Abril 30, 2025
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Responsável por combater a prática de trabalho escravo e infantil, por atuar para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, fiscalizar a arrecadação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outras atribuições, a auditoria-fiscal do trabalho passa por uma situação difícil no país. De 3.644 cargos existentes, 1.317 estão vagos. O número atual de 2.327 profissionais é o menor em 20 anos.

Esse sucateamento, aliado a uma redução orçamentária praticada ano a ano, torna a fiscalização uma ação “para inglês ver, porque, na prática, não tem condições”, nas palavras da vice-presidenta do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosa Maria Campos Jorge.

Segundo a entidade, a melhor condição de mão de obra da fiscalização do trabalho foi em 1996, quando a área chegou a ter 3.464 auditores. O atual número de cargos é o mesmo de 1984. O total de profissionais caiu até 2003, quando chegou a 2.837, e teve recuperação até 2007, atingindo 3.174. Desde então, o número foi drasticamente reduzido. E pode ser ainda mais nos próximos anos, já que cerca de 500 profissionais estão em condições de se aposentar e continuam em atividade recebendo um abono de permanência.

“O número é absolutamente insuficiente para dar conta das demandas que temos. O número de empresas aumentou muito, o de trabalhadores também. Parece mesmo uma estratégia de manter um quadro mínimo para mostrar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) que se está cumprindo as convenções”, avalia Rosa Maria. “É uma situação de descaso descarado do governo brasileiro com os trabalhadores”, acrescenta.

Hoje o país tem uma população economicamente ativa de 104 milhões de trabalhadores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. O artigo 10 da Convenção 81 da OIT estabelece que países devem manter “quantitativo suficiente de auditores-fiscais do trabalho em relação ao número de estabelecimentos, de trabalhadores, além de observar as exigências demandadas pela complexidade de suas legislações trabalhistas”.

Em 2014, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com ação na Justiça Federal exigindo que o governo federal realizasse concurso público para a contratação de 862 auditores-fiscais. O número correspondia aos cargos vagos naquele ano. A ação também solicitava que fosse garantida uma taxa de um fiscal para cada 10 mil trabalhadores. Atualmente, a taxa é de um para 44 mil. O último concurso para área foi realizado em 2013, mas apenas 100 profissionais foram convocados.

Menos ações de fiscalização

Outra reclamação dos auditores é a redução do orçamento da fiscalização ano a ano. Em 2017, os cortes chegaram a paralisar as ações de combate ao trabalho escravo. Cerca de 70% da verba da fiscalização foi congelada. Isso tudo resultou na diminuição do número de ações e de trabalhadores resgatados. Em 2016 foram 773 resgatados. Já em 2017, foram 550. “Para complicar a situação, a MP (medida provisória) 839 (que redireciona recursos para subsidiar a redução no preço do Diesel combustível) retira quase R$ 2 milhões da fiscalização”, afirma a vice-presidenta do Sinait.

Os auditores já fizeram três denúncias contra o governo brasileiro na OIT por causa da situação da fiscalização. Na semana passada,  realizaram um dia nacional de mobilizações para denunciar o desmantelamento do setor. “Queremos que o governo, mas também a sociedade, entenda os custos sociais do sucateamento da fiscalização do trabalho. A redução no combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil é muito grave. Mas também leva a um aumento nos acidentes de trabalho, cujos custos oneram o sistema de saúde e a previdência social”, conclui Rosa Maria.

Procurado, o Ministério do Trabalho não se manifestou.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

O mercado de trabalho continuou criando vagas informais no trimestre encerrado em maio, com a taxa de desemprego calculada em 12,7% pelo IBGE, ante 12,6% em fevereiro e 13,3% há um ano, com uma estimativa de 13,235 milhões de desempregados, 115 mil a mais em três meses (0,9%). Se em 12 meses o país tem menos 536 mil desempregados a menos (-3,9%), também nesse período só viu crescer o trabalho sem carteira e autônomo, porque não houve crescimento do emprego com carteira assinada.

De fevereiro a maio, 90 mil pessoas deixaram de fazer parte da força de trabalho, enquanto o mercado fechou 204 mil vagas, fazendo o número de desempregados crescer em 115 mil, com certa estabilidade. A força de trabalho (104,112 milhões) equivale ao total de ocupados (90,887 milhões) e de desempregados (13,235 milhões).

Em relação a maio do ano passado, 663 mil pessoas ingressaram à procura de trabalho. Foram criadas 1,199 milhão de ocupações (aumento de 1,3%), reduzindo o desemprego.

Mas segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo IBGE, nesse período nenhum desses empregos foi com carteira assinada. Em 12 meses, o emprego com carteira no setor privado caiu 1,5%: menos 483 mil. Já o emprego sem carteira cresceu 5,7%, com acréscimo de 597 mil, além de mais 568 mil (2,5%) por conta própria e mais 229 mil (5,6%) de empregadores, o que pode indicar aumento do empreendedorismo. Também cresceu o emprego no setor público, enquanto o trabalho doméstico ficou estável. 

Entre os setores de atividade, apenas a administração pública cresceu de fevereiro para maio. O IBGE apurou queda em comércio/reparação de veículos, trabalho doméstico e serviços de informação, comunicação e atividades financeiras. 

Já em relação a maio do ano passado, houve alta na administração pública (3,4%,mais 526 mil) e em "outros serviços" (7,4%, 323 mil), que inclui arte, cultura e manutenção de equipamentos de informática e objetos pessoais. O emprego caiu na agricultura (-2,9%, menos 254 mil) e ficou relativamente estável nas demais áreas.

Estimado em R$ 2.187, o rendimento médio ficou estável tanto em relação ao trimestre anterior como na comparação com igual período de 2017. A massa de rendimentos (R$ 193,9 bilhões) também teve estabilidade.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Diante de um Comando Nacional dos Bancários que se deslocaram de todo o Brasil até São Paulo para a primeira rodada de negociação da Campanha 2018, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) frustrou os debates nesta quinta-feira (28).

“Viemos para a mesa com disposição total de negociação e a expectativa de sair com um pré-acordo assinado, garantindo os direitos dos trabalhadores, como vales refeição, alimentação, auxílio-creche/babá, mas isso foi frustrado pela postura dos bancos que não deram resposta nenhuma ao assunto”, critica a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.

A dirigente destacou que, em anos anteriores, o pré-acordo que garantia a ultratividade sempre foi respeitado. Ele foi apresentado à Fenaban no dia da entrega da pauta, em 13 de junho. “Este ano sequer garantiram que isso será feito na próxima negociação. Reforçamos que essa é uma prioridade dos bancários”. 

Clique aqui e veja o vídeo da primeira reunião.

A atual CCT e os direitos nela previstos têm validade somente até 31 de agosto, já que a data base da categoria é 1º de setembro. Por isso, a ultratividade é uma prioridade para a categoria, principalmente diante da vigência da legislação trabalhista do pós-golpe que autoriza a retirada de direitos. A lei 13.467, de novembro de 2017, foi gestada e aprovada pelos empresários, dentre eles os bancos.

“Essa primeira rodada de negociação só confirmou a importância da mobilização dos bancários na defesa da CCT e da mesa única de negociação”, avalia. “Queremos negociação com seriedade. Nossa CCT está em risco, assim como todos os direitos da categoria, inclusive nossa PLR e a mesa unificada nacional entre bancos públicos e privados”, alertou a dirigente.

De janeiro a maio de 2017, foram 13.665 acordos e 1.985 convenções. Esse ano, com a mudança na lei, no mesmo período foram 3.782 (menos 72%) acordos e 327 convenções no país (menos 84%), segundo dados do Boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O Comando apresentou uma proposta de calendário com datas para as próximas rodadas de negociação, mas os bancos marcaram somente para 12 de julho pela manhã, diante de dificuldades colocadas pela agenda dos negociadores.

“Deixamos com eles nossa proposta para que avaliem um calendário e reafirmamos nossa disposição de negociar”, reforçou Juvandia.

Mobilização nacional

Os bancários devem estar preparados para a luta que será ainda mais fundamental na Campanha 2018.

Na quinta-feira (5), será realizado Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos. E em 11 de julho Dia Nacional de Luta em Defesa da CCT e dos direitos da categoria. Os bancários devem usar #TodosPelosDireitos e #AssinaFenaban para ajudar a pressionar os bancos também pelas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

O Dia Internacional do Orgulho LGBT é celebrado anualmente em 28 de junho em todo o mundo. Hoje também é reconhecido como dia do Orgulho LGBTQI(Lesbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queer e Intersex). Esta data tem como objetivo dar visibilidade e conscientizar a população sobre a importância do combate à discriminação, no caso a Lgbtfobia, para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária.

A data marca a luta pelos direitos, que teve início em Stonewal, Nova York, em 1969, contra represálias de autoridades locais para reprimir a comunidade gay. De acordo com Adilson Barros, diretor executivo da Contraf-CUT, esta luta é de todos e o importante é ser respeitado como ser humano e ter seus direitos garantidos e independente da orientação sexual. “É preciso continuar resistindo para manter nossos direitos e impedir o avanço do conservadorismo e o aumento da violencia a comunidade LGBT. O Brasil é o país que mais mata no mundo, um LGBT é assassinado a cada 19 horas, são centenas de vidas ceifadas por crime de ódio. É preciso barrar tamanha intolerancia. LGBT tem direito a sua cidadania e acima de tudo amar”, disse.

A declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece que as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. A Constituição Federal afirma que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. “Todas as pessoas devem ser respeitadas e tratadas igualmente por quem quer que seja, inclusive pelo Estado. Precisamos garantir e evitar a vontade de alguns e retroceder”, afirmou Adilson.

Segundo o diretor executivo da Contraf-CUT, a comunidade LGBT sofre com tanta violência e descaso de autoridades, seja em qualquer esfera da sociedade, isto inclui o mundo do trabalho. “Muitos são perseguidos e rejeitados por ter sua orientação sexual definida. As condições no atual Governo golpista pioram cada vez mais. Precisamos nos organizar e resistir e unificar todas as lutas para impedir o atraso e ataques aos direitos”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários está reunido neste momento, em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para realizar a primeira rodada de negociação. A categoria tem data-base em 1º de setembro e cobra das instituições financeiras aumento real, PLR maior, mais empregos e respeito a todos os direitos previstos em sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Mais informações durante a negociação.

Leia também:
Comando Nacional e bancos fazem hoje a primeira rodada de negociação

 

Fonte: Contraf-CUT

Na última reunião da diretoria executiva da Cassi, os dois indicados pelo banco e o diretor recém-eleito, Luiz Satoru, aprovaram aumento de coparticipação dos associados em consultas e exames sem comunicar previamente a ninguém. O único voto contrário foi do diretor eleito Humberto Almeida.

O assunto foi encaminhado ao Conselho Deliberativo, onde o presidente Faraco, também eleito recentemente, pretende convocar reunião imediata não presencial para referendar a decisão da diretoria, certo de que aprovará com apoio dos quatro conselheiros indicados pelo banco.

Não é a primeira vez que a diretoria decide por 3 a 1 e o Conselho Deliberativo por 5 a 3, a favor do banco e contra os associados.

Diretor eleito quer convencer entidades a apoiar proposta do banco

Na última terça-feira o diretor eleito Satoru convidou entidades para apresentar a proposta do BB para tentar convencê-las a aceitar, com algumas mudanças:

·   Aumento definitivo da contribuição dos associados para 4%, mantendo a contribuição patronal em 4,5%

·    Voto de minerva para o BB no Conselho Deliberativo

· Criação de contribuição por dependente, com valores maiores para dependentes de aposentados e menores para dependentes de ativos

·  Implantação de uma Gerência de TI escolhida pela diretoria, no mesmo nível hierárquico da diretoria e sem passar por processo eleitoral, o que na prática derruba a paridade na governança e dá mais poder ao banco.

A proposta é alterar a governança sem consulta ao Corpo Social. Os dois diretores indicados pelo banco e o diretor eleito Satoru fizeram algumas modificações na proposta do BB, mas mantiveram sua essência.

Comissão de Empresa não apoia esta farsa

O BB abandonou a mesa de negociação porque lá não conseguia impor sua vontade. Despreza as entidades sindicais e associativas como legítimos representantes dos associados, faz terrorismo junto aos funcionários e tenta usar dirigentes eleitos como defensores de suas propostas.

O resultado é que o banco está conseguindo criar um consenso dos associados contra as suas propostas, como têm feito os conselhos de usuários de vários Estados.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o princípio básico de se consultar a Corpo Social está sendo destruído e prejudicando ainda mais os associados da CASSI. “Pois abre brechas para retirada de direitos e aumento dos custos só para os associados. O banco errou nas contas e não admite, quer passar por cima dos associados para não ter que explicar seus erros. ” 

Fonte: Contraf-CUT

A dita "reforma" promovida pelo governo Temer, que prometia modernizar as relações de trabalho no país (Lei 13.467), vem produzindo precarização do emprego, com aumento da terceirização, da pejotização e contratações por períodos intermitentes. As negociações com os sindicatos ficaram mais "duras", com empresas que se aproveitam da nova legislação para promover agenda de redução de direitos. O acesso à Justiça do Trabalho também está mais limitado.

A avaliação é do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, após pouco mais de sete meses de aplicação das novas regras. Ele defende que a revogação da "reforma" trabalhista seja objeto de debate durante o processo eleitoral.

"A agenda prioritária da classe trabalhadora que as centrais elaboraram destaca a necessidade de uma revisão profunda ou muitas vezes de uma revogação de muitas dessas leis, especialmente essa da mudança trabalhista. Não necessariamente no sentido de voltar ao padrão anterior, mas de uma reforma que de fato faça uma modernização, para que tenhamos uma proteção para um mundo do trabalho que está em mudança", afirmou à Rádio Brasil Atual nesta quarta-feira (27).

Segundo Clemente, a "reforma" significa a regressão do "padrão civilizatório nas relações de trabalho". "O que precisamos é de uma mudança para incrementar esse padrão, para dar mais proteção aos trabalhadores e segurança às empresas. O que essa legislação faz não é necessariamente isso. Ela pode até aparentemente dar mais segurança às empresas, mas o faz com mecanismos que fragilizam e precarizam a proteção do trabalho. Não é isso que os trabalhadores e o movimento sindical querem", frisou.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Depois do golpe que destituiu a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, 64.368 empresas brasileiras fecharam as portas e 2,13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram demitidos. Os setores mais prejudicados foram construção e indústria. Entre 2015 e 2016, o número de empresas registradas no Brasil caiu 1,3%, de 5.114.983 para 5.050.615. E o total de empregados caiu 4% – de 53.541.695 para 51.411.199. As informações são de Marize Muniz, do site da CUT.

O total de salários e remunerações pagas no país também teve queda (3%) – de R$ 1,66 trilhão para R$ 1,61 trilhão. O salário médio mensal registrou alta de 0,7% – de R$ 2.643,56 para R$ 2.661,18. 

Os dados são do Cempre (Cadastro Central de Empresas) do IBGE, banco de dados que tem informações sobre todas as empresas formais constituídas no país, e foram divulgados nesta quarta-feira (27). Segundo o instituto, "houve redução em quase todas as variáveis analisadas,  em decorrência da crise econômica, com exceção apenas do salário médio mensal".

Comércio

O setor de construção demitiu 20,5% dos trabalhadores e trabalhadoras entre 2015 e 2016, serviços (-15,6%), indústrias extrativas (-8,1%) e indústria de transformação (-5,1%).

Apenas cinco dos 20 setores analisados pelo IBGE registraram aumento no número de trabalhadores assalariados naquele ano: eletricidade e gás (+6,9%); entidades e organismos internacionais (+6,1%); o segmento de artes, cultura, esporte e recreação (+0,9%); educação (+0,3%) e as atividades financeiras, que incluem bancos, investimentos e seguros (+0,1).

Entre os setores que registram os maiores rendimentos médios, estão eletricidade e gás (R$ 7.263,19), atividades financeiras (R$ 5.916,33). Já os piores salários foram encontrados nos setores de serviços de alojamento e alimentação (R$ 1.363,30); atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.652,44) e comércio (R$ 1.753,80).

Escolaridade

Por escolaridade, o pessoal ocupado assalariado com nível superior cresceu 1,6% entre 2015 e 2016, enquanto o pessoal sem nível superior recuou 5,9%. A participação relativa do pessoal ocupado assalariado com nível superior passou de 20,4% para 21,7%, e o segmento sem nível superior recuou de 79,6% para 78,3%. 

Houve aumento do pessoal com nível superior em 14 das 20 seções, com destaque para indústrias de transformação (14,0%), eletricidade e gás (11,4%), atividades administrativas e serviços complementares (10,9%), organismos internacionais e instituições extraterritoriais (7,2%) e atividades imobiliárias (6,4%).

O pessoal assalariado com nível superior (R$ 5.507,82) recebeu quase o triplo dos trabalhadores sem nível superior (R$ 1.866,89), o equivalente a 195% a mais.

A administração pública e as entidades empresariais apresentaram a maior proporção de assalariados com nível superior, 44,7% e 45,6%, respectivamente. Já o pessoal sem nível superior predominou nas entidades empresariais, com participação de 79,3%, enquanto eram 14,3% na administração pública e 6,5% nas entidades sem fins lucrativos.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

A primeira rodada de negociações entre o Banco do Brasil e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), órgão auxiliar da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que assessora o Comando Nacional dos Bancários no relacionamento com os funcionários e com a direção do BB, será realizada na próxima sexta-feira (29), em São Paulo.

“Nesta primeira reunião, o principal ponto de negociação será a manutenção da ultratividade do acordo em vigência até 31 de agosto. Queremos o banco garanta que nenhum dos direitos seja retirado até que seja firmado um novo acordo”, afirmou Wagner Nascimento, coordenador da (CEBB), lembrando que a nova legislação trabalhista aprovada pelo governo Temer acaba com a ultratividade das convenções e acordos coletivos. Ou seja, caso não haja acerto para assinatura de um novo acordo, todas as cláusulas perdem sua validade e, com isso, os bancários podem perder direitos históricos, conquistados após anos de luta.

Além da manutenção dos direitos, o 29º Congresso nacional dos Funcionários do BB, realizados nos dias 7 e 8 de junho, em São Paulo, definiu uma série de reivindicações específicas dos funcionários do banco:
- melhoria das condições de trabalho nas agências, com contratação de funcionários;
- melhoria dos escritórios digitais;
- defesa da Cassi;
- Rejeição da proposta da consultoria Accenture, contratada pelo banco, que apresenta em seu relatório modelos de governança que incluem no nível diretivo gestores externos ao corpo de associados;
- Rejeição da proposta do banco para a Cassi, que quebra a solidariedade e penaliza os menores salários;
- ampliar a lutar contra a resolução 23 da CGPAR;
- fortalecimento do BB como banco público;
- Revisão da tabela PIP no Plano Previ Futuro para melhoria do benefício;
- Incluir os planos de saúde e previdência dos bancos incorporados na mesa de negociação;
- Acordo Coletivo para todos os funcionários sem a discriminação da nova lei trabalhista;
- e a manutenção da minuta de reivindicação dos funcionários do BB.

Mesa de negociação com o BB
29/06/2018, sexta-feira, às 9h30
Edifício BB Matarazzo - Sala da ONU
Av. Paulista, 1230 (portaria do BB) - Bairro Bela Vista

Fonte: Contraf-CUT

A consulta nacional que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e as federações e sindicatos realizaram com os bancários e bancárias de suas bases sindicais apontou que, para 25% da categoria, o aumento real deve ser prioridade na Campanha Nacional 2018.

Em 2016, a categoria fez uma grande greve de 31 dias e arrancou dos bancos um acordo de dois anos, com reajuste de 8% para 2016, mais abono de R$ 3,5 mil, além de 15% no vale-alimentação e 10% no vale-refeição e auxílio-creche/babá. Para 2017, o reajuste repôs a inflação (INPC/IBGE) e garantiu aumento real de 1% nos salários e todas as verbas.

Antes disso, durante 13 anos (2004 a 2015), a categoria obteve aumentos reais, somando 15,8% de aumento real, revertendo a política de arrocho praticada durante os oito anos do governo FHC, quando a categoria teve perdas de 4,6% em seus salários.

“Isso reforça a importância da luta para tirar dos bancos o que é dos trabalhadores por direito”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “O setor tem resultados excelentes, fruto do trabalho bancário. Podem pagar aumento real que valorize os trabalhadores. Assim como valorizam os executivos, podem e devem fazer o mesmo com os bancários. E não concentrar renda nas mãos dos que já ganham tanto. Aumento real para os bancários é distribuição de renda, bom para a categoria e para toda a sociedade”, reforça a dirigente, lembrando que somente o reajuste salarial conquistado em 2017, de 2,75%, injetou na economia nacional mais de 1,4 bilhões de reais, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Nenhum direito a menos
Os lucros do setor dão à categoria a certeza de que a reivindicação de aumento real na campanha nacional de 2018 pode e deve ser atendida. Os cinco maiores bancos do país (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) obtiveram lucro de R$ 77,4 bilhões em 2017, resultado 33,5% maior do que o obtido em 2016, quando já tinham tido recorde de lucro. Mesmo com toda a crise que se avizinha ao país, a tendência de crescimento dos lucros dessas mesmas instituições permanece. No primeiro trimestre de 2018, estes bancos lucraram R$ 20,6 bilhões, crescimento de 20,4% na comparação com o mesmo período de 2017.

Diante de tamanho lucro, além do aumento real, os bancários querem a manutenção de todos os direitos definidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e todos os demais que eram garantidos pela antiga lei trabalhista, o segundo ponto mais votado entre as prioridades definidas na consulta à categoria.

“Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar diante de um cenário de corte de direitos e uma legislação trabalhista que prejudica os trabalhadores e beneficia apenas o empresariado”, observa a presidenta da Contraf-CUT. “Mas, toda negociação depende da correlação de forças. Se a categoria participar da campanha, certamente sairemos vitoriosos”, ressaltou.

Unidade da classe trabalhadora
Juvandia lembrou ainda que a categoria é a única que possui uma Convenção Coletiva de Trabalho válida para todo o país e, por isso, é muito importante a unidade nacional. Mas, para ela, na atual conjuntura é preciso ainda mais. “É necessário nos unirmos também às outras categorias em campanha no segundo semestre, que sofrem ataques e ameaças de privatização. Temos de estar juntos da sociedade que quer o fim do desemprego, dos aumentos absurdos e sucessivos no preço do combustível, do gás de cozinha, tudo para agradar ao mercado financeiro que tem ações da Petrobras”, afirmou.

Para enfrentar os ataques, os bancários aprovaram um calendário de lançamento da Campanha Nacional da categoria em todo país, de 13 a 29 de junho e também a participação no Dia Nacional de Luta da classe trabalhadora, em 10 de agosto. “Será o Dia do Basta à retirada de direitos, de basta ao desemprego, às privatizações, à venda do patrimônio do povo brasileiro, do basta ao desrespeito à nossa democracia”, disse.

Prioridades da campanha
Veja abaixo os pontos mais votados pela categoria como prioridade para a Campanha Nacional dos Bancários 2018:

1. Aumento real                                                        25%
2. Manutenção de direitos / Defesa da CCT            23%
3. Combate ao assédio moral / metas abusivas      18%
4. Garantia de emprego                                           15%
5. Impedir a terceirização                                         14%
6. Aumentar a PLR                                                   11%
7. Melhorar as condições de trabalho                        8%
8. Mais segurança nas agências                               5%
9. Igualdade de oportunidades                                  4%

Além destes pontos, a categoria definiu as eleições 2018 como estratégicas para a manutenção dos direitos e para barrar o ataque à classe trabalhadora e o desmonte dos bancos e demais empresas públicas. “Os bancários sabem que, para evitarmos mais cortes nos nossos direitos, é preciso eleger candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores”, explicou Juvandia.

Fonte: Contraf-CUT