Maio 06, 2025
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A Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos será lançada, nesta quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados. As mais de 200 assinaturas de parlamentares de 19 partidos diferentes mostram como a pauta em defesa dos bancos públicos vem ganhando força no Congresso Nacional.

Como um instrumento suprapartidário, a Frente tem o objetivo de analisar todos os projetos em tramitação nas duas casas legislativas e difundir a causa das instituições financeiras públicas para outras esferas. Além de ser um espaço para a análise de todos os fatores que envolvem as ameaças de privatização, é um canal de diálogo amplo.

“Nós atuamos em várias frentes em defesa dos bancos públicos, seja na articulação com os sindicatos que representam os funcionários das empresas públicas, que também estão ameaçados de privatização e desmonte, seja com o parlamento e fazendo debate com a população, além das estratégias jurídicas”, lembrou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ao explicar que a frente parlamentar mista existia na legislatura anterior. A Contraf-CUT e a Fenae articularam com deputados e senadores para que fosse reativada. “Estamos fazendo uma cartilha para ser distribuída a prefeitos, vereadores, deputados estaduais, lideranças e para o público em geral mostrando a importância dos bancos públicos para os estados e municípios.”

A Frente ganha força à medida que a equipe econômica do atual governo anuncia novas ações que enfraquecem os bancos públicos como agentes das principais políticas públicas sociais do país. A diretoria da Caixa já iniciou venda de ativos e anunciou a abertura de capital de quatro subsidiárias do banco. “As estratégias e ações adotadas até o momento sinalizam um inevitável enfraquecimento dos bancos públicos. Queremos que a Caixa continue exercendo o seu papel fundamental para a sociedade brasileira”, avaliou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Pedro Ferreira.

Seminário “Bancos Públicos e Desenvolvimento”

Para enriquecer será a discussão, será realizado conjuntamente o Seminário “Bancos Públicos e Desenvolvimento” que reunirá especialistas em economia, também no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Professores renomados como Luiz Gonzaga Belluzzo (Unicamp), que foi chefe da Assessoria Especial do Ministério da Fazenda, Paulo Fernando Cavalcanti Filho (UFPb) e Luiz Fernando de Paula (UFRJ) serão palestrantes.

Além de parlamentares, participarão representantes de movimentos sociais, de entidades ligadas a bancos públicos, centrais sindicais e universidades.

Fonte: Contraf-CUT

Estudo feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) indica que 60,9 milhões de pessoas podem ficar sem água no Brasil em caso de um prolongado período sem chuvas. Destas, 20,5 milhões estão na região metropolitana de São Paulo, que já sofreu uma grave crise de abastecimento nos anos de 2014 e 2015. O número de paulistanos sob risco equivale a quase metade da população do estado. Outros 11,8 milhões estão na capital fluminense, equivalente a 68,6% da população do estado.

O risco de desabastecimento afeta 5 milhões de pessoas em Pernambuco, 4,5 milhões em Minas Gerais, 3,1 milhões na Bahia e 1,8 milhão na Paraíba.

De acordo com a ANA, há um aumento significativo da demanda em locais onde as fontes já não oferecem água suficiente para o pleno atendimento. A agência elaborou um novo índice para medir o risco de desabastecimento nos reservatórios monitorados. O Índice de Segurança Hídrica (ISH) aponta a quantidade de moradores em risco, considerando fatores como a oferta de água para a população, para a produção econômica, a vulnerabilidade dos mananciais e o potencial dos estoques.

Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) indicam que o volume armazenado nos sete reservatórios da região metropolitana de São Paulo corresponde a 76,5 % da capacidade, pouco acima dos 69,9% registrados em 2013, último ano antes da seca que levou a população paulista a conviver com o racionamento de água. Já no Rio, a represa de Paraíba do Sul opera com 55,8% da capacidade, abaixo do registrado em 2013: 65%.

Além dos riscos atuais, a ANA destacou que se não houver obras e ações de redução de perdas e desperdício, o número de pessoas  ameaçadas deve aumentar em 21% até 2035, chegando a aproximadamente 75 milhões de pessoas.

A agência propôs um conjunto de 99 obras prioritárias, como novas barragens, dutos e canais, que já constam do Plano Nacional de Segurança Hídrica. O custo estimado é de R$ 27,6 bilhões. Destas obras, 15 seriam em São Paulo, ao custo de R$ 2,8 bilhões, e nove no Rio de Janeiro, estimadas em 5,1 bilhões.

"O Brasil tem 12% da água doce do mundo, mas ela está basicamente na região Norte. Diferentemente do setor elétrico, a gente não tem linhas de transmissão para fazer a distribuição. Esta infraestrutura proposta, grosso modo, seria como as linhas de transmissão para que a gente chegue com a água nos diversos lugares, nos diversos atendimentos e seus usos todos", explicou Marcelo Cruz, diretor da ANA.

Fonte: Rede Brasil Atual

A retração na produção industrial em 1,3% de fevereiro para março, e de 6,1% na comparação com março de 2018, segundo números do IBGE, já era um cenário esperado, levando-se em conta as políticas, ou não políticas, do governo Jair Bolsonaro (PSL), que completou quatro meses neste início de maio. “Havia esperança de recuperação com a PEC do teto de gastos, assim como aconteceu com a reforma trabalhista (ambas no governo Michel Temer). Agora, com o novo governo pró-mercado, a aposta era de que as reformas iam dinamizar a economia, mas isso mais uma vez se frustra, como em 2016, 2017 e 2018”, avalia Guilherme Mello, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O Brasil está em depressão há quatro anos e nada indica a superação desse quadro. Na literatura de Economia, isso é chamado “histerese”: se o crescimento é muito abaixo do potencial durante muito tempo, isso afeta o potencial futuro de crescimento. “Os efeitos dessa depressão vão se refletir no futuro”, diz Mello. 

O clima de depressão, segundo ele, é análogo ao diagnóstico de depressão no sentido psicanalítico, quando a pessoa não tem vontade de viver, não quer sair da cama e não tem “vitalidade”. “As frustrações recorrentes apontam para um menor potencial de crescimento no futuro. As previsões de crescimento para 2020 também são baixas. E 2019 já é um ano que não foi.”

Não é apenas a indústria que está em crise. Nota da coluna Painel S.A. da Folha de S. Paulo desta sexta-feira (3) informa: “Ano já acabou para a construção civil”. “A estimativa é que o PIB do setor suba 1% a 2%, mas impulsionado pelo mercado informal, não pelas construtoras”, diz a nota.

João Sicsú, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), avalia que a economia brasileira está em estado de depressão há quatro anos, pelo menos. Ele usa outra imagem para ilustrar a situação da economia do país.

“Ela mergulhou no fundo  do poço e está lá, dando suspiros. Nesses suspiros, às vezes há sinais positivos, às vezes negativos. O saldo é que caminhamos no fundo do poço e estamos nessa situação. Desde o final de 2014, e em 2015 e 2016, mergulhamos no poço. E em 2017, 2018 e 2019, estamos dando suspiros dentro do fundo do poço.” Nos últimos quatro anos, o PIB brasileiro cresceu 0,50% em 2014, caiu em 2015 e 2016 (-3,55% e -3,31%, respectivamente) e subiu 1,12% em 2018.

Sicsú  aponta que Bolsonaro foi eleito com a expectativa de melhoria econômica, mas não tem apresentado nenhum programa de retomada do crescimento e redução do desemprego, e seu foco econômico são as “reformas estruturais”, com destaque para a da Previdência, a mais importante para o mercado, e as privatizações.

“Independentemente de se concordar com elas, o fato é que não dão nenhum resultado imediato. Portanto, o governo não tem instrumento de combate à depressão”, diz Sicsú. “O problema imediato é o desemprego, que só pode ser reduzido com política de retomada de crescimento, que não é o foco do governo. O resultado é a continuidade do estado de depressão.”

O país não está em recessão (o que tecnicamente se caracteriza com queda do PIB por dois trimestres seguidos), mas está no limiar dela. No quarto trimestre de 2018, a vitória eleitoral do atual presidente não deu resultados esperados pelos otimistas, e o PIB teve crescimento praticamente zero (0,1%). Em 2018, o crescimento foi de apenas 1,1%.

Existe possibilidade de o PIB no primeiro trimestre de 2019 ser negativo, embora isso não seja certo. “Se for negativo, significa que estamos na antessala da recessão”, diz Mello. “Basta que o segundo trimestre confirme o viés negativo.” Na opinião do economista, se a greve geral for um sucesso, enfraquece muito a reforma da Previdência, o que afetaria o ânimo de mercado financeiro, poderia provocar aumento dos juros e algum impacto no câmbio.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Bradesco e o Itaú Unibanco “pioraram suas análises em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre”. A projeção do Itaú para o período “saiu de baixa de 0,1% para retração de 0,2%”, diz a matéria do Estadão.

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Na economia brasileira, 2019 está perdido e 2020 já é dúvida

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O banco Itaú obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 6,9 bilhões no 1º trimestre de 2019, crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2018 e de 6,2% no trimestre. De acordo com o banco, o crescimento da margem financeira com clientes foi o principal destaque positivo, devido crescimento das carteiras de pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas. A rentabilidade (retorno recorrente sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) do Itaú cresceu 1,4 pontos percentuais, ficando em 23,6%. A maior entre os três maiores bancos privados do país. A rentabilidade do Santander no mesmo período foi de 21,9% e a do Bradesco de 20,5%.

Para o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, o banco trabalha de olho na aprovação da reforma da Previdência. “Com a aprovação da reforma o banco vai ganhar e aumentar ainda mais seus lucros”, disse.

A holding encerrou o 1º trimestre de 2019 com 86.204 empregados no país, com abertura de 361 novos postos de trabalho em doze meses, porém, foram fechados 597 postos no último trimestre do ano. Outro ponto negativo foi o fechamento de agências. Foram 60 agências fechadas no período.

“Com o fechamento de agências e a aposta no modelo digital o banco entrega o que seus acionistas mais cobram, menos custos e mais dividendos. Sem contar com a atuação no grande mercado de cartão de crédito e das maquininhas, aproveitando a crise para crescer em credito pessoal e ajudar a ampliar ainda mais no endividamento do povo, com um spread na lua”, completou o dirigente da Contraf-CUT.

O fechamento de agências será uma das questões a serem tratadas na reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú com o banco, na próxima terça-feira (7).

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise do balanço do Itaú no 1º trimestre de 2019, ambas elaboradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Tabela resumo do balanço do Itaú do 1º trimestre de 2019

Fonte: Contraf-CUT

Na manhã do último sábado, dia 4, diretoras e diretores do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estiveram em frente à agência do Banco Santander na Praça do Relógio, Centro de Duque de Caxias, onde realizaram um protesto e denunciaram práticas abusivas do banco.

O banco havia convidado clientes para uma aula de educação financeira. Com isso, funcionárias e funcionários tiveram que trabalhar de graça como “voluntários”.

O SindBaixada repudia qualquer prática que não esteja de acordo com a lei e com as normas bancárias e, sempre que houver uma irregularidade, se fará presente.

O Sindicato continuará acompanhando de perto e denunciando esse projeto do Santander de abrir as agências aos sábados.

Evasão tributária, "generosas" isenções fiscais, elevada dívida ativa e recorrentes anistias às empresas devedoras são falhas na arrecadação que vem sendo ignoradas por economistas e comentaristas da imprensa tradicional quando debatem os desequilíbrios nas contas da Previdência

Segundo o economista Paulo Nogueira Batista Jr., "O lado da receita" – título do artigo publicado no portal GGN nesta sexta-feira (3) –  não aparece no debate em torno da chamada "reforma" da Previdência porque "a turma da bufunfa" se beneficia dessas distorções. 

Ele alega que a evasão tributária é decorrência de deficiências crônicas que impedem a cobrança das contribuições previdenciárias, mas "os donos do poder têm interesse muito limitado em permitir que essas deficiências sejam sanadas", já que se beneficiam da sonegação.

As isenções às empresas, concedidas "sem critério, sem monitoramento e por prazo indeterminado", corroem a arrecadação da Previdência, resultando em perdas de receita da ordem de R$ 50 a 60 bilhões por ano.

No total, a União registra dívidas das empresas com a Previdência de quase R$ 500 bilhões, e uma cobrança efetiva de pelo menos parte desse montante ajudaria a enfrentar o alegado déficit da Previdência

"Tornou-se rotina aprovar no Congresso parcelamentos de dívidas previdenciárias e outras com prazos excepcionalmente longos. Em muitos casos, perdoa-se parte da dívida, das multas ou dos juros. Isso constitui incentivo perverso para os contribuintes e contribui para derrubar a arrecadação. É que as empresas incorporam as anistias às suas expectativas e passam a incluí-las no seu “planejamento tributário", critica o economista. 

Batista Jr. diz que as medidas apresentadas pelo governo para aumentar a receita são insuficientes – "para inglês ver" – e que o enfraquecimento crônico da arrecadação previdenciária é agravado ainda pela estagnação da economia brasileira.

"O desemprego, a informalidade e o subemprego aumentaram de forma expressiva, reduzindo o número de contribuintes da Previdência. O enfraquecimento da economia leva, além disso, as empresas a recrudescer no esforço de sonegar e se financiar às expensas da Previdência."

Fonte: Rede Brasil Atual

Um vale lotado, num dia de sol, música e encontros. Quem foi até o Anhangabaú, no centro paulistano, nesta quarta-feira (1º), teve um Dia do Trabalhado animado. Assim como em outras dezenas de cidades por todo o Brasil, o clima era de festa e de luta.

Misturado às falas de políticos, lideranças sindicais e populares, que ecoavam do palco contra a retirada de direitos e a "reforma" da Previdência do governo Jair Bolsonaro, no chão o assunto também pautava a conversa entre amigos e famílias inteiras.

O segurança João Paulo tirou todo mundo de casa, em Santo Amaro, na zona sul, e foi até o centro de São Paulo para participar do ato. “Do jeito que é hoje eu, que trabalho desde os 14 anos e estou com 47, já estou próximo de me aposentar. Com a reforma, se passar, vou morrer e não vou conseguir aproveitar minha vida”, afirmou à repórter Érica Aragão, do Portal CUT, enquanto aderia ao abaixo-assinado contra a "reforma" da Previdência.

Para João, o rombo nas contas do INSS é mentira porque não se apresentam números que confirmem a Previdência falida. Uma reforma não deveria mexer só com a vida dos trabalhadores, afirma, sem acabar com privilégio nenhum.

A procuradora municipal Maria Elisabete Mercaldo, que ajudava na coleta de assinaturas, conta que a receptividade do povo era muito boa, até mesmo entre eleitores de Bolsonaro. “As pessoas dizem que estão decepcionadas com essas medidas que ele está tomando e que ele está do lado dos banqueiros e não dos trabalhadores.” 

Pior para mulheres, negros e PCDs

A geóloga Aline Souza conta que terá de trabalhar mais 32 anos, caso a reforma passe. Está há sete no mercado. “É tempo demais. E quem mais será afetada serão as mulheres, que têm dupla e tripla jornada, aumentando ainda mais a desigualdade entre homens e mulheres.”

Marli dos Santos, aposentada por invalidez devido a paralisia infantil, avalia que a reforma da Previdência de Bolsonaro vai excluir ainda mais as pessoas com deficiência (PCDs) do mercado de trabalho.

“E o Benefício de Prestação Continuada (BPC) vai ser menor do que um salário, como vamos sobreviver?”

“A pobreza é feminina e negra, e a reforma é um atestado de morte para a população negra, principalmente as mulheres negras”, diz Juliana Gonçalves, integrante da Marcha das Mulheres Negras de SP, numa roda de conversa no meio do Anhangabaú, destacando que a reforma de Bolsonaro vai aprofundar a desigualdade entre brancos e não brancos. “A gente tem dito que a reforma é um feminicídio, um genocídio da mulher negra e do povo negro.”

Juliana lembra que as mulheres negras já são empurradas para os trabalhos informais, começam a trabalhar muito cedo e não têm como comprovar. “Já ficou pior com a reforma trabalhista, que acaba com a CLT. E agora, caso essa Previdência passe, não saberemos como será a velhice negra. Iremos morrer antes de aposentar.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários do Santander estão insatisfeitos com a mudança de bandeira dos vales-alimentação e refeição, implementado no último dia 30 de abril. A Contraf-CUT recebeu, através dos seus sindicatos filiados, diversas denúncias de funcionários do banco que tiveram dificuldade de uso do Ben Visa Vale, pois não acharam lugares cadastrados no novo sistema. As reclamações também foram feitas no aplicativo Santader Now e no site Reclame Aqui.

“Apesar de o banco ter dito que tudo daria certo com a mudança da bandeira do vale alimentação, está um caos. Muitos trabalhadores não estão conseguindo utilizar o cartão e precisam pagar suas refeições e compras de outra forma”, criticou secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco, Mario Raia.

Mario disse que vários locais que aparecem como cadastrados não aceitam o cartão e muitos que os trabalhadores pediram o cadastro há meses ainda não foram cadastrados. “O banco foi procurado para falar sobre o assunto, disse que tem conhecimento dos problemas e que tem uma equipe grande para solucioná-los no mais breve prazo possível”, completou Mario Raia.

Na última reunião do COE com o Santander, no dia 25 de abril, foi pautado o assunto. Os funcionários, inclusive chamaram atenção para possíveis problemas e solicitaram o adiamento da implantação do novo cartão, para que novos postos fossem incluídos. Mas, a direção do banco informou que tinha cadastrado 123 mil pontos de atendimentos e até o fim do ano seriam 300 mil. Alegou ainda que, por questões contratuais, não poderia prorrogar, mantendo a data de início do Ben Vale.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na Estátua de Zumbi dos Palmares, no Calçadão de Duque de Caxias, recolhendo assinaturas contra a Reforma da Previdência e que acaba com a aposentadoria do trabalhador. 

A manifestação teve apoio maciço e grande adesão do público em geral. 

Diretoras e diretores também falaram com a população sobre os riscos e malefícios desta reforma. 

Foram distribuídos pés-de moleque para simbolizar a “molecagem” que o governo quer fazer com os trabalhadores.

Em artigo publicado neste 1º de Maio na Folha de S.Paulo, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ressalta a unidade história das centrais sindicais em torno de duas causas que agregam também os principais movimentos sociais do país: a defesa da Previdência pública contra uma reforma que inviabilizará as aposentadorias.

Vagner assinala os riscos do modelo de capitalização, a crueldade para homens e mulheres, os problemas para a juventude e o agravamento da desigualdade e da pobreza embutidos no projeto apresentado pelo governo Bolsonaro ao Congresso.

"Não há perspectivas de melhora. Faltam propostas e competência para tirar o país do caos herdado da gestão ilegítima de Michel Temer e agravado pelos 120 dias sob Bolsonaro e Paulo Guedes"

O presidente da CUT acrescenta ainda que a militância da central levantará neste Dia do Trabalhador a luta pela liberdade do ex-presidente Lula. "Operário antes de se tornar o melhor presidente que este Brasil já teve, Lula segue como principal líder da cena política nacional e, por isso mesmo, imprescindível à luta para barrar a reforma da Previdência", afirma.

Leia a íntegra. 

Rumo à greve geral contra a reforma da Previdência

Por Vagner Freitas

Este 1º de Maio entrará para a história do país por unir trabalhadores vestidos com as cores de todas as centrais sindicais, em um mesmo ato e com um só grito: contra a reforma da Previdência. Homens e mulheres hoje invisíveis ao governo aclamarão a data da greve geral que vai parar o Brasil para barrar um dos mais descarados e cruéis ataques aos direitos da classe trabalhadora.

CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical, CSB, CGTB, Nova Central, CSP-Conlutas e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estarão unidas neste 1º de Maio, porque essa é a vontade da classe trabalhadora. Conduzirão juntas essa luta prioritária porque a classe trabalhadora quer parar o país contra a reforma da Previdência.

Ignorados pelo governo, os trabalhadores irão às ruas porque não admitem ter de trabalhar por 40 anos para acessar a aposentadoria integral. Não aceitam um sistema de capitalização que só aumentará os já escorchantes lucros dos banqueiros. Não admitem ser prejudicados por uma proposta que piora a vida da maioria da população, mas, principalmente, pune as mulheres e os mais pobres. Não querem os professores nas salas de aula até os 60 anos nem trabalhadores do campo sem direito de se aposentar.

A tarefa histórica das centrais de organizar a luta da classe trabalhadora cresce nesse momento em que o país está obscurecido pela anormalidade democrática --por isso a unidade é importante. Ao lado dos movimentos sociais, formamos a resistência a um governo que, desde a posse, tem adotado medidas hostis à classe trabalhadora, contrárias aos setores mais pobres e de perseguição à organização sindical, com o objetivo de destruir a capacidade de resistência dos entes que representam legitimamente os trabalhadores. Medidas autoritárias e inconstitucionais, que expressam o compromisso do Planalto com as forças conservadoras que elegeram Jair Bolsonaro (PSL) e a total sujeição dos interesses públicos à lógica de um mercado dominado pelo capital financeiro.

Arquitetada para satisfazer essa parcela dominante, a reforma da Previdência é inadmissível sob todos os aspectos. Uma crueldade à qual homens e mulheres, no campo e na cidade, não se curvarão. Não aceitarão que transfiram às costas do trabalhador a responsabilidade por um "déficit da Previdência", que fecha os olhos aos quase R$ 400 bilhões que empresas sonegaram ao INSS.

Não aceitarão uma reforma da Previdência que desestrutura a família brasileira, ao atingir do filho jovem, que ainda não entrou no mercado de trabalho, ao avô cuja aposentadoria é essencial a um orçamento familiar esgarçado por desemprego recorde e economia estagnada.

Não há perspectivas de melhora. Faltam propostas e competência ao governo para tirar o país do caos herdado da gestão ilegítima de Michel Temer (MDB) e agravado pelos 120 dias sob Bolsonaro e Paulo Guedes.

Por isso, convido as famílias brasileiras a participar do ato mais próximo às suas casas. No Vale do Anhangabaú, em São Paulo, e em todo o país, a militância da CUT também erguerá no 1º de Maio a bandeira da luta pela liberdade de Lula. Operário antes de se tornar o melhor presidente que este Brasil já teve, Lula segue como principal líder da cena política nacional e, por isso mesmo, imprescindível à luta para barrar a reforma da Previdência.

Lula livre é a vontade e a luta da classe trabalhadora, que permeiam todas as categorias e os movimentos sociais e sindical.

Nossa luta por uma Previdência pública, universal e solidária, que amplie a proteção social e os direitos dos trabalhadores, quer um Brasil democrático que volte a crescer, com geração de emprego decente.

Fonte: Rede Brasil Atual