Abril 30, 2025
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O Brasil vive uma crise profunda já há alguns anos. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 1% em 2017, na primeira alta após dois anos consecutivos de retração.

Falta emprego para 27,7 milhões de brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) trimestral, divulgada na quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 13,7 milhões de desempregados, 6,2 milhões de subocupados e 7,8 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas desistiram porque já não conseguem mais procurar emprego. Assim, a taxa de desemprego/subutilização da força de trabalho ficou em 24,7% no primeiro trimestre de 2018, a maior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior já registrado pela pesquisa.

Nesse cenário de caos, somente uns poucos ganham, e muito! É o 1% da população para quem nunca há crise. Levantamento da consultoria Economatica aponta que, nos últimos 12 meses até julho, a média do ganho dos acionistas com dividendos e juros sobre capital próprio foi a maior desde 2010.

Por lei, as empresas com ações em bolsa precisam distribuir, no mínimo, 25% do lucro para os acionistas. No entanto, muitas delas, como as de energia e instituições financeiras, distribuem ainda mais. O Itaú Unibanco, por exemplo, paga pelo menos 35% do lucro aos acionistas. E este ano vai pagar ainda mais: um “superdividendo” de 70,6% do lucro anual da instituição em 2017 (R$ 17,6 bilhões) – o maior montante já distribuído em um ano por uma empresa brasileira de capital aberto.

“Os bancos lucram muito. Os acionistas ficam contentes com isso. Mas, e como fica a vida dos bancários? Os principais responsáveis por esse resultado estrondoso, pressionados a cumprir metas abusivas que adoecem e têm custos enormes para a vida desses trabalhadores, de suas famílias e para toda a sociedade”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “A mesma sociedade que paga impostos sobre o salário, a renda, sobre cada produto que compra, enquanto uma lei da era FHC permite que esses acionistas não paguem nada sobre essa montanha de dinheiro que recebem”, critica.

“O custo que a sociedade paga pelo alto lucros dos bancos no Brasil é altíssimo, enquanto os poucos milionários se dão bem. Esse não é o sistema financeiro que a gente quer. É preciso promover mudanças para impedir que o lucro deles seja resultado do massacre da sociedade e para que, quem ganha tanto, pague mais impostos e ajude a financiar o crescimento do Brasil, para todos”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os participantes dos fundos de pensão no modelo CD da Fundação Itaú - Unibanco (Iatubanco CD, Fundo Inteligente, etc.), tem até às 23h59 desta terça-feira (31), para optar ou não pela troca do perfil de investimentos dos seus recursos de poupança previdenciária. Hoje os participantes desses fundos podem optar por uma carteira de investimentos mais arrojada, mais agressiva, baseado em um percentual maior investido no mercado de ações, com expectativa de maiores ganhos no futuro, ou optar por perfis de investimentos mais seguros e prudentes de forma a proteger seus recursos de eventuais turbulências econômicas e políticas.

A escolha de um perfil de investimento no caso dos fundos de pensão devem considerar, a propensão e compreensão do participante de "arriscar mais" e ter uma fatia maior de suas reservas em renda variável, mas também o tempo que a pessoa projeta para se aposentar, e, quanto de reservas ainda possui e considerar assim os riscos envolvidos em perfis mais arrojados.

A conselheira Érica Godoy lembra que é uma decisão bastante pessoal, mas que deve ser tomada com bastante cuidado. “O momento é de muitas incertezas. A perspectiva de melhora econômica no curto, médio e longo prazo é bastante duvidosa, na medida em que onde se registra crescimento, este não está ligado a um crescimento sustentável e que beneficie o conjunto da sociedade. A macro economia dá sinais evidentes de caminhar para uma ratoeira e a micro economia vem caminhando na base "estamos nos virando como podemos". Além disso, a economia internacional ainda indica que há muitas incertezas e do ponto de vista econômico geral, verifica-se uma certa paralisia. Esses fenômenos econômicos não são exatamente seguros para um participante de fundo de pensão. Também há a influência política negativa do momento. Além da ilegitimidade do atual "governo" e sua consequente falta de autoridade tanto em termos nacionais como internacionais, as eleições trazem ainda mais incertezas e gera muita insegurança, o que tem levado muitos pequenos investidores e empresários a ter atitude de cautela frente à um cenário muito incerto. Nesse momento, embora seja uma decisão estritamente pessoal, talvez a prudência seja o melhor mecanismo de proteção dos recursos financeiros de quem participa de um fundo de pensão. Proteger os recursos nesses momentos incertos e turbulentos podem ser uma boa opção.”

Para ela, não dá para afirmar que entre o dia de hoje e março de 2019 (quando poderá mudar novamente nosso perfil de investimento na Fundação) que tudo permanecerá ruim e que quem tem parte de seus recursos em renda variável irá perder dinheiro. “Pode ocorrer justamente o contrário, mas em se tratando de reservas de complemento previdenciário, proteger as reservas talvez seja mais importante do que arriscar em perfis mais arrojados. Os participantes podem observar as rentabilidades dos últimos meses em cada perfil, e devem analisar a situação econômica e política do Brasil para os próximos meses e avaliar se é hora de arriscar mais ou agir com prudência. O importante é que cada participante tenha claro que suas reservas na Fundação são reservas voltadas para um complemento previdenciário futuro e avaliar se o melhor nesse momento é proteger essas reservas é um fator de suma importância.”

Os participantes podem acessar o site da Fundação pelo site ou pelo aplicativo e fazer uma avaliação das rentabilidades de cada perfil disponível e combinar isso com a perspectiva econômica e política desse período. Quem optar por alterar seu perfil de investimento agora poderá modificá-lo novamente em março do ano que vem.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander foi acusado de realizar negócios irregulares no mercado cambial. Por esse motivo, o banco terá de desembolsar R$ 3,3 milhões à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para encerrar processo administrativo sancionador (PAS).
De acordo com o processo, a instituição financeira operou com contratos de dólar futuro, que resultaram na transferência de R$ 6,6 milhões para o Banco Santander Central Hispano (Santander Madri), em 2015.
Foram realizadas seis operações para viabilizar a transferência dos recursos. O responsável pelas ordens de negociação era o executivo, Rogério Keiiti Endo. 
Mesmo com tentativas falhas do Santander de tentar reduzir o valor proposto para o pagamento da multa, o banco acabou aceitando a proposta do CVM. 
Além do banco, o Rogério Endo também teve de assinar um termo de compromisso e terá de pagar R$100 mil ao órgão.

Fonte: Contraf-CUT

A cada negociação com a direção da Caixa fica clara que a mobilização dos empregados é fundamental para evitar o retrocesso. A ameaça da vez é sobre a Participação nos Lucros e Resultados. Apesar de garantir na mesa de negociação do dia 20 de junho que vai seguir a regra definida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o banco alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social.

Segundo a direção do banco, o limite da soma da PLR está limitada pelo governo. A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últmos anos, fica em 6,25 % do lucro liquido.

O posicionamento do banco é baseado na última mudança do estatudo, feita em 2017 pelo Conselho de Administração (CA). Desde então, o pagamento da PLR deve seguir os preceitos legais, o que significa seguir a lei original da Participação nos Lucros e Resultados, promulgada no ano 2000 (lei 10.101). Hoje o pagamento da PLR na Caixa consta do acordo coletivo firmado com os representantes dos trabalhadores, mas como se trata de um cálculo com muitas variáveis, a inclusão dessa cláusula no estatuto impedirá uma efetiva negociação e poderá resultar em controvérsias e perdas para os empregados do banco.

O banco vem buscando cada vez mais a lucratividade ao invés do crescimento do banco, com tarifas e taxas de juros cada vez mais altas. Por outro lado, a gente vê o governo buscando a redução do banco, com a redução das carteiras de crédito, redução das ofertas de crédito à população e com a descapitalização da Caixa e com o corte de direitos dos empregados”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa). “Os empregados devem se mobilizar para resistência que é a única forma de reverter essas medidas do governo.”

Saúde Caixa

Na terceira rodada de negociação específica entre os representantes dos empregados com a Caixa Econômica Federal, realizada na quinta-feira (26), em Brasília, o banco reafirmou que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) será utilizada como parâmetro para as decisões em relação ao Saúde Caixa, tanto durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2018 quanto na mesa específica de negociações. Nesta terceira rodada de negociações, além do Saúde Caixa, foram debatidas questões referente à Funcef (fundo de previdência dos empregados).

Para os representantes dos trabalhadores essa determinação do governo onera o associado do Saúde Caixa, quebra o princípio de solidariedade, excluem aposentados, impõem períodos de carências e permitem cobrança de franquias, acabando com a cobrança de mensalidade única por família, trazendo novas restrições para dependentes, vetando a oferta do plano em novos concursos e proibindo a entrada de novos associados.

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Fonte: Contraf-CUT

Mesmo depois de o Banco do Brasil ter se recusado a discutir sobre o déficit da Caixa de Assistência aos funcionários (Cassi) na mesa de negociação da Campanha Nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) apresentaram à direção do banco uma proposta de sustentabilidade do plano de saúde na mesa de segunda-feira (23), que teve como pauta as questões de saúde e condições de trabalho. O texto, traz alternativas ao modelo de custeio que a direção do banco vem tentando impor.

“Apresentamos mais uma proposta das entidades sindicais que mostra que há caminhos possíveis para se buscar a sustentabilidade da Cassi sem onerar os menores salários. É preciso ampliar a responsabilidade e o compromisso financeiro do BB, garantindo a proporcionalidade contributiva estatutária, sem retirar direitos nem reduzir a participação dos associados na gestão. Queremos negociar e isso está claro desde a primeira mesa. O banco precisa retomar a mesa de negociação sobre a Cassi”, disse Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, órgão que auxilia a Contraf-CUT nas relações com os funcionários e nas negociações com o banco.

Em junho, após a posse da nova diretoria eleita para a Cassi, o banco se retirou da mesa de negociação específica e informou que as discussões passariam a se dar apenas no âmbito interno da Cassi e, desrespeitando o rito negocial, apresentou uma proposta que prevê aumento da coparticipação do associado em exames e consultas; tenta se livrar do dependente cônjuge da ativa que passa para a aposentadoria; tenta criar novas diretorias e implementar o voto de minerva a favor do banco diretamente à diretoria executiva da Cassi.

A governança da Cassi, a partir da proposta do banco, fez uma contraproposta que também retira direitos dos associados. É esta a proposta que o diretor e o conselheiro eleitos querem levar ao corpo social para votação, em um ato de traição aos seus eleitores.

Manutenção dos direitos
A proposta da Contraf-CUT e do movimento sindical vem no sentido de garantias e manutenção de direitos. O documento preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.

Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial. Esta verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes este valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Esta alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que tanto o banco quanto a chapa Mais Cassi querem impor para os associados.

Este remodelo do aporte possibilitaria inclusive o crescimento em 10% ao ano na rede de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), alcançando 300 mil associados em 2023. Além disso, a condição para se reavaliar os sistemas de custeio, gestão e saúde da Cassi como o próprio modelo assistencial com uma cobertura mais robusta em funcionamento, permitirão decisões mais acertadas e com temporalidades mais adequadas a partir de 2024.

Leia o documento na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT

Na terceira rodada de negociação específica entre os representantes dos empregados com a Caixa Econômica Federal, realizada na quinta-feira (26), em Brasília, o banco reafirmou que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) será utilizada como parâmetro para as decisões em relação ao Saúde Caixa, tanto durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2018 quanto na mesa específica de negociações. Nesta terceira rodada de negociações, além do Saúde Caixa, foram debatidas questões referente à Funcef (fundo de previdência dos empregados).

“O Saúde Caixa é resultado de negociação entre os trabalhadores e o banco e não pode ser destruído por um decreto editado por um governo ilegítimo, a pedido de banqueiros e dos planos privados. Os trabalhadores contribuem com o Saúde Caixa e esperam ter seu direito à saúde garantido, assim como os aposentados, que contribuíram a vida inteira tanto para o crescimento da Caixa quanto para o plano de saúde e, por isso, devem ter seus direitos assegurados”, afirmou Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Para os representantes dos trabalhadores essa determinação do governo onera o associado do Saúde Caixa, quebra o princípio de solidariedade, excluem aposentados, impõem períodos de carências e permitem cobrança de franquias, acabando com a cobrança de mensalidade única por família, trazendo novas restrições para dependentes, vetando a oferta do plano em novos concursos e proibindo a entrada de novos associados.

A secretária de Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltou ainda que a negociação coletiva é assegurada na Constituição e também na legislação trabalhista. “Dessa forma, os limites postos pela CGPAR são inconstitucionais e ilegais. Além disso, a negociação coletiva dá condições de o trabalhador conquistar direitos acima dos estabelecidos em lei e, por consequência, muito acima das resoluções”, destacou a dirigente.

     > Entenda como as resoluções da CGPAR ameaçam o direito à saúde dos empregados da Caixa

Na mesa, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) reforçou a importância de manter o atual modelo de custeio e cobertura do Saúde Caixa, sob o risco de inviabilizar sua manutenção. Atualmente, o banco responde por 70% das despesas assistenciais, cabendo aos usuários os outros 30%, o que garante a sustentabilidade do plano.

“Os empregados estão mobilizados para reivindicar a garantia do plano de saúde para os aposentados, para o grupo familiar e o princípio de solidariedade, que assegura um teto para a coparticipação e o percentual de 2% de desconto do salário a todos os empregados, independentemente da idade e do tempo de banco. Assim, como a manutenção da assistência à saúde para os novos concursados”, disse a secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Na quarta-feira, bancários de todo o país se manifestaram em defesa do Saúde Caixa. Vamos manter as mobilizações para vencer essa intransigência da Caixa e do Governo, que insistem em retirar direitos dos empregados”, completou.

Na quarta-feira (25), véspera da negociação específica que discutiu Saúde Caixa, trabalhadores e movimento sindical deflagraram um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Planos de Saúde, não apenas da Caixa, mas também do Banco do Brasil (Cassi), e demais empresas públicas. Foram realizados atos e paralisações em locais de trabalho país afora. O simbolismo desses protestos ficou representado no fato de que muitos empregados foram trabalhar com roupas de cor branca para manifestar seu repúdio às mudanças que o banco e o governo tentar impor aos trabalhadores.

A defesa do Saúde Caixa é uma das reivindicações da pauta específica dos empregados da Caixa na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018.

Diante da ameaça ao direito à saúde dos trabalhadores de empresas públicas, incluindo os vinculados ao Saúde Caixa, a orientação é para que a mobilização seja intensificada em todo o Brasil em torno da campanha nacional “Saúde Caixa: eu defendo”.

“Nosso Acordo Coletivo de Trabalho assegura o atual modelo de custeio do Saúde Caixa até 31 de agosto. A mobilização e o enfrentamento por parte dos trabalhadores é fundamental para evitar que, após o término da vigência deste acordo, haja perda de direitos”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa, que também e diretor da Região Sudeste da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).

Funcef
Além do Saúde Caixa, as negociações também trataram sobre a Funcef, com base nas resoluções do 34º Conecef, que integram o eixo “Saúde Caixa e Funcef”.

Em relação à Funcef, o banco trouxe argumentos evasivos e também não garantiu reivindicações importantes como a revisão da metodologia de equacionamento do REG/Replan, assim como a instituição de assembleias e consultas para que os associados decidam sobre as questões mais fundamentais dos planos de benefícios.

Ao defender a imediata revisão da metodologia do equacionamento, a Contraf/CUT e a CEE/Caixa avaliaram que o atendimento dessa reivindicação abre espaço para a suspensão de algumas cobranças a mais que estão sendo feitas indevidamente. Esse item busca a saúde financeira da Funcef, ao mesmo tempo que visa ainda uma maior e mais adequada qualidade de vida dos participantes. O entendimento é o de que o endividamento prejudica a todo mundo.

Em resposta a essa reivindicação, a Caixa informou que busca mitigar os efeitos negativos provocados pela atual metodologia de equacionamento. Disse ainda que pretende provocar uma discussão a respeito de uma possível revisão das regras em vigor desse processo.

A falta de rumo e de transparência da atual gestão, os déficits seguidos, as tentativas de infringir os regulamentos dos planos de benefícios e a meta de subjugar a paridade nos planos de equacionamento foram alvos de críticas contundentes por parte dos representantes dos empregados nesta terceira rodada de negociações. Para a Contraf-CUT e para a CEE/Caixa, a solução destes pontos é fundamental e tem a ver com a elaboração de novas políticas de governança e transparência no âmbito da Funcef.

Contencioso
Foi cobrada a responsabilidade da Caixa sobre o contencioso, que é formado pela passivo da dívida trabalhista do banco. EO banco insiste em transferir tal dívida para a Funcef e os administradores do fundo não cobram a dívida da Caixa (saiba mais sobre o contencioso). A reivindicação é para que a Caixa pague integralmente a dívida que gerou o contencioso da Funcef, cuja origem está baseada na relação de emprego entre os empregados e a Caixa. Assim como não se omita de discutir o Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), que não foi causado pela Funcef. Em 1998, a Caixa implantou o CTVA sem a inclusão dessa rubrica na base de contribuição à Funcef. Como resultado disso, nascia o maior objeto de ações com repercussão previdenciária sobre a Fundação.

A representação nacional dos empregados deixou claro que eventuais mudanças no estatuto da Funcef devem ser amplamente debatidas e aprovadas pelos participantes. Nesse caso, o entendimento é o de que nenhuma alteração estatutária poderá acabar com as eleições entre os participantes para a Diretoria e Conselhos da Fundação, ou retirar os direitos atualmente previstos. “A paridade foi construída na mesa de negociação e não pode esse processo ser mudado unilateralmente”, explicou Dionísio.

Campanha Nacional Unificada 2018
Na Campanha Nacional 2018, as negociações das questões específicas na Caixa ocorrem concomitante aos debates da pauta geral da categoria bancária na mesa única da Fenaban.

A próxima rodada de negociações específicas com a Caixa foi agendada para o dia 2 de agosto, em São Paulo. Estarão em pauta o fim do descomissionamento para empregadas gestantes, a apresentação de dados concretos para debater e avançar nos itens em defesa do Saúde Caixa e a garantia contra a desregulamentação da lei trabalhista, com base no princípio de nenhum direito a menos.

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Fonte: Contraf-CUT

Na quarta reunião de negociação da mesa específica do Banco do Brasil, da Campanha Nacional dos Bancários 2018, os temas tratados foram as cláusulas sociais e sindicais, envolvendo representação dos delegados e dirigentes sindicais.

Nas cláusulas sociais, o banco sinalizou a renovação dos itens já constantes no atual acordo, com promessa de apresentar redação de alguns itens que foram debatidos.

Um dos debates colocados foi de se avançar na cláusula de ausências, acrescentando as madrastas e padrastos. A argumentação da Comissão de Empresa para essa questão é que não se trata apenas de se ter um controle de quem é ou da quantidade de madrastas e padrastos, mas a questão do luto de um ente familiar, mesmo que não constante nos registros de nascimento.

Sobre planos de previdência complementar, o banco informou que está tratando internamente sobre a proposta da minuta de melhoria dos planos de previdência patrocinados pelo banco e também envolvendo os funcionários de bancos incorporados.
O banco adiantou na primeira mesa de negociação a possibilidade de revisão da fórmula PIP (Pontuação Individual do Participante) constante no regulamento da PREVI.

Problemas nos pedidos de férias

Os representantes dos funcionários relataram os problemas que vêm acontecendo nas solicitações de férias, quando as cobranças de adiantamentos vêm antes do crédito. Os funcionários relataram que na prática é como se as pessoas pagassem para tirar férias.

O banco informou que os problemas decorrem da operacionalização do E-Social e que está discutindo internamente uma forma de amenizar os problemas apresentados pelos Sindicatos.

Parcelamento de férias

O banco apresentou a proposta de abrir a possibilidade de parcelamento de férias em três períodos, dentro das regras vigentes na legislação. Para este tema, o BB apresentará uma proposta de redação na mesa de negociação.

Pauta dos funcionários LGBTI

Os representantes dos funcionários debateram com o BB os pontos da pauta de reivindicações dos funcionários LGBTI construída no Congresso dos Funcionários, informando ao banco que a Comissão de Empresa da Contraf-CUT apoia a pauta desses funcionários apresentada diretamente em outras instâncias do BB as ações que vem sendo desenvolvidas para esse público. Ainda, que algumas questões envolvendo o nome social em todos os sistemas de identificação tem apresentado pequenos problemas. O banco informou a existência de normativo específico e vai verificar os problemas. Os representantes do banco falaram que o banco tem apoiado as ações e que o Banco do Brasil foi o primeiro grande banco brasileiro a aderir aos padrões de conduta para empresas, criados pela ONU, Organização das Nações Unidas que contribui para demonstrar a clientes, funcionários e acionistas o apoio a pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo).

Descomissionamento por GDP

O Banco apresentou na mesa a proposta de redução para apenas 1 ciclo avaliatório de GDP o período para descomissionamento decorrente de avaliação funcional. A argumentação do BB é que com 1 ciclo igualaria todos os funcionários com cargos comissionados.

A Comissão de Empresa argumentou com o banco que a proposta traz mais insegurança para os funcionários e pode facilitar as situações de assédio e perseguição. Os funcionários relataram que nas reuniões que os superintendentes vem realizando em todo o país vem sendo abertamente orientado que os gestores devem aumentar o número de anotações na GDP com o objetivo de facilitar os descomissionamentos.

A Comissão de Empresa apresentou ao banco vários argumentos que mostram que a GDP não vem sendo seguida há muito tempo, como por exemplo, ao não observar a média das avaliações e as notas dos pares e subordinados.

Outro argumento apresentado é que ao considerar apenas 1 ciclo o banco aumenta o risco de adoecimento, uma vez que os funcionários correm o risco de adiar inclusive ausências para tratamento de saúde, já que a pressão está mais alta o tempo todo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a reunião não trouxe avanços e uma ainda um proposta de retrocesso, que é a mudança nos tempo para descomissionamentos por desempenho. "Com essa proposta o banco ratifica o fim da GDP segundo os próprios critérios e estudos feitos pela área de gestão de pessoas ao longo dos anos. O que queremos e falamos na reunião é que o banco aplique a GDP da forma como ela é concebida, o que não vem acontecendo. Somos contra essa alteração pois vai facilitar os acertos de conta, as ameaças e as perseguições", disse.  "Sobre os demais itens tratados, esperamos que o banco apresente avanços na próxima reunião, assim como uma proposta econômica que contemple o esforço dos funcionários no último período, completou Wagner Nascimento. 

Fonte: Contraf-CUT

Próximo da realização das duas grandes manifestações agendadas para os dias 10 e 15 de agosto, a Executiva Nacional da CUT, reunida nesta quarta-feira (25), em São Paulo, convocou a militância CUTista para participar dos atos marcados.

No Dia do Basta, 10 de agosto, haverá manifestações por todo Brasil chamada pela CUT e demais centrais sindicais com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.

 “Temos condições de fazer uma grande mobilização no dia 10 para dizer basta ao desemprego, basta de política de preços da Petrobras, com reajustes diários. Basta de retirada de direitos, entre tantas maldades deste governo golpista”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

As plenárias interestaduais da CUT, que estão acontecendo pelo país, visam o fortalecimento da mobilização de trabalhadores e trabalhadoras.

Os sindicalistas CUTistas promovem ainda as plenárias estaduais para potencializar a luta pela retomada de direitos. Nos encontros, além das mobilizações, a CUT está construindo a campanha Lula Livre e lançando a Plataforma da central para as eleições deste ano.

Segundo Vagner Freitas, os sindicatos precisam fazer esse enfrentamento e não permitir a conclusão do golpe jurídico, parlamentar e midiático, elegendo o candidato de Temer (MDB-SP) e do mercado financeiro que querem colocar a política da elite que é contra o trabalhador.

“O candidato da direita também quer acabar com direitos, sucatear as empresas públicas, privatizar a educação e a saúde, entre outros ataques à classe trabalhadora. Esse é o candidato do golpe que atrasou o Brasil e é o candidato de Temer, que além de ilegítimo e golpista, é o mais rejeitado da história”, destacou Vagner.

Para o presidente da CUT, a disputa eleitoral terá um tom de luta de classes.

“A candidatura da direita além de ser da situação, tem apoio do mercado, da base governista e com coalização de partidos do parlamento. O nosso candidato tem o voto do povo, como mostram as pesquisas. Lula já disse que vai revogar todas as medidas de Temer e governar para o trabalhador. Então as opções serão um governo de trabalhador com inclusão social ou com o mercado e os golpistas com exclusão”, afirma.

 “Eles não têm vacina ou um antídoto capaz de enfrentar Lula nas urnas. Tentaram até o fim. Julgaram, condenaram e prenderam tentando tirá-lo da disputa achando que Lula ia sumir nas pesquisas eleitorais, mas ele lidera a intenções de voto mesmo preso político. Essa estratégia foi boa para eles, porque se Lula estivesse solto fazendo as caravanas pelo País, neste momento as pesquisas iam confirmar que ele estaria eleito no primeiro turno”, finalizou o presidente da CUT.

15 de agosto – Registro de candidatura de Lula à presidência

No dia 15 de agosto, dia do prazo para registrar a candidatura de Lula à presidência da República, milhares de pessoas deverão ocupar o Brasil para defender a participação do ex-presidente.

“Lula é candidato e a efetivação desta disputa será feita em 15 de agosto. A direita já tem seu candidato, mas o medo não é do Partido dos Trabalhadores (PT), do Movimento dos Sem Terra e nem da CUT, o medo deles é do Lula”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo ele, a CUT não tem plano B. Lula é o candidato da classe trabalhadora, que saberá demonstrar a sua insatisfação com o momento político nas urnas.

“Temos o melhor candidato e a melhor militância. Nossa tarefa prioritária é vencer a eleição e temos a verdadeira possibilidade da vitória, desde que o nosso time esteja nas ruas acreditando e jogando o tempo todo. O que define a arma que temos é vencer a eleição com um programa de governo transformador, que não deixe dúvidas do por que escolhemos Lula e o que ele vai fazer para trazer de volta a felicidade e a dignidade dos brasileiros e das brasileiras”, afirmou Vagner, que finalizou: “Lula livre, lula Inocente e Lula presidente!”

 

10 de Agosto – Dia do Basta

E para dar um basta aos desmandos do governo ilegítimo de Temer e as medidas de retirada de direitos dos trabalhadores, como a reforma trabalhista, a política de preços dos derivados de petróleo e pelo direito de Lula ser candidato às próximas eleições, a CUT e demais centrais sindicais realizarão o Dia do Basta, em 10 de agosto, com paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o País.

Cada cidade do país terá seu local de realização de atos. Em São Paulo será na Avenida Paulista, na altura do nº1313, em frente à Fiesp, a partir das 10h da manhã.

Fonte: CUT Nacional e editado por Contraf-CUT

O Bradesco teve lucro líquido Recorrente de R$ 10,263 bilhões, no 1º semestre de 2018, com crescimento de 9,7%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 1,2% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) alcançou 18,5%, com aumento de 0,3 pontos percentuais em doze meses. Segundo o banco, o resultado do período foi impulsionado pela performance das receitas de prestação de serviços, pelo resultado das operações com seguros, previdência e capitalização e pela redução nas despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sociais (Dieese).

“A arrecadação com a prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu mais do que a inflação. Mas, as despesas com pessoal, mesmo contanto os acertos de conta com o grande número de funcionários demitidos no período, reduziram. Isso mostra que os clientes estão sendo triplamente explorados. Tem o atendimento precário devido à falta de funcionários, precisam eles mesmos realizar serviços antes realizados por bancários e ainda têm que pagar taxas com valores reajustados acima da inflação”, observou diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 6,1% em doze meses, totalizando R$ 12,4 bilhões. Já as despesas de pessoal caíram 0,8%, totalizando R$ 9,3 bilhões. O valor arrecadado com prestação de serviços e tarifas é 32,4% maior do que o total das despesas com pessoal.

     > Relembre os resultados do 1º trimestre

Emprego bancário
A holding encerrou o 1º trimestre de 2018 com 97.683 empregados. Uma expressiva redução de 7.460 postos de trabalho em doze meses. O número também reflete os resultados do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), divulgado em julho de 2017 e que, de acordo com o banco, teve 7,4 mil adesões. No período, ainda, foram fechadas 368 agências e 18 postos de atendimento (PA).

“Isso significa que o banco reduziu 7,1% o número de funcionários. É péssimo para quem perde o emprego, mas também não é nada bom para quem fica. O número de clientes atendidos por empregado subiu 13,3%. As demissões geram sobrecarga de trabalho e o consequente adoecimento dos trabalhadores que permanecem no banco”, criticou a dirigente.

Magaly explicou que essas são algumas das questões que estão sendo tratadas na mesa de negociações com a Federação nacional dos Bancos (Fenaban). “Queremos que os bancos apresentem soluções para reduzir o índice de adoecimento da categoria, que é um dos maiores entre toda a classe trabalhadora. Isso passa pelo encerramento das demissões e também por mais contratações”, disse.

Veja a íntegra da análise do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Entre os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.

Somando-se a isso os cortes em programas de acessoao ensino superior, como o ProUni e o Fies, os jovens têm os seus sonhos de emancipação adiados ou mesmo abortados. Diante desse quadro, buscam saídas na informalidade – que alcança 38% nessa mesma faixa etária –, realizando bicos que garantam a sobrevivência do dia a dia.

"Um dos esforços é mostrar para o jovem o que é trabalho digno e decente, para que ele possa almejar isso", afirma o psicólogo Gabriel di Piero, supervisor de área de juventude da Ação Educativa, que promove a Semana de Formação em Direitos Humanos e Educação Popular

Segundo ele, as políticas públicas para a juventude nos últimos anos têm se concentrado em estratégias que buscam garantir a permanência dos jovens em espaços de ensino, retardando sua entrada no mercado de trabalho para que possam, com melhor formação, não se submeterem a trabalhos precários que proliferam no cenário atual.

Outra alternativa seria fortalecer programas que promovem a organização de empreendimentos autônomos constituídos pelos próprios jovens, como é o caso do Programa de Valorização das Iniciativas Culturais (VAI), criado em 2003 pela prefeitura de São Paulo, e que sofreu também com congelamento de verbas durante a gestão Doria. 

Para a antropóloga Alana Moraes, que pesquisa as novas configurações do trabalho nas ocupações urbanas na periferia de São Paulo, o modelo atual, que desregula as relações de trabalho, aumenta a pressão sobre os jovens porque a eles é atribuída a culpa quando não encontram inserção no mercado. "Com desemprego permanente e vínculos cada vez mais precários, é dito ao jovem que ele precisa ir em busca dessa empregabilidade para se tornar atraente ao mercado. Isso traz consequências devastadoras, como o aumento do suicídio e da depressão em jovens de todo o mundo."

O quadro deve ser mais do que uma crise passageira, com uma nova fase, de acordo com ela, na qual os melhores empregos estariam ligados à carreiras de alta qualificação de setores de ponta do chamado capitalismo cognitivo, em que a mercadoria não é mais o produto, mas sim os fluxos de informação e conhecimento. Do outro lado estarão os trabalhos cada vez mais precários, pagando baixíssimos salários mas ainda assim impondo exigências de formação cada vez maiores, dada a concorrência em função do número elevado de pessoas em busca de uma colocação.

 

FONTE: Rede Brasil Atual