Maio 17, 2025
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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense inicia uma campanha de sindicalização e recadastramento de bancárias e bancários de sua base de atuação.

Quem se associar ou se recadastrar até o dia 10 de dezembro de 2020,  estará concorrendo a diversos prêmios. 

Porque o recadastramento é necessário? Primeiro, para a atualização dos dados cadastrais. Depois, porque muitas vezes o bancário passa por um período fora da base territorial do sindicato (seja por um afastamento temporário, seja por uma transferência de local), achando que ainda está sindicalizado, mas não está. 

Nos momentos mais difíceis que vemos a importância de ser sindicalizado. E, nesta pandemia, onde diversas categorias tiveram perdas, o movimento sindical bancário, mostrou sua força, mais uma vez: reintegrações, negociação com os bancos onde direitos históricos foram garantidos, apoio aos bancários, reversões de justa causa, convênios novos, atendimentos personalizados, entre outras coisas.

É preciso fortalecer o sindicato porque os bancos, que estão lucrando na crise, querem lucrar ainda mais com as demissões de trabalhadores e fechamento de agências. Esse momento também está levando os trabalhadores a perdas incalculáveis nos seus direitos. E quem luta por eles é o seu sindicato. Fortalecer o sindicato é um ato de legítima defesa, pois os Sindicatos são fundamentais na vida dos trabalhadores. 

É importante ressaltar que os direitos que bancárias e bancários tem hoje, não vieram da noite para o dia e nem de graça. São frutos da mobilização e luta dos trabalhadores. 

O Sindicato sempre estará lutando para que haja mais direitos para a categoria, para os trabalhadores e para a sociedade. 

Como se sindicalizar e recadastrar

Procure o(a) diretor(a) que visita a sua agência ou compareça na sede do Sindicato em Duque de Caxias, ou na sub-sede, em Nova Iguaçu. 

Como concorrer aos prêmios

Uma vez sindicalizado, ou recadastrado, o funcionário ou funcionária receberá um número para concorrer ao sorteio.

Datas dos sorteios e prêmios

15 de dezembro e terá transmissão pela internet.

Nesta quinta-feira, dia 15 de outubro, bancárias e bancários de todo o Brasil realizarão o Dia Nacional de Luta contra as Demissões nos bancos. 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorrerá agências para denunciar a postura infeliz dos bancos.   

Mesmo ferindo estabilidades garantidas em legislação e convenção coletiva/ACT como, por exemplo, a demissão de bancárias gestantes, os bancos Bradesco, Itaú e Santander vem, sistematicamente, demitindo trabalhadores e trabalhadoras neste momento de descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Muitas destas demissões são feitas através de ligações telefônicas e outras atingem a totalidade de departamentos, com a clara finalidade de terceirização das atividades.

Após o debate realizado pelas Comissões de Empresas destes bancos, foi instituído o Dia Nacional de Luta, que tem como mote a “Defesa do Emprego e Contra as Demissões”.

A participação de todos os sindicatos que compõem da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, de todas suas diretoras e diretores, assim como de bancárias e bancários, é de fundamental importância para os bancos se sensibilizarem e se sentirem pressionados.

Além dos atos, manifestações e protestos presenciais, ocupar as redes sociais é outra maneira eficaz de atingirmos nosso objetivo neste dia de luta: pressão nos bancos e fazer com que clientes e funcionários saibam que postura os bancos estão tendo nestes tempos de pandemia.

Participem!

Fonte: Fetraf RJ/ES

Nota da coluna de Ancelmo Gois, veiculada na edição de 12 de outubro do jornal O Globo, repercutiu a desistência do consórcio formado pela americana International Game Technology (IGT) e pela inglesa Scientific Games International (SGI) em seguir com a operação da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), depois de vencer, em outubro de 2019, a concessão do negócio.
O colunista apresentou como principal justificativa das multinacionais, para pular fora da Lotex, a inexistência de um acordo que obrigasse a Caixa Econômica Federal a ceder a rede lotérica espalhada pelo país, para que assim pudessem vender os bilhetes. Na época, aliás, o BNDES impediu que a Caixa participasse do leilão.

O edital de concessão da Lotex previa que o consórcio poderia fazer acordo de parcerias, até mesmo com a própria Caixa, embora o banco não tivesse qualquer obrigação de fechar uma negociação de caráter draconiano. “Se assim ocorresse, seria o fim das loterias”, alerta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae).

Ele define a situação como insana e completa: “A Caixa deveria estar no negócio e não ajudar o concorrente privado a vender os bilhetes na rede que opera. Seria acelerar a morte das próprias loterias. O acordo era vantajoso apenas para as empresas multinacionais. No lugar de gastar dinheiro para formar uma rede para comercializar os jogos, a alternativa proposta era o uso do balcão da Caixa para lucrar. Não bastasse tudo isso, a Caixa ainda cederia um espaço em que o próprio banco, o único 100% público do país, poderia arrecadar recursos a serem repassados aos programas sociais do Estado brasileiro”.

Sérgio Takemoto diz que a desistência das empresas abre a possibilidade para a concessão da Lotex retornar ao portfólio da Caixa, que opera com loterias desde a década de 1960. “Os recursos arrecadados pelas loterias da Caixa são fonte importante para o desenvolvimento social do país. No caso da Lotex, por exemplo, cerca de 40% do arrecadado eram destinados a programas sociais nas áreas de seguridade social, esporte, cultura, segurança pública, educação e saúde”, analisa.

Essa situação mostra, com clareza, que a política de privatizações do atual governo não está baseada em justificativas plausíveis. A esse respeito, o presidente da Fenae faz um alerta: “Se a empresa privada precisa da rede lotérica e usa isso como alegação para quebrar o contrato, por que a própria Caixa não faz a operação? O banco é o único que possui expertise, capacidade técnica e a rede lotérica para operar”. Ele afirma que não dá para aceitar que um consórcio estrangeiro faça chantagem por desejar usar uma estrutura pronta sem fazer investimentos. “Taí, portanto, o exemplo do que significa para a sociedade e para a população a privatização de estatais e a entrega do patrimônio público”, denuncia Takemoto.

Fonte: Fenae

 

A presidenta da confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo financeiro, (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, vai fazer uma live nesta quinta-feira (15) no Madruga Bancário. O tema será o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões nos Bancos, que acontecerá na mesma quinta. A participação será a partir das 20h (@madruga bancário).

Madruga Bancário é um perfil no Instagram com 55 mil seguidores, que chama a atenção por brincar com o cotidiano dos bancários no ambiente de trabalho. Entre os temas abordados estão as metas altíssimas, situações hilárias com clientes e até mesmo na virada do mês quando cai o VR. Agora, as demissões entram no foco do Madruga.

O Dia Nacional de Luta Contra as Demissões dos Bancos é uma denúncia sobre a quebra de compromisso das instituições bancárias de não demitir durante a pandemia do Covid 19. O compromisso foi firmado com o movimento sindical bancário no primeiro semestre deste ano, logo no início da pandemia.

A pandemia não acabou, mas o Santander demitiu mais de mil bancárixs em 2020. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco se nega a cancelar as 427 demissões realizadas até o momento. O Banco Mercantil do Brasil demitiu 18 bancárixs somente em setembro. Desde o início do mês estão sendo realizadas manifestações de protestos em frente a agências bancárias, tuitaços para denunciar à população a quebra de comisso dos bancos e outras ações nas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

Os resultados das negociações salariais “vêm provando certo poder de resistência” dos trabalhadores em meio a uma situação econômica grave, analisa o Dieese. O instituto analisou dados divulgados pelo Ministério da Economia, que mostra a maioria das campanhas com reajustes iguais ou superiores à variação acumulada do INPC-IBGE.

Segundo as informações disponíveis, aproximadamente 43% das negociações resultaram em aumento real (acima da inflação) e 29% corresponderam à variação do INPC. As demais 28% tiveram perdas. A pesquisa inclui 4.938 reajustes salariais, com categorias que têm data-base de janeiro até agosto. Na média do ano, a variação é ligeiramente negativa: -0,07%.

O melhor resultado foi registrado em junho, com 53% dos reajustes acima da inflação e só 14% abaixo. O pior foi em janeiro: ganhos reais em 30% e perdas em 36% dos acordos.

Cresceu o número de categorias sem reajuste. Até agosto, foram 373 – 8,4% do total. Em igual período de 2019, eram 33 (0,4%). “Apesar das perdas causadas pelos reajustes de 0%, na média, as categorias que alcançaram reajustes em 2020 conseguiram repor a inflação, resultado importante, levando em conta o cenário complicado do ano”, diz o Dieese.

Incertezas

O instituto aponta ainda dificuldades adicionais na sequência das campanhas salariais. “O aumento da inflação nos últimos meses, captado pelo IBGE, e também pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese, traz incertezas para as negociações de fim de ano. A situação fica mais imprevisível ainda por causa da situação econômica do país.”

Confira aqui na íntegra a análise do Dieese sobre negociações salariais.

Fonte: Rede Brasil Atual

A pandemia de covid-19 é a maior crise sanitária do mundo em mais de 100 anos. São oficialmente 38 milhões de infectados e quase 1,6 milhão de mortos no planeta. Deste total, o Brasil concentra cerca de 15% de casos (5.113.628) e 10% das vítimas (150.988).

Hoje (13), o Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde – divulgou novo balanço da pandemia no período de 24 horas, contados a partir das 16h de ontem. Foram mais 309 mortes e 10.220 novos casos.

Além do luto das famílias das vítimas, os impactos provocados pela covid-19 no Brasil e no mundo se multiplicam. A superlotação de hospitais aumentou a mortalidade infantil; aumentaram os casos de doenças psiquiátricas a partir do confinamento prolongado; aprofundaram-se o desemprego e a extrema pobreza, entre outras consequências.

Medidas

De acordo com estudo do Banco Mundial, após 20 anos de recuos tímidos, a extrema pobreza cresceu significativamente em 2020. Em 2019, a condição atingia 7,9% da população mundial, enquanto em 2020, o percentual de deve ficar entre 9,1% e 9,4%. A entidade projeta que, a pandemia levará 115 milhões de pessoas a se tornarem miseráveis, enquanto os bilionários ficaram 27% mais ricos.

Brasil: pior cenário

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), viver na extrema pobreza significa passar um dia com menos de US$ 1,90. Ao câmbio de hoje, R$ 10,50. Ante da pandemia de covid-19 e o recuo na atividade econômica, Bolsonaro defendeu um Auxílio Emergencial de R$ 200 reais. O Congresso, por pressão popular e dos partidos de oposição, elevou o programa para R$ 600.

O Banco Mundial cobra metas para uma melhor distribuição da riqueza no mundo, sob alerta constante do crescimento da miséria e do não alcance das metas da ONU para o desenvolvimento sustentável em 2030. “Anteriormente, entre 2012 e 2017, havia ocorrido crescimento de 2,3% na prosperidade compartilhada. Sem ações políticas para promover uma retomada econômica inclusiva, a pandemia pode desencadear ciclos de maior desigualdade de renda e menor mobilidade social entre os vulneráveis”, disse, em nota, a ONU.

A entidade alerta que os problemas vão para além da pandemia em si. “Antes da pandemia, justamente por causa dos conflitos globais e das mudanças no clima, o progresso na redução da pobreza global já estava mais lento. Entre 1990 e 2015, por exemplo, a pobreza global caiu cerca de um ponto percentual por ano. Esse ritmo diminuiu para menos de meio ponto percentual por ano entre 2015 e 2017.”

Fonte: Rede Brasil Atual

A Caixa irá fazer a transferência dos empregados da carreira administrativa, sem função gratificada, que atualmente estão nas unidades da Matriz para agências. O objetivo, segundo informou o banco, é para reforçar as equipes e apoiar o atendimento da rede de Varejo.

Ao todo, 124 empregados serão realocados e receberão as orientações sobre como será feita a mudança. Os trabalhadores também receberão a listagem com as unidades recebedoras para indicação. Os gestores imediatos irão comunicar sobre a medida. Os empregados terão um prazo de 15 dias para fazer a escolha da unidade.

De acordo com a coordenadora da coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, as mudanças exigem cautela. “A Caixa deve ter cuidado ao fazer as transferências. Estamos tratando de pessoas e as suas vidas. Elas fizeram construções, decisões importantes ao escolherem ir para a Matriz. Por isso, as decisões dos empregados devem ser respeitadas. Sabemos que o trabalho na Rede é de suma importância para a empresa, mas as pessoas devem ser consideradas”, avaliou.

Fabiana destacou ainda que a Caixa precisa dar mais condições de trabalho para os empregados da Rede. “Um dos problemas das agências é a falta de condições de trabalho e isso se implica na falta de pessoas e sistemas mais efetivos. Um movimento importante que a Caixa precisa fazer é ampliar as contratações. Isso vai melhorar a qualidade de vida e laboral dos empregados que estão na rede, mas também reflete no melhor atendimento para a população”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

“Pela Visibilidade, Conscientização e pelo Fim do Trabalho Infantil” é o nome da campanha que a CUT inicia nesta segunda-feira (12), Dia da Criança. Em parceria com o Sindicato Nacional de Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), a campanha irá até 12 de junho do próximo ano, porque se integra à mobilização internacional que fará de 2021 o Ano Internacional pela Erradicação do Trabalho Infantil.

Nesta segunda, uma live “Trabalho Infantil, um problema de todos nós” será transmitida pela página do Facebook da CUT a partir das 16 horas e um tuitaço com a hashtag #TrabalhoInfantilEuCombato será realizado a partir das 10h.

Motivos para a mobilização não faltam: o trabalho infantil ainda é uma triste realidade, no Brasil e em outros países, e com a pandemia do novo coronavírus, segundo o entidades internacionais, a exploração do trabalho infantil pode ser ainda maior. 

 

Nos últimos 12 anos no Brasil, o trabalho infantil provocou 46.507 acidentes de trabalho, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan).

Entre 2007 e 2019, dos 27.924 acidentes graves ocorridos com crianças e adolescentes, 10.338 atingiram a mão, causando 705 amputações traumáticas notificadas. Foram 15.147 acidentes com animais peçonhentos e pelo menos 3.176 casos registrados de intoxicação por agrotóxicos, produtos químicos e outros.

Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe ou Comissão Económica para a América Latina e Caraíbas (Cepal) alerta que os impactos da pandemia podem obrigar mais de 300.000 meninos, meninas e adolescentes a trabalhar na região da América Latina e do Caribe, somando-se aos 10,5 milhões atualmente em situação de trabalho infantil.

A Nota Técnica da Cepal e da OIT diz que “o aumento do desemprego e da pobreza afetará severamente o bem-estar das famílias, particularmente aquelas em condições de extrema pobreza que costumam viver em moradias inadequadas”.

Segundo a secretária Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos na CUT, Jandyra Uehara, em 1906, no primeiro Congresso operário do Brasil, entre as reivindicações estavam a proibição do trabalho infantil nas fábricas e 124 anos depois “nós temos um governo, que além de destruir empregos, direitos e a soberania nacional, faz uma vergonhosa e perversa defesa do trabalho infantil”.

Jandyra ressalta que o governo Bolsonaro oculta informações, não divulga dados sobre o tema e enfraquece a fiscalização, quando é visível que a crise econômica na pandemia agravou a situação.

“O trabalho infantil é um caminho para a perpetuação das desigualdades sociais e atinge principalmente as crianças e adolescentes negras e negros. Essa campanha, além de dar visibilidade e combate a essa perversidade naturalizada pelo capitalismo, quer também colocar os sindicatos CUTistas na defesa dos direitos dos filhos e filhas da classe trabalhadora, tornando- os um polo de combate e articulação pelo fim do trabalho infantil”, afirmou a dirigente.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016, no Brasil, de um total de 40,1 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, 1,8 milhão estava no mercado de trabalho.

Desse número, 47,6% das pessoas de 5 a 13 anos de idade exerciam atividade agrícola, enquanto 21,4% das pertencentes ao grupo de 14 a 17 anos de idade encontravam-se ocupadas nesse tipo de serviço.

Para a secretária Nacional da Juventude da CUT, Cristiana Paiva, que é agricultora familiar em Roraima, este é um tema importante de se discutir no campo, porque a agricultura patronal ainda usa criança para manter seus lucros, diferentemente da agricultura familiar que é uma filosofia de vida.

Segundo ela, o movimento sindical precisa fazer sua parte no sentido de fortalecer a luta contra o trabalho infantil e contra qualquer tipo de retrocesso no país na questão de proteção à crianças e adolescentes.

“Nos governos Lula e Dilma a gente já vinha trabalhando esta questão e chegou a cair 81% o número de crianças trabalhando. Mas, neste cenário de crise, pandemia e de governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), em que a fome e desemprego crescem, a gente pode viver muito mais disso, inclusive com crianças e adolescentes indo para prostituição e drogas. A gente precisa trabalhar em nossas bases a erradicação do trabalho infantil para salvar vidas, e esta campanha será muito importante para isso”, finaliza a dirigente.

Trabalhos domésticos e os mais atingidos

Segundo a Secretária Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Isa Oliveira, além do trabalho infantil no campo, há também muitas crianças e adolescentes vendendo produtos nos semáforos, nos serviços de coleta de lixo e devido ao fechamento das escolas durante a pandemia houve aumento do trabalho infantil doméstico.

Ela também disse que as crianças e adolescentes mais afetados são de famílias mais vulneráveis, negros e negras e de regiões mais pobres.

De acordo com pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Trabalho Escravo Rural no Brasil, “a escravidão contemporânea no país é precedida pelo trabalho infantil e 92,6% de pessoas que estão em condições de escravidão trabalharam na infância”, sendo a maioria delas negras, consequências da história escravocrata do Brasil colonial.

Do total em trabalho infantil no país em 2016, 64,1% eram negros, 86,2% na região Norte, seguido da região Nordeste, com 79,5%, e do Centro-Oeste, com 71,5%. No Sudeste e no Sul eram 58,4% e 27,9%, respectivamente.

É preciso lembrar que o artigo 227 da Constituição Federal estabelece ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

“No dia da criança é importante alertar a sociedade que todas as crianças do campo e da cidades, pobres e ricas, brancas e negras, têm direito a proteção integral e a garantia dos seus direitos fundamentais”, ressalta Isa, lembrando que a campanha da entidade começou em 12 de junho.

Sobre a campanha da CUT

 #TrabalhoInfantilEuCombato é a hashtag que será usada durante a campanha da CUT pelo fim do trabalho infantil, que está estruturada por períodos e temas. Ao longo de outubro, uma série de animações mostrando crianças em situações inadequadas de trabalho infantil e também uma série de cards focando no esforço para evitar o aumento de crianças exploradas devido à crise da covid-19 e de mitos e verdades serão divulgados.

Estão previstos tuitaços, vídeos, seminários em formato de live com personalidades em destaque na luta e proteção dos direitos da infância, adolescência, criação de uma letra de música relacionada ao tema, um hotsite com dados, estudos e reflexões, e até um concurso de redação nas escolas. Vai ter ações no Facebook, Instagram e Twitter também durante todo o período da campanha.

Períodos e temas da campanha

“Covid-19: protegendo crianças e adolescentes do Trabalho Infantil” é o tema que abre a campanha neste dia 12. Em 20 de novembro, será a vez do tema “Violência, racismo e desigualdade ‘adultizam’ crianças negras no Brasil”.

Ainda este ano, em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, vai ter um Festival pela Erradicação do Trabalho Infantil: “Porque a sociedade não consegue enxergar o trabalho infantil como uma violação de direitos humanos?”

Em Fevereiro, já no Ano Internacional pela Eliminação do Trabalho Infantil, o tema será “Pandemia vai intensificar o abandono escolar entre alunos mais pobres”. No mês das mulheres, no dia 8 de março, a campanha abordará “Subnotificação do Trabalho Infantil entre meninas, principalmente com relação ao Trabalho Infantil Doméstico”.

Já no Dia Internacional das Lutas Camponesas, em 17 de abril, a maior concentração do trabalho infantil na agricultura será o assunto da vez. No mesmo mês, em 28 de abril, no Dia Internacional das Vítimas de Acidente de Trabalho, a discussão será “As piores formas de Trabalho Infantil”.

Para o mês do Trabalhador e da Trabalhadora (maio) o tema será “O Trabalho Infantil é causa e efeito da pobreza”.

Fonte: Rede Brasil Atual

A comissão de negociação dos empregados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a direção do banco marcaram três reuniões para dar continuidade às negociações das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), na próxima semana. A definição aconteceu nesta sexta-feira (9), após sugestão do juiz durante a primeira mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

As principais questões sobre as quais ainda não houve acordo até agora foram estabilidade no emprego, organização sindical, plano de saúde e a Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes).

“Esperamos essas três negociações sejam suficientes para chegarmos a um entendimento que atenda o funcionalismo do BNDES”, explicou o vice-presidente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BNDES.

As reuniões estão marcadas para terça-feira (13) e quarta-feira (14), às 16h, e quinta-feira (15), às 17h30.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú voltou a se reunir na tarde desta sexta-feira (9), depois de um longo período de inatividade, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). A videoconferência começou com a apresentação de denúncias do movimento sindical de que muitas pessoas estão recebendo apenas um salário mínimo, desde março, pois não está havendo complementação ou adiantamento de salários, nem pagamento dos vales, abonos ou PLR, previstos nas cláusulas 29 e 68 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), para os trabalhadores afastados.

O banco disse que não deve haver tratamentos diferenciados, mas que pode existir pessoas com recursos administrativos ou judiciais, os quais o banco espera o julgamento para efetuar qualquer pagamento. Ou ainda casos de trabalhadores que voltaram de licença e, em menos de 60 dias, se licenciaram novamente. Além de pessoas que tiveram encerrado esse benefício em meio a pandemia.

“Nós entendemos que este valor de um salário mínimo é um benefício e que cabe sim a complementação, prevista na cláusula 29. É um absurdo o bancário que tem seus compromissos receber apenas um salário mínimo, o que aumenta o seu endividamento pessoal”, explicou Luciana Duarte coordenadora do GT.

Grupo de risco

Os representantes dos trabalhadores apresentaram casos de que alguns funcionários, até mesmo do grupo de risco, que estão recebendo pressão para voltar ao trabalho ou que estão com equipamentos sem configurações adequadas para o trabalho remoto e também há trabalhadores que pediram equipamentos para trabalhar em casa, mas não receberam mesmo depois de 90 dias.

“Os trabalhadores que estão enquadrados no grupo de risco precisam avaliar junto aos seus médicos a possibilidade de retorno. Alguns gestores estão utilizando a portaria número 20 para pressionar os funcionários a voltarem trabalhar presencialmente. É uma temeridade que pessoas do grupo de risco voltem aos locais neste momento, em que a pandemia ainda vitimiza milhares de pessoas semanalmente”, afirmou Carlos Damarindo, membro do GT de Saúde.

O banco disse que só informou a possibilidade de retorno para quem puder e quiser e não pressionou ninguém a voltar, mas irá reforçar esta postura junto a seus gestores. O Itaú disse ainda que houve problema de entrega de equipamentos até maio. Neste processo de distribuição de equipamentos foram estabelecidos alguns critérios, por isso alguns trabalhadores demoraram mais para recebe-los. Mas, que tudo já foi resolvido em caráter geral.

Retorno ao trabalho

Os trabalhadores reivindicam ainda a volta do debate do programa de retorno ao trabalho e a retomada da discussão do parcelamento da dívida do INSS, que já estava praticamente acertada na última reunião. O banco sugeriu que fosse marcada uma nova reunião, ainda neste mês, para encerrar as discussões sobre os dois temas.

“Cobramos urgência do banco na definição do parcelamento, haja visto que todo o debate já foi concretizado. Basta o banco trazer a redação do acordo para que as federações e os sindicatos façam a aprovação junto a categoria. Os bancários não podem sofrer com a demora do banco”, disse Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização de Empregados (COE) Itaú.

Fonte: Contraf-CUT