Maio 16, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reivindica a valorização dos trabalhadores CCB, antigo banco BIC. A instituição informou que não que não irá efetuar o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pois não obteve lucro. Por isso, o movimento sindical pede a abertura de negociação de um valor de pagamento linear a todos os funcionários.

“Todos os trabalhadores se esforçaram muito para manter os serviços do banco em meio a uma pandemia mundial. Eles colocaram as suas vidas e das pessoas com quem convivem em risco em prol da instituição. Este tipo de heroísmo precisa ser reconhecido em momento como esse”, afirmou Jair Alves, que coordena as negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

O país eliminou 849.387 vagas com carteira assinada neste ano, de janeiro a agosto. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (30), são do “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, referentes ao mês de agosto. O estoque de empregos formais está pouco abaixo de 38 milhões. Em agosto de 2014, eram 41,1 milhões de postos de trabalho.

Entre os setores de atividade, três mostram resultado positivo no ano: agricultura, com saldo de 98.320 vagas (6,6%), administração pública, com 67.982 (1,4%), e construção, com 58.464 (2,7%). Os que mais cortaram foram serviços (menos 489.195, -2,7%) e comércio/reparação de veículos (409.830, -4,4%). A indústria eliminou 107.024 (-1,4%).

O saldo é resultado de 9,2 milhões de contratações e 10 milhões de demissões. Em relação a 2019, as admissões caíram 16,7% e os desligamentos recuaram 3,9%.

“Reforma” trabalhista

Ainda no acumulado do ano, o chamado trabalho intermitente abriu 35.767 vagas, enquanto o parcial fechou 12.431. Já os desligamentos “por acordo” somaram 116.356. Essas modalidades surgiram com a “reforma” trabalhista de 2017.

Apenas no mês de agosto, o “novo” Caged teve saldo de 249.388 vagas. A indústria abriu 92.893 e a construção, 50.489. Também abriram postos de trabalho o comércio (49.08), os serviços (45.412) e a agricultura (11.213).

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) soltou um comunicado informando que não negociará mais a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados do sistema BNDES com os trabalhadores na mesa de negociações bipartite e que as negociações somente ocorrerão com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“Lamentamos essa decisão da diretoria do BNDES. Pedimos a mediação do TST, mas dissemos ao banco, em mesa de negociações, que não queríamos encerrar as negociações na mesa bipartite e que a busca da intermediação era apenas o cumprimento de um trâmite formal para a continuidade do diálogo em busca da solução”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “E, em momento algum, o banco disse que se pedíssemos a intermediação do TST o banco encerraria as negociações bipartites”, completou.

Postura do banco

Para o vice-presidente da Contraf-CUT, desde o início, o BNDES busca atacar os direitos dos trabalhadores e as organizações de representação sindical. “Estávamos e estamos dispostos a manter as negociações. Encerrar as negociações é um desrespeito com os empregados, que aguardam ansiosos pelo desfecho da mesa”, ponderou. “Buscamos conversas para tentar encontrar uma solução. Mas, desde o início, uma parcela da diretoria do banco, que não são de carreira, manteve uma postura de não resolver a situação. Estão lá apenas para garantir que fosse cumprido o que o governo quer. Não nos restou alternativa a não ser buscar essa mediação, pois estava vencendo os 30 dias de manutenção da ultratividade dos direitos que conseguimos na Justiça”, argumentou Vinícius, ressaltando que a mediação do TST não significa a judicializarção do processo de negociações.

“A diretoria precisa dizer a verdade para o funcionalismo do BNDES. Não pode confundir e dizer que sentou na mesa com disposição de encontrar soluções, o que não vem acontecendo. São 2 meses e até agora o que avançou? Só as cláusulas econômicas e mesmo assim seguindo a Fenaban, que também tem presença na mesa e nada resolveu”, completou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Veja abaixo as matérias com o histórico das negociações

03/08 – Bancários do BNDES autorizam comissão a negociar ACT
05/08 – Entrega da Minuta de reivindicações, aprovada na assembleia
12/08 – BNDES: Agendada primeira reunião de negociações
13/08 – Trabalhadores entregam proposta de pré-acordo ao BNDES
18/08 – BNDES veta representantes dos funcionários e negociação não acontece
20/08 – Bancários do BNDES cobram respeito aos seus representantes nas negociações da Campanha Nacional 2020
24/08 – Funcionários do BNDES referendaram comissão de negociação
24/08 – Hoje tem negociação com o BNDES
25/08 – BNDES não aceita assinar pré-acordo e quer analisar proposta ponto a ponto
26/08 – BNDES ataca organização dos trabalhadores
27/08 – Ataques continuam no BNDES
28/08 – BNDES apresenta mais ataques nas negociações desta 6ª feira (28)
29/08 – BNDES: 97% dos funcionários rejeitaram proposta do banco
01/09 – BNDES insiste em corte de direitos
02/09 – BNDES: Funcionários rejeitam proposta de retirada de direitos
02/09 – TST prorroga vigência de ACT do BNDES
10/09 – Funcionários cobram disposição do BNDES para o acordo
14/09 – Empregados do BNDES deliberam nesta terça (15) sobre cláusulas econômicas do ACT 2020
15/09 – Empregados do BNDES aprovam acordo com o banco
18/09 – Comissão do funcionalismo volta a se reunir com o BNDES para negociar demais cláusulas da ACT
22/09 – Negociações com o BNDES foram retomadas na 2ª e devem continuar nesta 3ª (22).

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários de todo o Brasil realizam um novo tuitaço, nesta sexta-feira (02), em protesto contra as demissões que o banco Itaú vem realizando em plena pandemia. A ação faz parte da campanha #ItaúNãoDemitaMeusPais, lançada na semana passada, para denunciar os desligamentos, que contrariam o compromisso da direção do Itaú de não demitir durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).

O tuitaço será realizado a partir das 11 horas. Os materiais a serem utilizados foram enviados por comunicado para os sindicatos e federações e estão disponíveis na área de acesso restrito do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Os trabalhadores devem usar as imagens e as frases nas suas contas do Twitter com a # ItaúNãoDemitaMeusPais.

“Não há justificativa para demitir com um lucro de mais de oito bilhões no primeiro semestre de 2020. A propaganda na imprensa é de um Banco que se preocupa com os funcionários e clientes e ainda com o Brasil, doando para combater a Pandemia. Mas, a realidade é outra, demite vários trabalhadores contribuindo para o aumento do número de desempregados. Cadê a responsabilidade social Itaú?”, questiona Valeska Pincovai, membra do COE Itaú.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Financiários se reúne, nesta quinta-feira, às 10h, com Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), para debater a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esta será a segunda reunião de negociação, a primeira foi realizada em 3 de julho, quando a Fenacrefi acenou com a renovação da CCT por dois anos e marcou uma nova reunião para o dia 10, que foi cancelada junto com o pedido de suspensão temporária das negociações. A pauta de reivindicações da categoria, com data-base em 1º de junho, foi enviada no dia 10 de junho.

Neste período, a Comissão de Organização dos Financiários fez diversas cobranças da reabertura de negociações. Na semana passada, os representantes das financeiras enviaram uma proposta por e-mail, que foi imediatamente rejeitada, junto com um novo pedido de negociações.

“Há meses estamos tentando voltar para a mesa de negociações afim de debater a renovação da CCT. Esperamos que a Fenacrefi venha amanhã uma proposta que atenda os anseios da categoria e reconheça os esforços dos trabalhadores durante os últimos dois anos, em especial, neste período de pandemia”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão.

Fonte: Contraf-CUT

Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) preparou uma síntese para contribuir com o debate da reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro. Segundo o material, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, têm sido implantadas várias ações que redesenham o Estado brasileiro.

“São medidas para privatizar o Estado, reduzir investimentos, a oferta de bens públicos, de serviços públicos, mesmo os essenciais, as políticas que combatem as desigualdades (entre homens/mulheres; negros/não negros; campo/cidade; LGBTI+; PcD; geracional etc.) e retirar direitos dos servidores (as)”, diz o texto.

O material ressalta, ainda, que o que está em jogo é quem pagará pelos custos da crise econômica, sanitária e social que o país atravessa: os trabalhadores privados e públicos ou a elite, por exemplo, por meio da taxação das grandes fortunas.

O Dieese explica que, mesmo com a limitação de investimentos públicos em educação, saúde, segurança, infraestrutura e em todas as áreas sociais, o chamado teto de gastos estabelecido durante o governo de Michel Temer, Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional, no fim de 2019, três Propostas de Emenda Constitucional que aprofundam a visão liberal do Estado (o chamado Plano Brasil Mais). É, na verdade, uma reforma com objetivo de desvincular, desobrigar e desindexar o gasto público, além de submeter o orçamento à dívida pública e não às necessidades da população.

“São proposituras que diminuem as garantias orçamentárias previstas na Constituição Federal para os serviços públicos, especialmente na saúde e educação, e retiram direitos dos servidores públicos”, explica o subsídio.

PEC 32/2020

Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, de Reforma Administrativa procura acabar com o Regime Jurídico Único, regulador da relação dos servidores com a administração pública. Mas, diante da fragilidade da economia do país (principalmente neste período de pandemia), o debate público tem sido pautado exclusivamente pelo interesse do “mercado” e da grande mídia, que condenam os gastos públicos e depreciam a atuação dos servidores, propondo uma agenda de “Estado Mínimo” como solução para os problemas brasileiros.

No entanto, o Dieese observa no subsídio que, diferentemente do discurso da mídia e do governo, “o número de servidores públicos em relação à população brasileira está abaixo do verificado em muitos países desenvolvidos. E em relação aos rendimentos, a maior parte dos funcionários públicos (57%) tem rendimentos concentrados na faixa de até quatro salários mínimos, ou seja, de R$ 3.816,00 (dados de 2018). No serviço público municipal, o percentual dos que auferem este rendimento corresponde a 73%, faixa na qual estão concentrados 56% dos servidores estatutários do Brasil (RAIS, 2018)”.

No texto, o Dieese observa que o governo utiliza a premissa de que é preciso realizar a reforma administrativa para o Brasil crescer e que este foi o mesmo argumento utilizado para a aprovação da Emenda Constitucional 95 (congelamento salarial) e das reformas trabalhista e da Previdência, todas sem nenhum resultado prático capaz de impulsionar o crescimento do país.

“As reformas representam a disputa pelos recursos públicos e reduzem o caráter redistributivo do Estado. O objetivo é diminuir o tamanho do Estado, não para que ele seja mais ágil, mas para que o setor privado lucre com as atividades que antes eram públicas”, diz o texto. Mas, o resultado desse modelo voltado para o mercado é o baixo crescimento, a instabilidade econômica, o aumento da dificuldade do Estado para desenvolver políticas estratégicas para o país, a ampliação da pobreza e da concentração de renda.

O Dieese alerta, ainda, que o governo tenta reduzir a rejeição ao projeto dizendo que os atuais servidores públicos não serão afetados, mas a estabilidade condicionada ao “desempenho insatisfatório” e o fim da progressão por tempo de serviço, em alguns casos, são exemplos de pontos presentes na PEC 32 que afetarão o funcionalismo que estão na ativa.

Propostas dos trabalhadores

O Dieese apresenta, também, diversas medidas de equilíbrio fiscal que seriam aceitas pelos trabalhadores:

  • Políticas voltadas para o crescimento econômico com inclusão social;
  • Medidas de controle de gastos para as despesas nominais das contas públicas, promovendo maior controle dos dispêndios financeiros, especialmente dos juros da dívida;
  • Auditoria da dívida pública;
  • Combate efetivo à sonegação;
  • Reforma tributária com progressividade, com maior tributação sobre a renda e o patrimônio, tributação sobre grandes fortunas, redução dos impostos sobre o consumo, observando a capacidade contributiva;
  • Revisão das isenções fiscais;
  • Cumprimento efetivo do teto constitucional para salários dos servidores públicos;
  • Garantia de recursos do pré-sal para ampliar investimentos em saúde, educação e infraestrutura;
  • Regulamentação do artigo 165 da Constituição Federal de 1988, estabelecendo um ordenamento das prioridades na construção e execução orçamentária;
  • Promoção do controle social e da transparência de informações do gasto público.

Fonte: Contraf-CUT

Mesmo com muita gente fora do mercado de trabalho, o que poderia reduzir a pressão sobre o índice, a taxa de desemprego no Brasil chegou ao recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho. É a mais alta da série histórica, iniciada em 2012. São 13,130 milhões de desempregados, 561 mil a mais em relação a igual período de 2019. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo IBGE.

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trouxe outros dados negativos. O desalento e a subutilização da mão de obra, por exemplo, também bateram recordes. E o total de ocupados atingiu o menor nível da série, assim como o número de empregos com registro em carteira.

Menor força de trabalho

A população ocupada agora soma 82,027 milhões. São menos 7,2 milhões em três meses (-8,1%) e menos 11,6 milhões na comparação com julho do ano passado (-12,3%). O nível de ocupação (ocupados em relação à população ativa) também é menor da história, abaixo de 50% (47,1%, perda de 7,6 pontos percentuais em um ano).

Além disso, a própria força de trabalho chegou ao seu menor nível. Agora, o total chega a 95,198 milhões, quase 11 milhões a menos em elação a 2019 – queda de 10,4%. E a população fora de força de trabalho chegou ao recorde de 78,956 milhões.

Desalento e subtilização

Os chamados subtilizados – pessoas que gostariam de trabalhar mais – agora somam 32,9 milhões. Acréscimo de 4,2 milhões (14,7%) em um trimestre e de 4,8% (17%) em 12 meses. A taxa de subutilização cresceu 5,6 pontos percentuais em um ano e chegou ao recorde 30,1%.

A população desalentada, por sua vez, chegou aos 5,8 milhões. Mais um recorde registrado pelo IBGE. Em relação a abril, são 771 mil a mais (crescimento de 15,3%). Sobre julho de 2019, acréscimo de 966 mil (20%). O percentual de desalentados em relação à força de trabalho atingiu 5,7%.

As em relação à população na força de trabalho ou desalentada (5,7%) também foi recorde, crescendo 1,0 p.p. frente ao trimestre anterior e de 1,4 p.p. contra o mesmo trimestre de 2019.

Nem com carteira, nem sem

Estimado em 29,385 milhões, o número de empregados com carteira assinada no setor privado é o menor da série. Diminuiu em 2,8 milhões em um trimestre (-8,8%) e em 3,8 milhões (-11,3%) na comparação anual. Também caiu o total de empregados sem carteira (8,691 milhões) e de trabalhadores por conta própria (21,406 milhões). Durante muito tempo, nos últimos anos, essas duas categorias sustentaram a ocupação.

O número de trabalhadores domésticos também é o menor da série histórica: 4,593 milhões. O setor perdeu 931 mil vagas frente ao trimestre encerrado em abril (-16,8%) e 1,686 milhão (-26,9%) em relação a julho do ano passado.

Queda generalizada

Ainda na comparação trimestral, a ocupação caiu em oito dos 10 grupos de atividade. A indústria, por exemplo, perdeu 916 mil vagas , queda de 8%. A construção eliminou 559 mil (-9,5%) e o comércio/reparação de veículos, 1,613 milhão (-9,%).

Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2019, o emprego encolheu em nove dos 10 grupos. Menos 1,524 milhão na indústria (-12,7%), 1,313 milhão na construção (-19,7%), 2,449 milhões no comércio/reparação de veículos (-14%) e 599 mil na agricultura/pecuária (-6,9%). Em serviços de alojamento e alimentação, a retração foi de 30%: 1,625 milhão a menos.

Calculado em R$ 2.535, o rendimento médio subiu 4,8% no trimestre e 8,6% em 12 meses, indicando eliminação do emprego em setores de menor remuneração. Mas com a queda da ocupação, a massa de rendimento – R$ 203,016 bilhões – caiu 3,8% no trimestre e 4,7% em um ano. Isso corresponde a menos R$ 10,031 bilhões na economia.

Fonte: Contraf-CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais lançam, nesta quarta-feira (30), a Campanha Nacional em Defesa das Estatais e do Serviço Público. Serão realizados atos presenciais e virtuais em diversos locais do país. A campanha será permanente e visa denunciar à sociedade os prejuízos causados à população pelo processo de destruição do setor público brasileiro, que vem sendo intensificado pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), com a busca de privatização de estatais estratégicas para o país, diversos ataques aos servidores e o sucateamento do serviço público prestado à população.

A população brasileira, que já sofre com a falta de estrutura e as dificuldades de acesso a serviços públicos, como na área da saúde e da seguridade social, com postos, hospitais e agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com equipamentos velhos e sem o contingente suficiente de servidores para prestar atendimento, corre o risco de perder totalmente o direito ao serviço público. A proposta de Emenda Constitucional da reforma administrativa (EC 32), que Bolsonaro enviou ao Congresso, faz com que os serviços públicos passem para as mãos de Organizações Sociais (OS) e outros instrumentos que estão previstos em Lei que precarizam o trabalho e baixam a qualidade dos serviços prestados ao povo.

“A maioria da população já entendeu que se é público é para todos e que o setor privado visa apenas o lucro, a exemplo dos planos de saúde, que poucos podem pagar por um ótimo plano que dá acesso aos melhores hospitais, exames e serviços. E quando o tratamento é muito caro eles jogam o custo para o SUS. Cobram diferente conforme a faixa etária tornando impeditivo para os que tem mais idade e que, normalmente usam mais. O ideal é investir na saúde pública e esse governo está fazendo o oposto, tirando recursos, mesmo na pandemia”, disse Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembrando do aumento dos custos de energia, gás e gasolina, que foram ou estão sendo repassados à iniciativa privada.

Juvandia comentou também do desmonte dos Correios, que está sendo promovido por Bolsonaro, lembrando da importância da empresa para os brasileiros e que hoje está em todo o Brasil, mas se for privatizado muitos municípios deixarão de receber encomendas; remédios etc. levados pela empresa pública, assim como os bancos privados não querem estar nos municípios menores.

“Bolsonaro representa um projeto que visa a entrega do patrimônio público ao setor privado. Estão promovendo um desmonte tamanho que, daqui a pouco, todos os brasileiros terão de pagar pela saúde, pela educação, segurança, acesso a água e por todos os demais serviços públicos. E somente quem vai conseguir pagar são os ricos, não os trabalhadores, nem os profissionais liberais, micro e pequenos empresários”, completou Juvandia presidenta da Contraf-CUT.

Bancos públicos

Além dos trabalhadores de bancos públicos, toda a população pode ser afetada pelas propostas do governo Bolsonaro, incluindo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste Brasileiro. “Sabemos da importância dos serviços prestados pelos bancos públicos em todo o país. Nos bairros e cidades afastados dos centros comerciais, o serviço bancário é garantido somente pelos bancos públicos. Os bancos privados concentram suas agências e sua atuação nas regiões e locais onde a população tem maior renda”, disse a economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ressaltando que o serviço prestado pelos bancos privados é uma concessão pública.

Um levantamento realizado pelo Dieese aponta que os bancos privados concentram sua atuação na região Sudeste, mais especificamente na cidade de São Paulo. Essa realidade é constatada tanto em número de agências, quanto no montante de crédito. Os dados apontam que 42% dos municípios do país não possuem nenhuma agência bancária. Em 7% não qualquer tipo de atendimento bancário. Os dados mostram que, de janeiro a abril de 2020, foram fechadas 283 agências bancárias no país.

Em 2012, os bancos atendiam 66% dos municípios brasileiros. Atualmente, em apenas 58%.

A redução de unidades atinge também os bancos públicos. Nos últimos três anos a Caixa perdeu 42 agências. E março de 2017, o banco contava com 3.414 agências; em março de 2020, com 3.372 agências. No Banco do Brasil, a redução de agências começou a partir de 2015. No final de dezembro de 2014 o BB possuía 5.524 agências. Em março de 2020 apenas 4.368. Uma redução de 1.156 unidades só do BB.

Em alguns estados, a situação é extremamente crítica, como em Roraima, onde dos 15 municípios, apenas quatro contam com agências bancárias. Em três deles existem apenas agências de bancos públicos. Bancos privados, apenas na capital. “As pessoas precisam se deslocar por longas distâncias, irem para outras cidades para poder contar com os serviços de um banco. Em grande parte das vezes, quando encontra, precisa enfrentar longas filas, porque os bancos, além de reduzir as agências, também estão reduzindo o quadro de funcionários”, disse a economista Vivian Machado, do Dieese, uma das responsáveis pelo levantamento das informações.

O sucateamento, que afeta o atendimento à população, também ocorre com a redução do quadro de funcionários. A Caixa, por exemplo, chegou a ter 101.484 empregados em 2014. Nos resultados do balanço do 1º trimestre de 2020, o banco informou que possui quadro de pessoal com 84.113 trabalhadores.

Concentração do crédito

A economista do Dieese afirma ainda que os bancos privados concentram sua atuação na região Sudeste. “Isso é constatado não apenas no número de agências, mas também na concessão de crédito. Os bancos privados só concedem mais crédito na região Sudeste, nas outras quatro, a maior parte do crédito é dos bancos públicos, chegando próximo aos 90% no Norte, Centro-Oeste e Nordeste e a 80% no Sul”, informou a economista do Dieese.

Dados do Banco Central apontam que 90,9% do crédito concedido no Norte tem origem nos bancos públicos; no Centro-Oeste, 88,1% provém de bancos públicos, no Nordeste 84,8% e no Sul 80,5%.

“Este número já foi maior, mas desde 2015 os governos estão reduzindo o poder de atuação dos bancos públicos”, alertou a economista do Dieese.

“Este é mais um dos motivos pelos quais é tão importante defendermos os bancos públicos. São eles que atendem as necessidades da sociedade. Os bancos privados se preocupam com o lucro e com a rentabilidade que terão com o negócio”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco cobram uma reunião com o banco para debater o comunicado enviado nesta segunda-feira (28) aos funcionários. Na tarde desta terça-feira (29), a COE Bradesco se reuniu, por videoconferência, para discutir o assunto.

O texto do documento informa que o banco irá conceder um benefício adicional no desligamento sem justa causa por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19). “No texto parece que eles são muito bonzinhos. Mas, eles ignoraram o fato de terem lucrado mais de R$ 7 bilhões neste ano. E, ainda pior, desrespeita o compromisso firmado com o movimento sindical, em abril deste ano, de não desligar bancários durante a pandemia de Covid-19. Nosso compromisso é com a garantia de empregos de todos os bancários”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.

Além das demissões serem sem justa causa, há casos de funcionários com histórico de adoecimento causado pelo trabalho no banco. “É uma total falta de sensibilidade e de responsabilidade social com os trabalhadores, que foram verdadeiros heróis com sua atuação em plena pandemia”, disse. “Esperamos que o banco nos atenda o quanto antes para discutirmos a suspensão dos desligamentos”, finalizou Magaly.

Fonte: Contraf-CUT

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, denunciou as demissões que os bancos estão promovendo em plena pandemia. Em entrevista para a TVT, na segunda-feira (28). Juvandia falou que os bancos estão descumprindo acordo firmado no primeiro semestre do ano, de que não haveria demissões de bancários durante a pandemia. A presidenta da Contraf-CUT citou demissões feitas logo após o término da campanha salarial da categoria, promovidas pelo Santander, o Itaú e Mercantil.

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, também citada na reportagem, lembrou que as demissões começaram pelo Santander, a partir de maio, mas foi seguido por outros bancos, como o Bradesco. A presidenta da Contraf-CUT ressaltou a crueldade como são feitas as demissões, comunicadas aos bancários por videoconferência, muitas vezes na frente de suas famílias.

Para ver a reportagem da TVT, feita pelo repórter André Gianocari, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT