Maio 01, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A rejeição das propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e da Caixa nas assembleias, realizadas pelos sindicatos de todo o Brasil no dia 8 de agosto – que contaram com presença maciça dos empregados –, foi repassada à direção do banco, na sexta rodada de negociação específica, na tarde desta sexta-feira (17), em São Paulo.

“Os empregados da Caixa vêm organizando um movimento em defesa da Caixa 100% Pública, em defesa do Saúde Caixa, em defesa da Funcef, em defesa da saúde e de melhores condições de trabalho e em defesa por Nenhum Direito a Menos”, exaltou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Clique aqui para ver a galeria de fotos.

Na sequência, os empregados cobraram uma mudança de postura na mesa por parte do banco.  Diante disso, a Caixa apresentou uma nova complementação da proposta das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas ainda existem pendencias. O Banco também reafirmou que vai seguir os índices da Fenaban nas cláusulas econômicas.

Na última negociação, o banco havia apresentado uma proposta de renovação do ACT que ignorava diversas cláusulas conquistadas. O debate foi intenso e itens que não tinham sido garantidos anteriormente foram apresentados, mas com propostas de mudanças.

Um avanço importante na reunião foi a PLR. “A Caixa revelou que conseguiu vencer o limitador da PLR e que seguirá as regras da Fenaban. É uma conquista da luta, da nossa mobilização. Por isso, os empregados devem lotar, novamente, as próximas assembleias”, comemorou o coordenador

Dionísio Reis cobrou ainda que é preciso fazer um debate sério sobre o Saúde Caixa. “O banco colocou uma proposta de assistência saúde que não é o Saúde Caixa. Ela disse que garante Saúde Caixa na ativa para quem esta na ativa e para quem está aposentado atualmente, com o modelo atual, até 2021, mas não deixa claro como vai se dar o custeio e a as demais garantias do Saúde Caixa. Por isso, os empregados precisam continuar mobilizados para defender nossos direitos. Nós precisamos de unidade e que os empregados estejam mobilizados juntos com os sindicatos.”

A próxima reunião foi marcada para terça-feira (21). “O momento é de reforçar a conscientização. Esperamos que a Caixa traga propostas que garantam os nossos direitos e valorizem o corpo funcional. Juntos somos mais. Vamos permanecer mobilizados”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil reafirmou, nesta sexta-feira (17), na reunião com a Comissão de Empresa dos Funcionários do banco, a manutenção das cláusulas do acordo que não têm relação com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e apresentou uma redação de todas as cláusulas discutidas para modificação. Dentre as cláusulas, está a cláusula de descomissionamento por desempenho, na qual o banco apresentou proposta de redução dos ciclos avaliatórios.

A Comissão de Empresa informou ao banco que o acordo de quatro anos e a redução dos direitos dos trabalhadores foi rejeitada nas assembleias, realizadas no dia 8 de agosto, e que a mesa tem disposição de continuar a negociação até que se chegue em um acordo ou uma definição clara de impasse.

O banco se comprometeu a apresentar ainda a redação sobre o banco de horas e o intervalo de almoço que está sendo discutido também na mesa única.

Para o coordenador da Comissão de Empresa, Wagner Nascimento, ainda existem muitos direitos a serem garantidos pelo BB. “A negociação, até o momento, tem rendido a manutenção da maioria das cláusulas do acordo coletivo. Com tudo, ainda temos muitos direitos a serem garantidos pelo banco. Entre as cláusulas ameaçadas de saírem do acordo está a das três avaliações. Tanto nas visitas na base, quanto nas assembleias ficou evidente que os bancários temem a retirada dessa cláusula pela forte ameaça de descomissionamento e perda do seu cargo. Esperamos que na próxima semana, de fato, tenhamos uma definição clara de fechamento de acordo. Caso ocorra um impasse, organizaremos a nossa mobilização”, finalizou.

 

Fonte: Contraf-CUT

Apesar das mobilizações dos trabalhadores e movimentos sociais, das 157 empresas públicas listadas pelo Governo Federal, 30% delas já foram privatizadas, conforme aponta a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano. Durante debate realizado nesta quinta-feira (17), na Universidade Federal do ABC, em São Bernardo do Campo, especialistas analisaram os impactos da privatização em curso desde 2016.

Coautora do livro "Se é público, é para todos", organizado pelo colunista da Rádio Brasil Atual Emir Sader, Rita afirma que as privatizações em conjunto com o sucateamento das empresas públicas, resultam em um processo de perdas para o Brasil, que afetam a população e o próprio governo, que deixa de lucrar com os dividendos repassados ao Estado pelas empresas estatais.

Ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, o docente em Ciência Política da UFABC Sidney Jard da Silva acrescenta que, à medida que o programa de privatização do governo golpista de Michel Temer avança, o desenvolvimento econômico e social é comprometido. "O Estado deve estar a serviço da população e para ele prestar esse serviço é preciso controlar e regular certos setores estratégicos", defende.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Setor mais lucrativo do país pode pagar aumento real e garantir direitos dos trabalhadores; bancários estarão mobilizados em semana de luta no Brasil

 

A federação dos bancos (Fenaban) não trouxe nada para a sétima rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta sexta-feira (17), sequer a redação das cláusulas que estavam pendentes.

Uma nova reunião foi agendada para a terça-feira (21), a partir das 14h. Os dirigentes do Comando cobraram e ficou acordado na mesa que essa nova negociação só se encerrará quando houver uma proposta ou se chegar a um impasse. Qualquer um desses cenários será levado para apreciação dos bancários em assembleias, nas quais serão definidos os próximos passos da Campanha Nacional Unificada 2018.

“Ou apresentam proposta decente com aumento real e manutenção dos direitos, ou estarão empurrando a categoria para a greve”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que é uma das coordenadoras do Comando.

Durante todos os dias de negociação, os bancários estarão mobilizados em uma semana de luta.

Durante a rodada desta sexta, os dirigentes sindicais destacaram a rejeição, por unanimidade em assembleias realizadas no dia 8 em todo o Brasil, da proposta apresentada pelos bancos no dia 7, que somente repunha a inflação do período (estimada em 3,79% de 1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018).

“A categoria bancária deixou claro nessas assembleias que quer aumento real, garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e de que não serão substituídos por trabalhadores terceirizados, intermitentes, PJs, temporários. Também estão preocupados com a ultratividade (manutenção dos direitos até a assinatura de um novo acordo). E nada disso foi apresentado pelos bancos até agora”, ressaltou Juvandia Moreira. “Também queremos garantia de respeito aos acordos específicos de BB, Caixa e dos bancos regionais”, reforçou a dirigente.

Os representantes dos bancários destacaram que também querem resolver a campanha na mesa de negociação. “Antecipamos o calendário da campanha justamente para termos tempo de negociar antes da nossa data base (1º de setembro), quando deixa de valer nosso atual acordo. Foi uma decisão acertada. E agora está nas mãos dos bancos resolver a campanha e apresentar uma proposta final decente para a categoria”, ressaltou Juvandia. “O setor tem excelentes resultados há anos. Podem pagar aumento real e não há nenhum motivo para demitir, retirar direitos ou precarizar os empregos bancários. Para fechar a campanha, queremos ter essas garantias e esperamos que na semana que vem a proposta dos bancos atenda a essas reivindicações fundamentais para a categoria, e plenamente factíveis para os bancos.”

O levantamento feito pela consultoria Economatica mostra que, enquanto os demais setores da economia perdem com a crise, os bancos seguem lucrando. Dos 26 setores avaliados, seis tiveram prejuízo. E o mais lucrativo foi o bancário, que fechou o segundo trimestre de 2018 com R$ 17,6 bilhões contra R$ 15,2 bilhões em 2017, crescimento de 15,57% ou R$ 2,37 bilhões (o levantamento é apenas entre empresas com ações na bolsa, portanto, não foi levado em conta o lucro da Caixa).

Fonte: Contraf-CUT

A sexta rodada de negociações específica dos empregados da Caixa acontece nesta sexta-feira (17), em São Paulo, logo após a reunião entre Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Entre as várias questões pendentes, além da econômica, está a do plano de saúde, que pode sofrer alterações por conta das resoluções 22 e 23 da CGPAR (a comissão de governança lidada ao Ministério do Planejamento), cujas regras estabelecidas são nocivas a todos os que atuam em empresas públicas federais.

Dionísio Reis, coordenação da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), lembra que nas últimas mesas, a Caixa tem decepcionado os trabalhadores não trazendo a manutenção dos direitos. “O Saúde Caixa é uma das conquistas históricas dos empregados da Caixa que mais impactam no dia a dia dos trabalhadores e que não pode ser retirado. Eles também estão restringindo o pagamento da PLR e não assegurando a PLR Social.”

Na quarta-feira (15), trabalhadores de estatais em diversas categorias realizaram um grande ato em frente do Ministério da Fazenda, em Brasília, para protestar contra estas resoluções. Atividades e protestos também aconteceram em agências da Caixa e do Banco do Brasil em vários estados e regiões do País.

Dionísio Reis enaltece a greve dos caminhoneiros e a dos petroleiros que retirou o presidente da Petrobras e, mais do que isso, retirou um elemento do Conselho de Administração (CA) que vinha de empresas privadas e defendiam o capital estrangeiro. “A mesma coisa acontece na Caixa e nas demais empresas públicas. O interesse do mercado é muito grande em cima dessas empresas. Eles querem que a empresa não cresça ou até desapareça, para as privadas não terem mais concorrência. Na Caixa, a gente tem representante no CA que é indicada pelo Henrique Meirelles, que hoje é candidato à Presidência da República. É uma indicação política que está interferindo nos rumos da Caixa Econômica Federal, inclusive da negociação coletiva.”

Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude e representante da Contraf-CUT nas negociações, o ataque às empresas públicas vem para enxugá-las. “A CGPAR 22 e 23 tem esse objetivo, já que os trabalhadores das empresas até 20 mil funcionários vão ficar sem plano de saúde, segundo essas resoluções. O Saúde Caixa é desfigurado e vai chegar ao fim. Isso é loby das empresas privadas, dos planos de saúde privado, para ganhar mercado. As autogestões prestam um serviço à sociedade, a partir do momento que suplementam o Sistema único de Saúde, que já foi atacado por este governo golpista, com corte de investimentos por 20 anos. Então a resistência dos trabalhadores das estatais é importantíssima. E os empregados da Caixa têm que se unir para barrar a intenção da Caixa que já foi colocada em mesa, de retirar o Saúde Caixa.”

Fonte: Contraf-CUT

Metas descumpridas, nenhuma ação significativa de inteligência policial, aumento da criminalidade e da violência em várias regiões, investigação ineficiente e falta de transparência. Esse é o resultado da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro após seis meses de operações que mobilizaram milhares de soldados do Exército e agentes policiais militares e civis, segundo o relatório Vozes sobre a Intervenção, divulgado na manhã de hoje (16) pelo Observatório da Intervenção, uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes.

“Estão ganhando todas as batalhas e perdendo a guerra, põem três mil soldados na rua, os criminosos se recolhem, apreendem algumas armas e drogas, mas não muda a realidade. Estão perdendo a disputa moral com o crime e perdendo totalmente a confiança dos moradores das favelas e da sociedade”, afirmou a cientista política e pesquisadora do Cesec Silvia Ramos. Ela destacou que no período de intervenção ocorreram várias chacinas, além do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) que até agora não tiveram nenhuma resposta das investigações.

Desde o início da intervenção, em 16 de fevereiro, ocorreram 31 chacinas com 130 mortos. O número de tiroteios aumentou de 3.477 (nos seis meses anteriores à intervenção) para 4.850 (passados seis meses). Todos os demais dados da segurança pioraram. Foram 2.617 homicídios dolosos, 736 pessoas mortas em ações policiais, 99.571 roubos registrados. As 372 operações realizadas pelas forças de segurança empregaram 172 mil agentes e resultaram em 81 mortos e 373 armas apreendidas. Resultado considerado pífio pelo observatório.

“Não teve notícia alguma de ação de inteligência em seis meses de intervenção, de um só fuzil apreendido, uma caixa de munição, antes que se ingressasse nas comunidades, antes que precisasse de outro fuzil atirando para apreender esse fuzil. A investigação do caso Marielle é dominada por fofocas, boatos e alguns vazamentos questionáveis de informação. Mas não tem uma explicação séria ainda por parte da polícia. Houve várias chacinas. Onde estão as investigações? Onde estão os resultados? Temos crimes chocantes e uma ausência total de respostas pra sociedade”, disse Silvia.

O Plano de Intervenção trazia 66 ações a serem realizadas durante a intervenção, sendo onze focadas na ampliação e capacitação do efetivo dos agentes de segurança pública (16%) e 17 relacionadas à aquisição de materiais e viaturas (25%). Quatro ações eram relativas à inteligência (6%). Nenhuma iniciativa para combate à corrupção nas instituições policiais foi definida, embora tenha sido uma promessa dos interventores. Porém, faltando quatro meses para finalização da intervenção, apenas 10 ações foram concretizadas.

metas

Os dados também indicam que as operações conseguem efeitos de redução da criminalidade e violência de forma muito localizada e que esses crimes estão migrando para outras regiões do estado. Por demanda empresarial, houve um foco no combate ao roubo de cargas na região da Pavuna, com alocação de militares e policiais nessa área de concentração que resultou em queda do crime no local. No entanto, não houve registro de desarticulação de grupos de receptadores, por exemplo, ao mesmo tempo que este delito aumentou muito na região de Tanguá. Enquanto a criminalidade, em geral, caiu em Copacabana, aumentou severamente em Nova Iguaçu e São Gonçalo.

“É inconcebível que políticas de segurança desenvolvidas em 2018 ainda não coloquem municípios da região metropolitana no centro de suas metas. A disparidade da criminalidade não é só nos crimes contra a vida ou mortes decorrentes de ação policial. Também nos crimes contra o patrimônio. Temos padrões de países diferentes na mesma cidade. É absurdo que não tenhamos uma atuação articulada do governo sobre isso”, lamentou Silvia.

criminalidade

Outra questão considerada preocupante pelo observatório é que até agora não se sabe o montante de dinheiro investido na intervenção. O governo de Michel Temer (MDB) falou em R$ 1,2 bilhão para a operação. Mas o que se tem são dados das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), cujo decreto estava em vigor quando a intervenção foi decretada, com o custo das ações estimado em R$ 45 milhões.

Dentre as principais propostas do observatório para reverter a situação estão: dar prioridade para elucidação de homicídios e chacinas; alocar recursos materiais e de inteligência para estancar o ingresso de armas e munições nas áreas mais atingidas por conflitos; reduzir a letalidade policial por meio de ações que desarticulem esquemas crônicos de corrupção em batalhões e delegacias, trocando comandos e guarnições inteiras; aprimorar mecanismos de gestão e monitoramento, implementando sistemas automáticos de alerta da polícia e integrando sistemas de vigilância privados, da polícia e das guardas municipais.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) aceitaram proposta conciliatória feita pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e vão encerrar a campanha salarial 2018 com a reposição da inflação e a manutenção dos direitos previstos.

A proposta foi aprovada em assembleias realizadas no dia 14 e encerrou a possibilidade de paralisação.

Segundo o TST, “é a primeira vez em mais de duas décadas que os Correios e as representações sindicais chegam a um consenso sem a realização de greve”.

O reajuste salarial será de 3,68%, correspondente à variação acumulada em 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), até julho. A data base da categoria é 1º de agosto.

Estado de greve
Os trabalhadores, no entanto, seguem apreensivos com dois problemas não resolvidos durante a campanha: o sucateamento da instituição e as medidas de “austeridade” que pesam contra os funcionários, como o corte de benefícios que levou à alta nos preços do plano de saúde. Por isso, os trabalhadores decidiram permanecer em “estado de greve”.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect-CUT) lembra que a categoria enfrentou uma conjuntura desfavorável, marcada pela entrada em vigor da “reforma” trabalhista, capitaneada pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB). “Foi um processo difícil, já que somos a primeira categoria a fechar um acordo coletivo após a aprovação da reforma trabalhista. Sabemos que não é a melhor proposta do mundo”, disse o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários trabalham para um dos setores mais lucrativos do Brasil e exigem respeito. Assim, nesta sexta-feira (17), o Comando Nacional da categoria volta à mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) esperando uma proposta decente para ser apresentada aos trabalhadores. É a sétima rodada da Campanha Nacional Unificada 2018.

Na última negociação, no dia 7, os bancos apresentaram uma proposta que previa somente reposição da inflação, medida pelo INPC/IBGE, para salários, pisos e demais verbas, como PLR, VA, VR e auxílio-creche/babá, sem aumento real.

“Os bancários deixaram claro, em assembleias realizadas em todo o Brasil no dia 8, que não vão aceitar proposta sem aumento real. Também não admitem nenhum direito a menos e isso se aplica também aos acordos específicos dos bancos públicos”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), uma das coordenadoras do Comando.

“Os negociadores dos bancos afirmam querer resolver a campanha na mesa de negociação, mas até agora não trouxeram respostas a reivindicações fundamentais para a categoria, como manutenção dos empregos e a não adoção das novas formas de contratação previstas na lei trabalhista do pós-golpe, que precariza as relações de trabalho”, critica Juvandia.

“É decepcionante ver como os bancos regateiam com os direitos dos seus empregados, os principais responsáveis pelos excelentes resultados do setor”, afirma a dirigente. “O lucro dos bancos cresceu quase 34% em 2017. Como podem pensar em não pagar aumento real aos trabalhadores? E as demandas de saúde, de emprego, a manutenção dos direitos? Queremos compromisso assinado na Convenção Coletiva de Trabalho de que os bancários não serão trocados por terceirizados, intermitentes, temporários, PJs”, ressalta a presidenta da Contraf-CUT.

     > Lucro do Itaú chega a quase R$ 13 bilhões no 1º semestre
     > Lucro do Bradesco ultrapassa R$ 10 bilhões no 1º semestre
     > Santander lucra 5,9 bilhões no primeiro semestre de 2018
     > Lucro do BB chega a R$ 6,3 bi no primeiro semestre
     > “The Economist" confirma: Bancos no Brasil têm lucro alto em qualquer situação

Proposta indecente
A proposta da Fenaban apresentada no dia 7, previa acordo de quatro anos com reposição da inflação a cada data base da categoria (1º de setembro). Para 2018, o reajuste seria de 3,82% (projeção do INPC entre 1º de setembro de 2017 e 31 de agosto de 2018). Os representantes dos bancários já deixaram claro: acordo de quatro anos só com garantia de empregos.

Os bancos ainda querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas não apresentaram a redação das modificações.

Leia também:
     > Bancos fazem proposta apenas de reposição da inflação, sem aumento real
     > Setor que mais lucra no Brasil se recusa garantir empregos na CCT
     > Mesa de negociação com BB fica zerada na pauta econômica
     > Caixa não apresenta propostas para reivindicações dos empregados
     > Bancos fecharam 2.846 postos de trabalho no primeiro semestre de 2018
     > Não há razão para demissões nos bancos

Fonte: Contraf-CUT

O país fechou o segundo trimestre com 27,636 milhões de subutilizados, termo usado pelo IBGE para definir o conjunto de desempregados e aqueles que gostariam de trabalhar mais, mas não conseguem. Um número estável diante do primeiro trimestre, mas que subiu em relação a igual período de 2017, com a taxa passando de 23,8% para 24,6%. No segundo trimestre de 2016, eram 22,651 milhões. Assim, depois de dois anos, a partir do impeachment de Dilma Rousseff, esse contingente aumentou em quase 5 milhões.

Pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quinta-feira (16), isso acontece também com os desalentados, aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego por diversas razões. Eram 4,833 milhões no final do segundo trimestre – a maior quantidade da série histórica, iniciada em 2012 –, ante 4,630 milhões no primeiro, 3,994 milhões há um ano e 3,242 milhões em 2016 – 1,6 milhão a mais em dois anos.

Os desalentados somam 4,4% da força de trabalho, também o maior percentual da série. Eram 3,7% um ano atrás. Mas chegam a 16,2% no Maranhão e a 16,6% em Alagoas. E se reduzem a 1,2% no Rio de Janeiro e a 0,7% em Santa Catarina. 

Segundo o IBGE, as maiores taxas de subutilização são as de Piauí (40,6%), Maranhão e Bahia (ambos com 39,7%). E as menores, de Santa Catarina (10,9%), Rio Grande do Sul (15,2%) e Rondônia (15,5%). Em São Paulo, a taxa é de 13,6%. 

Perfil do desemprego

Considerada apenas a taxa de desemprego, as maiores no segundo trimestre foram apuradas em Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores, em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%). A taxa média brasileira foi de 12,4%. Entre as capitais, a maior é a de São Luís (19,6%) e a menor, de Florianópolis (6,3%).

A proporção diminuiu, mas as mulheres ainda são maioria (51%) entre os desempregados. A taxa de desemprego delas é de 14,2%, ante 11% dos homens. Quase 35% dos desempregados têm de 25 a 39 anos, 32% têm de 18 a 24 anos e 22,7%, de 40 a 59 anos. Pretos e pardos (classificação do IBGE) representam 64,1% dos desempregados e brancos, 35%. A taxa de desemprego dos pretos é de 15,5% e a dos brancos, de 9,9%.

No recorte por escolaridade, a maior taxa de desemprego segue sendo a do grupo com ensino médio incompleto (21,1%). Entre os que têm ensino superior completo, cai para 6,3%.

De acordo com a Pnad, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira assinada no segundo trimestre, 0,9 ponto percentual a menos do que em igual período do ano passado. No trabalho doméstico, a proporção de registro em carteira caiu de 30,6% para 29,4%.

O país tinha 91,2 milhões de ocupados no final do segundo trimestre. Desse total, 67,6% eram empregados (incluindo domésticos), enquanto 25,3% trabalhavam por conta própria, percentuais que sobem para 34,3% no Pará, 33% no Maranhão e 32,2% no Amazonas.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Após ter descumprido o acordo internacional para a redução de 75% das mortes maternas até 2015, o Brasil voltou a registrar aumento desse índice em 2016, quando o número de mulheres que perderam a vida foi de 1.829, segundo dados consolidados pelo Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta ainda que, cinco mulheres morrem por dia no país em decorrência de complicações na gestação. 

Em 2016, a taxa de óbitos maternos subiu para 64,4 por 100 mil nascidos vivos, contra o índice de 62, registrado no ano anterior, que também revela um contraste entre as regiões brasileiras. Enquanto o sul e o sudeste têm os menores índices com 44,2 e 55,8 respectivamente, as regiões norte e nordeste concentram 84,5 e 78 dos indicativos de mortalidade.  

À repórter Nahama Nunes, da Rádio Brasil Atual, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha apontou adesigualdade no acesso aos serviços públicos de saúde, enfrentado principalmente pelas mulheres negras, e as complicações em decorrência de abortos clandestinos como os dois fatores que ajudam a explicar o crescimento dos óbitos maternos.

Segundo Padilha, se apenas as taxas das mulheres brancas fossem analisadas, o Brasil teria alcançado o objetivo do acordo internacional em reduzir a mortalidade para 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos.

“Nós temos uma ação muito concreta do governo Temer e do Congresso Nacional que causa um aumento na mortalidade materna e, posteriormente, na mortalidade infantil, que foi a queda da cobertura internacional”, critica o ex-ministro, em referência aos cortes em programas sociais. Ele cita a estrutura de atenção básica da saúde pública, que vem sendo desmontada desde o golpe do impeachment.

A expectativa de redução da mortalidade foi repassada para 2030. Se antes o plano era chegar àquele ano com 20 mortes por 100 mil nascidos vivos, em novo acordo assinado a meta é chegar a 30 mortes por 100 mil.

 

Fonte: Rede Brasil Atual