Maio 01, 2025
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O Banco do Brasil obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 6,3 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 21,4% em doze meses e 7,1% no trimestre. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) do banco ficou em 13,3%, com alta de 0,9 pontos percentuais.

Segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no relatório do banco, o resultado foi impactado principalmente pelo aumento das rendas de tarifas e redução da despesa com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD) no período.

“Após a ascensão de Temer à Presidência da República, o Banco do Brasil passou a atuar como um banco privado, que pensa mais no lucro do que em seus funcionários e clientes. Cobra tarifas altas pelos serviços, que muitas vezes é realizado pelo próprio cliente, e promoveu uma grande redução em seu quadro de pessoal, prejudicando o atendimento e sobrecarregando ainda mais os funcionários que permaneceram no banco”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 5,5% no período, totalizando R$ 13,3 bilhões. Estas receitas são secundárias e respondem apenas por uma pequena parte do total de receitas do banco, mas, mesmo assim, o banco consegue cobrir com esse montante 121,53% do total de despesas de pessoal, considerando a Participação dos Lucros e Resultados (PLR). As despesas de pessoal cresceram apenas 0,4%, atingindo cerca de R$ 11 bilhões. Ou seja, a arrecadação secundária do banco dá para pagar todos os funcionários e ainda sobra muito dinheiro.

holding encerrou o primeiro semestre de 2018 com 97.675 empregados, com fechamento de 1.928 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2017. O número de agências se reduziu em 126 unidades, em virtude do plano de reorganização institucional, que previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento. Contudo, o número de postos de atendimento também foi reduzido. Verifica-se que a rede própria do banco foi reduzida em 1.305 pontos.

“Mesmo sobrecarregados os funcionários se esforçaram e produziram um grande lucro para o banco, suficiente para terem uma boa PLR e permitir que o banco atenda as propostas da Campanha Nacional dos Bancários”, ressaltou o coordenador da CEBB.

Carteira de crédito
A Carteira de Crédito Expandida do banco apresentou queda de 1,5% em doze meses, porém, com crescimento de 1,5% em relação ao 1º trimestre, atingindo R$ 685,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 2,1% em relação ao 1º semestre de 2017 e 2,2% no trimestre, chegando a R$ 189,6 bilhões. As operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 263,4 bilhões, com queda de 5% em doze meses, ficando estável no trimestre. Já as operações com o agronegócio ficaram praticamente estáveis (alta de apenas 0,2% em doze meses) e crescimento foi de 2,1% no trimestre, totalizando R$ 188,6 bilhões (a participação do BB na carteira do Agronegócio no país é de 59,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,77 p.p. no período, ficando em 3,34%. Diante disso, as despesas com PDD foram reduzidas em 19,4%, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Fonte: Contraf-CUT

"A austeridade compromete o futuro das próximas gerações, aumenta a desigualdade social e destitui direitos dos cidadãos", diz trecho do documento Austeridade e retrocesso – impactos sociais da política fiscal no Brasil, divulgado terça-feira (7) na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Resultado de meses de debates sobre temas diversos, o relatório afirma que abrir mão de políticas de transferência de renda "é optar por uma sociedade cada vez mais desigual e segregada, destituindo o acesso da população a direitos sociais básicos". Confira aqui a íntegra do documento.

A situação se agrava com a aprovação da Emenda Constitucional 95, de congelamento de gastos públicos por 20 anos. Uma "regressão social" que pode fazer o gasto passar de 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2017, para 12,4% em 2037. 

Segundo os autores do documento, a EC 95 (que começou a tramitar em 2016, como PEC 241) é "um projeto de Estado mínimo no Brasil, absolutamente incompatível com a garantia de direitos sociais e com a Constituição Federal de 1988". Um projeto "especialmente grave para o caso brasileiro, no qual o orçamento social é uma ferramenta fundamental de redução da já escandalosa desigualdade social brasileira em todas as comparações internacionais". Em resumo, "um passo à frente no 'abismo social'".

"O arrocho fiscal imposto pelas políticas de austeridade econômica tem promovido o desmonte de políticas públicas e permitido uma nova agenda do governo, com aumento da influência privada nas decisões estatais e um redirecionamento dos esforços do Estado", diz o documento. "Essa nova postura de política fiscal cumpre a perversa função de reverter os avanços conquistados nas últimas décadas no acesso a bens públicos e na redução da pobreza, assim como a melhora recente no mercado de trabalho e o aumento do poder de barganha dos trabalhadores."

No caso da saúde, por exemplo, políticas de austeridade tendem a piorar o quadro, na medida em que cortam recursos do sistema e reduzem a proteção social. "O resultado é, por exemplo, o aumento da mortalidade infantil, que voltou a crescer em 2017 depois de 26 anos de queda", diz o texto. A EC 95 acaba com as perspectivas de melhora da saúde pública. De acordo com simulação que integra o relatório, os recursos federais destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), até 2036, cairão de 1,7% para 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). E despesas do Ministério da Saúde transferidas a estados, municípios e Distrito Federal cairão em dois terços.

No caso da educação, a emenda "inviabiliza definitivamente o Plano Nacional de Educação", afirma o documento. "E vai contra a última recomendação do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (CRC) ao Brasil (feita em 2015), que enfatizou a necessidade de 'garantir os recursos para a implementação do PNE, mesmo em tempos de crise'."

Com quase 30 colaboradores, o documento foi coordenado pelos economistas Esther Dweck (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Ana Luíza Matos de Oliveira (Universidade Federal de Minas Gerais) e Pedro Rossi (Universidade Estadual de Campinas). Além de saúde e educação, trata de áreas como seguridade social, meio ambiente, cultura, segurança, moradia, agricultura familiar, reforma agrária, gênero, raça e direitos humanos.

Eles argumentam que a EC 95 "é um projeto de desconstrução do pacto social de 1988 naquilo que ele tem de melhor: a cidadania social", além de um "equívoco macroeconômico". E receitam justamente o caminho oposto.

"O desenvolvimento brasileiro deve passar pela redução das desigualdades e pela ampliação do acesso aos bens e serviços públicos em contexto de aprofundamento democrático", afirmam os autores do documento. "Nesse projeto, a ampliação do gasto social é fundamental como ferramenta de desenvolvimento e para aumentar o impacto redistributivo da politica fiscal. Em um país tão desigual como o Brasil, a garantia de recursos do orçamento público para atender as demandas sociais é fundamental para viabilizar o exercício de direitos e da própria cidadania social." 

Longe de ser uma "necessidade técnica", afirmam, a austeridade é uma "opção política-ideológica". 

 

FONTE: Rede Brasil Atual

De 2012 a 2017 foram registrados 4.269.648 acidentes de trabalho. Um a cada 48 segundos. O total de mortes no período 15.874. Só em São Paulo, foram 3.517 acidentes com mortes. As principais causas são lesões como cortes, lacerações, feridas contusas, esmagamento, fratura, distensão e torção. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, uma plataforma desenvolvida e mantida pelo Ministério Público do Trabalho em Cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT)

O número de acidentes aumenta a cada ano, segundo o coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Geordeci Menezes de Souza. Representante da CUT no colegiado, ele afirma que o Brasil é o país onde mais se morre e mais se acidenta no trabalho. "Pelos dados oficiais, são 750 ocorrências por ano. Mas o número tem de ser multiplicado por três. Ou seja, a gente continua matando muita gente no trabalho”.

Tamanha insegurança, que adoece, incapacita e tira vidas que não têm preço, custa à Previdência Social R$ 74 bilhões por ano só com o pagamento de benefícios. A título de comparação, o orçamento do Ministério da Saúde é de R$ 120 bilhões. Ou seja, além de provocar a queda da receita previdenciária com o desemprego, o subemprego e a informalidade, a "reforma" trabalhista produz despesas para a seguridade social.

E as expectativas não são das melhores. As normas que deveriam garantir a segurança do trabalhador – que nunca foram aplicadas de maneira integral – estão sendo revogadas a partir de 2016. É o caso da Norma Regulamentadora (NR) 12, que em 1978 estabeleceu referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Além de fixar requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, inclusive na sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas.

Se a NR 12 tivesse sido implementada integralmente, não seriam comuns as serras elétrica do tipo fita, como as usadas em açougues, por exemplo. Das mais perigosas entre as máquinas existentes, podem amputar membros com facilidade. E até matar quando se rompem, dependendo da parte atingida pela serra no momento da ruptura. 

Segundo Geordaci, o empresariado nunca cumpriu a NR 12 apesar de nesses anos todos o governo teve de prorrogar diversas vezes os prazos para adequação, além de abrir linhas de crédito para financiar reformas, adaptações e substituições de máquinas. Ao contrário disso, por pressão da ala conservadora do empresariado, ganhou força nas comissões tripartites o lobby de patrões preocupados em aumentar a competitividade sem se preocupar com a integridade, a saúde ou a vida de seus empregados.

"Portarias têm revogado boa parte da NR 12, elogiada internacionalmente, e construída pelo consenso entre governo, patrões e trabalhadores. E aumenta a pressão para alterações na NR 1. Querem matar essa que a 'mãe' de todas as outras NRs. Se mexer nessa, há impactos em todas as demais", afirma o conselheiro do CNS.

Na sua avaliação, o adoecimento e os acidentes tendem a ser mais comuns devido à precarização ampliada por mudanças na legislação trabalhista, que aumentam a pressão e o assédio sobre os trabalhadores. Não é à toa que de cada três acidentes, dois são sofridos por terceirizados.

E também por causa das novas tecnologias, ainda pouco estudadas, como a nanotecnologia. Sedutores do ponto de vista comercial por agregar vantagens, como um para-brisa cujo revestimento espalha rapidamente a água da chuva, dispensando os tradicionais limpadores, produtos feitos a partir de nanomateriais. Ou um artefato em geladeiras que impede o mau cheiro. "O fabricante, no entanto, não esclarece que minúsculas partículas do nitrato de prata, cancerígeno, estão sendo usado dentro da geladeira, podendo contaminar os alimentos, em nome desse diferencial", explica.

Cada vez mais utilizada na indústria, a nanotecnologia é uma incógnita ainda em termos de impactos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Por isso o Conselho Nacional de Saúde vem pressionando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a estabelecer protocolos de segurança.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o Brasil rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleias realizadas nesta quarta-feira (8), e aprovaram o calendário de manifestações do Comando Nacional dos Bancários. A categoria se reuniu nas sedes dos sindicatos para avaliar a oferta dos bancos que apenas cobre a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, feita na sexta reunião da mesa única de negociação, realizada na terça-feira (7), em São Paulo.

Os banqueiros também não garantiram que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Além disso, querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

“O recado está dado: bancários querem aumento real e não aceitam perder direitos. Não vão aceitar receber PLR menor, nem ser substituídos por trabalho precarizado,” afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Dia do Basta

Os bancários também votaram pela participação no Dia do Basta, na próxima sexta-feira, 10 de agosto. Aprovaram paralisação parcial. A abertura das agências e dos departamentos bancários será retardada em protesto contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos. O Dia do Basta foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.

“A categoria está unida aos demais trabalhadores na luta contra o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros e também contra a retirada de direitos que vem sendo feita pelos golpistas com a aprovação da nova lei trabalhista que libera a terceirização, com o congelamento dos investimentos em saúde e educação e também para defender os bancos públicos contra as privatizações”, disse a presidenta da Contraf.

Defesa dos bancos públicos
No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília. Estas resoluções determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência à saúde dos trabalhadores; e limita a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de súade dos funcionários pelas empresas públicas. Isso afeta tanto a Cassi (plano de saúde dos funcionários do BB), quanto o Saúde Caixa.

Leia também:

Bancos fazem proposta apenas de reposição da inflação, sem aumento real

Fonte: Contraf-CUT

Por conta de ação do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), o juiz José Roberto da Silva, titular da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho (TRT 14) condenou, na última segunda-feira (6), a Caixa Econômica Federal a pagar, a um empregado que exerce a função de Avaliador de Penhor, a gratificação conhecida como ‘quebra de caixa’, com reflexo em todas as parcelas contratuais (inclusive na PLR), e com efeito retroativo a contar da data em que o empregado começou a atuar na respectiva função.

Essa não é a primeira ação judicial em que o Sindicato exige o pagamento de quebra de caixa aos avaliadores de penhor da Caixa. Já há alguns anos o SEEB-RO luta para que todos os avaliadores de penhor tenham assegurado o direito de receber, em seus salários, a gratificação de quebra de caixa, principalmente porque trabalham lidando com numerário, ficando expostos ao risco de cobrir eventuais diferenças de caixa.

O Sindicato também defende que a gratificação de quebra de caixa é concomitante com a gratificação de função percebida pelo Avaliador de Penhor, por possuírem natureza jurídica diversa, uma vez que a quebra de caixa tem a finalidade de cobrir riscos da recomposição da diferença de caixa, enquanto que a gratificação de função visa a remuneração da função de maior complexidade.

“É fato notório que o avaliador de penhor habitualmente manuseia e controla dinheiro pois, segundo os normativos da instituição financeira, esse profissional realiza a identificação, avaliação e certificação de jóias e gemas, procedendo ao pagamento dos empréstimos concedidos sob penhor e recebimento das prestações/quitação dos mesmos, necessitando, para isso, receber e conferir documentos, assinaturas e impressões digitais, movimentar e controlar numerário, títulos e valores, entre outras atividades que são comuns também ao Caixa. Ora, a quebra de caixa visa minorar o prejuízo do empregado que for responsabilizado por eventuais diferenças de caixa, distinguindo-se da gratificação pagas ao caixa e/ou tesoureiro, as quais visam o pagamento da maior responsabilidade pelo exercício da função e/ou cargo técnico. Portanto, deve ser adotada a parêmia segundo a qual a mesma razão deve justificar o mesmo direito, assegurando ao Avaliador de Penhor o pagamento da verba quebra de caixa, nos termos da norma autônoma citada acima”, menciona o magistrado em sua sentença.

A ação foi conduzida pela advogada Kátia Aparecida Pullig de Oliveira, do Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados, que presta assessoria jurídica ao Sindicato.

Fonte: Seeb RO

Os trabalhadores estão cansados de tanto retrocesso e falta de respeito com os seus direitos, que foram conquistados em décadas de luta. Por isso, nesta sexta-feira, dia 10 de agosto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores (Contraf-CUT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizarão o “Dia do Basta! ”.

A data contará com manifestações, paralisações, atrasos de turnos e atos de protestos nos locais de trabalho, praças e ruas. A categoria bancária vai promover retardamento da abertura de agências e departamentos e participar das atividades locais que serão realizadas por sindicatos de diversas categorias.

“O Dia do Basta é um Dia Nacional de Luta de todas as categorias contra o desemprego e a retirada de direitos. Mas, também é um momento em que os bancários mostrarão aos banqueiros que não aceitarão a retirada de direitos e que querem aumento real”, convoca Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT.

As mobilizações também são um protesto contra a política de preços da Petrobras e o aumento do gás de cozinha, a política de privatização e os cortes promovidos pelo governo do ilegítimo Michel Temer nas políticas sociais, além da liberdade do ex-presidente Lula e seu direito de concorrer à Presidência da República nas eleições de outubro.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o Dia do Basta é uma forma de se posicionar contra o governo golpista e defender os direitos dos trabalhadores.

"É o dia para dizer que não aguentamos mais esse governo golpista e queremos que os nossos direitos sejam respeitados. E para que isso aconteça é fundamental que todos participem das atividades neste 10 de agosto em todo o país", afirma.

Em São Paulo, as centrais e os movimentos populares marcaram a concentração para o ato a partir das 10h, na Avenida Paulista, região central, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Campinas, no interior do estado, também terá um ato organizado pelos trabalhadores, a partir das 16h, no Largo do Rosário, no centro da cidade.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense convoca bancárias e bancários para assembléia que avaliará a proposta feita ontem, 7/9, pela Fenaban.
Iremos discutir e rejeitar a proposta dos banqueiros, já que os bancos ofereceram apenas a reposição da inflação e um acordo de 4 anos.
A proposta também visa a retirada de direitos para trabalhadores dos bancos públicos.
A assembléia é hoje (8/8) e começa às 18 horas.

Até lá!

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação no país, variou 0,33% em julho, segundo o IBGE, depois do pico do mês anterior (1,26%). Mas ficou acima de julho do ano passado (0,24%). Com isso, o índice soma 2,94% no ano (1,43% em 2017) e sobe para 4,48% em 12 meses. A inflação foi bem mais alta na região metropolitana de São Paulo: 0,63% no mês, acumulando 5,03%.

Apesar de subirem menos, itens importantes, como a energia elétrica e o transporte coletiva, registram alta. Energia, por exemplo, passou de 7,93% para 5,33%, mas foi responsável por mais da metade do índice mensal, com 0,20 ponto percentual. A taxa de água e esgoto subiu 0,69%, enquanto o gás de botijão registrou queda de 0,18%, apesar do reajuste nas refinarias. Com esses e outros resultados, o grupo Habitação teve variação de 1,54%.

Já Transportes variou 0,49%, com deflação nos preços dos combustíveis (-1,80%): a gasolina caiu 1,01% e o etanol, 5,48%, depois de altas no mês anterior de 5% e 4,22%, respectivamente. O ônibus urbano subiu 1,46%, com reajustes de tarifas no Rio de Janeiro e em Rio Branco. O intermunicipal variou 0,38%, em média, depois de aumentos em Goiânia, Porto Alegre e São Paulo. E o interestadual aumentou 8,7%, com alta de 19,22% em Fortaleza. As passagens aéreas, que haviam caído 2,05% em junho, aumentaram 44,51% no tradicional mês de férias.

O grupo de maior peso na composição do IPCA, Alimentação e Bebidas, teve deflação (-0,12%), depois de subir 2,03% em junho, a maior alta em mais de dois anos. As variações foram de -1,72% (São Luís) a 1,07% (São Paulo). "A deflação desse grupo em julho refletiu, além do aumento da oferta de itens alimentícios, o realinhamento de preços após as altas decorrentes da paralisação dos caminhoneiros, no final de maio", diz o IBGE.

Alimentos para consumo no domicílio registraram queda de 0,59% – haviam subido 3,09% em junho. O instituto destaca produtos como cebola (de 1,42% para -33,50%), batata inglesa (de 17,16% para -28,14%), tomate (de 0,94% para -27,65%), frutas (de 1,61% para -5,55%) e carnes (de 4,60% para -1,27%). Entre as altas, o leite longa vida (11,99%) e o pão francês (2,22%).

Mas a alimentação fora de casa subiu mais: de 0,17%, no mês anterior, para 0,72%. Os destaques foram lanche (1,40%) e refeição (0,39%). 

O grupo Vestuário recuou 0,60%, com queda em todos os tipos de roupa: masculinas (-0,94%), femininas (-0,87%) e infantis (-0,91%). Os preços dos calçados também caíram (-0,44%). Saúde e Cuidados Pessoais  variou 0,07%, com alta de 0,30% no item plano de saúde. 

Entre as regiões, São Paulo teve o maior índice (0,63%), com altas de 10,08% nas energia elétrica, 11,46% no leite longa vida e 45,77% na passagem aérea. O menor foi registrado em Campo Grande, com quedas em alguns alimentos e na gasolina (-2,98%). Depois da região metropolitana paulista, vêm Rio de Janeiro (0,59%) Brasília (0,58%), Rio Branco (0,51%), Curitiba (0,28%), Salvador (0,24%), Vitória (0,19%), Belo Horizonte (0,18%), Porto Alegre (0,05%), Belém (0%), Goiânia (-0,05%), Aracaju (-0,06%), Recife (-0,06%), Fortaleza (-0,09% e São Luís (-0,28%).

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,25%, ante 1,18% em junho e 0,17% em julho de 2017. Com esse resultado, soma 2,83% no ano e 3,61% em 12 meses.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil está entre os 30 países que concentram 87% dos casos de tuberculose no mundo. No Rio de Janeiro, segundo estado com maior número de casos da doença (depois do Amazonas), pesquisadores, profissionais da saúde e integrantes de entidades de combate à tuberculose afirmaram, durante audiência realizada nesta terça-feira (7), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ser a desigualdade social o principal agravante da doença que faz das populações carcerárias e de baixa renda as principais vítimas.

Em 2017, dos 69 mil casos notificados em todo o território nacional, o estado fluminense apresentou as taxas mais altas de incidência – 72 casos a cada 100 mil habitantes – e, de acordo com a comparação feita durante o debate organizado Frente Parlamentar de Combate e Prevenção à Tuberculose, HIV e Diabetes da Alerj, nas áreas mais pobres como as favelas e bairros populares da região metropolitana, os índices chegam a 300 casos a cada 100 mil habitantes.

"Estas populações vivem muito concentradas, são muitas pessoas na mesma casa e esses fatores propiciam a transmissão da doença", explica a médica do Controle da Tuberculose da Secretária de Saúde do Rio Ana Alice Teixeira Pereira Bevilaqua, que cita áreas como São João, Belford Roxo e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, como exemplos do adensamento populacional.

O quadro é ainda mais crítico quando observada a população carcerária que concentra 10% dos casos em todo o estado: 1.200 registros da doença a cada 100 mil habitantes . Para os especialistas consultados pela repórter Viviana Nascimento, do Seu Jornal, da TVT, as condições dos presídios em conjunto com a superlotação e sobretudo a falta de estrutura no atendimento médico, favorecem o desenvolvimento da tuberculose.

"Médicos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais... isso é de imediato, tem que ter essa contratação, porque não vai adiantar nada vários programas sem recursos humanos", afirma a assistente social aposentada Newvone Ferreira da Costa.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Na quinta rodada de negociação específica da Caixa dentro da Campanha Nacional 2018, a direção do banco apresentou uma proposta de renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que ignora dezenas de direitos atualmente garantidos pelo ACT. A negociação ocorreu nesta terça-feira (7), em São Paulo.

Dentre os direitos garantidos pelo ACT atual que não foram citados na proposta apresentada, estão: horas extraordinárias, adicional de trabalho em horário noturno, PLR social, isenção de anuidade cartão de credito, juros do cheque especial diferenciado, tarifas em conta corrente, ausências permitidas, escala de férias, jornada de trabalho, saúde caixa, suplementação do auxílio doença (licença caixa), adicional de periculosidade e insalubridade, intervalo para descanso NR 17 homologação das rescisões,  GT saúde caixa, GT saúde do trabalhador, negociação permanente,  incentivo a elevação por escolaridade, Incorporação REB, GT contencioso Funcef, mais contratações, abrangência do ACT.

“Recebemos a proposta com grande espanto porque além de não atender as reivindicações dos empregados pela manutenção de direitos com a consignação de novas clausulas, como designação efetiva das funções e a incorporação aós 10 anos, ela ainda ignorou diversas clausulas garantidas historicamente”, avaliou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). “O debate dos empregados da Caixa e a cobrança que fazemos em mesa vem sendo não de ampliação dos direitos e sim de manutenção das conquistas históricas que os trabalhaodres cada dia mais sobrecarregados e sempre comprometidos com a Caixa 100% pública merecem. Nada mais, nada menos”, afirmou o dirigente. 

Os representantes dos trabalhadores explicitarem a insatisfação com relação a minuta apresentada na mesa de negociação e pressionaram por uma nova rodada de negociação que será realizada no dia 17, na sequência da próxima negociação com a Fenaban.

“Nesta quarta-feira (8) será realizada assembleia e na sexta-feira 10 será deflagrado Dia do Basta, protesto em âmbito Nacional da classe trabalhadora. Os trabalhadores devem participar maciçamente das assembleias do dia 8 que serão realizadas em todo o país e se juntar às mobilizações dos Sindicatos no dia 10 em defesa dos direitos. Temos negociação no dia 17 e toda mobilização é fundamental”, orientou Dionísio Reis.

PLR social ameaçada

Com relação a PLR, os representantes do banco disseram que seguirão a regra Fenaban. Já PLR social não foi citada. Nas negociações anteriores, os representantes do banco não garantiram seu pagamento. “Deixamos claro que a nossa PLR social tem o objetivo de reconhecer o trabalho executado pelos trabalhadores e por isso eles querem e devem ser recompensados. Defendemos o Acordo Coletivo de trabalho tem que avançar e não retroceder.

Direção do banco se pautará pela reforma trabalhista

Durante a negociação, os representantes do banco mais uma vez afirmaram que se pautarão pela reforma trabalhista – lei que modificou dezenas de artigos da CLT e acabou com uma série de direitos dos trabalhadores.

A direção do banco também não garantiu a incorporação de remuneração de função, direito histórico dos empregados retirado pela direção da empresa, antes mesmo da aprovação da reforma trabalhista que está mantido por liminar obtida na Justiça pela Contraf-CUT

A Caixa mantém a designação de função exclusivamente por minuto dos caixas, além de ameaçar utilizar com avaliadores e tesoureiros. A CEE/Caixa cobra o fim do Caixa Minuto que significa a uberização do trabalho e o banco apenas mantém a função efetiva dos atuais Caixas. 

Proposta aniquila Saúde Caixa

Com relação ao Saúde Caixa, a direção da Caixa apresentou a seguinte proposta: “A Caixa oferece aos empregados e respectivos dependentes assistência à saúde, em modalidade, forma e condições modificáveis a qualquer tempo, respeitadas as normas da ANS e orientações estabelecidas pela CGPAR.”

A resolução 23 da CGPAR exclui os aposentados atuais e futuros do plano de saúde; elimina contribuição por grupo familiar; e "quebra a solidariedade", o princípio pelo qual os empregados contribuem da mesma forma, independentemente do tempo de banco e idade.

“A proposta apresentada pela direção do banco é preocupante, porque além de reafirmar que os Saúde Caixa será submetido às resoluções da CGPAR que praticamente aniquilam o convenio dos trabalhadores do banco, ainda  abre a possibilidade de suas cláusulas serem ‘modificáveis a qualquer tempo’”, alertou Dionísio.

Proposta excludente aos aposentados

A proposta é especialmente excludente com relação aos aposentados, porque não garante uma série de direitos como isenção de tarifas e condições especiais de juros para empregados e ex-empregados e os exclui da cobertura do Saúde Caixa.

“É uma tristeza absoluta constatar que a Caixa apresentou uma proposta totalmente excludente com relação aos aposentados, porque além de acabar com a cobertura do Saúde Caixa para essas pessoas que deram a vida pelo banco, ainda não garantiu a isenção de tarifas e condições especiais de juros para os empregados e ex-empregados”, afirmou Dionisio Reis. 

“Essa proposta apresentada é inaceitável e os trabalhadores devem se mobilizar, fazer reuniões nos locais de trabalho comparecerem as assembleias e participarem do Dia do Basta na sexta-feira 10”, reforçou o dirigente.

Fonte: Contraf-CUT