Abril 28, 2025
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Imprensa

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Através de assembleias realizadas virtualmente, bancários e bancárias do Banco Bradesco, de todo o país, aprovaram a renovação dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) de Ponto Eletrônico e do Bradesco Financiamento.

A proposta que disciplina o Sistema de Registro Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho foi aprovada pelos empregados do Bradesco, Bradesco BBI, Bradesco Financiamento, Banco Bradescard, Next Tecnologia e Serviços Digitais.

Já o do Bradesco Financiamento é referente às áreas de análise de crédito, de atendimento e de suporte. Neste caso, o instrumento é necessário porque os empregados do Bradesco Financiamentos têm jornada específica de trabalho. Para este grupo fica assegurado o descanso de dois dias consecutivos; coincidentes ao menos duas vezes no mês com sábados e domingos; regime de cinco dias de trabalho por dois de descanso e escala de trabalho pré-definida. O instrumento terá vigência de dois anos a contar da data da sua assinatura, que deve acontecer nesta semana.

Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco, disse que esta é mais uma conquista da negociação coletiva. “Este espaço, construído após anos e anos de luta do movimento sindical, é fundamental para a gente defender os direitos dos trabalhadores e garantir avanços.”

Fonte: Contraf-CUT

A primeira parte da reforma tributária deve ser votada no Senado nesta semana, após cerca de três meses de negociações do governo federal com o Centrão. A expectativa é que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analise o parecer do senador Eduardo Braga (MDB-PA) já nesta terça-feira (7) e que o texto receba o aval da maioria dos senadores no plenário até o final da semana. Após a aprovação no Senado, o texto voltará a ser debatido na Câmara dos Deputados, uma vez que sofreu alterações pelos senadores.

A reforma tributária é uma das prioridades do governo Lula, que visa garantir a aprovação de pelo menos essa primeira parte da reforma pelas duas Casas ainda neste ano.

“Nesta primeira parte da reforma, a principal alteração é a chamada simplificação do sistema tributário, com a extinção de alguns impostos e a criação do chamado IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Isso acaba com a cumulatividade de imposto na cadeia produtiva e pode gerar redução de preços ao consumidor, caso os membros da cadeia não queiram aproveitar para aumentar sua margem de lucro”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento da tramitação no Congresso Nacional de temas de interesse dos trabalhadores, Jeferson Meira, o Jefão.

Luta dura

Jefão explicou ainda que precisamos aprovar no Senado esta primeira parte para avançarmos na segunda parte da reforma, que traz mudanças na tributação sobre a riqueza e a renda, e pode ampliar a justiça fiscal e reduzir a desigualdade no país, que ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados. “A luta já está sendo dura para aprovarmos esta primeira parte da reforma. Imagina a segunda parte! Por isso, precisamos estar atentos e mobilizados para cobrarmos deputados e senadores em suas bases de representação”, completou Jefão, ao acrescentar que as entidades de representação dos trabalhadores devem instruir suas bases para conversarem com os parlamentares e pedirem a aprovação da reforma. “E, nas eleições, é importante que a classe trabalhadora vote em deputados e senadores comprometidos com os trabalhadores, não naqueles que criam leis de acordo com seus próprios interesses e aceitam o lobby do empresariado”, concluiu.

A reforma que o povo quer

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, ressalta a importância da aprovação da reforma tributária. “Todos ficamos perdidos na complexidade do sistema atual. A simplificação proposta nesta primeira parte da reforma, além de acabar com a cumulatividade na cadeia de produção e, com isso, possibilitar a queda de preços ao consumidor final, tem a função de facilitar o pagamento de impostos pelas empresas e também a fiscalização pelo governo”, explicou Walcir. “Mas precisamos que a segunda parte também seja aprovada o quanto antes. É ela que permitirá o governo arrecadar mais dos ricos e de quem ganha mais e desonerar os pobres e quem ganha muito pouco. Somente assim vamos reduzir a desigualdade que faz tanto mal ao nosso país”, concluiu o dirigente da Contraf-CUT, que atua juntamente com outras entidades em campanhas para a tributação dos super-ricos, que, entre outras propostas, reivindicam a regulamentação do inciso VII do artigo 153 da Constituição Federal, que institui a cobrança de impostos sobre grandes fortunas por meio de lei complementar.

Fonte: Contraf-CUT

A próxima reunião de negociações para a renovação do acordo específico referente ao Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, está marcada para quinta-feira (9). As negociações estavam estagnadas, mas foram destravadas na quarta-feira (1º/11), em reunião ocorrida com o banco a pedido do Comando Nacional dos Bancários, após as mobilizações do dia de luta em defesa do plano, realizadas por todo o país em 30/10.

“Temos um cenário que aponta um déficit de mais de R$ 1 bilhão, considerando os custos de 2023 e as projeções atuariais de custos para 2024. Com essa retomada das negociações já temos uma sinalização positiva com relação ao custeio para sanar o déficit de 2023 que, se não for equalizado, nos obrigaria a arcar com o pagamento de 4,5 parcelas extraordinárias no próximo ano”, avaliou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e do GT Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Nossa intenção é conquistar uma proposta melhor para o ano de 2024 que não onere os colegas a ponto de inviabilizar sua permanência no Saúde Caixa”, completou.

A Caixa se comprometeu a trazer simulações na reunião do dia 9, para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio.

Mas, apesar dos avanços, a coordenadora da CEE orienta que as empregadas e os empregados se mantenham atentos às negociações. “Precisamos nos manter mobilizados, pois ainda não houve a renovação do acordo. E, o custeio é uma parte do problema, pois precisamos avançar na melhoria da qualidade do plano”, disse, ao acrescentar que em algumas cidades e regiões os usuários não conseguem atendimento básico. “Para tentar resolver este problema, uma das nossas solicitações é o retorno das antigas Gipes (Gerencias Regionais de Pessoas). Essas estruturas locais são fundamentais não só para atendimento aos usuários, mas também aos credenciados. E, por serem locais, possuem maior conhecimento das necessidades e particularidades de cada região”, disse Fabiana.

Avanços

A situação que estava sendo imposta pela Caixa para a renovação do Saúde Caixa era tida como muito preocupante pela CEE e pelo Comando Nacional dos Bancários. “Caso a situação não evoluísse, o risco para nós, usuários do plano, seria ter que arcar com as contribuições extraordinárias para custear o déficit deste ano, além do aumento médio de 85% nas mensalidades para o ano que vem. Por isso, a mesa foi tão importante”, explicou o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros. Mas, para o diretor da Fenae, o cenário ainda é delicado, já que faltam apenas oito semanas para o fim do ano e as tratativas precisam se encerrar ainda antes deste prazo. “Temos cobrado que a Caixa assuma diversos custos, que entendemos ser próprios da empresa e não do plano, e assim possamos buscar um custeio melhor” completou.

“Avançamos para resolver o déficit de 2023 usando as reservas técnicas e de contingência e a Caixa se comprometeu a incorporar toda a despesa de pessoal deste ano. Resolvendo essa situação, vamos fazer o debate sobre o futuro do plano para 2024”, explicou, no final da reunião de quarta-feira, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Para evitar a cobrança de parcelas extraordinárias em 2024 (referentes a 2023), a Caixa concordou em também usar recursos do fundo de contingência do plano de saúde. Também disse que pode absorver parte dos custos administrativos, ou seja as despesas de pessoal de 2023. A representação dos trabalhadores solicitou que além de 2023, sejam também consideradas as estas despesas dos anos de 2021 e 2022, que foram colocados no custeio indevidamente, já que, mesmo com a restrição estatutária do banco, imposta em 2017, não eram cobrados até 2020. A Caixa ficou de avaliar essa possibilidade.

Veja vídeo gravado pela coordenadora da CEE e pelo diretor da Fenae logo após a reunião de quarta-feira (1º/10). 

Reajustes

Mesmo com as alternativas que vem sendo discutidas na negociação deste ano, os trabalhadores avaliam que, para o ano que vem, os debates sobre a sustentabilidade do Saúde Caixa devem ser mantidos, com a defesa da manutenção dos mesmos princípios e características, além da melhoria da qualidade de atendimento e ampliação da rede credenciada.

“A Caixa vem pedindo que sejam feitos reajustes e cobranças de todos os usuários, não tendo mais a trava de dois dependentes. Entretanto, entendemos que tem que ter um teto para não onerar a renda dos titulares e acabar inviabilizando sua permanência no plano de saúde”, disse Fabiana.

Com relação às mensalidades, a coordenadora da CEE observou que a cobrança é proporcional aos rendimentos de cada empregado. “Então, as mensalidades já são reajustadas na medida em que há aumento nos salários. E a entrada de mais recursos pode ser resolvida pela própria Caixa, com a reversão da política de redução de pessoal que, além de permitir o aumento de usuários contribuintes, reduz a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, o adoecimento e os custos médicos do Saúde Caixa. Temos que avançar também nesse debate”, concluiu a coordenadora da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander entrou na campanha Novembro Azul – mês mundial de combate ao câncer de próstata e está oferecendo aos funcionários do banco e também das empresas coligadas, assim como a suas dependentes no plano de saúde, exames preventivos sem a cobrança da coparticipação durante de todo o mês. Os exames são: Colesterol total e fracções, Triglicérides, Glicemia de jejum e PSA.

Para Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, é muito importante a participação de todos os trabalhadores aproveitando mais esse incentivo. “Prevenir é sempre o melhor caminho para cuidar da saúde”.

Câncer de próstata

O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O que é a próstata?

É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

Sintomas:

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:

  • dor óssea;
  • dores ao urinar;
  • vontade de urinar com frequência;
  • presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Fatores de risco:

  • histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
  • raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
  • obesidade.

Prevenção e tratamento:

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, na segunda-feira (30), com representantes do BB, que apresentaram o Plano Estratégico Corporativo da empresa, para o período 2024-2028. A exposição contou com um balanço das mudanças recentes do sistema financeiro brasileiro e que impactam na posição do banco em relação às demais empresas do setor.

Se em 2016 cada pessoa (PF e PJ) tinha, em média, relacionamento com duas instituições financeiras, atualmente, cada pessoa tem, em média, com cinco instituições. Parte da explicação para isso estaria com a ampliação de novos agentes no sistema financeiro, que passaram a competir espaço com os bancos tradicionais, como as fintechs (empresas que fornecem serviços financeiros por meio do uso da tecnologia).

Diante desse cenário, no qual a digitalização permite maior eficiência e escalabilidade nos serviços bancários, o plano estratégico considera a continuidade nos investimentos em transformação digital e processos e, em relação aos trabalhadores da empresa, “desenvolvimento de liderança engajadora e o aprendizado contínuo de todos os funcionários”.

“O que o banco apresentou foi bem claro: que tudo está em mudança e que o funcionário precisa estar preparado para se requalificar. Esse foi o recado”, resume o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimento Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS) na CEBB, David Zaia.

“Sim, o setor financeiro enfrenta mudanças decorrentes da digitalização e o Banco do Brasil está inserido neste cenário. Disso não temos dúvidas. Mas o que ressaltamos no encontro é que o BB é um banco público e, como tal, tem um papel estratégico no desenvolvimento do país, tem papel estratégico e social na democratização financeira e, portanto, deve manter estrutura para assegurar igual atendimento, tanto aos mais velhos, quanto aos mais jovens, tanto nas regiões urbanas, quanto nas rurais, tanto em cidades grandes, quanto em pequenas. Nos últimos anos, o BB perdeu espaço para cooperativas nas zonas agrícolas e isso aconteceu porque fechou unidades”, pontua o representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEBB, Getúlio Maciel.

Um dado importante, apresentado logo no início da apresentação do banco, para ilustrar a proposta do plano estratégico 2024-2028, foi que metas que haviam sido estabelecidas para este ano, 2023, já tinham sido superadas no primeiro semestre.

“Nos preocupa, no âmbito da estratégia, a questão das metas por resultados. Na apresentação, o banco ressalta que o plano inclui ‘assegurar um ambiente de trabalho psicologicamente saudável’. Isso está ligado ao que nós, do movimento sindical, temos chamado a atenção como ‘adoecimento psicológico no trabalho’. Então, essa questão colocada no plano estratégico é positiva”, ressalta a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres. “Entretanto, no mesmo plano, o banco usa muito o termo ‘engajamento’ dos funcionários, dos gestores, o que nos remete a um cuidado de como isso será feito, sem que redunde na continuidade ou fortalecimento de uma gestão adoecedora, e que coloca em primeiro lugar as metas”, completa.

“Preocupação com os funcionários, com o desenvolvimento do país, através das políticas sociais, e com o atendimento da população. Essas devem ser as prioridades do BB, e não ficar disputando com quem lucra mais. Foi isso o que destacamos na mesa: o espírito público do BB tem que ser fortalecido”, pontua o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Rogério Tavares.

Os representantes do banco reconheceram que, na gestão anterior, ocorreram reduções de agências, principalmente em cidades pequenas, e redução de funcionários. Foi dito que a diminuição do quadro de pessoal e de estrutura não está no plano estratégico pensado para 2024-2028 e, ainda, que há expectativa de posse de 6 mil funcionários até 2025.

“O balanço geral que temos do que nos foi apresentado é positivo, incluindo a questão da promoção à diversidade dentro da empresa. Mas ressaltamos nossa preocupação com as metas aplicadas para os funcionários, que possam levar ao adoecimento e também funcionar como ferramenta de assédio moral. Também ressaltamos o papel da empresa como um banco público. Então, continuaremos olhando com atenção o plano para garantir a proteção dos trabalhadores, proteção dos direitos do acordo coletivo de trabalho e fortalecimento do BB, institucionalmente”, conclui Getúlio Maciel.

Fonte: Contraf-CUT

O Santander vai efetuar o pagamento da 13ª cesta alimentação, no vale-alimentação, dia 30 de novembro. Os bancários poderão acompanhar o pagamento pelo aplicativo do cartão Ben.

A 13ª cesta alimentação consiste em um crédito a mais, pago em dezembro, no vale-alimentação. Ou seja, os bancários recebem o dobro do valor do vale-alimentação, no último mês do ano.

É uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2007, garantida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) desde então. A atual CCT tem validade até 31 de agosto de 2024.

Fonte: Contraf-CUT

Após as manifestações ocorridas na segunda-feira (30), em defesa do Saúde Caixa, a Caixa Econômica Federal atendeu pedido das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários e marcou reunião para retomada das negociações sobre o plano de saúde das empregadas e empregados da Caixa para esta quarta-feira (1/11), às 11h30. A reunião será presencial, em Brasília.

As negociações estão travadas, e as projeções da assessoria atuarial da Caixa apontam que o plano se torne inviável economicamente aos usuários, caso não haja a revogação do teto de custeio, pelo banco, de 6,5% da folha de pagamentos, que impede que a Caixa cubra os 70% dos custos do Saúde Caixa, como está previsto no acordo coletivo específico do plano.

“Se a gente não conseguir avançar nas negociações o plano se tornará inviável, porque colegas vão sair e quem ficar terá que suportar os aumentos dos custos. Precisamos destravar as negociações para conseguirmos avançar. Por isso, temos que manter a mobilização”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

“O nosso debate, em mesa de negociação, precisa ir além do modelo de custeio. Precisamos falar sobre a melhoria da qualidade do plano e a descentralização para credenciamento de novos profissionais de saúde, clínicas e hospitais para atender os colegas de diversas cidades e regiões que não conseguem ter atendimento”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou resolução sobre o repasse de valores das “reclamatórias trabalhistas” (ações ganhas na Justiça por funcionários contra o BB) à Caixa de Assistência dos funcionários do BB (Cassi). A exigência aconteceu na última quinta-feira (26), em encontro de representantes da Cassi e do banco, por meio da Dipes (Diretoria de Gestão da Cultura e de Pessoas).

“O banco pagou essas reclamatórias aos funcionários, mas não fez o repasse correspondente à Cassi, como deveria ter feito”, explicou o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Rogério Tavares, que participou do encontro.

Segundo dados da Cassi, existem cerca de 10 mil processos trabalhistas. Na reunião, a porta-voz da Dipes disse que a empresa está próxima de resolver a questão, apesar de não ter determinado uma data próxima e nem o montante calculado que será repassado para a Cassi.

“Então, não sabemos ainda o montante que será repassado para a Cassi pelo banco. Mas o que podemos destacar é que a caixa de assistência tem direito de receber e que os valores dessas reclamatórias trabalhistas têm reflexo nos salários anteriores recebidos pelo funcionário, uma vez que a contribuição da Cassi é de acordo com o salário dos funcionários”, explicou Rogério Tavares.

Cobranças à Cassi

O representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB, Getúlio Maciel, que também acompanhou o encontro, destacou que, além do repasse das reclamatórias trabalhistas à Cassi, exigida há anos pelos funcionários, “a comissão também cobrou da caixa de assistência respostas sobre o fechamento de unidades da rede CliniCassi e que os funcionários possam contar com o atendimento de médicos da família, no âmbito da Estratégia Saúde da Família”.

Outra cobrança feita pelos funcionários foi a integração dos trabalhadores egressos de bancos incorporados, incluindo os aposentados e seus dependentes, ao Plano Associados da Cassi. “Se faz urgente o início das negociações no âmbito do grupo de trabalho (GT), que ainda não foi implementado e que trata dos bancos incorporados, notadamente a situação dos colegas egressos do Banco Nossa Caixa, cujas demandas já foram apresentadas também na esfera judicial. Esperamos que, com essa atual administração do BB, possamos resolver essa situação o mais breve possível”, pontuou Getúlio.

Diante da demanda apresentada pelos trabalhadores sobre os funcionários de bancos incorporados, o BB se comprometeu a avaliar a melhor data para a implementação do GT.

Fonte: Contraf-CUT

As coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários solicitaram à direção da Caixa Econômica, nesta segunda-feira (30), a retomada imediata das negociações sobre o Saúde Caixa, cujo acordo coletivo vence no final deste ano. O Comando aguarda o retorno do banco.

O pedido ocorre na sequência dos novos protestos realizados pelos empregados e empregadas de todo o país em mais um dia nacional de luta em defesa do plano de saúde, numa grande demonstração de força e unidade, com paralisações nos locais de trabalho, além de um tuitaço com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa.

As negociações estão num impasse e o cenário, conforme projeção feita pela assessoria atuarial da Caixa, é que o plano se torne inviável economicamente aos usuários.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta segunda-feira, 30 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fez um ato na agência São João de Meriti da Caixa Econômica Federal, localizada no Centro do município, para mostrar sua indignação com a falta de negociações pelo banco para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico do plano de saúde, o Saúde Caixa. O acordo tem vigência somente até o final deste ano.

As manifestações ocorreram em todo o Brasil, com agências e departamentos administrativos da Caixa amanhecendo sob protestos.

Além do protesto, os diretores e diretoras do Sindicato, num ato simbólico, levaram um bolo para "festejar" os nove meses em que a agência permanece em obras, com instalações inacabadas e sem terminal de auto atendimento para seus clientes.

Tuitaço

Além dos protestos nas unidades da Caixa, também houve manifestações nas redes sociais. Os bancários vestiram branco e postaram fotos nas redes sociais com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa

Dia histórico

O dia 30 foi escolhido para recordar o histórico 30 de outubro de 1985, data em que praticamente 100% dos empregados da Caixa paralisaram as atividades para reivindicação da jornada de seis horas e pelo direito à sindicalização. Estas conquistas são decorrentes desta manifestação.

Entenda

Em 2017, depois do golpe que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República, a Caixa fez uma alteração em seu Estatuto Social, sem qualquer tipo de negociação com os empregados e sua representação sindical, e impôs um teto de custeio que limita os gastos da empresa com a saúde dos seus empregados em até 6,5% da folha de pagamento.

O ACT específico do Saúde Caixa define que a Caixa arque com 70% dos custos do plano de saúde. Mas o teto de 6,5%, imposto pelo Estatuto, limita os gastos da Caixa e a impede de cumprir o modelo de custeio 70/30 (70% de responsabilidade do banco e 30% dos empregados) definido no ACT.

Assim, as despesas que excedem os 6,5% são transferidas aos empregados, que acabam pagando mais do que os 30% definidos no acordo com o banco. Por enquanto, isso estava sendo coberto pelo fundo de reserva do plano, mas as projeções mostram que isso não será mais possível.

Nessas condições, as projeções realizadas pela Caixa apontam que o aumento médio das mensalidades dos empregados seria de 85% em 2023 e de 107% em 2024, e com isso voltam as pressões para que a Caixa adote a cobrança por faixa etária, que foi implementada nas demais estatais por força da CGPAR 23.

A cobrança por faixa etária não resolve o problema principal, que é a redução da participação da Caixa no custeio. Seu efeito, na verdade, seria a quebra dos princípios da solidariedade e do pacto intergeracional, instituídos desde a criação do plano para garantir o direito ao plano de saúde para todas as empregadas e empregados da ativa e aposentados, já que a constante transferência de custos para os empregados faria com que os sucessivos aumentos de mensalidade fossem bem superiores à inflação e o valor da mensalidade comprometeria a renda dos trabalhadores a um nível em que a permanência no plano ficaria insustentável, e estes usuários sairiam do plano (como ocorreu nas autogestões que implementaram a cobrança por faixa etária, como o plano dos Correios, que tinha 400 mil usuários e passou a 219 mil).

A alternativa para a sustentabilidade do Saúde Caixa, que foi concebido como uma política de assistência à saúde (e não meramente como um plano), passa pelo aumento da participação da Caixa no custeio e pela manutenção de seus princípios de solidariedade e do pacto intergeracional.

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