Abril 30, 2025
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A rodada de negociação sobre as cláusulas econômicas ficou sem proposta de avanço ou melhoria no acordo coletivo dos funcionários do Banco do Brasil. Esta foi a quinta rodada de negociação e não foi apresentada nenhuma proposta para as cláusulas econômicas.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco que apresentasse proposta para as cláusulas econômicas e também para os temas debatidos nas rodadas anteriores. Desde o início das negociações houve solicitação que o banco apresentasse algumas propostas de avanço no decorrer do processo negocial, o que não aconteceu. 

O banco informou que fará uma proposta envolvendo cláusulas econômicas no dia 07/08, próxima terça-feira, na sequência da mesa da Fenaban, quando os bancos ali reunidos, farão a proposta de índice de reajuste e dos demais itens.

Descomissionamentos

A Comissão de Empresa explicitou ao banco a insatisfação dos funcionários com a proposta feita pelo banco de redução dos ciclos avaliatórios de GDP para descomissionamento por desempenho. O banco quer reduzir dos atuais 3 ciclos para apenas 1 ciclo, ou seja, um semestre.

A repercussão da proposta foi extremamente negativa e os funcionários relataram aos representantes do BB que há um grande temor e desespero dos funcionários, causado pelo próprio banco.

Chegaram aos sindicatos relatos de reuniões entre gerentes e superintendes onde os diretores da DISUD e DIRED orientaram os gestores a encher a GDP dos funcionários com anotações para preparar o descomissionamento.

"Cobrança anota e elogio só fala"

O relato mais assustador repassado pelo gerentes gerais é que a DISUD tem orientado os gestores a anotar todas as cobranças e que os elogios sejam feitos apenas verbalmente, numa escancarada deturpação da GDP, como já foi criticado em matérias anteriores da Contraf-CUT.  

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o que assusta os bancários e bancárias é que a cláusula do acordo que o banco quer alterar para pior, é justamente a proteção que os funcionários têm contra os maus gestores, os assediadores e contra os acertos de contas. "O que queremos da GDP é que o banco cumpra o que ele mesmo escreve sobre gerenciamento de GDP, sobre avaliação dos pares e auto avaliação e sobre o desenvolvimento de competências. Estes conceitos deixaram de ser considerados há muito tempo", completou.

Intervalo de almoço, banco de horas e demais itens

Os representantes dos funcionários argumentaram ao banco as preocupações em relação a proposta de flexibilização do intervalo de almoço apresentada pelo BB na reunião anterior. Muitos funcionários estão temerosos de que a flexibilização faça com que em alguns locais de trabalho a redução ou ampliação seja colocada como obrigatória para a atender apenas a necessidade do serviço e não pela vontade do funcionários.

O banco apresentou também uma proposta de banco de horas, ainda sem redação definitiva. Os funcionários argumentaram que o problema dos bancos de horas é justamente o não pagamento de horas extras e que isso pode ser um problema se houver redução de intervalo obrigatória.

A CEBB cobrou uma redação que contemple essa preocupação e o tema será  debatido com todos os bancários, uma vez que foi também apresentado na mesa da Fenaban.

Os representantes dos funcionários reivindicaram do banco a realização de um censo da diversidade dentro do banco, com a construção feita em conjunto com os sindicatos, para que se tenha um mapa dos funcionários, no intuito de se produzir políticas afirmativas para o conjunto do corpo funcional do BB.

Campanha pelo NÃO na Cassi para a proposta do banco

A Comissão de Empresa da Contraf-CUT informou ao negociadores do BB que lamenta a decisão do Banco em atropelar o processo de negociação e tentar impor aos associados tantas mudanças no estatuto que retiram direitos e aumentam as despesas dos funcionários.

Os representantes dos funcionários falaram que a proposta contém muitas mudanças no Estatuto e o atropelo do BB e a retirada de direitos faz com que os sindicatos já se posicionem contrários à proposta.

A Contraf-CUT apresentou ao banco propostas para a Cassi e o pedido de retomada das negociações que foram solenemente ignorados.

Os representantes dos funcionários lembram ao BB que nunca uma proposta de alteração teve tantos sindicatos, entidades associações de aposentados e conselhos de usuários fazendo campanha pelo não e que isso deve ser avaliado pelo banco.

Os sindicatos ainda informaram ao banco o perigo de uma proposta com risco atuarial apontado ainda no âmbito do Conselho da Cassi. Os cálculos da proposta são frágeis e pode acontecer o mesmo erro do acordo anterior, que era para durar até 2019 e o banco errou nas contas.

De acordo com o coordenador da Comissão de Empresa, "continuamos fazendo um apelo ao bom senso do BB quanto a votação de uma proposta ruim, com problemas de cálculos e muitas retiradas de direitos. Não podemos aceitar mudanças no Estatuto da Cassi que passam para o controle do banco o futuro dos associados, com redução de poderes para os funcionários e aposentados na governança. O que nos parece é que a equipe que cuidou da proposta apenas se preocupou em apresentar qualquer coisa para satisfazer uma meta e fez como as vendas casadas que são canceladas depois. É este o risco que corremos: destruir a Cassi pela arrogância do BB e chorar o prejuízo depois. Queremos negociação onde os associados sejam ouvidos", finalizou.

 

Fonte: Contraf-CUT

As políticas públicas de inclusão no Brasil em pouco mais de uma década promoveram mudanças significativas na realidade da população brasileira. A vida de mulheres e homens em situação de exclusão quanto ao acesso a bens e serviços no país melhorou. Mas, na contramão desses avanços, as políticas de austeridade fiscal implementadas a partir de um novo contexto político alteraram a condição de vida do povo brasileiro, impactando de forma mais perversa as mulheres – especialmente as negras.

Esta foi a avaliação da pesquisadora e doutora em Economia, Marilane Teixeira, nesta quinta-feira (2), durante o Encontro de Mulheres Sindicalistas, organizado pela Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, no centro da capital paulista. Na ocasião, ela lançou o livro “Economia Para Poucos: impactos sociais da austeridade e alternativas para o Brasil”, da editora Autonomia Literária, organizado por Pedro Rossi, Esther Dweck e Ana Luíza, no qual é uma das autoras.

“Quando se compara o orçamento público de 2014 ao de 2018, percebemos que algumas políticas praticamente desapareceram. No caso das políticas para as mulheres houve uma queda de mais 80%, em ações que envolvem, por exemplo, o combate à violência, que é uma política importante e que costuma ter resultados efetivos”, afirma a economista.

As decisões governamentais atingem tanto mulheres urbanas como mulheres rurais. “O orçamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário despencou de R$ 9 bilhões para R$ 1 bilhão. Além disso, os recursos para as políticas de educação infantil, que envolvem também as creches, foram reduzidos em 17% com relação ao que era destinado para esta área em 2014”.

Diante disso, o cenário é de terra arrasada, avalia Marilane. Além disso, é preciso, observa, ter maior atenção na retomada da atividade econômica daqui alguns anos no Brasil. “Em algum momento isso irá acontecer. E o aumento de receita que advém justamente da ampliação da carga tributária em decorrência do crescimento econômico acabará sendo gasto para as despesas da dívida pública. E não se poderá usar nem um centavo deste dinheiro para as políticas sociais”, diz.

A nova regra fiscal, explica, impõe a redução do tamanho do gasto do governo central na economia, que pode passar de 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 para 12,4% em 2037. “Se formos por este caminho, estaremos entre os países do mundo que menos investe em políticas sociais. Isso inviabiliza qualquer plano de consolidação e expansão do acesso a direitos sociais, além comprometer os investimentos e o próprio funcionamento da máquina pública”.

A economista defende que o papel do Estado seja reforçado e o do mercado seja reduzido. Para ela, abrir mão do papel do Estado significa ampliar as desigualdades de classe, raça e gênero. “Se os cortes nas políticas sociais continuarem acontecendo, num contexto de economia em crescimento, o cenário de miséria, de pobreza e de desigualdades irá piorar, principalmente para as mulheres negras que são as mais afetadas já que figuram entre os que têm o menor nível de emprego e estão entre as maiores taxas de desemprego em nossa economia”.

Para Marilane, o Brasil sairá deste cenário de retrocessos se algumas medidas foram tomadas, como a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, medida adotada pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) que limita investimentos públicos por 20 anos no Brasil. “Precisamos, ao contrário, de uma política de elevação dos gastos sociais para ampliar os investimentos públicos e retomar a atividade econômica”, aponta a economista, que, ao falar sobre o cenário de eleições, defende também a mudança imediata do governo e de parlamentares que apoiaram não apenas a EC 95, como a reforma trabalhista e outras retiradas de direitos.

Intercâmbio no Japão
Em outro momento do encontro, a secretária de Comunicação da CUT São Paulo, Adriana Magalhães, apresentou os resultados de sua experiência no Japão, em intercâmbio envolvendo o Brasil e outros países da América Latina entre os dias 13 e 20 de julho.

Um dos aspectos relacionados ao mundo do trabalho que ela abordou foi a realidade das trabalhadoras japonesas. Em 2016, o Japão tinha 28,8 milhões de mulheres trabalhando, o equivalente a 44,3% da população feminina, segundo dados divulgados pelo governo japonês em novembro de 2017. Porém, essas trabalhadoras, da mesma forma que no Brasil, não estão em sua maioria nos espaços de poder.

Além disso, a dirigente relatou que uma das situações que hoje preocupa o movimento sindical japonês é o número de trabalhadores não regulares. Dados do Ministério dos Assuntos Gerais do Japão, de 2016, mostram que existem 20,2 milhões de trabalhadores nesta situação, ocupando 37,5% do total de trabalhadores formais. As mulheres representam 13,7 milhões neste universo de trabalho informal.

“Apesar de o Brasil e o Japão terem uma cultura e história diferentes, temos lutas em comum em defesa da classe trabalhadora. Neste intercâmbio, não trocamos apenas experiências com o movimento sindical do Japão, mas saímos mais fortalecidos para nossa luta no Brasil neste cenário perverso de golpe”, conclui a dirigente.

Fonte: CUT-SP

A promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações de raça, cor, gênero, idade ou orientação sexual (LGBTQ) nos locais de trabalho é muito importante para os bancários.

A categoria, uma das primeiras a ter, desde o ano 2000, a igualdade de oportunidades como cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho, também foi pioneira na realização do Censo da Diversidade. A primeira edição da pesquisa feita junto a trabalhadores e trabalhadoras de bancos públicos e privados foi realizada em 2008 e a segunda em 2014.

Os bancários contam também com uma comissão bipartite, composta por representantes dos trabalhadores e dos bancos. A cada três meses eles se reúnem para debater o tema e desenvolver propostas, com base no Censo da Diversidade, de orientação dos empregados, gestores e empregadores. O objetivo é prevenir eventuais distorções que levem a atos e posturas discriminatórias nos ambientes de trabalho e na sociedade de forma geral.

“A comissão bipartite e os censos são importantes para a promoção da igualdade. Um debate fundamental que ajuda a categoria a se apropriar do tema”, classifica Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Preconceitos que precisam ser eliminados
Os bancos reproduzem de certa forma a sociedade em que estão inseridos e onde o machismo (61%) é o preconceito mais arraigado, seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%). Esses dados foram usados na quinta rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018, na quarta-feira (1º), para contextualizar o momento que o país está vivendo e que interfere no mercado de trabalho com dificuldade de ascensão profissional.

Mesmo sendo praticamente metade da categoria, as mulheres ganham em média 23% menos que os homens e, apesar do alto nível de escolaridade, ocupam menos cargos de gerência e diretoria.

O mesmo se dá com os negros. Metade da população brasileira, os pretos correspondem a 3,4% da categoria e os pardos a 21,4% (de acordo com o censo de 2014).

Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT, o momento é muito propício para a realização de um novo censo da diversidade. “Já se passaram cinco anos desde o último e estamos vivendo um período no qual há uma série de ameaças de retrocesso, com preconceitos e machismo arraigado sendo incentivados até por candidatos à Presidência da República do Brasil. Temos de fazer o debate junto aos trabalhadores para que toda evolução na consciência de gênero, de raça, de orientação sexual não se perca”, afirma dirigente, lembrando que, em 2017, a Contraf-CUT lançou uma Campanha Nacional de Combate à Discriminação para sensibilizar a sociedade do preconceito sofrido por mulheres, negros, Lgbts e pessoas com deficiência (PCDs).

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, o censo da diversidade deveria ser realizado pelo menos a cada dois anos, já que a rotatividade no setor bancário é cada vez maior. “Dessa forma podemos avaliar se houve evolução na contratação dos grupos que mais sofrem preconceito. Precisamos observar ainda se negros, mulheres, transsexuais e PCDs continuam encontrando barreiras para a inserção e ascensão no sistema financeiro”, afirma o dirigente.

Identidade visual é direito
O respeito à identidade visual dos empregados, às suas características físicas e expressão de sua personalidade é outra reivindicação dos bancários.

Os dirigentes sindicais deram vários exemplos do que acontece hoje nas instituições financeiras, como a proibição do uso de barba ou a recomendação de que mulheres usem roupas que ajudem nas vendas.

No Bradesco, por exemplo, os bancários são proibidos de usar barba. Por mais que os bancos neguem, são comuns relatos de perseguição aos trabalhadores que optam por manter esse tipo de imagem.

“É preciso entender, que cada pessoa tem uma forma de se apresentar visualmente, demonstrando de maneira implícita seu comportamento, seu modo de ser. Assim também como sua personalidade. O trabalhador ao ingressar em uma instituição financeira, é enquadrado e convidado a se uniformizar para que sua identidade deixe de existir e ele se torne ‘mais um’ adquirindo a identidade visual da instituição. Ou seja, ele perde sua singularidade. O uso de barba e formato de cabelo, não interfere na capacidade produtiva do trabalhador, os bancos deveriam rever essas exigências”, avalia Almir.

“Por isso tudo é fundamental a realização de um novo censo para reavaliar o quadro e retomar os debates sobre o tema na mesa bipartite de igualdade de oportunidades. Os bancos ficaram de avaliar e retomar o assunto na rodada de negociação de 7 de agosto”, completa Juvandia.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) tomou conhecimento que a diretoria e o Conselho Deliberativo da Caixa de Assistência aos Funcionários do Bando do Brasil (Cassi) aprovaram reforma estatutária e revisão do custeio que favorece ao banco e prejudica os associados.

O Conselho Deliberativo da Cassi encaminhou a proposta ao banco para levar à votação dos associados. O que foi aprovado só vale se mais de 50% dos associados votarem e 2/3 dos votantes aprovarem a proposta.

A Cassi não divulgou o que foi aprovado à revelia dos associados, mas a Contraf-CUT teve conhecimento que os pontos principais são os seguintes:
•         Cria voto de minerva a favor do banco na Diretoria da Cassi
•         Banco pode vetar decisões do conselho deliberativo
•         Transfere para os indicados pelo banco grande parte da gestão da atividade-fim da Cassi, reduzindo a representação dos associados
•         Aumenta definitivamente a contribuição dos associados para 4%, mantendo as contribuições do banco em 4,5%, quebrando a relação 60x40 entre BB e associados
•         Estabelece cobrança por dependente de ativos, com contrapartida do BB
•         Estabelece cobrança por dependente de aposentados, sem contrapartida do BB
•         Novos funcionários do BB não serão inscritos no atual plano de saúde da Cassi
•         Futuros aposentados vão pagar a Cassi sozinhos, sem contribuição patronal

Votaram a favor da proposta os diretores e conselheiros indicados pelo banco, o diretor eleito Luiz Satoru e o conselheiro deliberativo eleito Sérgio Faraco. Foram contrários à proposta o diretor eleito Humberto Almeida e os conselheiros eleitos Karen D’Ávila e Ronaldo Ferreira.

A Contraf-CUT fará campanha contra a aprovação desta proposta porque quebra a solidariedade, onera os associados e reduz as contribuições patronais, transfere o controle da Cassi para o banco, discrimina os aposentados e os novos funcionários, colocando o atual Plano de Associados em extinção. “O banco fugiu da mesa de negociação porque sabia que não aceitaríamos estes absurdos”, avalia Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil. “Para aprovar esta proposta, o banco contou com a ajuda de dois dirigentes eleitos, que traíram seus compromissos com os associados”, completa.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal não apresentou propostas para as reivindicações dos empregados durante a mesa de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), realizada nesta quinta-feira (2), em São Paulo. Todos os itens discutidos foram norteados pela cobrança da manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do banco.

A mesa de apresentação de proposta do banco foi marcada para o dia 7, na sequência da esperada mesa de negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com o Comando Nacional dos Bancários.

No dia 8, os bancários de todo o país realizarão assembleias para avaliação da contra proposta, que deve ser apresentada pela Fenaban no dia 7.

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PLR e PLR Social

Os empregados cobraram a garantia da PLR e da PLR Social. Para o coordenador da CEE/Caixa, Dionisio Reis, é inadmissível que o acordo não abranja a todos e que resguarde contra os abusos da nova lei trabalhista. “Não vamos aceitar de forma alguma o que não seja regra As nossas conquistas históricas estão consignadas no acordo coletivo. É inadmissível que o acordo tenha restrição das clausulas que já estão consignadas. Queremos ampliar as conquistas e não restringir e por isso colocamos nosso protesto em defesa da PLR e da PLR social”, reivindicou. O banco não garantiu o direito mantendo a limitação imposta pelo governo.

Saúde Caixa

A Caixa afirmou que irá aplicar a resolução 23 da CGPAR e não garantiu a manutenção do modelo Saúde Caixa, da forma que foi criado. “A resolução afeta não apenas o plano de saúde dos empregados da Caixa, mas de todas as empresas públicas. Defendemos a Saúde Caixa no acordo coletivo no modelo que ele foi construído historicamente pelos empregados na mesa de negociação”, afirmou Dionisio Reis.

De acordo com a Fabiana Uehara, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações, é preciso reforçar a defesa do plano de saúde. “O Saúde Caixa é fruto de uma conquista da greve de 2003. Reforçamos a defesa do Saúde Caixa auto sustentável, na sua melhoria e quando necessário o empregado possa utiliza-lo na sua totalidade”, disse.

Contratações e Vedação do Descomissionamento de Gestantes

A CEE cobrou da Caixa o fim dos descomissionamentos de gestantes e a contratação de mais empregados. De acordo com o coordenador da CEE/Caixa, a a regra do banco para os descomissionamentos é omissa. “Requeremos uma vedação para não descomissionamento da gestante e a segurança, para que, após a volta ao trabalho, ela possa ter mais 6 meses de garantia para não ter o descomissionamento da função”, afirmou.

Para Dionísio Reis, a situação de sobrecarga de trabalho nas agências é preocupante. “Hoje os colegas sofrem com muita sobrecarga, a reducao dos empregados faz com que as unidades se tornem ambientes cada vez mais adoecedores”, revelou.

O banco não apresentou proposta para ambas as reivindicações e indicou a possibilidade de contratar terceirizados para atividade fim.

Bancário Temporário

A revogação do RH 037 mais uma vez esteve em pauta na mesa de negociação, porém, mais uma vez, a resposta da Caixa foi negativa à reivindicação. O normativo, que passou por atualização em agosto de 2017 para se adequar à Lei da Terceirização, permite a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.

Os empregados também discutiram sobre a criação de um programa de tratamento para dependentes químicos. Foram apresentados todos os pontos discutidos no último Conecef, como: a defesa da Caixa 100% pública, Nenhum direito a menos e saúde e condições de trabalho sem respostas do banco.

A Comissão Excecutiva da Caixa marcou uma reunião com o banco no dia 7 para apresentação de uma proposta. Os empregados esperam que a proposta seja apresentada para que seja avaliada junto com a proposta da Fenaban nas assembleias, em todos os sindicatos do país, no dia 8.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancos públicos BB e Caixa, administrados pelo governo Temer na era pós-golpe, estão entre as entidades públicas e privadas que patrocinam uma série de seminários a favor dos retrocessos e da retirada de direitos pela Reforma Trabalhista.  O “Projeto Articulação Política Pelo Emprego – Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho” é promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (IBEC) em parceria com a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal dos Deputados.

A Caixa confirmou que repassou o montante de R$ 300 mil em patrocínio para os eventos. Já o Banco do Brasil confirmou repasse, via BB Seguros, mas se nega a confirmar o valor. As informações foram solicitadas pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) via Lei da Transparência (12.527/2011).

“É lamentável que a Caixa, um banco público, que deveria fomentar políticas sociais que beneficiem toda a população, se preste a esse papel de financiar interesses privados, considerando que as alterações na legislação trabalhista beneficiam somente os empresários e visam o lucro e o corte de direitos”, afirma João Paulo Pierozan, representante dos trabalhadores bancários do Paraná nas negociações com a Caixa.

Programação do seminário distorce pontos prejudiciais da reforma

Divulgada oficialmente pela Câmara Federal como “projeto com objetivo de debater de forma técnica e sem ideologia a aplicação da lei da reforma trabalhista”, a jornada é coordenada pelo deputado Ronaldo Nogueira, ministro do trabalho de Temer na época da aprovação da lei, e prevê em sua programação abordagem direcionada com a participação de Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), incluindo o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, notório defensor das alterações que prejudicam os trabalhadores e favorecem as empresas.

No final de junho, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR) protocolou pedido de informações junto às empresas públicas Caixa, Banco do Brasil e Correios, e ainda, junto à Presidência da República, via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), para esclarecer diversas modalidades de patrocínio divulgadas, como “ouro”, “prata”, “platinum” e “master”, além de apoios institucionais de empresas de comunicação e entidades patronais, incluindo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em resposta, a Caixa, através da Superintendência Nacional de Promoções e Eventos, confirmou que está patrocinando o projeto com R$ 300 mil, equivalentes ao patrocínio master. Com um tópico de “esclarecimento”, o banco contextualiza os eventos com a finalidade de discutir com profundidade as alterações, “assim como debater alternativas de potencialização do crescimento econômico e geração de emprego e renda”.

Ainda que o posicionamento do banco seja da geração do emprego, dentro da gestão da própria entidade neste governo Temer, há reiterados ataques aos trabalhadores, com a redução de vagas, a não realização de concursos públicos para substituir aposentadorias e programas de desligamentos, promovendo piora nas condições de trabalho e encolhimento do acesso aos serviços bancários da Caixa para a população, especialmente a de baixa renda.

“Isso é um desrespeito com o trabalhador, porque ao mesmo tempo que a Caixa se posiciona a favor da geração de empregos e do crescimento do país, na mesa de negociação o banco se nega a assinar um pré-acordo que garanta minimamente a garantia da Convenção Coletiva, nenhuma garantia contra as novas leis trabalhistas”, explica Junior Cesar Dias, presidente da Fetec-CUT-PR.

A Caixa, que é banco público, avançou no fechamento de vagas pós-golpe de 2016, contabilizando 4.794 desligamentos, sem reposição de novos concursados, entre 2017 e 2018, sendo 1.101 somente no primeiro semestre de 2018.

Um outro esclarecimento da Caixa sobre o patrocínio, é que ele foi aprovado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, instituição também consultada pela FETEC, que até o momento tem postergado os prazos estabelecidos na Lei da Transparência.

Banco do Brasil confirma patrocínio mas nega informar o valor

Já o Banco do Brasil confirmou o patrocínio, que também é “master”, tal qual o da Caixa, mas decretou sigilo quanto ao valor. A justificativa do banco público para a disponibilização de verba para promover seminários a favor da reforma trabalhista foi mercadológica: de acordo com a gerência executiva da BB Seguros, logo estampada no patrocínio, trata-se de “iniciativa de posicionamento de marca que suporta os objetivos estratégicos da Companhia, tanto do ponto de vista do interesse mercadológico, considerando o público-alvo presente nos eventos e as possibilidades negociais em potencial, quanto do ponto de vista institucional”. A resposta também situou que o valor, não divulgado, possui “alinhamento de mercado” e apresenta “importante pacote de contrapartidas tanto de imagem quanto de inscrições de participação”.

“O Banco do Brasil possui valor estratégico no mercado sim, mas é de fomento à agroecologia, de subsídio ao pequeno agricultor, de promoção à agricultura familiar com acesso ao crédito. Essa mudança brusca de perspectiva sem compromisso social com a população é uma das faces mais desprezíveis do golpe de 2016 e os reflexos disso são sentidos na mesa de negociação, em que os trabalhadores do BB só estão perdendo direitos”, explica Ana Paula Busato, representante dos trabalhadores do BB do Paraná nas negociações com o banco.

O BB Seguros é um braço do banco público para seguros, previdência, capitalização e planos odontológicos oferecidos pelo BB, está se situando como mercadológico, mas ainda assim está submetido à Lei da Transparência via Controladoria Geral da União (CGU), órgão responsável pela centralização dos pedidos de informação sobre o poder público federal, escancarando o viés privado do governo Temer.

A Fetec-PR estuda adotar outras medidas que garantam a informação de quanto o Banco do Brasil gastou com essa promoção da “reforma trabalhista”.

Fonte: Fetec-PR

Peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mantêm a investigação sobre a "reforma" trabalhista brasileira, relatou o diretor-geral da entidade, Guy Ryder, durante encontro com sindicalistas brasileiros na África do Sul. O Brasil foi incluído na chamada short list (lista curta), divulgada durante recente conferência da OIT e elaborada pelo Comitê de Aplicação de Normas, de países cujos governos devem dar explicações. No caso, sobre possíveis prejuízos à negociação coletiva, entre outros itens provocados pela Lei 13.467, em vigor há quase nove meses.

Representantes de centrais brasileiras estiveram na manhã desta quinta-feira (2) com Ryder durante encontro dos Brics (bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizado em Durban, no país africano. O 1º secretário da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, o Serginho, e o diretor jurídico da CTB, Mário Teixeira, também entregaram ao diretor da OIT a chamada "agenda prioritária da classe trabalhadora", com as propostas das centrais para os candidatos. Eles informaram sobre o "dia do basta", na sexta da semana que vem (10).

"Ainda relatamos ao diretor-geral os efeitos da reforma trabalhista para os trabalhadores, com a redução de direitos e aumento da informalidade, bem como do desequilíbrio da relação capital e trabalho, com as mudanças no sistema de custeio sindical", disse Serginho. Segundo ele, Ryder relatou "que os peritos da OIT continuam com o processo de investigação, solicitando informações ao governo brasileiro sobre a reforma trabalhista" e informou ainda que o assunto será abordado em novembro, durante reunião do Conselho de Administração.

Um dos itens da agenda das centrais é a revogação da "reforma" trabalhista. Segundo as entidades, a lei "retirou dezenas de direitos das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, violando normas fundamentais da OIT".

 

FONTE: Rede Brasil Atual

O Brasil tem 147.302.354 eleitores aptos a votar em outubro, segundo número divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com crescimento de 3,14% em relação a 2014, ou aproximadamente 4,5 milhões a mais. De acordo com o TSE, 1.409.774 não poderão votar nem se candidatar, por estarem com os direitos políticos suspensos. E há menos jovens com direito de participar.

A maioria do eleitorado é formada por mulheres, que representam 52,5% do total (77,3 milhões, ante 69,9 milhões de homens). Os dados mostram ainda 6.280 eleitores transexuais ou travestis – a partir deste ano, eles puderam ter seu nome social impresso no título eleitoral.

Entre jovens de 16 e 17 anos, cujo direito de voto é opcional, 1.400.617 podem participar. Houve redução de 14,53% em relação a 2014. Esse grupo representa 0,95% do eleitorado brasileiro. O número de idosos com mais de 70 anos, cujo voto também é facultativo, cresceu 11,12%, passando para 12.028.495.

A faixa etária com maior numero de eleitores vai dos 45 aos 59 anos – esses 35,7 milhões representam 24,26% do total. Em seguida, vêm os de 25 a 34 anos (31,1 milhões, ou 21,15%). 

No recorte por escolaridade, pouco mais de 38 milhões têm o ensino fundamental incompleto e somam 25,8% do eleitorado. Os que têm ensino médio completo representam 22,7% e ensino médio incompleto, 16,8%. Depois vêm os eleitores com superior completo (9,1%), os que leem e escrevem (8,9%), ensino fundamental completo (6,8%), superior incompleto (4,9%) e analfabetos (4,4%, 6,6 milhões) – 0,04% não informaram.

O total de eleitores com identificação biométrica cresceu significativamente em relação a 2014. Naquele ano, eram 15,18% do total, e agora são 50,03%. 

O Sudeste concentra 43,38% dos eleitores (63,9 milhões). Na sequência, estão as regiões Nordeste (26,63%), Sul (14,53%), Norte (7,83%) e Centro-Oeste (7,3%). Entre as cidades, o maior colégio eleitoral está em São Paulo (9.062.724) e o menor, na cidade mineira de Serra da Saudade, com 941 eleitores. 

Os eleitores residentes fora do país totalizam 500.727. O crescimento de 41,37% em relação a quatro anos atrás deveu-se, segundo o TSE, a uma campanha por facilitar o cadastro entre os brasileiros emigrados.

 

FONTE: Rede Brasil Atual 

Dirigentes sindicais bancários de todo o Brasil se deslocaram para São Paulo, nesta quarta-feira (1º), com a expectativa de receber e debater a proposta que a Fenaban havia se comprometido a apresentar para a Campanha Nacional Unificada 2018. Os bancos, no entanto, não cumpriram o compromisso e anunciaram que uma proposta global, inclusive com índice de reajuste, será apresentada na próxima rodada de negociação marcada para a terça-feira (7).

“Registramos a expectativa dos bancários de receber a proposta nesta quarta-feira, mas os representantes dos bancos disseram que só fariam proposta de reajuste na próxima semana. A negociação transcorreu debatendo ponto a ponto as cláusulas econômicas e de igualdade de oportunidades da pauta de reinvindicações (veja abaixo)”, relata a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Destacamos que a categoria espera uma boa proposta, completa, com aumento real diante do crescimento de quase 34% em 2017, de 20% no primeiro trimestre de 2018 e que segue em alta diante dos balanços do semestre já divulgados.”

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>Lucro do Bradesco ultrapassa R$10 bilhões no primeiro semestre

Banco do Brasil lucra R$3 bilhões no primeiro trimestre de 2018

No dia 8, bancários de todo o Brasil se reunirão em assembleias para deliberar sobre a proposta da Fenaban. “Está nas mãos dos bancos resolver a campanha na mesa de negociação, intenção anunciada por eles desde a primeira rodada de negociação em 12 de julho”, diz Juvandia.

Eles ganham muito e podem pagar

Outros dados indicam a excelente saúde financeira dos bancos e foram apresentados na mesa de negociação para reforçar que o setor deve muito aos seus funcionários.

O que ganham com receita de prestação de serviços e tarifas continua em elevação: juntos, os maiores bancos acumularam o montante de R$ 32,4 bilhões nos primeiros três meses do ano, crescimento de 6,9% em doze meses. Somente essa receita, cobriria quase 140% do total dispendido em despesa de pessoal, que inclui salários, encargos, benefícios, PLR, treinamentos, provisões trabalhistas etc. Ou seja, pagam todos os funcionários com o que ganham com tarifas e ainda sobra.

Mesmo assim, demitem. No primeiro trimestre deste, houve queda de 13.564 postos de trabalho comparado ao mesmo período de 2017. Desde 2016 já foram extintos mais de 40 mil empregos no setor.

Esses cortes, tão nocivos à sociedade brasileira, ajudam a compor os gigantescos lucros dos bancos. Isso porque, quando contratam pagam menos do que recebiam os dispensados. Assim, enquanto o ganho real conquistado pela categoria entre 2003 e 2016 chegou a 19,1%, nos dados da Rais (do Ministério do Trabalho), o aumento real observado foi de apenas 10,9% no mesmo período. É a taxa de rotatividade: de acordo com dados do Caged, no primeiro semestre de 2018 a diferença de remuneração entre os admitidos e desligados foi de 36%.

Dessa maneira, a massa salarial do setor em 2017 caiu 2% em relação ao que era em 2012.

Se economizam com os bancários que estão na linha de frente nas agências e departamentos, o mesmo não se dá com os executivos. No Itaú, um diretor chega a ganhar quase 250 vezes mais que um escriturário. No Bradesco, 121 vezes mais; no Santander, 105.

“Isso tudo só mostra que os bancos podem pagar aumento real e atender às reivindicações da categoria. A proporção de reajustes acima da inflação, mesmo de setores menos lucrativos, foi de 84,6% em 2018”, completa Juvandia.

 

As reivindicações e as respostas dos bancos

AUMENTO REAL
Os bancários cobram reposição total da inflação mais aumento real para salários e demais verbas, como VA e VR. A inflação projetada está em 3,88%, com expectativa de alta. Os bancos apresentarão proposta no dia 7.
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
Os bancos querem manter a regra atual da PLR, (que prevê o pagamento de 90% do salário-base mais R$ 2.243,58, limitado a R$ 12.035,71). Se o total distribuído a todos os funcionários não atingir 5% do total do lucro líquido de 2016, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários, limitado a R$ 26.478,55, ou até que se atinja os 5%. Diante do enorme lucro do setor, os bancários querem rediscutir o formato, de maneira que os trabalhadores recebam uma parcela maior do resultado que ajudam a alcançar. O assunto voltará à pauta na próxima semana.
14º SALÁRIO
Os trabalhadores reivindicam o pagamento do 14º salário a todos os empregados, inclusive os afastados e os que saírem do banco no ano em que for creditado. Para a Fenaban, não há espaço para isso porque consideram já haver vários “benefícios” para os bancários, que na realidade são direitos conquistados pelos trabalhadores na luta.
PISO
Outro ponto da pauta dos bancários é o piso de R$ 3.747,10 (correspondente ao salário mínimo do Dieese). Os bancos acham difícil mexer no valor pago atualmente, mas devem apresentar proposta na próxima semana.
PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS (PCS)
Outra reivindicação é a adoção de um Plano de Cargos e Salários, elaborado com a participação de sindicatos. Para a Fenaban, no entanto, não dá para regrar tudo. Os bancários defenderam a importância do PCS diante das mudanças unilaterais feitos pelos bancos, como a alteração de jornada para oito horas de 80% dos bancários de instituições públicas.
TELETRABALHO
Os bancos informaram que pretendem apresentar uma proposta de teletrabalho na semana que vem, com base no modelo do Judiciário que tem como condição produtividade 15% maior para os trabalhadores que quiserem atuar nessa modalidade. Os representantes dos bancários protestaram dizendo isso não cabe para todos, que as metas dos bancários já são altas. E que se os bancos querem se equiparar com o Judiciário poderiam pagar auxílio-moradia, auxílio-educação. Segundo a Fenaban, o TST recomenda que a jornada deve começar depois das 6h e terminar até as 22h. Os dirigentes sindicais cobraram o respeito à jornada da categoria, de seis horas, e a utilização de equipamentos dos bancos.
SALÁRIO DO SUBSTITUTO E ISONOMIA SALARIAL
Os bancários reivindicam que, ainda que de caráter provisório, seja garantido ao empregado substituto o mesmo salário do substituído, e efetivação na função caso o período seja superior a 90 dias. A Fenaban afirmou que substituir é um aprendizado, que é difícil de fazer esse pagamento e precisam analisar para apresentar uma proposta. Os bancários argumentaram que há casos de substituição de muito tempo e que os cargos trazem responsabilidades sem a devida remuneração.
PARCELAMENTO DO ADIANTAMENTO DE FÉRIAS
Outra reivindicação é que o adiantamento das férias possa ser devolvido em até 10 parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correções. A Fenaban informou que vai refletir sobre o pedido.
VALES REFEIÇÃO, ALIMENTAÇÃO, 13ª CESTAS
Os bancários reivindicam vales refeição, alimentação e 13ª cesta no valor de R$ 954 mensais. Inclusive nos períodos de licença-maternidade, paternidade e adoção, gozo de férias e nos afastamentos por doença de qualquer natureza ou acidente de trabalho. Os bancos devem apresentar proposta de valores na próxima semana.
AUXÍLIO CRECHE/AUXÍLIO BABÁ
Os representantes dos bancários reforçaram a importância de reajustar o direito para que os pais possam trabalhar com tranquilidade. O valor reivindicado é de um salário mínimo mensal (atualmente em R$ 954) para cada filho, inclusive os adotados, dependentes com guarda provisória e enteados, até a idade de 12 anos. Os bancários argumentaram que o atual valor, de R$ 434, é muito baixo e não é possível atender à necessidade dos trabalhadores.
AUXÍLIO EDUCACIONAL
Outro ponto da pauta da categoria é o pagamento de bolsas de estudo pelos bancos para ensino médio, graduação ou pós-graduação. Dentre os bancos que compõem a mesa, somente o Bradesco não paga.
VALE-CULTURA
Os bancários cobram que seja restituído o vale-cultura retirado pelo governo golpista. Mais um direito retirado, apesar do compromisso de manutenção, assumido junto aos representantes dos trabalhadores. Pago a todos os empregados, inclusive os afastados por problemas de saúde, até o último dia útil do mês, a reivindicação é de R$ 153,91, na forma de cartão magnético, para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos. A Fenaban voltou a falar em tributação e que não há segurança jurídica para pagar fora da legislação que não prevê mais esse direito.
REGULAMENTAÇÃO DA REMUNERAÇÃO TOTAL
O Comando informou que quer discutir a remuneração total para que não haja redução ou substituição de contratos pelas formas de precarização previstas na lei trabalhista do pós-golpe. A Fenaban informou que até agora os bancos não aplicaram nenhuma nova forma e que não há movimento nesse sentido. Mas não se comprometeram a assinar. 
IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
Os bancários cobram dos bancos a promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações por motivos de raça, cor, gênero, idade ou orientação sexual (LGBTQ) nos locais de trabalho e promover a equidade. Também é reivindicado que novas contratações nos bancos observem essa diversidade, assim como na estrutura hierárquica e administrativa da empresa. O respeito à identidade visual dos empregados, às suas características físicas e expressão de sua personalidade é outra reivindicação dos bancários. Os dirigentes sindicais deram vários exemplos do que acontece hoje nas instituições financeiras, como a proibição do uso de barba ou a recomendação de que mulheres usem roupas que ajudem nas vendas. Os representantes dos bancos consideraram os exemplos importantes para o debate e para apresentar algo sobre o assunto. Os bancários apresentaram pesquisa que demonstra ser o machismo (61%) o preconceito mais arraigado na sociedade, seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%), para contextualizar o momento que o país está vivendo e que interfere no mercado de trabalho com dificuldade de ascensão profissional. Os bancários cobraram a realização de um novo censo para reavaliar o quadro e retomar os debates sobre o tema na mesa bipartite de igualdade de oportunidades. E apontaram o momento oportuno para campanhas de orientação e formação de gestores, inclusive sobre casos de assédio sexual. O assunto deve ser retomado na próxima rodada de negociação. 

Fonte: Contraf-CUT