Maio 06, 2025
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Imprensa

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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fechou a agência do Banco Santander na Praça do Relógio, em Duque de Caxias, na manhã deste sábado (18).

O Santander insiste em burlar as leis brasileiras e, sob a alegação de prestar uma consultoria às pessoas, impõe trabalho “voluntário” aos bancários em finais de semana.

O Sindicato dos Bancários está acionando a justiça do trabalho para frear essa iniciativa do banco.

"O banco pode dar essa educação financeira de segunda a sexta, no horário de atendimento bancário", afirma Gentil Ramos, Diretor do Sindicato e funcionário do Santander.
Os Coordenadores Gerais do SindBaixada, Pedro Batista, Alcyon Costa e José Laércio, informam que o sindicato está tomando todas as medidas legais para que essa iniciativa do Santander não prospere.

Nesta sexta-feira (17), é comemorado o Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia. Há 29 anos, após muita luta pelos direitos LGBT+, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como doença. A data, além de celebrar a diversidade, exalta a importância do enfrentamento à homofobia e todos os tipos de discriminação.

Os dados de violência contra a comunidade LGBT+ são cada vez mais assustadores. O relatório de 2018, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) com informações de ONGs e Redes Sociais, aponta o Brasil como recordista no ranking de países que mais mata LGBT+ no mundo.  De acordo com a pesquisa, a cada 20 horas um LGBT+ é morto ou comete suicídio no Brasil.

No ano passado, foram registradas 420 mortes por LGBTfobia, sendo que 100 delas foram caracterizadas como suicídio. Do total de mortes, 45,5% são gays, 39% trans, 12,5% lésbicas, 1,9% bissexuais e 1,2%, que são heterossexuais e foram confundidos ou saíram em defesa contra o crime.

Os dados mostram que o número de mortes vem evoluindo com o passar dos anos. Em 2000, foram registradas 130 mortes. Já em 2010, passou para 260. Em 2017, 445. Até chegar aos 420 de 2018.  

De acordo com a secretária de Políticas Sociais, Rosalina Amorim, o cenário só tende a piorar. “O discurso de ódio contra as minorias e o posicionamento homofóbico do presidente, Jair Bolsonaro, só reitera a necessidade de luta contra a discriminação e em defesa dos direitos da comunidade LGBT+”, afirmou.

Para Rosalina Amorim, é preciso educar a população contra a LGBTfobia. “Precisamos lutar por uma educação inclusiva, que valorize a diversidade. Por mais respeito dentro dos espaços sociais e menos violência”, disse.

Criminalização da homofobia e da transfobia

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá julgar no dia 23 de maio a proposta que enquadra a criminalização da homofobia e da transfobia na Lei dos Crimes de Preconceito e Discriminação Racial (Lei 7.716 de 1989).

O dirigente da Contraf-CUT, Adilson Barros, afirmou a importância da criminalização de crimes motivados por LGBTfobia. “Mesmo com este retrocesso, é preciso afirmar os avanços ocorridos durante o governo democrático e popular. Para barrar de vez os ataques e tamanha violência contra a comunidade LGBT+ é necessário e urgente criminalizar a homofobia”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

Praticamente um quarto dos desempregados brasileiros (24,8%) está há pelo menos dois anos procurando trabalho, segundo o IBGE. Perto da metade, 45,4%, estão à procura de um mês a até um ano.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (16). O instituto mostra ainda que 14,1% procuram trabalho de um ano a até dois anos, enquanto 15,7% estão fora do mercado há menos de um mês.

O IBGE divulgou hoje informações detalhadas sobre a pesquisa, que em 30 de abril mostrou crescimento do desemprego no primeiro trimestre. São aproximadamente 13,4 milhões de pessoas desempregadas.

As mulheres eram maioria (52,4%) na população em idade de trabalhar. Mas, entre os efetivamente ocupados, os homens representam 56,3%. No desemprego, as mulheres também são maioria: 52,6%. Isso acontece em todas as regiões, chegando a 56,2% no Sul.

Segundo a pesquisa, a taxa média de desocupação é de 12,7%. Mas cai para 10,9% entre os homens e sobe para 14,9% no caso das mulheres.

O desemprego é maior também entre os negros. De acordo com o instituto, dos 13,4 milhões de desempregados no primeiro trimestre, os pardos (classificação usada pelo IBGE) representavam mais da metade: 51,2%. Os brancos eram 35,2% do total e os pretos, 12,7%. Somando-se pardos e pretos, são quase dois terços dos desempregados.

Em 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados, os pardos eram 48,9% do total e os brancos, 40,2%. Os pretos somavam 10,2%.

Entre os que se declararam brancos, a taxa de desemprego foi de 10,2%, abaixo da média nacional. A de pretos e pardos ficou acima, com 16% e 14,5%, respectivamente. Os pardos eram 47,9% da população fora da força de trabalho, os brancos eram 42,2% e os pretos, 8,9%.

A pesquisa mostra ainda estabilidade no rendimento médio dos ocupados, estimado em R$ 2.291. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Os estudantes têm até esta sexta-feira (17) para se inscreverem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. As inscrições são feitas pela internet, na Página do Participante, até as 23h59.

Hoje também é o último dia para solicitar atendimento especializado e específico e para alterar dados cadastrais, município de provas e opção de língua estrangeira. Na próxima quarta-feira (22) será divulgado o resultado do pedido de atendimento especializado e específico.

A taxa de inscrição para o exame é de R$ 85. O pagamento para quem não tem isenção deve ser feito até a quinta-feira (23).

O Enem será aplicado em dois domingos: 3 e 10 de novembro. O primeiro dia será voltado para questões de linguagens e ciências humanas, além da prova de redação. Já no segundo domingo os estudantes terão resolverão questões de ciências da natureza e matemática.

Inep

Com 17 dias no cargo, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Vicenzi, foi demitido nessa quinta-feira (16). O órgão é responsável pelo Enem.

O diretor legislativo na Secretaria Executiva da Casa Civil, Alexandre Ribeiro Pereira Lopes, deve assumir o Inep. Ele será o terceiro a ocupar o cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo o jornal O Globo, Vicenzi foi demitido após contrariar o pedido do Ministério da Educação (MEC) para usar dados sigilosos de alunos na emissão de uma nova carteira estudantil, que seria digital. A intenção do ministro Abraham Weintraub era esvaziar o poder de entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE), que têm na emissão de carteirinhas sua principal fonte de receita.

Fonte: Rede Brasil Atual

As transformações no mundo do trabalho, o surgimento de outro modelo de capitalismo, o avanço da tecnologia que elimina empregos do ser humano, e a situação do Brasil com suas “reformas" trabalhista e da Previdência no contexto global, são alguns dos temas abordados por Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, no programa Entre Vistas, apresentado pelo jornalista Juca Kfouri, e que vai ao ar nesta quinta-feira (16), a partir das 22h, na TVT

Quase dois depois da aprovação da “reforma" trabalhista feita pelo governo do ex-presidente Michel Temer, a situação do emprego no Brasil não melhorou, pelo contrário, o número de desempregados aumentou, alcançado mais de 13 milhões de pessoas. Clemente Ganz Lúcio pondera que, entre 2008 e 2014, nada menos que 110 países fizeram algum tipo de reforma trabalhista, e todas com o mesmo objetivo: flexibilizar contratos e jornadas de trabalho, flexibilizar salários e direitos e limitar o papel dos sindicatos e da Justiça do Trabalho. E o Brasil foi inserido neste contexto. O motivo? Dar segurança às empresas para reestruturarem seus sistemas produtivos. 

“Há uma reformulação subterrânea. O capitalismo está se reorganizando, do ponto de vista produtivo, para uma coisa que nós desconhecemos. A base industrial que estruturou nossa sociedade urbana está em transformação. Eles precisam de uma grande flexibilidade para fazer um ajuste no mundo do trabalho, que eles não têm ideia de qual vai ser. O que nós vemos é que a máquina vai ocupar cada vez mais espaço”, analisa o diretor-técnico do Dieese. 

Para ele, toda essa transformação no sistema produtivo terá como consequência uma “tragédia economia e social”. “A soma de máquinas pode dar, do ponto de vista econômico e social, no alijamento de grande parcela da sociedade.” Clemente pondera que o empresário brasileiro quer reorganizar o sistema produtivo, ao mesmo tempo em que esse sistema está sendo desmontado pela crise econômica e as decisões tomadas para enfrentá-la. “Enquanto outras economias no sistema produtivo industrial se organizam para capitanear processos de ocupação no mundo, as nossas empresas estão sendo destruídas.” 

A mudança no sistema produtivo, ele explica, passa também pelas transformações do próprio sistema capitalista, no qual o “capitalista tradicional” está sumindo e dando lugar a um outro tipo de capitalista, com predomínio dos fundos de investimentos e fundos de pensão, cujos donos são milhares de pessoas espalhadas pelo mundo. “O capitalista tradicional reinvestia três quartos na empresa, para ela crescer, e retirava um quatro como sua parte. Os fundos tiram três quartos e entregam para os acionistas, e reinvestem um quarto. O mundo não cresce, a economia não cresce, porque as empresas estão investindo menos”, afirma. 

O diretor-técnico cita prognósticos que apontam para, nos próximos 10 anos, todo trabalhador ter a assistência de alguma máquina; e nos próximos 30 anos, toda máquina ter a assistência de algum ser humano. “Essa é a radicalidade da mudança que está em curso. E para fazer essa mudança, eles querem a máxima flexibilidade. A reforma trabalhista é para fazer essa flexibilidade”, explica.  

Enquanto antes a máquina era utilizada para incrementar a produtividade industrial, na chamada Revolução 4.0, a tecnologia passa a tomar conta, inclusive, do setor de serviços e no setor público. “O setor público e de serviços são responsáveis por mais de dois terços dos empregos. Então estamos falando de uma tecnologia que vai desempregar trabalhadores do setor público e do setor de serviços, e reocupá-los em funções flexíveis.” 

O Brasil no contexto global 

Na avaliação de Clemente, o desemprego no Brasil é consequência de uma economia que "anda de lado”, sem vitalidade. Seu diagnóstico é duro: “Jogou-se a economia para uma recessão absurda, levamos o país a um processe de desinvestimento, perdemos capacidade no setor produtivo, estamos desnacionalizando nossa base produtiva, as empresas estão sendo vendidas, o patrimônio público produtivo está sendo transferido para a iniciativa privada, o investimento em queda, queda nos salários, queda no emprego, a economia não tem tração e não tem emprego sendo gerado”. 

É nesse contexto que o sociólogo analisa o surgimento de “fadas" que prometem resolver o problema: primeiro a “reforma” trabalhista, agora a da Previdência, e a venda de estatais. “Estamos abrindo mão dos instrumentos e das instituições que promovem o desenvolvimento, como os bancos públicos, uma empresa estatal, a capacidade de investimento.” Ele cita ainda a destruição da indústria nacional, ao mesmo tempo em que se expande o setor de serviços de modo precarizado, com empregos e remunerações de baixa qualidade. 

“O governo não gasta e não investe, e o empresário não investe e não produz. O trabalhador não tem emprego e nem salário. Essa economia não tem por onde crescer internamente. E externamente, vamos vender, exportar. O mundo compra pouco, compra grão e minério de ferro, mas isso não dá dinamismo para uma economia industrializada como a brasileira. Estamos no caminho contrário ao crescimento e o emprego, e a reforma trabalhista só veio dar proteção aos empregadores.” 

Entre Vistas desta quinta conta com a participação de Juneia Batista, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, e Simone Magalhães, coordenadora regional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Em alta no primeiro trimestre, o desemprego sobe na maior parte das unidades da federação, segundo o IBGE, com predominância do desalento na região Nordeste e de trabalhadores informais no Norte, embora a precarização aconteça em todo o país. A taxa média de desemprego foi de 12,7% no primeiro trimestre, mas chegou a 20,2% no Amapá e a 18,3% na Bahia, caindo para 7,2% em Santa Catarina e 8% no Rio Grande do Sul. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o desemprego aumentou em 14 das 27 unidades em relação ao final de 2018.

Ainda em comparação com o último trimestre de 2018, a taxa subiu em todas as regiões. Subiu de 14,3% para 15,3% no Nordeste e de 12,1% para 13,2% no Sudeste, por exemplo. Atingiu 13,1% no Norte, 10,8% no Centro-Oeste e 8,1% na região Sul.

A chamada taxa de subutilização, que inclui as pessoas que gostariam de trabalhar mais, de 25% na média nacional atingiu 41,6% no Piauí, 41,1% no Maranhão e 40,4% na Bahia. Foram menores em Santa Catarina (12,1%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Mato Grosso (16,5%). No total, são 28,3 milhões de pessoas nessa situação, recorde da série histórica. 

Já os desalentados – 4,8 milhões no país – concentram-se mais em estados do Nordeste: são 768 mil apenas na Bahia e 561 mil no Maranhão. A média do país é de 4,4%, também recorde, mas sobe a 17,9% no Maranhão e a 16,5% em Alagoas, caindo para 1,2% no Rio de Janeiro e 0,9% em Santa Catarina.

No recorte por ocupação, o Brasil tinha no primeiro trimestre 11,1 milhões de pessoas sem carteira assinada no setor privado. Eram 91,9 milhões de ocupados, sendo 67% empregados (com ou sem carteira), 4,8% empregadores e 25,9% de trabalhadores por conta própria, entre outros. Esse último grupo sobe para 33,7% na região Norte e 29,3% no Nordeste.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT, reuniu, nos dias 14 e 15 de maio, na cidade do Rio de Janeiro, o coletivo para debater a conjuntura e os impactos da política do atual governo na vida da população negra, como reforma trabalhista e da previdência, encarceramento em massa da população negra e projeto anticrime.

De acordo com dados do Mapa da Violência de 2018, estudo realizado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) o Brasil teve, em um ano, 62.517 assassinatos, 30 vezes maior que o número de toda a Europa.

O perfil da esmagadora maioria das vítimas são jovens homens de 15 a 19 anos, especialmente negros das favelas e periferias, que respondem por 56,5% dos óbitos, com mortes violentas. O estudo revela ainda que, 71,6% das pessoas assassinadas são negras ou pardas.

Para o Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, “a polícia brasileira é a que mais mata, mas também a que mais morre no mundo, nessa guerra insana, fruto da maior desigualdade social do planeta, que escolheu historicamente a cor do seu alvo, o povo Preto. No entanto, o Ministro Sérgio Moro, quer legalizar o crime de estado. O pacote anticrime tem este espírito que ganha coro na classe média, assustada com a violência, onde a solução reducionista é “bandido bom, é bandido morto”, afirmou.

Na sua fala sobre conjuntura, o ex-ministro Edson Santos, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do governo Lula, destacou a importância do Estatuto da Igualdade Racial para a população negra, e a política de cotas nas universidades, proporcionando o acesso de milhares de negros no curso superior.

Mercado de trabalho

Para Julia Nogueira, Secretária Nacional de Combate ao Racismo, “Não adianta mais a gente se capacitar se o mercado de trabalho não tem condição de assegurar nossa vaga de emprego. Isso mostra que nosso problema é sistêmico e não conjuntural”. A Reforma Trabalhista foi um mal que não conseguimos barrar, trazendo males como o regime intermitente. Com a reforma trabalhista as pessoas podem trabalhar de forma intermitente e não conseguir assegurar nem um salário mínimo no final do mês”, disse. Júlia afirma ainda que a situação pode piorar ainda mais com a Reforma da Previdência. “Três coisas são gravíssimas nessa proposta. Acaba o pacto entre gerações, na qual eu estou contribuindo para os já aposentados. A capitalização, que não é uma proposta nova, nunca deu certo em lugar algum e nos anos 80 nós já fomos capazes de derrotar essa proposta. A questão da constitucionalização, tirando por lei ordinária qualquer mudança que acharem relevante em qualquer governo. Hoje, por exemplo, diz que nenhum benefício pode ser menor que um salário mínimo, isso pode acabar”.

O encontro contou com a participação de vários palestrantes e mais de 30 sindicalistas de várias regiões do país.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve presente ao Dia Nacional de Greve Pela Educação, que aconteceu nesta quarta-feira (15), numa caminhada da Igreja da Candelária até a Central do Brasil, Centro do Rio de Janeiro, e que ficou na história pela grandiosidade do ato. 

A categoria se uniu a centenas de milhares de estudantes, aos trabalhadores e trabalhadoras da educação, para protestar contra o corte de 30% nos investimentos para a educação, anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A paralisação também ganhou apoio popular e contou com a adesão de estudantes e trabalhadores de outras categorias. Além de impedir a realização de serviços básicos, como abastecimento de água, energia elétrica, limpeza e segurança, o corte da verba para a educação impossibilita o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.

Foi a primeira grande manifestação contra o governo Bolsonaro.

A paralisação dos trabalhadores da educação é um esquenta para a Greve Geral, que acontecerá no dia 14 de junho, contra a proposta de Reforma da Previdência, que decretará o fim da aposentadoria.

O país amanheceu nesta terça-feira (14) com duas informações na área econômica que apenas confirmam o cenário de estagnação, apontando para a chegada de uma recessão. Ao divulgar ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central informa que “o arrefecimento da atividade observado no final de 2018 teve continuidade no início de 2019”. Enquanto isso, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), os consumidores gastaram 5% a menos do que no ano passado para o Dia das Mães, a segunda data mais importante para o comércio varejista no país (a primeira é o Natal).

O BC reconhece que “os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior”. O PIB referente ao período de janeiro a março deve ser divulgado no final de maio, pelo IBGE. Tecnicamente, o cenário de recessão é reconhecido a partir de dois trimestres com o PIB negativo, segundo economistas.

“A atividade econômica está praticamente paralisada na indústria, no comércio e em serviços, e não há nenhum tipo de política voltada a dar um pouco de vigor a ela. Só se fala em cortar e cortar. Portanto, o que se mostra à frente é no sentido de aprofundar ainda mais esse cenário”, diz Jorge Mattoso, economista e ex-presidente da Caixa Econômica Federal. “A perspectiva no próximo trimestre é nessa direção, de se manter ou agravar-se a situação. Nada aponta no sentido contrário.”

O grande problema é que, além dos cortes para “combater” o cenário desalentador, o governo só tem uma iniciativa: mais cortes. Diante do horizonte de contração do PIB, a equipe econômica comandada pelo ministro Paulo Guedes estuda a possibilidade de cortar mais R$ 10 bilhões no orçamento, após a redução de R$ 30 bilhões há um mês e meio.

“Se tivesse alguma política para oferecer crédito, favorecer o investimento, tanto público como privado, poderíamos esperar que o cenário se revertesse. Mas não há nada disso”, diz Mattoso.

Em sua opinião, a política do presidente Jair Bolsonaro é “praticamente a mesma” do governo anterior, de Michel Temer. “Só que mais acentuada, com intensidade maior. A diferença é que o Temer não podia tentar fazer um arrocho mais intenso, principalmente porque não tinha sido eleito. Por isso não tentou fazer a reforma da Previdência radical como essa que estão tentando.”

Para o ex-presidente da Caixa, a política de Paulo Guedes é algo que, hoje, não é adotada em lugar nenhum do mundo. “Mesmo nos países conservadores, como Itália – e nem vamos falar de países do leste, como Bulgária –, países que têm um discurso de direita, não se tem uma política radical como a de Guedes. Os argentinos tentaram fazer o que se quer fazer aqui, e estão numa situação terrível. É quase como a gente se olhar no espelho aqui no Brasil.”

No país vizinho, a pobreza cresce aceleradamente, a inflação acumulada de 2018 já bate em 50% e os tarifaços, com os cortes de subsídios, tornam a situação ainda mais dramática. Segundo matéria do site Carta Maior, de abril, “a indigência duplicou nos últimos três anos (período em que Mauricio Macri está no poder) e a pobreza cresceu em 20%”.

A Argentina realiza eleição presidencial em outubro. A ex-presidenta Cristina Kirchner lidera com 35,3% das intenções de voto, seguida pelo atual presidente, que tem 30,8%, segundo estudo do instituto Synopsis, realizado no início de maio. 

Manifestações

Na opinião de Mattoso, esta quarta-feira vai ser “um dia especial", com as manifestações deflagradas a partir do ataque do governo às universidades. "Até porque a reação das forças contrárias à política bolsonarista tem sido pouco intensa e pouco explícita até aqui”.

Ele diz que o atual governo é "contra a cultura, contra a educação, contra tudo, mas a favor das armas. Uma coisa meio bárbara”. “Tanto que, até mesmo pessoas conservadoras, como Rubens Ricúpero, ou qualquer pessoa minimamente democrática, fica abismado e indignado.”

Ricúpero tem feito críticas reiteradas ao governo Bolsonaro. Em entrevista a Jamil Chade, no mês passado, o ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente afirmou sobre o atual presidente: “Ele vê o papel dele mais como um papel de destruir o que outros, na opinião dele, erroneamente fizeram”.

Fonte: Rede Brasil Atual

A votação da nova proposta de manutenção da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) começa na sexta-feira (17). O processo de votação segue até o dia 27 de maio. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a maioria das entidades representativas dos funcionários orientam a aprovação da proposta, que traz avanços em relação à proposta anterior, que foi rejeitada pelos associados.

“A proposta mantém os preceitos fundamentais, como a relação contributiva de 60% para o banco e 40% pelos associados; a solidariedade (mesmo cobrando por dependentes); incorpora os novos funcionários no Plano Associados; mantém os pontos fundamentais da governança da Cassi e o equilíbrio entre banco e associados”, informou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento. “Além disso, traz novos aportes do BB para recompor a situação financeira precária do plano de saúde”, completou.

Se a proposta não for aprovada, o banco volta a contribuir com 4,5% e os associados com 3% a partir de janeiro de 2020, conforme previsto no estatuto, mas o Plano Associados se torna insolvente e corre o risco de sofrer intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Construção da proposta

A proposta que vai à votação surgiu de uma negociação que se deu sob a vigência da Resolução CGPAR 23, que determina às empresas federais que instituam cobrança por dependente ou por faixa etária.

A cobrança por faixa etária foi rechaçada pelas entidades, pois significaria grandes aumentos nas contribuições ao longo do tempo. Nas negociações, o banco avisou que só aceitaria fazer novos aportes à Cassi se fosse estabelecido uma das duas formas de cobrança.

“A proposta é fruto de negociação em uma conjuntura política adversa, em que o governo empossado em janeiro anuncia a privatização de ‘tudo o que for possível’ e não mede esforços para destruir a Previdência Social, cortar direitos trabalhistas, atacar sindicatos e organizações sociais e sucatear os serviços públicos. Diante de tantos ataques, a prioridade, neste momento, foi manter a sobrevivência da Cassi para, quando houver conjuntura mais favorável, buscarmos avanços e a incorporação de direitos”, disse Wagner.

Votação

Todo associado da ativa e aposentados têm direito ao voto. Para votar, os funcionários da ativa podem utilizar o Sistema de Informações Banco do Brasil (Sisbb). Os aposentados podem fazê-lo pelo aplicativo ou pelos terminais de autoatendimento (caixas eletrônicos).

Para que a proposta seja aprovada, é preciso que mais da metade dos associados, somando ativos e aposentados, exerçam seu direito de voto e que a proposta receba o voto favorável de 2/3 dos votantes.

O jornal dos funcionários do BB O Espelho de maio traz mais informações sobre a proposta e sobre o processo de votação da mesma pelo corpo social.

Fonte: Contraf-CUT