Maio 06, 2025
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A economia nacional encontra-se diante de ciclo profundamente vicioso instalado a partir de 2015, com a mais grave crise do capitalismo brasileiro. Quatro anos depois, o Produto Interno Bruto (PIB) segue 5,1% inferior, sendo os investimentos menores em 23,4% e o consumo das famílias em 5,3%.

A reorientação imposta ao papel do Estado ajuda a entender a perversidade e a longevidade do ciclo vicioso na economia nacional. Isso porque um dos principais responsáveis pela acentuada baixa na Formação Bruta de Capital Fixo foi a brutal redução em 42,5% das despesas do governo federal com investimentos públicos, uma vez que a diminuição nas despesas de consumo na administração pública foi de 2%.

Assim, a economia persiste sem fontes de dinamismo, distante, portanto, de qualquer horizonte possível de recuperação no nível geral de atividades. Dos três grandes setores do sistema produtivo, somente o agropecuário fechou o ano de 2018 com nível de atividade 6,6% superior ao de 2014, enquanto o secundário situou-se 9,9% menor e o terciário em 3,6%.

A relação comercial com o exterior se mostrou positiva, embora a força das exportações tenha sido compensada pela queda nas importações. Entre os anos de 2014 e 2018, por exemplo, as importações decaíram 11,8% para a elevação de 15,5% nas exportações.

A situação geral desfavorável da economia nacional tem sido acompanhada por significativa regressão na estrutura produtiva nacional. Simultaneamente à sequência na queda relativa da presença da indústria na produção nacional, seguiu o processo de terciarização da produção estimulado intensamente pela força do inchamento nas atividades de serviços provocado por inúmeras estratégias de sobrevivência populacional que se reproduzem nas condições gerais de reprodução da pobreza.

Com isso, o país passou a substituir setores econômicos de maior expansão na produtividade pelos de rebaixados ganhos de produtividade. Considerando ainda a importante heterogeneidade instalada no interior do sistema produtivo, percebe-se o persistente aprofundamento nas diferenças de produtividade entre as firmas de excelência e as de contida produtividade, sobretudo no mesmo setor econômico.

Por consequência, evolui a troca regressiva dos melhores postos de trabalho, com mais alta remuneração por ocupações cada vez mais precarizadas. E, com isso, o rebaixamento das condições de vida e trabalho dos brasileiros.

Ademais da massificação do desemprego, a contaminação crescente da subutilização da força de trabalho numa economia estagnada. O resultado disso tem sido a ampliação no grau de polarização no interior do mercado de trabalho, com a queda acentuada dos postos de classe média assalariada e a difusão das ocupações precárias na base da pirâmide social.

Em paralelo, o avanço das posições de alta e média renda não assalariadas associada à proliferação de ocupações por conta própria, autônoma e consultores. Todas cada vez mais distantes do sistema de proteção social e trabalhista, bem como contribuintes do sistema público de aposentadoria e pensão.

A tendência da especialização produtiva segue cada vez mais forte. Dessa forma, a concentração na produção e exportação de bens primários (agronegócio), enquanto o país torna-se dependente das importações de produtos manufaturados. Exemplo disso ocorreu em 2018, quando o nível de produção estava 5,1% menor e a produção industrial quase 10% abaixo do ano de 2014, ao passo que o saldo comercial de produtos manufaturados foi 12,7% superior, o maior já registrado, diga-se de passagem, desde o ano 2000.

Em síntese, o Brasil regride rapidamente ao passado longínquo da República Velha (1889-1930), quando o padrão de consumo do “andar de cima” da sociedade encontrava-se totalmente descolado da estrutura produtiva do país, dependente da importação de mercadorias tecnologicamente avançadas a serem financiadas pela exportação de matérias primas animais e vegetais.

Para a parte restante da população restaria o regime da quase servidão e o subconsumo no mercado interno subutilizado, conforme parece ter sido impulsionado inicialmente por Temer e agora intensamente pelo governo Bolsonaro.

Marcio Pochmann

 
 

Na primeira negociação da mesa permanente após a reunião com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), buscou garantir oficialmente os assuntos abordados com o executivo.

Por isso, a contratação de empregados, a retirada da participação da Caixa no Conselho Curador do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e o ataque da direção contra a imagem do banco público dominaram a pauta desta sexta-feira (12), em Brasília (DF).

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobrou que a Caixa cumpra o compromisso, assumido pelo presidente do banco, de fazer novas contratações até atingir o teto estabelecido pelo SEST de 87 mil empregados. A posição dos representantes da Caixa foi de que não há nenhuma posição oficial sobre contratações e que o assunto ainda está em estudo, mas que havendo algo será trazido para ser acordado em mesa.

Para Dionísio Reis, coordenador da CEE, as medidas adotadas pela atual gestão contradizem com as declarações do presidente Pedro Guimarães de que defende o banco. “O presidente do banco assumiu o compromisso em reunião com a entidade representativa dos trabalhadores de fazer novas contratações, mas a informação que nos foi dada na mesa é de que estão sendo feitos estudos, mas não tem nada de concreto. Enquanto isso, nas unidades, a rotina é de sobrecarga de trabalho ”

Os empregados também protestaram contra a redução da participação dos trabalhadores no Conselho Curador do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e a retirada da representação do banco nesta instância. Com uma faixa em defesa do fundo, os representantes dos empregados destacaram a falta de posicionamento da direção da Caixa sobre a medida. Na reunião, os representantes dos empregados voltaram a cobrar melhorias nas condições de trabalho dos tesoureiros, respeito a jornada de trabalho nas agências digitais e melhorias no Saúde Caixa.

A Caixa alegou que foi cumprida uma determinação do Ministério da Economia. “ O FGTS é o principal fundo de investimento do país, são mais de 500 bilhões e a Caixa que centralizou as contas a partir dos anos 1990, tornando-se agente operadora, não pode ser condizente com este desmando do governo, ameaçando um patrimônio que é o povo brasileiro”, avaliou o dirigente.

A Comissão também protestou contra exposição da imagem da empresa. Segundo os representantes dos trabalhadores, antes mesmo dos números do balanço terem sido divulgados oficialmente, a imprensa já divulgava informações, cogitando inclusive provisionamento que implicaria na redução do lucro do banco. “Isso foi uma manobra midiática, que fragiliza o banco. Cobramos mais uma vez transparência na gestão”, disse o coordenador da CEE. Os representantes lembram ainda a redução nos investimentos em marketing, que fortaleceram muito a imagem da empresa nos últimos anos. “Em 2018, a Caixa foi o banco brasileiro com o menor investimento em publicidade. “ Apesar disso o presidente alegou que estava gastando muito e cortou o investimento para 2019 desvalorizando a imagem do banco”

Intervalo 30 minutos

A Caixa anunciou que foi adiada do dia 15 para 22 de abril a implantação do intervalo de 30 minutos para os empregados com jornada de seis horas. A ampliação do descanso, que antes era de 15 minutos, foi uma conquista do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, com objetivo garantir a saúde dos trabalhadores. A CEE levou para mesa a reivindicação dos empregados de que o cumprimento do intervalo seja opcional.

Ficou definido que o tema voltará a ser debatido na próxima reunião, par avaliar o impacto da aplicação do intervalo e eventuais demandas dos trabalhadores.

Agências digitais

A principal reivindicação da CEE foi o respeito a jornada de trabalho dos gerentes gerais dessas unidades, que segundo denúncias encaminhadas aos sindicatos, chegam a trabalhar até 12 horas. A comissão cobrou o registro de ponto desses trabalhadores.

Em resposta a questionamentos sobre as condições de trabalho nas agências digitais, a Caixa informou que estão sendo cumpridas as normas previstas na NR 17.

SAÚDE CAIXA

Os representantes do banco se comprometeram a apresentar na próxima reunião do GT Saúde Caixa, que deve ocorrer em maio, os demonstrativos financeiros mais detalhados do plano de saúde. “É compromisso da Caixa que os comitês funcionarão por Gipes e Repes e servirão para ajudar os empregados nas demandas de atendimento não resolvidas. O compromisso é de que até o final da próxima semana o banco encaminhará a relação dos comitês de credenciamento e descredenciamento que estão instalados. Nossa reivindicação é que esses comitês sejam fortalecidos e nas regiões que não tiver que a Caixa providencie sua imediata instalação. Queremos taposentados”, explicou Dionísio Reis.

As condições de trabalho dos tesoureiros também foram ser debatidas na mesa de negociação permanente. Representantes dos empregados relataram vários problemas, entre eles a redução absurda do encaixa das unidades, meta de redução de carro forte, o desvio de função e penalização dos trabalhadores que descumprem normas relativas às suas atribuições por seguirem ordem da chefia. A Caixa se comprometeu a encaminhar aos gestores comunicado orientando que o normativo seja devidamente cumprido.

A comissão orienta os sindicatos a realizarem reuniões com os tesoureiros para debater propostas de melhorias das condições de trabalho, a serem encaminhadas à mesa de negociação.

A CEE/Caixa também protestou contra o descomissionamento dos gerentes de Atendimento e Negócios PJ.  Por conta do processo de verticalização, estes empregados que eram gerentes de Pessoa Jurídica, foram prejudicados. “Estão fazendo as mesmas atividades e ganhando menos”, denunciou o coordenador da comissão. “Agora, o requinte de crueldade do banco é abrir PSI para as funções que foram retiradas naquela restruturação” complementou.

Cobrada sobre o fim da dotação de orçamentária de horas extras e do impedimento de empregados de agências ditas não doadoras participarem dos Processos Seletivos Internos (PSIs), a Caixa informou que as duas medidas serão mantidas.

“Os empregados devem se manter mobilizados em defesa da Caixa 100% publicar e por melhores condições de trabalho e prontos para fazer um Conecef de muita luta”, finalizou Dionísio, ao se referir ao 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), que será realizado em 15 e 16 de junho em SP.

Fonte: Contraf-CUT

Se o sistema de capitalização para aposentadorias for aprovado, como desejam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, os trabalhadores vão enfrentar a velhice na mais completa miséria, avalia o presidente da CUT, Vagner Freitas. Ele considera a medida como uma das mais perversas entre as previstas no projeto de "reforma" da Previdência enviado ao Congresso.

“A capitalização significa acabar com o atual modelo solidário e de repartição, que garante aos brasileiros o direito à aposentadoria no final da vida, para jogar o futuro dos trabalhadores nas mãos dos bancos. Isso não podemos permitir”, diz Vagner, em reportagem da jornalista Tatiana Melim, publicada no portal da central.

O modelo de capitalização funciona como uma espécie de poupança pessoal de cada trabalhador, que tem de depositar todos os meses um percentual do seu salário em uma conta individual para conseguir se aposentar. A conta é administrada por bancos, que cobram taxas de administração e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.

No Brasil, o atual modelo de Previdência é chamado de repartição, ou seja, quem está no mercado de trabalho contribui mensalmente ao INSS e garante o pagamento dos benefícios de quem já se aposentou. E todos contribuem: trabalhador, patrão e governo. Já no modelo de capitalização não existe a contribuição do empregador e nem a do Estado.

Para o presidente da CUT, se já não é fácil se aposentar com as regras atuais, que garantem a contribuição do trabalhador, do governo e da empresa, será praticamente impossível conseguir fazer uma poupança sozinho, ainda mais com as regras perversas do sistema financeiro que usa o dinheiro do trabalhador para especular.

“Imagina o trabalhador que precisa se virar em um mercado de trabalho informal e desregulamentado pela reforma Trabalhista, com empregos precários e longos períodos de desemprego. Como ele conseguirá fazer uma poupança se falta dinheiro no final do mês?”, questiona Vagner.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O economista Eduardo Moreira avisa: você vai ser absolutamente prejudicado se for aprovada a reforma da Previdência 2019, do governo Jair Bolsonaro.

"Trabalhador apoiar essa reforma é como a barata apoiar o chinelo", afirma. "E o único motivo que o trabalhador poderia imaginar para apoiar, é pensar que se a economia melhorar vão contratar mais pessoas e talvez consiga emprego. Mas nem isso vai acontecer."

Assista ao vídeo https://www.facebook.com/joaopereiragarcia/videos/vb.100004620361476/1185310808299587/?type=2&video_source=user_video_tab

 Ex-sócio do banco Pactual, Moreira entende bem os meandros que alimentam o sistema financeiro no Brasil e avisa: o R$ 1 trilhão que o governo afirma querer economizar via reforma da Previdência vai parar na mão de meia dúzia de banqueiros e grandes investidores que são os detentos da dívida pública brasileira que hoje está em mais de R$ 5 trilhões. 

"Esse dinheiro vai para o pagamento de juros. Hoje, o dinheiro que é pago pela Previdência para os beneficiários, volta para a economia imediatamente. As pessoas gastam o que ganham. Quase 4 mil municípios no Brasil têm a economia girando em função dos benefícios da Previdência", afirma. "Querem deixar de pagar essas pessoas para pagar juros e esse dinheiro vai pra parcela mais rica da população e vira poupança. Deixa de ser fluxo, vira estoque e faz parar a economia brasileira. Você vai ganhar menos e vai ter menos emprego."

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Para o Brasil avançar no combate da desigualdade social, o debate deve ser pautado na atenção aos vulneráveis e na reforma tributária. Essa foi a avaliação feita pela economista e pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Luana Passos, sobre o estudo da Ofxam Brasil, divulgado nesta segunda-feira (8). Junto com diversos especialistas, Luana participou de seminário na terça (9), em São Paulo, na qual abordou diversos pontos de vista sobre as desigualdades de classes no país, conforme mostra reportagem de Beatriz Ramos, da Rádio Brasil Atual.

Luana também acredita que uma reforma tributária é imprescindível para a redução das desigualdades sociais. "A maior parte da tributação brasileira é indireta, sobre bens e serviços, o que tem um efeito regressivo e reforça a desigualdade. Se você quer enfrentar isso, reforma o sistema tributário para que tenha impacto progressivo", criticou.

"A mulher tem menos tempo disponível para trabalhos, pois ela assume os compromissos domésticos. Ainda tem o cuidado aos idosos, na qual a sociedade brasileira não está preocupada. Há um cruzamento de vulnerabilidade e, nós, mulheres negras, estamos em uma situação pior comparado a outros grupos", disse a economista.

A pesquisa da Oxfam mostra que a visão de que negros ganham menos do que brancos no trabalho por serem negros passou de 46% para 52%. Além disso, a proporção de pessoas que acreditavam que mulheres ganhavam menos do que homens no mercado de trabalho simplesmente por serem mulheres passou de 57%, em 2017, para 64%.

Já na visão de Flavia Oliveira, jornalista especialista em economia, a desigualdade ocorre também na transferência de renda dentro das famílias pobres e negras. "Nem um grupo da sociedade faz mais política pública de transferência de renda do que as mulheres e o povo negro. Nós fazemos desde quando nascemos, quando trabalhamos desde a infância. Trabalho infantil também é transferência de renda. Todas as políticas públicas nascem no esforço instantâneo dessa população que se ajuda e montam redes de solidariedade", comentou.

O estudo avaliou 10 medidas prioritárias para a redução de desigualdades. A redução da corrupção ficou em primeiro lugar na pesquisa, como a medida mais importante. O investimento público em saúde e educação permaneceram em segundo e em terceiro lugar respectivamente.

Nas últimas colocações, a pesquisa revelou que os brasileiros veem a cobrança de impostos dos mais ricos e o investimento em assistência social como as ferramentas menos importantes para diminuir a distância entre os mais ricos e os mais pobres.

A pesquisadora acrescenta que os resultados demonstram baixa adesão a um projeto de um Estado mínimo para o Brasil, defendido pelo candidato vencedor na última eleição. "Os dados que mostram que os brasileiros são favoráveis às medidas redistributivas. Ao contrário do que era esperado, dentro da eleição de Bolsonaro, a população aumentou ainda mais o apoio para a distribuição de renda", afirmou Luana.

A cientista política e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Marta Arretche critica a isenção de dividendos. "É um enorme fator de desigualdade no Brasil, que ainda reduz a receita dos governos, que poderia arrecadar U$ 40 bilhões. Os indivíduos que ganham uma renda anual de R$ 1,2 milhão são os mais beneficiados por essa medida", explicou.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A proposta do Comando Nacional do Bancários de realização de um programa de capacitação da categoria sobre questões de diversidade como complementação do 3º Censo da Diversidade Bancária foi acatada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante a mesa de Igualdade de Oportunidades, realizada na tarde desta quarta-feira (9), em São Paulo.

Um Grupo de Trabalho compostos por pessoas indicadas pela Fenaban e pelo Comando vai tratar de detalhes sobre os conteúdos, materiais e mídias a serem utilizados para a formação dos bancários. A ONU Mulheres, a OIT, o Ministério Público do Trabalho e outras entidades serão convidadas a contribuir com a campanha, desde a elaboração do conteúdo.

O dia da primeira reunião ainda não foi definido, mas já tem datas indicativas para maio. A campanha de sensibilização da categoria e da sociedade sobre as questões da diversidade está prevista para começar em junho e se prolongará até outubro, quando se encerrará a fase de questionário, que tem previsão se iniciar no final de agosto. Os resultados serão tabulados e analisados entre novembro e janeiro e os resultados serão divulgados em fevereiro de 2020.

Para a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rosalina Amorim, que coordena a mesa de negociações com a Fenaban sobre Igualdade de Oportunidades, foi importante sair da reunião com o cronograma de trabalho definido. “Mostra o compromisso de todos com a realização do Censo, que terá seu caráter ampliado”, disse a dirigente.

“Na atual conjuntura, a ampliação do caráter do Censo da Diversidade é uma grande conquista. A sociedade brasileira e mundial está assistindo ao avanço do conservadorismo. As pessoas não têm mais nenhum pudor de mostrarem seus preconceitos, que muitas vezes levam à violência. Não podemos aceitar que isso aconteça em uma sociedade civilizada”, completou Rosalina.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, ressaltou o fato de que antes de responder ao questionário da pesquisa, a categoria participará de uma campanha de sensibilização e conscientização sobre o tema. “Mesmo que eles não se tornem agentes da diversidade, serão sensibilizados e terão informação suficiente para não aceitarem a propagação do preconceito e da violência contra pessoas, pelo simples fato de elas possuírem características pessoais diferentes das que são aceitas socialmente”, disse.

Violência contra as mulheres

Com relação à criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja doméstica ou em outro ambiente social, inclusive no trabalho, a Fenaban disse que os bancos estão sensibilizados com sua importância, mas, devido à complexidade do assunto, pediu mais tempo para analisar a proposta. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, ressaltou que não se pode postergar por muito tempo a criação deste espaço. “Todos os dias vemos notícias sobre violência contra mulheres. Esta é uma pauta emergente”, disse.

Foto: Jailton Garcia / Contraf-CUT

A secretária de Políticas Sociais da Federação dos Bancários de São Paulo (Fetec-CUT/SP) também ressaltou a urgência da implantação do canal. “Será muito importante para a trabalhadora bancária saber que pode contar com o acolhimento dos bancos. E a existência de um canal fará com que as bancárias se sintam ainda mais seguras para denunciar seus agressores”. 

“E não pensem que isso não acontece com as mulheres de nossa categoria. Em uma delegacia da zona Leste de São Paulo foram registrados 40 casos de violência contra bancárias. Este é um problema que atinge toda a sociedade. Por isso, precisamos agir com rapidez para contribuir com a solução”, cobrou Elaine, ao reforçar que é fundamental as bancárias se sentirem seguras para denunciar. “Não podemos permitir que o discurso com viés conservador torne natural a violência contra a mulher”, concluiu.

Elaine lembrou ainda que a violência contra a mulher afeta o desempenho delas no trabalho e atinge em cheio a economia. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará mostra que a violência doméstica gera uma perda de R$ 1 bilhão por ano ao mercado de trabalho. O estudo diz que, em média, as vítimas precisam se ausentar 18 dias do trabalho após sofrer a violência (leia a íntegra da pesquisa).

 

Fonte: Contraf-CUT

Não são nada boas as perspectivas para a economia brasileira. Em março, o IBGE divulgou que o país tem 13,1 milhões de pessoas desempregadas. O Produto Interno Bruto, que mede o  valor dos bens e serviços que o país produz num período, está em níveis baixíssimos – crescimento de 1% em 2017 e 1,1% em 2018, com expectativas para 2019 revisadas para baixo seis vezes consecutivas. Esses tímidos crescimentos ocorrem depois de o PIB ter recuado mais de 7% em 2015 e 2016.

Mesmo diante desse cenário desalentador, o governo Bolsonaro segue tendo como foco a "reforma" da Previdência que, se aprovada, deverá agravar esse quadro e aumentar em meio milhão o número de desempregados.

De acordo com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, os benefícios previdenciários passariam a ser calculados sobre a média de 100% das contribuições – o que rebaixaria o valor final – e somente após contribuir por 40 anos ao INSS o trabalhador teria direito ao valor integral. Além disso, os benefícios assistenciais, como os de Prestação Continuada (BPC), seriam desvinculados do valor do salário mínimo e não teriam garantida nem mesmo a correção monetária. “Isso deverá produzir um importante impacto negativo na renda disponível de um grande contingente de famílias brasileiras de baixa renda”, afirma o economista Marcelo Manzano.

Ele explica que, à medida em que a renda das famílias é negativamente afetada, mais gente acaba sendo forçada a buscar uma alternativa de renda. “Isso significa que a população economicamente ativa deverá se expandir. Haverá mais pessoas no mercado e menor volume de ocupações. A crise econômica que vai para o seu quinto ano já tem obrigado muitos idosos a retornar ao mercado de trabalho.”

Com a reforma da Previdência, ele afirma, essa tendência indesejável de aumento indesejável dos idosos entre a população economicamente ativa. "Seja por conta da extensão dos prazos de contribuição necessários para se poder acessar a aposentadoria, seja porque haverá redução dos valores dos benefícios previdenciários e assistenciais, contraindo a renda dos mais pobres e exigindo o retorno de parte dos não-economicamente ativos.”

Além disso, uma outra modificação prevista na reforma da Previdência de Bolsonaro propõe isentar as empresas que contratarem aposentados da contribuição para o FGTS, além de desobrigá-las da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa. “Com isso, deverá ocorrer uma disputa espúria entre os diferentes grupos etários no mercado de trabalho, com os idosos (já aposentados) levando vantagem sobre os demais trabalhadores (já que custarão menos para as empresas). Seus filhos e seus netos, que em tese estão passando por etapas da vida em que a garantia de renda é ainda mais fundamental, poderão ficar de fora do mercado de trabalho. Essa reforma, se aprovada, fará com que os avós acabem capturando os empregos dos netos.”

Reforma não é remédio

Em artigo publicado no Brasil Debate, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) alertam para o risco de se acreditar que a reforma da Previdência seria remédio para tudo isso, como dizem alguns analistas. “Há uma crença, que não se ampara em dados estatísticos, de que se o país tem as contas públicas 'em ordem', haverá estímulo aos investimentos e à geração de empregos. Ora, os empresários investem se percebem que há demanda para seus produtos e serviços, não o fazem baseado na percepção de que as contas do governo estão 'em ordem'.”

Os estudiosos lembram as promessas jamais cumpridas de crescimento e criação de empregos com a reforma trabalhista, “que geraria segundo seus defensores, 5 milhões de empregos; como o foi a PEC do Teto de Gastos… Onde estão os frutos prometidos das reformas anteriores?”, questionam Ana Luíza Matos, Barbara Vallejos e Euzebio de Sousa, lembrando que se propaga um tipo de liberalismo seletivo, que acredita que a redução dos salários e dos direitos elementares dos trabalhadores irá retirar o Brasil da crise. “Mas o que se verifica é o contrário: a crise se aprofunda com a redução da capacidade de consumo das famílias e redução dos investimentos públicos e privados.”

Os pesquisadores ressaltam que vale o contrário: a criação de empregos tem impactos positivos na Previdência. “Em todo o período de 2009 a 2015 o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) urbano foi superavitário”, diz o artigo. “O aumento do emprego formal (+23,4 milhões) e da base contributiva da Previdência garantiu a sustentabilidade do Sistema até a crise que se inicia em 2015.”

Com a "reforma" trabalhista, o quadro mudou para muito pior. “Em vigor desde novembro de 2017, incentivou a substituição de empregos 'padrão' por contratos 'atípicos'. Esta mudança na lei reforçou a tendência à precarização assistida desde o início da crise econômica. As ocupações sem carteira assinada têm puxado a geração de postos de trabalho desde 2016.”

O resultado é que o número de contribuintes para a Previdência reduziu-se em 2% entre 2016 e 2018, frente ao aumento de 8% dos trabalhadores que não contribuem.

“Neste cenário, essa reforma afastará ainda mais os trabalhadores com salários mais baixos e mais afetados pela informalidade da previdência pública por não conseguirem cumprir os aumentos de exigência de tempo de contribuição. Por outro lado, a elevada informalidade reduz a receita da Previdência.”

E sugerem, em vez de se insistir na reforma da Previdência como solução para todos os problemas da sociedade brasileira, pensar em propostas para gerar empregos de qualidade no país e, por essa via ampliar, as contribuições ao sistema. “Jogar a esperança de recuperação da economia em uma reforma que afasta ainda mais os trabalhadores da seguridade social ao endurecer as regras de acesso e que não tem nenhuma relação lógica com a retomada do crescimento é, do ponto de vista dos trabalhadores, aprofundar a crise”.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A "reforma" da Previdência proposta por Jair Bolsonaro é rejeitada por 51% dos brasileiros, mostra pesquisa Datafolha, publicada nesta quarta-feira (10). São favoráveis à proposta 41%, enquanto 2% se dizem indiferentes e 7% não souberam responder.

As mulheres são as maiores opositoras à reforma: 56%. Atualmente, elas se aposentam ao 60 anos, com mínimo de 15 anos de contribuição. A proposta de Bolsonaro aumenta a idade mínima para 62 anos, além de pelo menos 20 anos de contribuição.

Já entre homens, 48% se dizem a favor e 45% contra, um empate técnico – dentro da margem de erro, de dois pontos. Para conseguir a aposentadoria integral, os trabalhadores terão de contribuir por 40 anos.

A maior rejeição, de 63%, aparece entre funcionários públicos. E o maior apoio entre as pessoas de renda familiar acima de 10 salários mínimos (R$ 9.998 em 2019): 50% apoiam a reforma e 47%, são contra.

Pesquisa Vox Populi divulgada ontem aponta para rejeição ainda maior à reforma: 65% dos brasileiros são contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, enquanto 26% se disseram favoráveis e outros 9% não souberam responder.

Mudanças rejeitadas

Alguns pontos específicos da proposta de Bolsonaro são ainda mais rejeitados: a maioria é contra as idades mínimas. 65% das mulheres se dizem contra os 62 anos de idade para se aposentar, enquanto 53% dos homens se opõem a mudança para 65 anos.

Também há maioria contrária a contribuir 40 anos para a aposentadoria integral: 60% rejeitam.  mas 66% são favoráveis a cobrar alíquotas mais altas de servidores que ganham mais e 72% a limitar a aposentadoria do servidor pelo teto do INSS (limite que já existe desde 2013 para servidores federais e de estados e municípios com previdência complementar).

O Datafolha mostra que 68% dos brasileiros dizem ter conhecimento da proposta de reforma e só 17% se dizem bem informados. A oposição à reforma é maior entre os pouco informados: 62% são contrários às mudanças. Entretanto, também se opõem: 55% dos bem informados, 54% dos mais ou menos informados e 41% dos que não tomaram conhecimento.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comando Nacional dos Bancários se reúne, nesta quarta-feira à tarde (10), em São Paulo, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na mesa de negociações de Igualdade de Oportunidades.

Na reunião passada, ocorrida no dia 12 de março, ficou acertado que os bancos trariam para este encontro um cronograma de trabalho para a elaboração e execução do 3º Censo da Diversidade, que será mais abrangente para, além de permitir que o levantamento de dados se torne uma ferramenta de formação e de mudança da cultura discriminatória, que ainda persiste no sistema financeiro e na sociedade brasileira.

Na ocasião, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional, disse que a mudança do caráter do Censo permitirá a capacitação da categoria e possibilitará que cada bancário se torne agente da diversidade, do respeito e da igualdade em toda a sociedade, inclusive nos locais de trabalho.

Os bancos também ficaram de responder nesta reunião sobre a proposta de criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja ela doméstica, ou em outros ambientes sociais, inclusive no trabalho.

 

Fonte: Contraf-CUT

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e em nossa SubSede de Nova Iguaçu, já tem datas definidas no mês de Abril.

EXCEPCIONALMENTE, a feijoada em nossa SubSede de Nova Iguaçu que geralmente ocorre na penúltima sexta-feira do mês, ocorrerá numa quinta-feira (18), devido ao feriado da "Paixão de Cristo", sexta (19).

Confira as datas:

Dia 18/04 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 25/04 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!