Maio 06, 2025
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A água consumida pelos brasileiros pode estar contaminada por muito mais que 27 pesticidas identificados pelo Ministério da Saúde. O alerta é da pesquisadora do departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Mies Bombardi, autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

Dados compilados e divulgados nesta semana pela ONG Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye, com base em amostras das empresas de abastecimento de 1.396 municípios, indicam que a água de uma a cada quatro cidades está contamina por agrotóxicos. Mas, como adverte Larissa, os 27 pesticidas foram encontrados apenas porque seu uso está condicionado por lei a testes obrigatórios, desconsiderando, no entanto, a avaliação de outros tipos de agrotóxicos que têm utilização permitida no país, um número que chega a ser superior a 500. "Há outros 400 e tantos agrotóxicos que sequer são investigados. É algo mais grave do que a gente está vendo", avalia a pesquisadora. 

Entre as centenas de substâncias que são deixadas de lado pela legislação está o Acefato, um tipo de inseticida, proibido na União Europeia, mas que figura entre os 10 mais vendidos no Brasil, de acordo com Larissa. "Ele pode estar presente (na água) e estar tudo certo, porque a legislação não faz menção a essa substância", descreve.

Só entre os 27 agrotóxicos identificados, 16 são considerados altamente tóxicos e 11 estão diretamente associados ao desenvolvimento de doenças crônicas e disfunções hormonais e reprodutivas, ressaltando o potencial ofensivo à saúde e ao meio ambiente desse tipo de substância. "Isso, digamos, que é uma amostra grátis da realidade que envolve a contaminação de água no Brasil", destaca a pesquisadora.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), "prévia" da inflação oficial, variou 0,72% neste mês, na taxa mais alta para abril desde 2015. Em março, a variação foi de 0,54%. Com o resultado divulgado nesta quinta-feira (25) pelo IBGE, o IPCA soma 1,91% no ano. Em 12 meses, se aproxima dos 5%, atingindo 4,71%, bem acima do período imediatamente anterior (4,18%).

Os combustíveis puxaram o índice para cima: a alta foi de 3%, com destaque para a gasolina, 3,22%, que representou o maior impacto individual de abril (0,14 ponto percentual). Etanol (2,74%) e diesel (1,06%) também subiram. O IBGE apurou ainda elevação de 1,04% na tarifa de ônibus urbanos, que teve reajuste em várias regiões, assim como trem (3,05%) e metrô (0,68%). Com isso, o grupo Transportes passou de 0,59%, em março, para 1,31%. 

O segundo maior impacto do mês, de 0,07 ponto, veio do tomate, que subiu 27,84%. Outros itens com alta, segundo o instituto, foram carnes (1,55%) e frutas (3,36%), cada qual contribuindo com 0,04 ponto para a taxa geral. A cebola passou de -0,34% para 13,44%, enquanto no caminho inverso a batata inglesa foi de 25,59% para 6,10% e feijão carioca, de 41,44% a -2,38%. O grupo Alimentação e Bebidas subiu menos (de 1,28% para 0,92%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais, a variação foi de 1,13%, puxada pelo item higiene pessoal, com alta de 2,61% e impacto de 0,07 ponto percentual. Apenas os perfumes tiveram aumento de 6,94%, ante 0,49% no mês passado. Os remédios também subiram, 0,72%.

Outro aumento foi do item energia elétrica: 0,58%, acima de março (0,43%). O item encanado variou 0,84% e a taxa de água e esgoto, 0,47%. O grupo Habitação teve alta de 0,36%. 

O único grupo com deflação neste mês foi Comunicação (-0,05%), devido ao item telefone fixo (-0,29%). O correio teve alta de 2,19%.

Entre as regiões pesquisadas, oito das 11 áreas tiveram índices maiores em abril. O menor foi o de Goiânia (-0,01%) e o maior, de Porto Alegre (1,27%). Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA-15 foi de 0,56% para 0,72%, acumulando 4,75% em 12 meses.

O IPCA e o INPC de abril serão divulgados em 10 de maio.

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancários de todo o país realizam na sexta-feira (26) um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Em reuniões com os empregados do banco nos postos de trabalho e atividades de rua com a população serão distribuídos materiais de formação e informação sobre a importância da manutenção do banco 100% público. O principal enfoque das atividades será a luta contra a venda da Lotex, cujo leilão foi adiado pela quinta vez. Agora foi agendado para o dia 9 de maio.

“Vamos deixar claro para os empregados e para a população que o leilão da Lotex é parte de um pacote que visa fragilizar a Caixa. A atual direção do banco já afirmou que a Caixa é puxa-fila das privatizações. Querem vender todos as operações mais rentáveis para deixá-lo sem poder de ação e, nas palavras do ministro da Economia, pronto para a privatização”, afirmou a dirigente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com a Caixa, Fabiana Proscholdt.

A dirigente da Contraf-CUT disse também que as atividades têm o objetivo de mostrar os prejuízos que a fragilização da Caixa pode causar à sociedade e aos empregados.

“A fragilização é o primeiro passo para a privatização. Isso significa a perda da estabilidade do emprego, mas, muito mais do que isso, significa que a população será privada de serviços bancários e de políticas sociais na área da habitação, da educação, do esporte e tantas outras que são realizadas com parte da arrecadação da Lotex”, explicou Fabiana.

“Além disso, os bancos privados não têm interesse em prestar serviços para população menos favorecida e tampouco se instalar em cidades e bairros afastados dos grandes centros comerciais e financeiros. Dias atrás a imprensa divulgou que é cada vez maior o número de cidades sem agências bancárias e mostrou os prejuízos que isso traz para a população e para a economia dessas localidades”, completou.

Intensificação da luta

O coordenador Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Siqueira, ressaltou que o processo de debates com os bancários da Caixa e a população sobre a defesa dos bancos públicos será intensificado a partir do dia 26, em preparação do ambiente para o dia 9 de maio. “Temos que mostrar a gravidade do desmonte e o fatiamento da Caixa. Além de ser uma importante fonte de financiamento do povo e do desenvolvimento do país, o banco é o implementador e gestor de diversos programas e políticas sociais do governo federal”, disse.

“Vamos reforçar a resistência e a luta em defesa do banco, que é também a defesa da sociedade. Convidamos todos os empregados e toda a população a participar dessa mobilização. Só a luta nos garante”, concluiu.

Do dia 29 (segunda-feira) até o dia 8 de maio, os bancários farão atividades diárias para denunciar o fatiamento da Caixa e o desmonte dos bancos e demais empresas públicas. Também serão denunciados os ataques aos direitos dos trabalhadores, como os presentes na reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. (Podendo aliar com o abaixo assinado na defesa da Previdência Social) e, no dia 9 de maio, data prevista para o leilão da Lotex, realizarão um novo Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa.

Materiais a serem distribuídos

Nas atividades, os bancários vão distribuir um panfleto que denuncia a tentativa de privatização da Caixa e mostra a importância do banco público para sociedade, além de uma cartilha com detalhes sobre as loterias da Caixa elaborados pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) e pela Contraf-CUT.

Em 2017, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal relacionados à seguridade social, à educação (Fundo de Financiamento Estudantil- Fies), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde), o que corresponde a 37,1% do total arrecadado. Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%.

No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

 

Fonte: Contraf-CUT

O resultado do emprego formal para março, com eliminação de 43.196 vagas (-0,11%), surpreendeu os chamados "analistas" e contrariou o discurso de recuperação da economia. Divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) teve o terceiro pior saldo para o mês na recente série histórica. De tão ruim, ganhou um trocadilho do jornal Valor Econômico: "Traged".

Poucos setores tiveram resultado positivo em março. O que segue crescendo é o trabalho precário, simbolizado pelas modalidades intermitente e parcial, criadas com a "reforma" trabalhista – a mesma que traria milhões de empregos, assim como se fala na propaganda da "reforma" da Previdência. No mês passado, o trabalho intermitente criou 6.041 vagas e o parcial, 2.129. 

Outra tendência que se mantém é a redução salarial. Pelos números do Caged, quem entra no mercado ganha menos do que recebiam os ex-empregados. Em março, o salário médio dos admitidos foi de R$ 1.571,58, enquanto o ganho médio dos demitidos era de R$ 1.706,37. Diferença, para menos, de aproximadamente 8%.

O resultado do mês passado se concentrou no comércio, que eliminou 28.803 postos de trabalho formais, queda de 0,32%. O corte foi todo na área varejista, ligada ao consumo: menos 30.145. Houve pequena alta no atacado.

A agropecuária fechou 9.545 vagas, com a maior retração em termos percentuais: -0,61%. A construção cortou 7.781 (-0,39%), sendo mais de 5 mil no segmento de edifícios. Indústria (-3.080, -0,04%) e serviços (4.572, 0,03%) ficaram próximos da estabilidade. A administração pública teve saldo de 1.575 (0,18%) e o setor extrativo-mineral, de 528 (0,27%).

No primeiro trimestre de 2019, o saldo é de 179.543, aumento de 0,47% no estoque, com altas na indústria, na construção, nos serviços e na administração pública e retração no comércio e na agropecuária. Em 12 meses, o emprego formal tem 472.117 vagas a mais (1,24%), concentrado no setor de serviços (375.796). Comércio e construção sobem, indústria e administração pública caem. O estoque é de 38,6 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Até quase o final de 2015, manteve-se acima de 40 milhões, um patamar agora distante.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A primeira reunião da Mesa Bipartite de Segurança Bancária de 2019, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), foi realizada na tarde desta terça-feira (23), em São Paulo.

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional, reafirmou que a atual minuta deve ser debatida para ter avanços. “Mesmo que a gente possa ter divergências, nós queremos construir e chegar a soluções efetivas que garantam a vida e a segurança dos bancários e dos clientes.”

Entre as principais reivindicações do movimento sindical esteve a instalação de portas automáticas em postos de atendimentos bancários (PABs) e agências de negócios, com caixas automático e logo do banco, sem vigilantes. “Esses locais acabam tendo a movimentação de dinheiro, com depósito e saque nos caixas eletrônicos, o que atraem a atenção de bandidos e colocam em risco a segurança dos trabalhadores no local”, afirmou Elias Jordão, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Os locais com portas de segurança sofrem menos ataques dos que os que não tem. Por isso, a questão da porta de segurança é um tema prioritário da nossa pauta. Vamos manter a pressão até que os bancos atendam nossa reivindicação.”

Diferença de pesquisas

Durante a reunião ficou claro a diferença de metodologia de apuração de dados de violência bancárias entre os lados. A nova Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pela subsecção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT, foi apresentada. Na sequência, os bancos apresentaram os números de violência bancária tabulados por eles. O movimento sindical apontou que está bem distante da realidade e que o ideal seria os bancos passar os números deles para fazer parte do estudo dos bancários.

Projeto Piloto

O movimento sindical apresentou os números do projeto-piloto realizado em Pernambuco e cobrou sua ampliação para outras cidades. “O projeto piloto trouxe resultados muito positivos. Não podemos deixar essas ações se perderem. Nosso objetivo é que no futuro, todas as agências do país tenham essas iniciativas de segurança.”

A próxima reunião ficou marcada para o dia 26 de junho.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região julga, na quarta-feira (24), a Ação Civil Pública (ACP) que exige a contratação de pessoas com deficiência (PCD) pela Caixa Econômica Federal para que o banco se enquadre ao que determina a Lei 8.213/91. A lei determina que, em empresas com mais de 1.000 empregados, 5% do quadro funcional seja de pessoas com deficiência ou reabilitados. A da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) são assistentes da ação.

O banco foi condenado em Primeira Instância em agosto de 2017 a cumprir a referida norma, além de pagar indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos. O processo volta a julgamento em segunda instância após suspensão. Se a condenação for confirmada, o banco deverá contratar pessoas com deficiência aprovadas no concurso público de 2014.

“Dados da própria Caixa mostram que o banco tem apenas 1,42% de trabalhadores com deficiência. Isso é monos do que 1/3 do exigido pela lei”, disse o coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis.

“O banco precisa contratar, aproximadamente, 3.500 pessoas com deficiência  para cumprir o mínimo exigido em lei”, completou a dirigente e representante da Contraf-CUT na CEE/Caixa, Fabiana Proshcholdt.

Segundo dados da Fenae, entre os aprovados do concurso de 2014, quase três mil são PCDs.

Na sentença de 2017, a juíza Maria Socorro Lobo destacou que a Caixa, enquanto se recusa a contratar concursados, adota a terceirização e fomenta a precarização das relações de emprego. “A seara trilhada por candidatos portadores de deficiência na busca pela contratação em tempos de raras ofertas de empregos é árdua, e quando uma instituição abre o certame provoca em tais pessoas a esperança de ter um emprego”, fundamentou.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE), e demais entidades de representação dos trabalhadores se reúnem com o banco Santander na Comitê de Relação Trabalhistas (CRT) na próxima quinta-feira (25) para debater questões que afetam o dia a dia de trabalho e estão pendentes de negociação com o banco.

O CRT é uma conquista dos bancários do Santander prevista na cláusula 35 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A CRT se reúne a cada dois meses para tratar das questões de relações trabalhistas.

“Queremos a solução para questões que estão pendentes, tanto para problemas específicos enfrentados pelos trabalhadores em seu dia a dia, quanto para aquelas que nos ajudarão na resolução de questões gerais. O importante é sairmos da reunião com a solução”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o Santander, Mario Raia.

Histórico e pontos de pauta

Os trabalhadores se reuniram com a vice-presidenta de RH do banco no dia 22 de março e a reunião de quinta-feira só foi marcada após envio de ofício à vice-presidência de RH do Santander e carta aberta à presidenta executiva do conglomerado, Ana Botín.

Entre os temas abordados, estão as pressões e ameaças de demissão contra os bancários que não obtiverem a certificação CPA 10 até maio; unificação de cargos; mudança da bandeira dos vales refeição e alimentação; aumentos abusivos na mensalidade e coparticipação do plano de saúde; retirada das portas giratórias de agências.

Os representantes dos trabalhadores também cobrarão explicações sobre a possível abertura de agências nos finais de semana para educação financeira e abertura de agências em shoppings centers. O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, informou em vídeo a intenção que o banco tem de abrir as agências aos finais de semana.

O valor do reajuste do valor de reembolso por quilômetro rodado com carro próprio; e problemas enfrentados pelos trabalhadores após afastamento pelo INSS são outros pontos a serem discutidos.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do SPBancários

Os bancários são uma das categorias com o maior índice de sindicalização do Brasil. De acordo com o Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES) e com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a taxa de sindicalização entre os bancários é de 64%.

Toda essa força tem se mostrado presente num dos momentos de maior risco para o movimento sindical, devido a Medida Provisória 873/2019. Desde que foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 1º de março, sexta-feira (véspera de Carnaval), os bancários têm procurado seus sindicatos por todo o país para receber informações sobre como efetuar o pagamento da mensalidade e outras contribuições.

A MP 873 unifica todas as formas de receita sindical por meio de uma única cobrança; proíbe o desconto em folha de mensalidades e contribuições sindicais e determina que a autorização do desconto/cobrança da contribuição deve ser realizada de forma prévia, voluntária e individual, tornando nulas as autorizações definidas em assembleias, acordos e convenções coletivas ou por qualquer outro meio previsto em estatuto da entidade sindical.

“O governo editou essa MP para tentar acabar com as organizações que lutam em defesa dos trabalhadores. O objetivo é evitar a resistência à aprovação da reforma da Previdência, à privatização dos bancos públicos e de outras medidas que são extremamente prejudiciais à classe trabalhadora”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Nenhuma lei pode retroagir para atacar contrato convencionado entre as partes. Se essa moda pega, nenhum acordo terá mais validade e qualquer cláusula poderá ser descumprida”, completou.

Nossas conquistas não são poucas

Jornada de trabalho de seis horas, não trabalho aos sábados, auxílio-creche, licença maternidade de seis meses, licença paternidade de vinte dias, Participação nos Lucros e Resultados, tíquete refeição e vale-cultura são apenas algumas das conquistas acumuladas pelos trabalhadores ao lado dos sindicatos.

“As empresas e as entidades patronais não dão nada de mão beijada. Tudo aquilo que chamam de benefícios são, na verdade, conquistas do movimento sindical. Os trabalhadores sabem que é preciso haver uma estrutura, com técnicos e especialistas, para negociar com os bancos e defender seus direitos. Por isso, bancários de diversos cantos do país estão procurando seus sindicatos para efetuar o pagamento das suas contribuições e sindicais”, informou a presidenta da Contraf-CUT.

“Os avanços que os bancários têm até hoje são fruto da mobilização e da luta de diversas gerações de trabalhadores, que se organizaram por meio do Sindicato”, afirmou. “Mas é fundamental dizer que essa batalha não é apenas para a obtenção de cláusulas sociais e econômicas asseguradas em nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional. Essa mobilização tem sido essencial para assegurar a defesa da soberania nacional. Já foi muito forte contra a ditadura e em outros momentos da nossa história e, agora, será fundamental na defesa da nossa democracia”, completou ela.

Juvandia alerta, no entanto, que nunca foi tão importante as pessoas intensificarem sua organização por meio do Sindicato para ampliar a resistência aos ataques a direitos e ao patrimônio público.

Vitórias na Justiça

A Justiça, em diversos pontos do país, tem dado liminar obrigando o governo através dos bancos públicos a cumprir a Convenção Coletiva e os Acordos Coletivos que preveem o desconto da mensalidade sindical. Outras categorias também têm obtido decisões mantendo o desconto em folha. 

A MP 873 proíbe o desconto em folha até das mensalidades de associação sindical, que são autorizadas individualmente pelos trabalhadores. “É uma afronta ao princípio de liberdade sindical. Infringe diretamente o direito de os trabalhadores decidirem sobre as formas de atuação e financiamento de suas entidades de representação”, critica Juvandia.

Desrespeito do negociado sobre o legislado

Para a presidenta da Contraf-CUT, é um contrassenso querer impedir que sejam pagas as contribuições definidas em acordo coletivo. “Eles acabaram de aprovar uma reforma trabalhista que sobrepõe o negociado sobre o legislado. E agora uma Medida Provisória contrapõe isso. Essa é mais uma mostra de que o que o governo quer, na verdade, é acabar com as entidades sindicais e minar as formas de financiamento da luta contra as propostas que prejudicam os trabalhadores”, disse.

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Fonte: Contraf-CUT

Foram registrados 3388 ataques a agências bancárias, correspondentes bancários, correios e lotéricas em 2018, um crescimento de 3%, na comparação com o ano anterior, que teve 3290 ocorrências. Os dados são da nova Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pela subsecção do Dieese na Contraf-CUT.

O Rio de Janeiro permanece como o estado com o maior número de ocorrências (1044), a frente de São Paulo (416), Minas Gerais (293), Rio Grande do Sul (213) e Paraíba (196). O estudo reúne números recolhidos pela Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp), por Secretarias de Segurança Públicas dos Estados e por Sindicatos da base da Contraf-CUT.

O número de vítimas fatais também subiu, de 31 para 38, um aumento de 22,6%. Destas, 14 se deram em assaltos a bancos. “O mais preocupante e inadmissível são os dados crescentes de vítimas fatais destes ataques. Tragédias que poderiam terem sido evitadas. Esperamos que estes dados sensibilizem a Fenaban para avançarmos em nossa pauta de reivindicações de segurança bancária”, afirmou Elias Jordão, coordenador do Coletivo Nacional de Segurança da Contraf-CUT, ao lembrar que a pesquisa será um dos temas da pauta da Mesa de Segurança Bancária, realizada na tarde desta terça-feira (23), em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Para ele, a pesquisa traz a certeza de que onde houve alguma redução de incidentes de ataques aos bancos foram onde os mecanismos de segurança que negociamos até hoje foram implementados. “O que nos preocupa também é o crescimento de ataques no comparativo 2017/2018 principalmente nos correspondentes, nas lotéricas e correios, que demonstra que transação bancária segura só acontece dentro das agências bancárias”. Em correspondentes bancários, correios e lotéricas o número de ataques subiu de 515, em 2017, para 577, em 2018, variação de 12%. Arrombamentos e explosões é a modalidade que lidera o ranking, com 1579, a frente de saidinhas bancárias, com 1033, assaltos e tentativas, com 659, e ataques a carros-fortes, com 117.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Relatório Anual da Cassi de 2018 foi aprovado pelos associados da CASSI em votação que aconteceu de 12 a 18/04.

Do total de votantes, 34.165 votaram SIM e 17.602 votaram pela rejeição. Houve ainda 8.317 que votaram em branco e 10.452 que votaram nulo.

A apreciação das contas da Cassi pelo Corpo Social é uma conquista histórica dos associados e a Contraf-CUT orientou bancários e sindicatos a votaram pela aprovação.

Para Wagner Nascimento, que coordena a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, a aprovação do Relatório Anual pelos associados demonstra que há um entendimento do momento que a Cassi atravessa, que está relatado fielmente nas contas apresentadas. “A situação financeira é crítica, mas conseguimos negociar uma proposta para dar uma injeção de recursos da parte do BB e dos associados de forma a recuperar as Finanças da Cassi. Agora, é debater a proposta de sustentabilidade e garantir a perenidade de Cassi para os associados da ativa e aposentados”, disse.

Fonte: Contraf-CUT