Novembro 27, 2024
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Mulheres se reúnem para 10º Abraço Solidário às vítimas da violência

Mulheres do movimento sindical se reuniram na manhã desta quarta-feira (7), dia em que a Lei Maria da Penha completa 13 anos, para o 10º Abraço Solidário às vítimas da violência. A atividade aconteceu em frente à Prefeitura de São Paulo em protesto contra os crimes de feminicídio.
Para a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, a criação da Lei Maria da Penha foi um importante passo para a luta das mulheres. “A lei é um instrumento que ajuda as vítimas a buscarem justiça, porém, não é o suficiente. Infelizmente, ainda observamos que os números de feminicídio aumentam cada vez mais. Por isso, precisamos, além de denunciar os crimes e orientar as vítimas, lutar em defesa de políticas públicas de enfrentamento contra a violência”, disse.
O corte de investimentos em políticas públicas de enfrentamento contra a violência contribui para o aumento da violência, segundo Elaine Cutis. “Houve um verdadeiro desmonte do que havia sendo construído nos governos anteriores. Um exemplo disso é a Casa da Mulher Brasileira, em São Paulo, que foi projetada para oferecer todos os serviços para uma mulher vítima de violência doméstica, mas até hoje não foi inaugurada”, comentou. 
De acordo com o Atlas da Violência 2019, ocorreram 13 homicídios de mulheres por dia no ao de 2017. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.
O estudo mostra ainda que, em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar episódios de agressão (lesão corporal dolosa) em decorrência de violência doméstica, número que, de acordo com a pesquisa, pode estar muito subestimado pelo fato de que muitas vítimas têm medo ou vergonha de denunciar as agressões. “Vivemos uma conjuntura que tem como discurso o ódio e a violência. É fundamental que estejamos unidas e que ninguém solte a mão de ninguém”, finalizou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT