “Isso tem impactado diretamente na saúde dos trabalhadores, com adoecimento físico e mental. De acordo com a última Consulta Nacional, realizada pela Contraf-CUT, 40% dos participantes alegam que fizeram use de remédios controlados nos últimos 12 meses”, disse ao lembrar que no próximo dia 26 está agendado uma reunião com o departamento de Relações Sindicais do banco para tratar do tema. “Os trabalhadores que sofrerem assédio moral, devem procurar os canais de denúncias do sindicato de sua base. Assédio moral é crime e gera adoecimento aos trabalhadores”, alertou.

Fonte: Contraf-CUT

Na próxima quarta-feira, dia 18 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense promove mais um “Botequim dos Bancários e das Bancárias”.

O evento ocorre na Sede do Sindicato, em Duque de Caxias, e terá como atração a cantora Micarla, que sacudiu o último botequim e, também, a Festa dos Bancários.

Além de DJ, teremos churrasco liberado e muita animação. Bebidas à parte.

Não percam!

Confira as informações:

Data: 18/10

Horário: a partir das 17 horas

Local: Sede do Sindicato (R. Prof. Henrique Ferreira Gomes, 179 - Duque de Caxias)

Churrasco liberado e bebidas à parte.

Nesta, quarta-feira, 11 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência 6104 do Banco Itaú, no Centro de Nova Iguaçu, onde se reuniam diversos gerentes, de várias agências, na chamada "Sala de Performance".
 
Estas salas de performance consistem em reunir empregados e empregadas com o objetivo de atingirem as metas estabelecidas e definidas por algumas regionais do banco, que adotaram esta ação nestes últimos meses.
 
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem feito diversas caravanas falando da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”, em razão das ocorrências de registros de adoecimento psíquico na categoria bancária, muitos deles causados pelos mecanismos de cobrança de resultados, através de metas abusivas nos bancos.
 
O Sindicato, através dos Coordenadores Gerais Pedro Batista e Renata Soeiro, conversou com os trabalhadores sobre a necessidade de se fortalecer o enfrentamento à estas políticas praticadas pelo banco, que tem levado a categoria ao adoecimento, tanto pelas metas abusivas, quanto pela pressão por resultados, pelo assédio moral, e a necessidade de erradicar essas práticas. 
 
Após falarem com as pessoas presentes na sala, os dirigentes sindicais conversaram a sós com os regionais do banco que estavam na agência, que se comprometeram a manter o bom diálogo, tanto com os empregados do banco, quanto com o Sindicato.
 
O Sindicato deixou bem clara sua posição: de que é contra a obrigatoriedade de ir à estas salas, de não terem gestores em cima dos trabalhadores pressionando de alguma forma, de que é contra qualquer ranking e que as metas sejam condizentes com a realidade. Também deixou claro que sempre estará presente e ao lado do trabalhador, garantindo um ambiente de trabalho seguro e confortável para todos. 
 
SALA DE PERFORMANCE
 
As denúncias que chegam para o Movimento Sindical Bancário é de que as/os regionais ficam nestas chamadas "salas de performance" cobrando resultados de funcionários e oferecendo benefícios para quem bate meta. Também já houveram denúncias de que vem sendo implementado um ranking entre agências, prática proibida pela Convenção Coletiva de Trabalho. Além disso, há reclamações de que muitas pessoas são obrigadas a percorrerem grandes distâncias para chegarem nestas salas.