Abril 30, 2025
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A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta que apenas cobre a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, na sexta reunião da mesa única de negociação, realizada nesta terça-feira (7), em São Paulo. Também não garantiu que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Os bancos querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, avaliou a proposta e indica sua rejeição nas assembleias a serem realizadas nesta quarta-feira (8) por sindicatos da categoria de todo o país, uma vez que a mesma não traz aumento real nem garantia dos direitos conquistados e estabelecidos na CCT, tampouco a manutenção dos empregos.

“A categoria não aceitará uma proposta sem aumento real, manutenção dos direitos e sem a garantia de que os bancários não serão substituídos por formas de contratação precarizadas. É por isso que o Comando indica a rejeição da proposta nas assembleias desta quarta-feira (8)”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os cinco maiores bancos tiveram lucro de R$ 77,4 bilhões em 2017 e apenas com a receita obtida com tarifas de serviços bancários consegue cobrir todos os gastos com o pessoal em 140%. Apenas com as receitas de tarifas com prestação de serviços conseguem cobrir todos as despesas de pessoal, em média, em 140%.

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     > “The Economist" confirma: Bancos no Brasil têm lucro alto em qualquer situação
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Proposta insuficiente e incompleta
Para Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, a proposta da Fenaban é insuficiente e incompleta. “Não atende a reivindicação de aumento real feito pela categoria e sequer está com todas as cláusulas redigidas”, criticou.

Além de não querer dar aumente real, os bancos já disseram que vão retirar a cláusula da CCT que possibilita o abono ou compensação dos dias parados de greve.

Um avanço da negociação desta terça-feira é que a CCT é válida para todos, inclusive para os trabalhadores hipersuficientes, que possuem escolaridade de nível superior e ganham acima de dois tetos do INSS.

“É importante que todos participem das assembleias em seus sindicatos para mostrar a unidade e a força da categoria e da mobilização dos dias 10 de agosto, acompanhem as negociações do dia 17 e estejam mobilizados para lutar pela manutenção dos seus direitos e reivindicações da categoria”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Basta de desemprego e retirada de direitos
No dia 10 de agosto, no Dia do Basta a categoria vai promover retardamento da abertura de agências e departamentos bancários no dia 10 de agosto (sexta-feira) e participar das atividades locais que serão realizadas por sindicatos de diversas categorias contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos. “O Dia do Basta é um Dia Nacional de Luta de todas as categorias contra o desemprego e a retirada de direitos. Mas, também é um momento em os bancários mostraram aos banqueiros que não aceitarão a retirada de direitos e que querem aumento real”, convocou Juvandia.

Defesa dos bancos públicos
No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra a resolução 23 da CGPAR, em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília.

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Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil apresentou uma proposta de manutenção da maioria dos itens do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), pela vigência que for firmada na mesa única de negociação, na sexta rodada de negociação específica do BB, realizada na tarde desta terça-feira (7), em São Paulo. Porém, faltou uma proposta mais completa para as cláusulas econômicas. O Banco acompanhou a proposta de reajuste oferecida na mesa única.

No documento a ser entregue pelo Banco do Brasil, há ajustes no texto atual de alguns pontos. A direção do banco se comprometeu a passar a proposta de nova redação antes da próxima reunião.

Um dos pontos de mudança é a cláusula sobre ciclos avaliatórios para descomissionamentos. O banco havia proposto um semestre e agora propõe dois semestres. Outras cláusulas serão discutidas como a proposta de intervalo de almoço e parcelamento de férias. O BB também não apresentou a proposta de renovação do protocolo de resolução de conflitos, que mantém um canal para as denúncias de assédio moral. A Comissão de Empresa avalia que assim como os ciclos de GDP, essa cláusula é uma proteção para os funcionários. Um ponto positivo da proposta é na cláusula de ausências autorizadas, onde serão incluídos padrasto e madrasta dos funcionários.   

A proposta do BB será encaminhada para avaliação nas assembleias que acontecem em todos os sindicatos do Brasil, a partir desta quarta-feira (8).

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a proposta do banco é insuficiente e incompleta. “Desta forma, a análise fica prejudicada e nossa orientação nas assembleias desta quarta-feira é pela rejeição até que se tenha uma nova proposta. Queremos uma proposta que atenda as reivindicações dos bancários em outros itens além dos econômicos, como segurança bancária, melhoria nas questões de saúde e também de previdência.”

Fonte: Contraf-CUT

O twittaço realizado na manhã desta terça-feira 7 cobrando proposta decente dos bancos na Campanha Nacional 2018 esteve, por cerca de 2 horas, entre os 10 assuntos mais comentados do Twitter no Brasil, alcançando a sétima posição dos trending topics no país. Utilizando a hastag #QueroPropostaDecente, bancários pedem, desde as 9h, valorização pela sua força de trabalho, garantias de emprego e proteção contra contratos precários previstos na nova legislação trabalhista.

Nessa terça-feira 7, acontece negociação entre Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com o compromisso dos banqueiros de apresentar proposta global para a categoria. Na quarta 8, bancários de todo país realizam assembleias de avaliação da proposta. Em São Paulo, a assembleia terá início às 19h, em primeira chamada, e 19h30 em segunda chamada, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Centro). 

Lembrando que somente em 2017, os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, crescimento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,6 bi em lucro, 20,4% a mais do que no mesmo período de 2017. Ou seja, não falta dinheiro para valorizar os bancários, que de fato constroem todos os dias os lucros sempre crescentes dos bancos.

Fonte: Seeb SP

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta para cobrir apenas a inflação do período para os salários, PLR, vales e demais verbas econômicas. A inflação será divulgada nesta quarta-feira (8). O Comando Nacional dos Bancários vai se reunir para avaliar a proposta. Mais informações no final da reunião do Comando.

Fonte: Contraf-CUT

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de agosto:

Dia 24/08 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 30/08 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

Os bancários de todo o país realizarão, nesta terça-feira (7), às 9h, um twittaço para cobrar da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma proposta global com reajuste de salários e demais verbas para a categoria. A reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos bancos começará às 10h.

Na rede social, os trabalhadores utilizarão a hashtag #queropropostadecente com o objetivo de pressionar os bancos a apresentarem uma proposta com aumento real para salários, vales e auxílios, PLR maior, garantia para os empregos e melhores condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

Dos dias 20 a 23 de agosto, acontecerá a eleição para Delegado Sindical da Caixa Econômica Federal.

Os Diretores do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, José Guilherme Simonato Tinoco e Marcio Wanderley, percorrerão as agências para a realização da eleição.

O movimento sindical bancário sempre disse que os bancos brasileiros ganham em período de crise ou de bonança. Mas, para muitos, isso não passa de discurso de sindicalista para fazer pressão sobre os bancos e forçá-los a atender as reivindicações do movimento.

Mas, agora, a britânica “The Economist”, uma das maiores revistas econômicas do mundo, é quem faz a mesma constatação (leia o texto na íntegra – em inglês). Segundo a revista, o lucro dos bancos brasileiros se mantém alto independentemente da situação econômica do país, seja em momentos de crise ou de prosperidade.

O artigo observa que os bancos brasileiros mantiveram a lucratividade durante o período de hiperinflação da década de 1980 e início dos anos 1990, assim como no recente período de recessão econômica de 2015 e 2016, com o país já sob o comando de Michel Temer. A revista observa ainda que, em 2017 e 2018, com a economia do país estagnada, os bancos brasileiros continuam registrando lucros altos.

Analistas do mercado financeiro acreditavam que, com a queda da taxa básica de juros (Selic) os bancos seriam obrigados a baixarem suas taxas e, com isso, haveria uma redução de lucros do setor. “A Selic caiu de 14,25% em outubro de 2016 para 6,5% ao ano atualmente, mas os bancos sempre inventam uma desculpa para manter suas taxas nas alturas. Além disso eles agora passaram a ganhar mais também com as tarifas sobre serviços. Os lucros dos três maiores bancos privados do país continuam nas alturas”, observa Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Em 2017, os ganhos dos bancos com tarifas de serviços bancários aumentaram 10% na comparação com o ano anterior, somando R$ 126,4 bilhões. Os valores sobem tanto que a inflação de serviços bancários, em 2017, foi de 8,96%: três vezes mais que a geral, de 2,95% (IPCA/IBGE).

A receita dos bancos com tarifas por serviços bancários é secundária. Os bancos ganham muito mais com outras operações. “Essa é uma receita ínfima para os bancos, mas ela é maior do que o orçamento do governo federal para a Saúde (R$ 114,8 bilhões) e para a Educação (R$ 109 bilhões)”, observou Juvandia.

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Para a revista, a concentração do setor é uma das explicações para a grande lucratividade dos bancos brasileiros. O setor é dominado por cinco grandes bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander). The Economist observa que a concentração tem aumentado nos últimos anos, após a compra do HSBC pelo Bradesco e das operações de varejo do Citibank pelo Itaú.

“Mas, essa não é o único motivo que leva ao grande lucro dos bancos no Brasil. Aqui, eles fazem o que quiserem. Aumentam suas tarifas indiscriminadamente, mantém spreads altíssimos, promovem a venda casada de produtos, exploram seus funcionários, estabelecendo metas abusivas de vendas e obrigando-os cumpri-las, sob o risco de perderem o emprego”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT. “Os bancos obrigam os funcionários a trabalharem todo arrumadinho. Quem os vê trabalhando, desta maneira não imagina a pressão que eles precisam suportar para cumprir as metas estabelecidas. Isso faz com que a categoria seja uma das que mais precisam se afastar de suas funções devido a doenças causadas pelo trabalho que realizam”, completou Juvandia.

Para a presidenta da Contraf-CUT, os problemas que afetam a categoria podem se ampliar após a aprovação da reforma trabalhista. “Lutamos pela manutenção dos direitos estabelecidos em nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e na antiga CLT. Os bancos estão com a faca e o queijo na mão e nos ameaçam com o corte de conquistas de décadas de luta. Mas, eles lucram muito no Brasil e podem garantir aumento real para a categoria e manter todos os direitos. Os bancários precisam estar preparados para lutar por isso”, alerta Juvandia.

Os bancários, que tem data-base em 1º de setembro, estão em Campanha Nacional. O reajuste que cubra a inflação medida pelo INPC/IBGE, mais aumento real de 5%, a manutenção dos direitos previstos na atual CCT e o fim das demissões estão entre as principais reivindicações da categoria.

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Fonte: Contraf-CUT

A semana da categoria bancária vai ser quente. Na terça-feira (7), os bancos devem trazer para a mesa de negociação uma proposta global com índice de reajuste para os salários e demais verbas da categoria. No dia seguinte (8), os trabalhadores se reúnem em assembleias por todo o Brasil para analisar o que for apresentado pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Caso a proposta não seja aprovada, os bancários vão deliberar sobre quais serão as estratégias de luta.

“Os negociadores da Fenaban vêm afirmando, desde a entrega da pauta, que querem resolver a campanha na mesa de negociação e antes da data base dos bancários (1º de setembro). Chegou a hora de mostrarem se essa intenção é real”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “De nossa parte, sabemos que os bancos têm totais condições de atender às reivindicações da categoria: aumento real para salários, vales e auxílios, PLR maior, garantia para os empregos, melhores condições de trabalho para acabar com o alto nível de adoecimento da categoria. Além disso tudo, garantir todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), de forma que os contratos precários autorizados pela reforma trabalhista do pós-golpe não atinjam os bancários”, ressalta a dirigente, lembrando que sindicatos e trabalhadores estão mobilizados para proibir que contratos temporários, intermitentes, terceirizados e PJs avancem sobre os empregos do setor.

Os bancários do Banco do Brasil e da Caixa, cujos direitos específicos estão sendo negociados com as direções dos respectivos bancos, também devem participar da assembleia no dia 8.

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     > Caixa não apresenta propostas para reivindicações dos empregados

Bancos estão devendo proposta
A Fenaban já deveria ter apresentado, no dia 1º de agosto, uma proposta para os dirigentes sindicais que compõem o Comando Nacional dos Bancários. No entanto, solicitaram debater melhor cada cláusula econômica e de igualdade de oportunidades que compõem a pauta de reivindicações. Assim foi feito, com o compromisso de que uma proposta completa seria apresentada no dia 7.

“Destacamos que a categoria espera uma boa proposta com aumento real diante do crescimento de quase 34% no lucro das cinco maiores instituições em 2017, de 20% no primeiro trimestre de 2018 e que segue em alta diante dos balanços do semestre já divulgados”, lembra Juvandia, uma das coordenadoras do Comando.

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Setor pode pagar aumento real e respeitar empregos
Os bancos ganham muito graças ao trabalho bancário. Só com a receita de prestação de serviços e tarifas, os cinco maiores que compõem a mesa de negociação (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) cobrem quase 140% do total dispendido em despesa de pessoal, que inclui salários, encargos, benefícios, PLR, treinamentos, provisões trabalhistas etc. Ou seja, pagam todos os funcionários com o que ganham com tarifas e ainda sobra muito. Nos três primeiros meses deste ano acumularam o montante de R$ 32,4 bilhões com a receita de tarifas, crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período de 2017.

“Os bancos estão há cerca de duas décadas acumulando lucros astronômicos. Podem pagar aumento real e devem isso aos trabalhadores. Mesmo em setores menos lucrativos, a proporção de reajustes acima da inflação foi de 84,6% no primeiro semestre de 2018”, ressalta Juvandia.

A categoria cobra também respeito aos empregos. No primeiro trimestre deste ano, houve queda de 13.564 postos de trabalho comparado ao mesmo período de 2017. Desde 2016 já foram extintos mais de 40 mil empregos no setor.

“O Brasil precisa de empregos decentes, com carteira assinada e direitos reconhecidos, para voltar a crescer. E os bancos devem isso à sociedade brasileira que tanto lucro dá ao setor”, completa a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Com a volta do crescimento da extrema pobreza no Brasil, moradores das comunidades Parque João e Jonas Godin, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, denunciam a situação de vulnerabilidade social vivenciada. Divulgado no mês passado, o Relatório Luz 2018, trouxe em dados os desdobramentos do aumento do desemprego e a iminência da fome que ameaça os brasileiros e faz relembrar patamares de 12 anos atrás, quando o país apresentava quase 12 milhões de pessoas nesta situação.

De acordo com o pesquisador Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), desde 2017 as entidades civis vêm alertando sobre o aumento de indicativos do quadro da fome e a possibilidade do Brasil voltar a fazer parte do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). "Agora já não temos mais muitas dúvidas", lamenta Menezes.

A líder comunitária Maria "Chocolate" do Carmo da Silva relata ver de perto a volta desses problemas sociais, com muitos pais indo até ela para buscar ajuda. "Tem famílias que você fica 'apavorada', porque quando você vai levar alguma coisa, chega na casa e vê que o cara não tem nada mesmo", afirma.

A estudante Leydimila Alves da Silva e Silva faz denuncia semelhante. "Às vezes a gente tem um arroz e feijão, às vezes a gente não tem", descreve, explicando que a situação decorre da diminuição dos trabalhos da mãe, que é faxineira e cuida ainda de mais duas irmãs pequenas. 

Na base dessa pirâmide de desassistência, o pesquisador cita a aprovação da Emenda Constitucional 95 – que congela investimentos sociais por 20 anos – como um dos principais fatores causadores dessa situação. "Do nosso ponto de vista (a emenda) é inconstitucional, porque ela começa a violar direitos que estão lá no artigo 6º da Constituição e precisamos revogar", alerta Menezes.

Assista à reportagem de Viviane Nascimento: https://www.youtube.com/watch?v=voanXrbr1FI

 

FONTE: Rede Brasil Atual