Abril 30, 2025
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Aumento real, PLR maior, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para todos, manutenção dos direitos, dos empregos e que qualquer tipo de alteração na forma de contratação seja feita via negociação coletiva. Essas são algumas da prioridades dos bancários, indicadas na pauta de reivindicações entregue pelo Comando Nacional da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na quarta-feira (13). Também foram entregues as pautas dos acordos aditivos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.

Clique aqui e veja a galeira de fotos da entrega.

Os trabalhadores cobram, ainda, o fim do assédio moral e fazem a defesa intransigente dos bancos públicos e da sua função social para o desenvolvimento do Brasil. A primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018 foi marcada para 28 de junho.

Em 2016, após 31 dias de greve, bancários de instituições financeiras públicas e privadas de todo o Brasil conquistaram um acordo de dois anos, vigente até 31 de agosto deste ano. Assim, essa é a primeira campanha da categoria após o golpe que colocou na Presidência da República um governo que tem retirado direitos dos trabalhadores e de toda a sociedade. “Antecipamos toda a preparação da campanha para que a categoria não tenha nenhum prejuízo, diante da mudança na lei trabalhista, do nosso ponto de vista bastante ruim para os trabalhadores”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Diante disso, a Conferência Nacional da categoria, realizada entre os dias 8 e 10 de junho, definiu cobrar dos bancos a assinatura de um pré-acordo de ultratividade, para que todos os direitos previstos na CCT continuem valendo até a assinatura de um novo acordo. “Queremos garantir que tenhamos um processo negocial tranquilo”, ressaltou Juvandia, uma das coordenadoras do Comando.

“A defesa do emprego, dos salários e dos direitos dos trabalhadores é função intrínseca do papel dos sindicatos, mas nesse momento ainda mais. Foi bastante importante fechar aquele acordo de dois anos, mas de lá para cá foram fechados cerca de 40 mil postos de trabalho nos bancos. O Brasil está vivendo uma fase preocupante. O país não cresce, mas o sistema financeiro tem lucros crescentes. Foram quase 34% nos lucros no ano passado, mais de 20% no primeiro trimestre deste ano. E isso só dos bancos representados nessa mesa (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander).”

Valorização da CCT – Juvandia destacou ainda a importância da organização da categoria bancária. “Na greve dos caminhoneiros vimos o caos que foi não ter quem fizesse essa representação, que falasse pela maioria. E isso tudo porque têm uma forma de contratação de autônomos. Mais uma mostra da importância de lutarmos para que nossa categoria tenha emprego de qualidade, não como PJ, terceirizado, autônomo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

“Já assinamos 26 CCTs e esperamos que assinemos muitas mais. E que essa mesa tenha a sabedoria de fazer a renovação desse acordo via negociação. Este momento nos preocupa porque entendemos que a nossa democracia está fragilizada e isso é muito ruim principalmente para os trabalhadores”, finalizou a dirigente.

“Queremos este ano assinar nossa 27 CCT”, reforçou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, também coordenadora do Comando. “Sabemos que nossa mesa de negociação nunca foi fácil, mas chegamos sempre a um acordo. Somos a única categoria que assina uma CCT nacional para todos os trabalhadores e todas as empresas ao mesmo tempo. Temos uma organização nacional, junto com vocês, que permite fazer toda essa negociação numa única mesa e isso é muito importante”, salientou.

“Queremos assinar um acordo coletivo que valha pra todo mundo, independente do salario. Discutimos muito na nossa conferência, também, a importância de manter a mesa única, com bancos públicos e privados. Assim, valorizamos nossa negociação na qual sempre conseguimos chegar a assinatura da CCT. E isso queremos: garantir todos os direitos para todos. E colocando na sociedade os bilhões de reais que ajudam a movimentar a economia nacional, via aumento real, PLR maior”, completou Ivone Silva.

Para o presidente da Fenaban, Murilo Portugal,  a CCT dos bancários é um marco para o Brasil e toda a América Latina. “Concordo com vocês. Temos um processo de negociação nacional unificada muito amplo. É um processo complexo. E, infelizmente, as coisas que são difíceis de montar são fáceis de destruir. As regras são as mesmas para o Brasil e acho que isso é uma contribuição importante que o setor dá para reduzir a desigualdade que é tão grande no nosso Brasil, como disse a Ivone.”

Bancos e sociedade – Com o mote Todos por Tudo, os bancários definiram, ainda, a importância que as eleições 2018 terão n a recuperação da democracia e dos direitos dos trabalhadores. “Nossa pauta não é só corporativa. Queremos bancos melhores e o fortalecimento das empresas públicas pelo desenvolvimento do Brasil. Precisamos eleger candidatos que se comprometam com a revogação da ‘reforma’ trabalhista, com o direito à aposentadoria, com o fim da PEC da Morte, com a defesa dos bancos públicos e outras estatais como a Eletrobras e Petrobras”, ressaltou Juvandia.

E os bancários concordam: pesquisa realizada pela Contraf-CUT junto a mais de 35 mil empregados de bancos públicos e privados em todo o Brasil apontou que 73% dos bancários avaliam como péssima a reforma trabalhista (lei 13.467/2017) e 79% responderam que não votarão nos deputados e senadores que aprovaram a nova lei.

De acordo com essa consulta, 60% dos bancários estão dispostos a aderir a uma eventual paralisação, caso as negociações não avancem.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários cobraram a reabertura de agências fechadas após ataques na primeira reunião da Comissão Bipartite de Segurança Bancária do ano, realizada na terça-feira (12), na sede da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“Muitas agências, principalmente, as do interior, após a explosão por bandidos, não são mais reabertas pelos bancos. Um verdadeiro absurdo, pois acaba deixando a população desasistida de serviços bancários”, explicou Elias Jordão, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT.

O represenante da Fenaban afirmou em mesa que há muitas demandas judiciais sobre segurança bancária iniciadas pelos sindicatos, o que impossibilita a viabilidade da mesa de segurança. A afirmação foi imediatamente questionada pelo secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.. “A Fenaban foge do debate de segurança bancária estabelencendo diversos impasses na negociação. O tempo não bate palmas para ninguém. A vida dos bancários e das pessoas não podem esperar mais até que os banqueiros implementem os itens de segurança nas agências. A segurança bancária é urgente.”

A Contraf-CUT propôs a assinatura de um ofício conjunto para o presidente do Senado favorável a aprovação do PL do Estatudo de segurança privada, como solução ao tema trazido pela Fenaban, que mais uma vez faltou com o compromisso com a vida das pessoas.

Durante o encontro, o movimento sindical também deu continuidade às negociações sobre as alterações dos itens do artigo 33 e do 31 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que visam ampliar os direitos dos bancários vítimas de extorsão mediante sequestro. As alterações reivindicadas pelos representantes dos bancários exaltam a necessidade da inclusão do crime também nos itens A, B e D do artigo 33 e do 31 da CCT.

Jodão reiterou à Fenaban a importância da mesa temática, por tratar justamente do bem mais valioso que temos, que é a vida dos bancários e clientes. “Por conta disso, cobramos também que os balanços dos bancos não privilegiem apenas altas despesas em Marketing e em Tecnologia, mas que passem também a investir mais em Segurança.”

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários realizaram um ato lúdico, na manhã desta quarta-feira (13), no Largo da Batata, em São Paulo, para marcar o lançamento da Campanha Nacional 2018. A atividade foi organizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP) junto com a Federação dos Bancários de São Paulo (Fetec-CUT/SP) e contou com a participação do Comando Nacional dos Bancários, responsável pela negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Numa alusão à Copa do Mundo, que terá início nesta quinta-feira (14), duas equipes entraram em campo, literalmente. Na disputa, a equipe Todos Por Direitos Futebol Clube, representante dos trabalhadores com os jogadores: Democracia Sempre, Petrobrás, Caixa 100% Pública, Aposentadoria 65/60, Água, Categoria (450 mil bancários) e Conquistas (CCT), contra o escrete Ganância Futebol Clube, composto por empresários, banqueiros e o “vampirão” Temerário.

No final do jogo, como não poderia deixar de ser, a equipe Todos Por Direitos venceu a partida por 3x1, e provou, mais uma vez, a força e a capacidade da classe trabalhadora na defesa por seus direitos.

A presidenta do Seeb/SP, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, reforçou que o sucesso da Campanha Nacional depende da participação de toda a categoria.

“A nossa intenção é que os banqueiros atendam as nossas reivindicações, porque os lucros dos cinco maiores bancos nos três primeiros meses deste ano já chegaram a R$ 20 bilhões, então eles não podem dizer que não têm condições de atender as reivindicações da categoria bancária, e o nosso foco também é a defesa dos empregos. Participem, acompanhem e entrem em contato com os seus sindicatos para obter as informações oficiais sobre a campanha, orientou Ivone.

Aline Molina, presidenta da Fetec-CUT/SP e representante do Comando Nacional ressaltou a importância da defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários na Campanha Nacional. “Nós somos 450 mil bancários no país, sendo 170 mil em São Paulo, juntos para defender a nossa CCT. Somos a única categoria no Brasil que tem um acordo nacional e, por isso, vamos gritar: força pela nossa CCT! Todos por direitos! Todos por oportunidade e melhores condições de trabalho”, ressaltou Aline.

No início da tarde, o Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações da categoria à Fenaban.

Fonte: Contraf-CUT

Com inflação menor, a maioria das campanhas salariais pesquisadas pelo Dieese em 2017 teve reajuste acima da inflação. Foram 63,3% das campanhas com ganho real, ante 28,6% com aumentos equivalentes à variação do INPC e 8,1% abaixo. O desempenho é melhor do que no ano anterior, mas está distante do período 2006-2014 – em que os ganhos reais estiveram presentes em perto de 90% dos acordos (confira tabela ao lado). E os resultados menos já são menos favoráveis no último trimestre, contrariando o discurso da "retomada" econômica.

"As negociações coletivas de 2017 foram – e, ao que tudo indica, as de 2018 também serão – praticadas em um ambiente econômico desfavorável, agravado pelas incertezas causadas pela mudanças na legislação trabalhista, que impactam fortemente a jurisdição do trabalho", diz o Dieese. "Talvez o problema dos trabalhadores nos processos negociais não seja a reposição do valor real dos salários, que – dadas as baixas taxas inflacionárias – não deve enfrentar resistências do empresariado. As dificuldades devem surgir no âmbito das negociações das cláusulas sociais, onde se concentra agora a ofensiva patronal pela flexibilização dos direitos trabalhistas."

O instituto analisou 643 negociações, menos do que nos anos anteriores, quando o total superava 700 e chegou a atingir 816 casos, em 2008. Uma queda "não usual", segundo o Dieese, que lista entre as possíveis causas um possível efeito da Lei 13.467, de "reforma" trabalhista.

"Embora não seja possível afirmá-lo categoricamente, é sabido que algumas das principais negociações coletivas brasileiras foram – e estão – sendo afetas pela reforma: seja pela insegurança jurídica gerada, que poderia paralisar as negociações, seja por dificuldades maiores em chegar a acordo, em decorrência da ofensiva patronal em flexibilizar direitos trabalhistas."

Dos 407 acordos com aumento real de salário, sempre tomando por base o INPC-IBGE, mais de um terço variou pouco acima da inflação, entre 0,01 e 0,5 ponto percentual a mais. Foram 184 acordos com reajustes equivalentes ao INPC e 52 abaixo. A média de ganho real foi de 0,35 ponto percentual, para uma inflação com média anual de 3,37%.

Entre os setores, a indústria apresentou o resultado menos favorável, com 58% dos reajustes acima da inflação, ante 63% da média geral. O comércio também teve 63% e os serviços, 70%. Na  indústria, 10% dos acordos foram fechados com índice abaixo da variação do INPC, ante 2% no comércio e 9% na área de serviços. O aumento real médio foi de 0,38 ponto na indústria, 0,55 no comércio e 0,49 nos serviços.

O Dieese afirma que, apesar de certa melhora, os resultados ainda estão muito distantes dos obtidos na segunda metade dos anos 2000 e primeira metade da atual década. "Esse desempenho contrariou as expectativas de que seria possível retomar os patamares de reajustes com ganhos reais pré-crise econômica, tanto em razão dos baixos índices inflacionários verificados quanto da perspectiva de recuperação da economia." 

O instituto acrescenta que a aparente trajetória de melhora não se sustentou nos três últimos meses de 2017. "Ao contrário, prevaleceram os efeitos da recessão econômica que atingiu o Brasil no biênio 2015-2016, com altas taxas de desemprego e crescimento do trabalho informal."

 

FONTE: Rede Brasil Atual

“O governo atual resolveu que seu inimigo número 1 é o movimento sindical. O que é totalmente equivocado. Os sindicatos são importantes para qualquer país capitalista, pois são responsáveis por fazer as negociações e buscar o entendimento.”

Segundo o secretário nacional de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle, além de desregular o mercado de trabalho, a Reforma Trabalhista enfraqueceu os sindicatos nos processos de defesa de direitos e negociações coletivas.

“A reforma dificultou o autofinanciamento dos sindicatos, estabelecendo a autorização expressa de contribuições firmadas em convenções coletivas e retirando das assembleias o fórum de decisão dos trabalhadores.”

Dentre os aspectos sindicais priorizados na proposta do Estatuto do Trabalho, os debatedores ainda discutiram questões relacionadas à liberdade de negociação coletiva, contribuição sindical e direito à greve.

Contribuição sindical
Para a presidente da Comissão de Direito Sindical e Associativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Denise de Oliveira, a “nova CLT” precisa explicitar a compulsoriedade da contribuição sindical destinada ao financiamento de negociação coletiva.

“Enquanto um trabalhador está se beneficiando e é filiado, o outro não é filiado, mas mesmo assim é beneficiado. No mínimo, a pessoa precisa contribuir com aquilo que a está beneficiando.”

Direito de greve
Ricardo Lourenço Filho, membro da Comissão de Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), afirmou que é importante a incorporação da lei atual de greve na SUG 12/18.

“O artigo nono da Constituição Federal não define a greve. É um texto que garante um proceder sobre a greve. Garante aos trabalhadores decidir quando e por que exercer a greve. Isso é importante porque não faria sentido, em termos constitucionais, permitir ao poder judiciário ou ao legislador restringir esse poder de decisão dos trabalhadores.”

Sugestão Legislativa
A Sugestão Legislativa (SUG) 12/18 tem como autores a Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho (ALJT), a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) e o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), cujo relator na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) é o senador Paulo Paim (PT-RS).

 

Fonte: Diap

A campanha nacional dos bancários começa nesta quarta-feira (13). Depois de uma jornada de preparação que envolveu debates regionais nos estados e uma conferência nacional unificada, com 627 delegados representantes de trabalhadores de bancos públicos e privados – encerrada no domingo (10) –, o Comando Nacional da categoria entrega à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a sua pauta de reivindicações.

Paralelamente à reunião com a Fenaban, uma manifestação no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, lembrará que a mobilização nos locais de trabalho e nas ruas, componente de todas as campanhas salariais da categoria em mais de três décadas, terá de fazer a diferença novamente.

É a primeira vez que uma convenção coletiva de trabalho deverá ser renovada depois de um período de dois anos de vigência. Celebrado em setembro de 2016, o acordo de validade nacional que determina as condições de trabalho e de vida de 485 mil profissionais do setor em todo o país expira em 31 de agosto. O impacto das conquistas dos bancários na política e na economia do país é importante.

E as preocupações são muitas. Alguns dos primeiros resultados do golpe de 2016, a “reforma” trabalhista e a lei da terceirização trouxeram problemas como a "legalização" do uso abusivo da mão de obra terceirizada precária, a possibilidade da contratação por “empreitada” com trabalho intermitente, a "pejotização" e até mesmo a possível perda dos direitos previstos do acordo vigente caso este não seja renovado a partir da data-base, 1º de setembro.

A primeira medida do Comando Nacional da reunião desta quarta com os bancos é buscar um pré-acordo que mantenha as atuais cláusulas da convenção coletiva em vigor até que uma nova seja celebrada. Os acordos específicos negociados por banco após a assinatura da convenção também são parte dessa demanda.

Empregos e salários

O reajuste reivindicado pela categoria inclui a reposição da inflação dos últimos 12 meses acrescido de aumento real de 5%, baseado na elevada rentabilidade do setor. A mesma valorização deve ser aplicada à participação nos lucros ou resultados (PLR). E não é para menos.

Os cinco maiores bancos do país – que concentram mais de 80% dos trabalhadores e das operações do sistema – alcançaram lucros de R$ 77 bilhões no ano passado, com aumento de 33% em relação ao ano anterior, mesmo com a equipe econômica da dupla Temer-Meirelles afundando o país numa crise sem precedentes.

“O resultado por si só torna inexplicável que, desde o golpe, há dois anos, os bancos tenham eliminado 40 mil empregos e ainda pretendam agravar a precarização das condições de trabalho”, afirma a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contra-CUT), Juvandia Moreira.

Daí o fato de ter forte peso nas negociações a defesa dos empregos, da garantia contra demissões em massa, do reconhecimento de terceirizados como bancários, da realização de homologações com supervisão dos sindicatos, da composição de mesa única de negociações e da extensão dos direitos acordados para todos os trabalhadores.

“Num momento em que a nova lei após a reforma permite a negociação direta entre empregador e empregados, e até individual para faixas salariais mais altas, é fundamental que seja assegurado que qualquer discussão de contrato, jornada e condições de trabalho passe pelo Comando Nacional dos Bancários e pelos sindicatos”, diz a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, reiterando a defesa da manutenção da universalidade das cláusulas do acordo para todos os bancários.

“E se há um setor no país em condições de negociar um acordo decente e partilhar de maneira mais justa seus ganhos com os trabalhadores e com toda a sociedade, na forma de melhores condições de atendimento, são os bancos”, afirma Ivone, lembrando que o sistema começou este ano como iniciou o anterior: com lucros de quase R$ 21 bilhões de janeiro a março (20% mais que em igual período de 2017).

Nesta segunda-feira (11), Ivone e Juvandia participaram do programa Momento Bancário, produzido pelo sindicato, ao lado dos também diretores executivos da entidade João Fukunaga e Dionísio Reis, coordenadores das comissões de empregados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, respectivamente. No programa, que pode ser visto na íntegra logo abaixo, os dirigentes sintetizaram os debates da conferência nacional realizada no fim de semana.

 

Os bancários e o país
A 20ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre sexta e domingo em São Paulo, discutiu temas nacionais que têm conexão direta com a realidade da categoria. Entre eles, a defesa dos bancos públicos no âmbito das questões profissionais e também do papel social e estratégico dessas instituições para a economia.

O controle público e o fortalecimento de Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, BNDES e de empresas como a Petrobras e a Eletrobras são parte, segundo o Comando Nacional dos Bancários, de um mesmo objetivo: defender a economia e a soberania do país das agressões da geopolítica externa e das ambições do capital privado voltado para o interesse exclusivo do mercado.

A diferença entre a política de regulação de preços da Petrobras de antes do golpe e a atual é apenas um exemplo dessa importância. “Como pode um país com a riqueza natural e mineral do Brasil deixar de investir em refinarias para bancar sua autossuficiência? Importar o que poderia ser produzido aqui, gerar empregos aqui, praticar preços para satisfazer os acionistas e petrolíferas estrangeiras, e não o interesse nacional”, questiona Juvandia.

A questão é estendida aos projetos de privatização da Eletrobras, que pode transformar a farta capacidade de geração e distribuição em mercadoria, um negócio de multinacionais estrangeiras (inclusive estatais, como a italiana Enel, que acabou de adquirir 73% do controle da Eletropaulo). Ou seja, privatizada no final dos anos 1990, a Eletropaulo volta agora a ser estatal. Italiana.

O coordenador da Comissão de Empresa da Caixa Econômica Federal, Dionísio Reis, alerta que a política do governo Temer para os bancos públicos é uma evidente ação de desmonte voltada para a privatização. “O próprio ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles diz que a Caixa está ‘pronta’ para a venda”, observa Dionísio. “A Caixa responde por 90% do financiamento habitacional do país, e vem reduzindo essas operações, só que os bancos privados não estão ocupando esse papel com a mesma qualificação”, afirma.

O Banco do Brasil, por sua vez, fundamental para a oferta do crédito não apenas do agronegócio, mas sobretudo dos empreendimentos de agricultura familiar que são responsáveis por colocar comida na mesa dos brasileiros, também está na mira do mercado privado e em processo de sucateamento.

“O BB tem um déficit aproximado de 500 funcionários nas agências. Já tem cliente querendo brigar com funcionários por falta de condições de atendimento. E se faltar o crédito aos pequenos produtores familiares, vai faltar comida saudável na mesa e vai sobrar o veneno dos agrotóxicos. O alimento vai encarecer”, alerta o coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, João Fukunaga.

O papel das empresas públicas torna a campanha dos bancários estratégica também para os demais trabalhadores brasileiros. Isso porque parte dessa luta, como concluíram os delegados presentes na convenção, passa pelas eleições de outubro. Os bancários não decidiram apoiar um nome para a eleição presidencial. Mas reafirmaram a defesa do direito de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “preso político e sem prova de crime”, se candidatar.

E decidiram pelo apoio a todos os candidatos do campo progressista, com objetivo de propor a revogação das leis da “reforma” trabalhista e da terceirização, da emenda constitucional que impõe um congelamento de gastos sociais com educação, saúde e políticas de distribuição de renda por 20 anos. O objetivo vale também para os poderes legislativos.

“É preciso restaurar a democracia. Não basta eleger presidente e governadores progressistas e manter uma maioria conservadora, golpista no Senado, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. A disputa por um Brasil soberano, que respeite a Constituição e que olhe para o conjunto da sociedade passa pela eleição de parlamentares comprometidos com os interesses nacionais e dos trabalhadores”, afirma Juvandia Moreira, da Contraf-CUT.

O resgate do Estado democrático de Direito foi um dos assuntos abordados na conferência, tema do jurista Pedro Serrano. Segundo o professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o capitalismo mundial vive uma onda de supressão de direitos que contraditoriamente põe em risco até seus próprios preceitos liberais.

“Hoje é muito claro isso. Algumas pessoas falam que a esquerda divide a sociedade. Todo mundo já deve ter visto essa bobagem no Facebook. Não é a esquerda que divide a sociedade. É a democracia que divide a sociedade. Democracia é o modo de compor os conflitos sociais de forma pacífica”, explica Serrano.

Fonte: Rede Brasil Atual

Com as alterações propostas pelo governo, que tornarão mais restritiva e cara a política de assistência à saúde dos trabalhadores da Caixa, o futuro do Saúde Caixa corre grandes riscos. Para defender esse direito, é essencial conhecer suas características e diferenciais.

‘A luta é de todos os usuários. Saúde Caixa é uma conquista dos empregados. Temos que conhecer nosso plano, inclusive, pra poder argumentar na sua defesa. É na unidade e mobilização que vamos mantê-lo. Juntos somos mais!”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Veja como funciona hoje o seu Saúde Caixa.

Modelo de custeio

30% das despesas assistenciais que cabem aos usuários são custeados por meio de mensalidades, coparticipação e outros formatos de contribuição. Os outros 70% são de responsabilidade da Caixa, assim como todas as demais despesas administrativas.

Mensalidade

Corresponde a 2% da remuneração base do empregado ou do benefício pago pela Funcef (somado ao provento do INSS), no caso dos aposentados.

Coparticipação

Usuário paga 20% do custo de cada procedimento utilizado (consultas, exames, internações etc) até o limite anual de R$ 2.400,00 para o grupo familiar e dependentes indiretos, o equivalente à média de R$ 200,00 por mês. Esse teto é estabelecido a cada ano pelo Conselho de Usuários e permanece congelado desde 2008.

Carência e franquia

Não há períodos e carência nem cobrança de franquia.

Adesão

Todo empregado Caixa tem direito de aderir ao plano de saúde, assim como seus dependentes, a qualquer momento nas mesmas condições dos demais empregados.

Dependentes

Para todo o grupo familiar é cobrada uma única mensalidade. Já para os dependentes indiretos (filhos maiores de 21 anos até 27 anos e pais sem renda), é cobrada a mensalidade de R$ 110 para cada um.

- Filhos com deficiência plena: Em 2010, os usuários do Saúde Caixa conseguiram mais uma importante vitória. Foi assegurada a manutenção de filhos e enteados com deficiência plena e definitiva, após completar 21 anos, como dependentes diretos de forma vitalícia.

Aposentados no Acordo Coletivo

Em 2007, a partir da negociação das entidades representativas dos trabalhadores, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) passou a garantir que todos os aposentados pela previdência oficial, ao se desligarem da Caixa, mantivessem o direito ao Saúde Caixa nas mesmas condições do pessoal da ativa. Antes, esse direito era concedido, mas sem respaldo formal no ACT.

Muito além da cobertura obrigatória

O Saúde Caixa é um dos planos de saúde mais completos, com coberturas que vão além da lista de procedimentos obrigatórios definida pelo órgão regulador. Entre essas coberturas diferenciadas estão:

- Assistência odontológica sem custo adicional

- Check-up anual

- Reembolso de 50% a 80% do valor dos medicamentos dispendiosos e de uso contínuo não incluídos na lista do SUS

Hora de defender o Saúde Caixa

As resoluções publicadas pelo governo e a alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da Caixa nas despesas com assistência à saúde dos empregados. Se essas mudanças se concretizarem, em breve, o Saúde Caixa se tornará caro e excludente. Para lutar contra essa injustiça, Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac e Social Caixa lançaram a campanha Saúde Caixa: eu defendo.

Seminário e audiência pública

Entre as próximas ações da campanha está a realização de um seminário em defesa dos planos de saúde de autogestão das empresas estatais. O evento tem data prevista para 28 de junho. Também está programada a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, com data a confirmar.

Todos de branco no dia 20 de junho

Na quarta-feira, 20 de junho, as entidades convidam todos os empregados e aposentados da Caixa a vestirem branco como símbolo de defesa do plano de saúde da categoria. Serão realizadas diversas mobilizações nas GIPES e REPES e em todas as demais unidades da Caixa.

Todas as iniciativas programadas culminarão na primeira semana de julho, com a celebração do aniversário de 14 anos do Saúde Caixa. No dia 1º de julho de 2004, foi implementado o atual modelo de custeio do plano de saúde.

Usuários apoiam PDC 956/18

Está disponível no site da Câmara dos Deputados a enquete sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), com o objetivo de sustar a resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) que determina as alterações no Saúde Caixa. Para acessar a enquete e apoiar o PDC 956/2018, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

Ação batizada de Junho Vermelho, em analogia à cor do sangue e ao Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, tem o objetivo de criar nas pessoas a cultura da doação e conseguir, assim, um número seguro de doadores regulares

Falar da importância da doação de sangue deveria ser desnecessário, já que o líquido é vital para o organismo e não há substituto para ele. Mas para a imensa maioria das pessoas, doar sangue não é algo que faça parte da rotina. Muitas nunca doaram, e outras doaram apenas quando um conhecido precisou. O fato é que a baixa nos estoques de sangue prejudica e impede, muitas vezes, que vidas sejam salvas. Foi pensando nisso que o movimento nacional "Eu dou sangue pelo Brasil" foi criado e vem recebendo apoio em diversas cidades do país.

Não à toa, junho foi escolhido para marcar a campanha. No dia 14 deste mês comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. Além disso, a baixa na temperatura, típica desta época do ano, faz com que sejam menores as doações. Estima-se uma queda de até 40% nos estoques. A demanda, porém, não obedece à mesma equação. Com estoques caindo e cadeiras vazias, os Bancos de Sangue começam a se preocupar.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que de 3% a 5% da população seja doadora de sangue, mas no Brasil, o índice é de 1,9%, considerado muito baixo. O número de doadores precisa obedecer a um limite seguro, já que cada bolsa de sangue coletada é dividida em subpartes, como hemácias, plasma e plaquetas, e cada hemocomponente tem uma validade diferente. Outro motivo de alerta é que, com o período de férias escolares se aproximando, o número de acidentes envolvendo automóveis nas rodovias cresce, o que faz com que as bolsas de sangue tenham maior saída.

• REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAR SANGUE

- Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional)

- Estar bem de saúde

- Ter entre 16 (*) e 69 anos, 11 meses e 29 dias (*) jovens com 16 e 17 anos podem doar com autorização dos pais e / ou responsáveis legais. Modelo de autorização.

- Pesar no mínimo 50 Kg

- Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação

 

De acordo com pesquisa de opinião divulgada pelo Instituto Datafolhanesta segunda-feira (11), a percepção da população sobre os rumos da economia do país vem se deteriorando. Para 72% dos entrevistados, a situação econômica piorou nos últimos meses. Apenas 6% apontam melhora. No levantamento anterior, em abril, 52% achavam que os negócios não iam bem.

As expectativas para o futuro também pioraram, segundo o instituto. Há dois meses, 46% achavam que a situação iria melhorar, contra 13% que demonstravam pessimismo. Agora 32% afirmam que a economia deve piorar nos próximos meses, enquanto 26% acreditam numa melhora.

A percepção sobre a situação econômica individual também piorou. Quase a metade (49%) diz ter visto sua condição financeira retroceder nos últimos meses, enquanto apenas 10% destacaram avanços. 

A pesquisa reflete o desânimo da população com o passo lento da recuperação, que mais se parece com um quadro de estagnação, ainda mais depois da greve dos motoristas nas últimas semanas, que deve trazer impactos no PIB. Com redução nos investimentos públicos e o total de desempregados atingindo 13,4 milhões, o PIB do país avançou apenas 0,4% no primeiro trimestre deste ano.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Os financiários já têm garantida a reposição da inflação em seus salários e todas as cláusulas econômicas. Na segunda rodada de negociação, realizada na terça-feira 12, entre a federação patronal e representantes dos empregados, o reajuste de 1,76% pelo INPC foi garantido. Nas próximas rodadas será debatido o aumento real para salários e demais verbas. Os trabalhadores querem a reposição total do INPC mais 5% em razão dos altos resultados das financeiras no primeiro semestre.

“Isso é muito importante. Saímos da mesa com a garantia da reposição da inflação e a partir de agora vamos negociar aumento real para salários, vales, auxílios, PLR”, reforça o coordenador da mesa, Jair Alves, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Também foi debatida uma nova cláusula para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para abranger os trabalhadores que concedem créditos nos finais de semana em lojas e concessionárias. Segundo os representantes patronal, são 54 as empresas que têm financeiras e seriam abrangidas.

A proposta dos representantes dos trabalhadores é ampliar os direitos de todos os empregados que prestam serviços financeiros inclusive nos finais de semana. “Só vamos aceitar se esses trabalhadores tiverem direito a todas as conquistas do acordo dos financiários e devidamente remunerados pelo trabalho aos sábados e domingos e feriados. Agora queremos saber quais lojas, quem são esses trabalhadores, onde estão”, avisa Jair.

A mesa também debateu ajustes na cláusula da Participação nos Lucros e Resultados, para contemplar questões fiscais, de forma a abranger o exercício do ano. Não haverá impactos nos valores a serem pagos aos trabalhadores.

Ficou acertado, ainda, o compromisso de manter as regras da convenção anterior durante a negociação, sem nenhum prejuízo aos trabalhadores.

Em função dos jogos da Copa do Mundo, a próxima rodada de negociação será realizada na primeira semana de julho.

Fonte: Contraf-CUT