Maio 16, 2025
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Após 11 anos de redução continuada da pobreza nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, 85 milhões de brasileiros (os 40% mais pobres) tiveram perdas contínuas na renda nos últimos cinco anos, segundo estudo do Banco Mundial. Os dados mostram que, entre 2003 e 2014, o Brasil viveu uma fase de avanço econômico e social, com cerca de 25 milhões de pessoas deixando a pobreza e um aumento significativo da renda dos mais pobres. Porém, a partir de 2014, essa parcela da população tem sofrido perda constante em sua renda, ano a ano. Com isso, a desigualdade, que tinha chegado ao menor patamar da história em 2015, também voltou a subir.

Segundo o Banco Mundial, a parcela da população em situação de extrema pobreza no país era de 13,6% em 2001, caindo para 4,9% em 2013. Enquanto a renda média dos brasileiros, no geral, cresceu 4,4% entre 2003 e 2014, a renda dos 40% mais pobres cresceu 7,1%. Em consequência, o índice de Gini caiu de 0,581 para 0,515. O índice é um modelo matemático usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos e varia de zero a um. Quanto mais perto de zero, menor a desigualdade. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é a distribuição de renda do país. 

No entanto, o ano da reeleição de Dilma e o seguinte foram marcados por intensa instabilidade, que movimentou grupos de interesses econômicos e políticos com o objetivo de derrubar o governo petista – o que ocorreu em 2016. O período de instabilidade e os anos seguintes de governos pró-mercado (Michel Temer e Jair Bolsonaro) cobraram um preço alto para a população mais pobre.

Vulneráveis

Entre 2014 e 2019, a renda dos 40% mais pobres caiu, em média, 1,4% ao ano. Enquanto a renda média dos brasileiros cresceu 0,3% ao ano no mesmo período. Conforme o estudo, se os ganhos tivessem sido distribuídos igualmente entre a população, este ano teríamos 13 milhões de brasileiros a menos vivendo em pobreza (renda de R$ 499 ao mês) e 9 milhões a menos na pobreza extrema (renda de até R$ 178 por mês). O índice de Gini, que vinha caindo, voltou a subir, chegando a 0,547 em 2019.

Para Gabriel Lara Ibarra, economista sênior do Banco Mundial e especialista em pobreza no Brasil, essa situação está relacionada à mudança na política econômica do país nos últimos anos e o aumento da informalidade entre os trabalhadores mais pobres.

“O tipo de trabalho normalmente disponível para quem está na base da distribuição são os trabalhos informais, com menos proteção, mais voláteis. É diverso dos trabalhos disponíveis para as parcelas mais ricas e mais educadas, que têm acesso a empregos formais e mais conectados à economia, comparado a quando você é um autônomo que trabalha vendendo algo na informalidade”, afirmou, em entrevista ao portal DW Brasil.

A situação de aumento da pobreza no Brasil também é considerada o pior resultado da América Latina nos últimos cinco anos, segundo o Banco Mundial. Embora todos os países tenham sofrido crises econômicas desde 2011, o Brasil foi um dos únicos que teve piora em todos os índices. Honduras e Equador tiveram aumento de desigualdade. Argentina e Equador observaram aumento da pobreza. E Argentina, Equador e Honduras tiveram aumento da pobreza extrema.

Fonte: Rede Brasil Atual

O governo Jair Bolsonaro não tem projeto econômico para o país. As reformas propostas por Paulo Guedes são para descontruir o Estado, retirar direitos sociais e aumentar a oneração sobre os mais pobres. A avaliação é do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior.

Sem apoio parlamentar, o Executivo não enviou, nesta segunda-feira (28), a proposta para criar um imposto sobre transações digitais, uma nova versão da CPMF. Para o analista, Bolsonaro e Guedes não pretendem fazer uma reforma tributária que torne o sistema brasileiro menos injusto, mas sim aumentar a arrecadação a qualquer custo.

“A CPMF é um caminho fácil para isso, porque já foi utilizada e arrecada rapidamente. Entretanto, tem um caráter regressivo, porque a população paga a mesma alíquota independentemente do status social”, explica Fausto, no Jornal Brasil Atual

Reformas

As reformas propostas pela equipe econômica de Paulo Guedes vão na direção de um país mais desigual. Uma das modificações tributárias diz respeito à unificação do PIS e da Cofins em um tributo sobre valor agregado, com o nome de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e alíquota de 12%. A arrecadação destes tributos ajudava no orçamento da seguridade social.

Segundo Fausto, o governo federal só tem interesse em se aproximar dos extratos mais ricos, sem a intenção de tributá-los. “Esses super ricos ampliaram seus patrimônios durante a pandemia e não serão onerados na crise. É um cenário bastante difícil, onde o mercado pede mais reformas, mas que são tentativas de desconstrução do Estado. Já vimos, desde 2016, o Teto de Gastos, as reformas trabalhista e da Previdência, tudo em busca de um país mais injusto e concentrador de renda”, criticou.

Além disso, Guedes quer passar a reforma administrativa, que prevê retirada de servidores e recursos de setores como educação, saúde e segurança. Ou seja, o projeto deve sucatear ainda mais o acesso a direitos sociais previstos na Constituição Federal.

“O cidadão comum, que tem sua vida vinculada aos direitos sociais, vai perder parte deles, porque é a reconstrução de um Estado que tira sua renda e faz você pagar a conta da crise. O atual presidente chama de privilegiado o trabalhador formal com uma renda estável, tirando o foco dos grandes banqueiros e empresários”, acrescenta o diretor técnico do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense conseguiu, na justiça, mais uma reintegração. 

A funcionária do Banco Bradesco, Elaine Pontes, da Agência Saracuruna (6632) foi demitida em abril de 2018, depois de mais de 15 anos de dedicação ao banco. Na época, na função de caixa.

“Me sindicalizei assim que fui admitida no banco. Já sabia que o Sindicato contava com diversos tipos de atendimento, inclusive com um departamento jurídico forte e que sempre reintegrou colegas de profissão. Fui demitida, sem justa causa, e procurei ajuda e suporte do meu Sindicato. Fui muito bem recebida e atendida pelos diretores Silvio Brandão e Rúbio Barros e por toda a equipe sindical. Foi um processo que foi necessário ter confiança no trabalho do "homem" e Fé na justiça "Divina". Agradeço todas e todos os diretores do Sindicato, sempre muito solícitos até o dia da minha reintegração. Reintegração da minha dignidade e da minha honra. Também gostaria de agradecer ao competente advogado Luiz Paulo. Seu comprometimento foi muito importante no processo e, principalmente, na garantia de um desfecho justo e feliz. Excelente profissional.” – declarou Elaine.

SINDICALIZE-SE

Além da assessoria jurídica e de saúde, o Sindicato conta com atendimento dentário, com diversos convênios que concedem descontos para bancárias e bancários, como universidades, lojas, pousadas, etc., e com aluguel de espaços para eventos e festas.

Sindicalize-se e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários e bancárias!

O governo de Jair Bolsonaro deve apresentar a parlamentares detalhes da sua proposta de reforma tributária nesta segunda-feira (28). O texto final deve incluir uma espécie de CPMF repaginada, sob forma de um imposto sobre transações digitais.

O economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), João Sicsú, afirma que a implementação deste novo tributo é injusta, porque aplica a mesma alíquota para todas as pessoas. “Todo imposto em que as pessoas pagam a mesma alíquota, independentemente da renda, é injusto”, explicou, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual. “Esse imposto traz mais regressividade para dentro do sistema, quando precisamos de outro modelo de reforma tributária.”

CPMF: um remendo

Para convencer segmentos empresariais e o Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve apresentar uma proposta de desoneração da folha de pagamentos de todos os setores, o que só traria benefícios para os patrões. O professor da UFRJ afirma que a equipe econômica não propõe modificações efetivas, mas sim “um remendo”.

“O governo propõe introduzir uma CPMF ou simplificar a arrecadação tributária. Isso não é uma reforma, é apenas um remendo para atender pequenos interesses. Precisamos de uma reforma mais profunda e que trate da regressividade”, criticou João Sicsú.

Ele lembra que o Brasil precisa tributar mais quem paga menos impostos: os mais ricos do país, e cita alguns exemplos de baixa eficiência e desigualdade na arrecadação tributária. “Há o imposto territorial rural, e mesmo com muitos latifúndios no país, o total arrecadado é 0,04% (do total de tributos arrecadados no país). Ou seja, milionários e bilionários não pagam quase nada de imposto quando possuem terras, barcos e aviões. Agora, se você tem uma moto para fazer entrega durante o dia, precisa pagar impostos. É uma injustiça tributária”, lamentou.

Siscú lembra ainda do Teto de Gastos, cuja manutenção, segundo ele, é “insana e irracional”, ainda mais em um momento em que o país precisa planejar sua recuperação econômica.

“Em 2016, foi dito que o Brasil não poderia mais gastar em saúde e educação como se gastava. Isso é insano porque são dois sistemas que precisam de investimentos. Como ficaremos 20 anos sem aumentar os gastos enquanto a população continua crescendo? É insuficiente. O governo dá um atestado de que irá piorar o sistema público nesse período”, finalizou.  

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Organização dos Financiários rejeitou a proposta apresentada pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A proposta foi enviada nesta sexta-feira (25) depois de mais uma cobrança da categoria para a reabertura das negociações.

Para o primeiro ano de vigência da CCT, a Fenacrefi ofereceu 1,13% de reajuste nos salários e nos salários de ingresso com abono de R$ 1.000,0 e benefícios com reajuste pelo INPC (2,0501%). Já para o segundo ano de vigência da CCT, a oferta é de aumento dos salários, inclusive os de ingresso e benefícios com reajuste de 80% do INPC do período junho/2020 a maio/2021. “Nós sabemos que as financeiras têm condições de melhorar muito diversos pontos apresentados”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Financiários. “Vamos insistir na marcação de uma reunião para discutir em mesa as reivindicações que queremos ter atendidas”, completou.

Quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) a proposta foi de fixar como limite o percentual de 5% do lucro líquido para distribuição aos Financiários.

O coletivo rejeitou a proposta de aplicar limitação para distribuição de PLR. “Reivindicamos a manutenção, na íntegra, das regras já estabelecidas na PLR-CCT vencida, apenas para aplicar sobre os valores fixos o valor integral do INPC para ambos os períodos 2020 e 2021.”, explicou o coordenador

As financeiras propuseram ainda adotar Sistema Alternativo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho, nos termos do art. 74, § 2º da CLT e art. 2º da Portaria nº 373, de 25.02.2011 do Ministério do Trabalho e Emprego para controle da jornada de trabalho de seus empregados, dispensando-se a instalação do Registrador Eletrônico de Ponto – REP. Os trabalhadores rejeitaram prontamente por falta de um debate prévio entre as partes. “Os sindicatos já possuem acordos coletivos com esse tema e não se opõem a tratar com cada financeira, que se interessar em adotar o modelo alternativo de controle de jornada para os empregados”, esclareceu Jair Alves.

Outro pronto da proposta que desagradou a representação dos trabalhadores foi a recusa da inclusão na CCT de um aditivo de combate à violência contra a mulher, com a justificativa de que a legislação já é suficiente. “O coletivo não aceita essa negativa, ainda mais com esta justificativa. Vamos reivindicar que o tema seja tratado em aditivo, para adesão das financeiras”, garantiu Katlin Sales, membra do coletivo.

A comissão irá enviar a resposta negativa para a Fenacrefi e sugerir a marcação de uma reunião, por videoconferência, para continuar as negociações.

Fonte: Contraf-CUT

O ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, já demonstrou, diversas vezes, seu interesse em privatizar “tudo o que for possível”. A venda do Banco do Brasil foi, inclusive, tema da famosa reunião interministerial, que teve suas imagens divulgadas por ordem judicial. Mas, a pandemia causada pelo novo coronavírus colocou os bancos públicos em evidência e mostrou o papel estratégico que eles têm para ajudar a regular a economia e fomentar o desenvolvimento do país.

Segundo dados divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Banco do Brasil, por exemplo, é responsável por 36% do total de empréstimos concedidos pelo programa de apoio às micros e pequenas empresas (Pronampe), que empregam 52% dos trabalhadores com carteira assinada no país. A segunda maior carteira do Pronampe é da Caixa Econômica Federal, com 26%. O banco privado melhor posicionado é o Itaú, com apenas 16% desta carteira até 31 de agosto.

“Nós, funcionários, ficamos abismados quando ouvimos o ministro da Economia, ou o Rubem Novaes (ex-presidente do BB), afirmar que não há motivo para manter o Banco do Brasil como banco público. Uma instituição que não dá prejuízo, ao contrário, ajuda o país a pagar suas contas, e ainda dá grande contribuição para a criação de empregos, para produção agropecuária e o desenvolvimento socioeconômico de uma forma geral. O que não existe, é motivo para a privatização do banco”, disse indignado o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Mas, também nos chamou a atenção a demora que, mesmo com toda essa experiência na carteira de crédito para micros e pequenas empresas, o banco levou para liberar recursos para este segmento quando estourou a crise sanitária gerada pelo novo coronavírus”, observou o coordenador da CEBB. “A demora foi tamanha, que muitas pequenas e médias empresas acabaram falindo, jogando ainda mais pessoas no desemprego e tornando-as dependentes do auxílio emergencial de R$ 600”, completou.

Em busca do lucro

Para o economista Sérgio Mendonça, do portal de notícias de economia RecontaAí, em momentos de crise, a tendência dos bancos privados é se retrair. “Em vez de ajudarem a dar uma boia a quem está se afogando, eles empurram para o fundo”, disse. Os economistas Monica de Bolle, da universidade Johns Hopkins, e Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, também apontam os bancos públicos como instrumento decisivo em épocas de tormenta.

A economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), explicou que os bancos privados se retraem em momentos de crise por medo de calote. “Os bancos privados, ao contrário dos públicos, têm que pagar dividendos aos seus acionistas. Buscam o lucro. Em momentos de crise eles se retraem para evitar riscos. Se as empresas quebram eles ficam com os prejuízos. Sem crédito, é aí que há a quebradeira. É neste momento que o Estado, por meio dos bancos públicos, mostra toda sua importância. É ele que fomenta a recuperação e o desenvolvimento econômico. Esse é um dos principais papéis dos bancos públicos”, explicou.

Aumento no preço dos alimentos

Segundo projeções, o agronegócio deve ser o único segmento econômico a fechar 2020 com PIB positivo. O setor conta com grande apoio do Banco do Brasil no financiamento agropecuário. O banco possui aproximadamente 60% da carteira empresarial de crédito agrícola e 80% do montante destinado à agricultura familiar. “É um segmento pelo qual os bancos privados não têm interesse, mas que é o responsável por colocar os alimentos nos pratos dos brasileiros”, afirmou Fukunaga. “Se o BB for privatizado, será um grande golpe para o setor agropecuário, mas, mais ainda, para o povo brasileiro, que terá que pagar mais caro pelos alimentos que chegam às suas mesas”, concluiu.

Ataque aos bancos públicos

Além do BB, o governo Bolsonaro tem promovido ataques aos demais bancos públicos, como os que atingem a Caixa. Por meio da Medida Provisória 995, o governo permite a criação de subsidiárias, o que, na prática, possibilita a privatização da empresa, uma vez que o Supremo Tribunal Federal definiu que as empresas-mãe não podem ser privatizadas sem a autorização do Congresso Nacional, mas as subsidiárias sim.

“Com essa MP, o governo fatia a Caixa, fica autorizado a vender todas as subsidiárias, o que, consequentemente, enfraquecerá o banco, colocando em risco, inclusive, o seu papel social. É uma verdadeira dilapidação do patrimônio público e um prejuízo para a sociedade. Enquanto houver desigualdade, bancos como a Caixa são essenciais”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Com a privatização da Caixa, o financiamento habitacional, o incentivo ao esporte, à educação e à cultura, entre outros, correriam grande risco. “É a Caixa, também, que, juntamente com o BB, o Banco do Nordeste (do Brasil), o Basa (Banco da Amazônia) e dos demais bancos públicos, que incentivam o desenvolvimento do país de uma forma igualitária. Sem os bancos públicos não há política de infraestrutura, de saneamento, de saúde e de educação. Sem os bancos públicos não há política anticíclica para a retomada do desenvolvimento em períodos de crise econômica”, concluiu a dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Trabalhadores do Banco Mercantil do Brasil e entidades bancárias de todo o país começam nesta sexta-feira (25) uma campanha contra as demissões de funcionárixs da empresa. O banco anunciou o fechamento das plataformas de serviços em Salvador, Brasília e Recife. A medida provocou, somente este mês, 18 demissões.

O Mercantil descumpre compromisso assumido em negociação de não demitir durante a pandemia. Enquanto desampara dezenas de famílias em meio à crise econômica, o banco acumula lucro de mais de R$ 74 milhões, apenas nos primeiros seis meses de 2020. A campanha será entre xs bancárixs do Mercantil, nas redes sociais e também terá manifestações para denunciar as demissões. Na segunda-feira (28), às 13h, haverá um tuitaço denunciando o banco com a hashtag #MercantilSemCompromisso.

Negociações

Entidades sindicais da categoria bancária se reuniram na terça-feira (22) com a direção do Mercantil do Brasil para cobrar o fim das demissões na empresa. O encontro reuniu representantes do banco, sindicatos, a Federação dos trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

As entidades sindicais reivindicaram que as demissões fossem substituídas pela adesão voluntária à cláusula 62 da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) dos bancários. Essa cláusula trata da requalificação e a realocação de empregados, com o objetivo de aprimoramento técnico. O banco negou o pedido para o cancelamento das demissões. Argumentou que o fechamento das plataformas foi ocasionado pelo baixo retorno financeiro e que o foco principal do Banco se concentra nas praças em que saiu vitorioso nos leilões de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS.

As entidades sindicais reivindicaram a extensão até 31 de dezembro deste ano do acordo ao conquistado junto ao Ministério Público do Trabalho/MG. O acordo concede aos bancários demitidos uma série de benefícios. Entre eles está o pagamento de indenização aos demitidos a partir de R$ 2.500,00, além de R$ 1.000,00 do vale alimentação. Outro benefício é a ampliação da assistência médica hospitalar e do plano odontológico por mais seis meses, sem prejuízo aos prazos garantidos e determinados pela CCT, além da prorrogação pelo mesmo período do seguro de vida.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Financiários e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) voltam a cobrar a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) o reinício das negociações da Campanha Nacional 2020.

No dia 10 de junho, foi enviado a pauta de reivindicações da categoria, com data-base em 1º de junho. Entretanto, houve apenas uma reunião, em 3 de julho, quando a Fenacrefi acenou com a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos e marcou uma nova reunião para o dia 10, que foi cancelada junto com o pedido de suspensão temporária das negociações.

No dia 2 de setembro, as entidades enviaram um ofício à Fenacrefi com pedido de reabertura. Já na semana passada, o coletivo se reuniu para elaborar uma carta de princípios para encaminhar à federação das financeiras, com a cobrança de retomada das negociações. “Os trabalhadores em financeiras estão muito apreensivos, sem saber o que pensar. Eles escutam muito boatos e ficam inseguros, o que afeta gravemente a produtividade e a saúde deles. Queremos resolver isso o quanto antes e da melhor maneira possível”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Financiários. “Exigimos a retomada das negociações, com a avaliação sobre os pontos de pauta apresentada pelos trabalhadores. Aguardamos proposta decente e que não reduza nenhum direito dos trabalhadores”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Os gerentes gerais de rede que trabalharam aos sábados nas agências que abriram para o pagamento do auxílio emergencial terão 10 dias de compensação. O anúncio foi feito pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por meio de um vídeo publicado nesta quarta-feira (23). No entanto, essa decisão é resultado da reivindicação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) em mesa de negociação durante a Campanha Nacional.

Depois de meses de cobrança, a Caixa finalmente se manifesta com alguma compensação para os empregados que não batem ponto e estavam trabalhando aos sábados, segundo a coordenadora da Comissão e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Para ela, o anúncio foi muito importante, mas ainda faltam os outros trabalhadores que também trabalham aos sábados e não registram o ponto como os superintendentes executivos de varejo, gerentes nacionais, gerentes de centralizadoras e outros. “Da forma que estava sendo feito com os gerentes, é um absurdo porque esses empregados trabalharam e não tem a contrapartida, o que chamamos de hora besta. E isso não é correto e nem direito independente da função de qualquer colega. Mas mais do que isso, o que reivindicamos é o fim do trabalho aos sábados uma vez que a jornada para todos que estão na rede é extensa e extremamente estafante”, ressaltou.

Há tempos as entidades veem recebendo queixas dos trabalhadores sobre as jornadas de trabalho extensas impostas pela Caixa. Segundo secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a compensação é importante para os gerentes gerais, mas aqueles que também estavam com jornadas extrapoladas têm direito. “Cada vez mais vemos que os empregados estão cansados com a jornada extenuante. Os gerentes gerais são os mais atingidos sem pagamentos de horas extras ou descanso. Mas, a Caixa precisa pagar a todos que fizeram o trabalho”, afirmou.

De acordo com Pedro Guimarães, os gerentes gerais terão até o dia 30 de junho de 2021 para utilizar os dias de compensação. Ainda segundo o presidente, haverá substituição dos gerentes durante esses dias.

Também foi anunciado que a Caixa irá fazer o pagamento da comissão dos negócios de seguros. Ainda sem data definida.

Flexibilização

Outro comunicado foi sobre a flexibilização do horário de almoço para 30 minutos. Segundo foi informado, será antecipado para janeiro de 2021. Essa medida é fruto da Campanha Nacional e consta no Acordo Coletivo de Trabalho aprovados em assembleia pelos bancários.

“Primeiro que é um absurdo até agora a Caixa não ter repassado a comissão referente aos seguros. Sobre o intervalo, quem se deu o prazo de março de 2021 foi o próprio banco, mesmo prazo para o parcelamento de férias em até três vezes. São itens que a Caixa deveria implementar ainda este ano”, cobrou Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de todo o país realizam, nesta quinta-feira (24), um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco Santander. Assim como o Itaú, o banco espanhol também vem rompendo compromisso firmado em março, de não realizar cortes durante a pandemia. Em São Paulo, os protestos ocorreram na Torre Santander, matriz administrativa do banco espanhol no Brasil, que fica na Vila Olimpia, zona sul da capital.

Além de ações promovidas pelos sindicatos dos bancários em diversas partes do país, os trabalhadores também promoveram um “tuitaço”, durante a manhã, contra as demissões. As hashtags #SantanderPareAsDemissoes e #SantanderNaoTerceirize concentraram os protestos virtuais.

Anteriormente, em junho, o banco chegou a anunciar planos de redução de 20% dos postos de trabalho no Brasil. Essa iniciativa foi alvo, inclusive, de protesto internacional. Mas, após o banco voltar atrás, desmentindo a intenção de cortar os postos de trabalho, as demissões continuaram a ocorrer.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, entretanto, afirma que o banco tem aproveitado o fim do contrato de locação da Vila Santander (VSP), no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, que vence em novembro, para realizar demissões diárias na unidade de call center.

Além disso, os funcionários da VSP estão sendo demitidos por telefone, substituídos por terceirizados. Por outro lado, os que ficaram estão sendo avisados, por telefone, da transferência para outros prédios, causando insegurança e transtorno aos bancários.

Mau exemplo

“Outros bancos já começaram a seguir esse mau exemplo. Todos os trabalhadores da categoria são afetados pela ‘fúria espanhola’. Temos que unir todos os bancários e bancárias para barrar estas medidas e evitar que elas se generalizem”, afirmou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia.

Enquanto isso, o Santander registrou lucro de R$ 3,8 bilhões nos primeiros três meses do ano – alta de 10,5% em relação a igual período de 2019. Ademais, as operações no Brasil respondem pela maior fatia (29%) dos lucros obtidos pela instituição em todo o mundo. Mesmo assim, só em junho desta ano, 363 bancários foram demitidos pelo Santander.

Fonte: Rede Brasil Atual