Maio 16, 2025
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O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, reforçou enfaticamente nesta quinta-feira (17) o profundo mal estar político que a destruição da Amazônia e do meio ambiente no Brasil vem causando na Europa. “O processo de ratificação e assinatura do acordo (entre Mercosul e União Europeia) será político e haverá debate. O acordo tem um capítulo sobre comércio e desenvolvimento sustentável, com compromissos de ambas as partes sobre regras que promovem a sustentabilidade. O capítulo fala, por exemplo, sobre o compromisso de respeitar o Acordo de Paris sobre clima. Também sobre a proteção da biodiversidade”, disse ele ao jornal O Globo.

A omissão do governo Jair Bolsonaro frente ao desmatamento da Floresta Amazônica e ao incêndio no Pantanal ameaça fortemente a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE). A pressão das sociedades tem forçado líderes e políticos no Velho Mundo a refazer estratégias em seus posicionamentos nas relações internacionais e também internamente.

A menção ao Acordo de Paris por Ybáñez é significativa. No final de 2019, Bolsonaro não compareceu à Cúpula do Clima em Madri (COP 25) em reunião de chefes de Estado em Madrid para debater mudanças climáticas e justamente o Acordo de Paris. Recém-eleito em 2018, o presidente brasileiro cancelou a realização da importante reunião, que seria no Brasil. Representando o governo brasileiro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou do evento dizendo que “a COP 25 não deu em nada”.

Para entrar em vigor, o acordo Mercosul-União Europeia precisa ser aprovado pelo Parlamento Europeu e pelos congressos nacionais dos países-membros. O texto ainda não foi sequer fechado. Só depois disso ele passará pelo crivo dos parlamentos.

Mobilização na Europa

“A declaração de Ybáñez não surpreende, porque o movimento tem sido feito desde o ano passado. Alguns parlamentos já estavam se manifestando no sentido de não aprovar esse acordo”, diz Elaini Silva, doutora em Direito Internacional pela USP e professora do mestrado Profissional em Governança Global e Formulação de Políticas Internacionais da PUC de São Paulo. Ela cita os parlamentos da Bélgica, Holanda e Áustria como alguns onde há mobilização de parlamentares pedindo a rejeição do tratado.

“As sociedades estão se mobilizando, tentando meios de conseguir de alguma forma controlar melhor a atuação de seus políticos. Na democracia, a ação dos políticos tem que refletir o interesse da sociedade”, afirma. Um dos interesses crescentes para as sociedades em todo o planeta é a questão ambiental.

Na Alemanha, em particular, os políticos sabem que o tema pode ser decisivo para suas pretensões nas eleições de 2021, quando o país escolherá um novo chanceler.

Segundo a edição brasileira no jornal alemão Deutsche Welle, para o governo da primeira-ministra Angela Merkel, “as taxas de desmatamento no Brasil são preocupantes, e as condições para melhorar os direitos territoriais e a proteção dos povos indígenas e grupos tradicionais vêm se deteriorando”.

Esse posicionamento é reflexo das pressões sobre parlamentares, que por sua vez pressionam o governo. Os deputados verdes são os mais fortes opositores do acordo na Alemanha exercem influência no continente.

Acordo Mercosul-UE: risco de fracasso

A destruição das florestas no Brasil é principalmente consequência dos interesses dos latifundiários e do agronegócio, representados por Ricardo Salles. Na reunião de 22 de abril, uma fala do ministro provocou escândalo e perplexidade mundial. Ele defendeu que, aproveitando a pandemia de covid-19, as políticas deveriam “ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas”. Segundo ele, “de IPHAN, de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo”.

Para Elaini, nem mesmo em “interesses do Brasil” se pode falar, quando se pensa na possibilidade de o acordo UE-Mercosul fracassar ou mesmo na ameaça que a postura brasileira representa às exportações do país. A produção de soja e carne, por exemplo, são as duas culturas mais altamente destrutivas do meio ambiente, e portanto prejudiciais à toda sociedade. A floresta amazônica está caindo para dar lugar a pastos.

“Quando se fala que o Brasil exporta, é uma falácia. O governo brasileiro não exporta, o Brasil não exporta, o povo brasileiro não exporta. Quem exporta são empresas. Numa sociedade altamente desigual como a nossa, os benefícios da exportação não são igualmente distribuídos por todo o povo”, destaca Elaini Silva.

Enquanto as florestas queimam e caem, Bolsonaro mantém seu discurso de indiferença perversa e o atrelamento aos Estados Unidos de Donald Trump. Na quarta (16), ele afirmou, sobre a tragédia ambiental, que as críticas são “desproporcionais”. “Pega fogo, né? O índio taca fogo, o caboclo, tem a geração espontânea”, disse o presidente da República do Brasil.

Defund Bolsonaro

Um vídeo divulgado por entidades ambientalistas e promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) ganhou o mundo. Denominada Defund Bolsonaro (Corte o financiamento de Bolsonaro, em tradução livre), a campanha, para divulgação internacional, propõe o boicote a empresas de soja, carne e couro brasileiras que, com o apoio do governo, estão relacionadas com as queimadas na Amazônia. O ator Leonardo DiCaprio apoia a campanha.

Fonte: Rede Brasil Atual

A cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida e um número ainda maior de indivíduos tenta suicídio. O problema de saúde pública atinge famílias, amigos, colegas de trabalho e causa sequelas permanentes nas pessoas deixadas para trás.    

Apesar disso, são poucas as empresas que investem em políticas voltadas ao bem-estar emocional dos empregados. Segundo pesquisa de benefícios corporativos realizada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios, apenas 46% das companhias brasileiras têm alguma iniciativa focada na saúde mental.   

Para falar sobre esse assunto tão delicado, a Fenae convidou o Prof. Marcelo Finazzi, autor do livro Patologia da solidão: o suicídio dos bancários no contexto da nova organização do trabalho. A Fenae também vai realizar na próxima quinta-feira (24/9), live no facebook sobre saúde mental e sobre a campanha "Não Sofra Sozinho", com a participação da médica e pesquisadora em Saúde do Trabalhador, Dra Maria Maeno.

Confira a entrevista completa:   

1.                  Como a pandemia pode impactar os números de suicídio?  

A pandemia é um momento muito excepcional que nós estamos passando. A sociedade, evidentemente, tem que se adaptar a uma situação inédita para a nossa geração e pelo ponto de vista individual. 

De repente a gente se pega em um contexto em que a realidade ou a nossa vivência cotidiana se altera de uma forma bastante drástica e somado a isso, as pessoas podem começar a ter questões relacionadas à insegurança, medo do desemprego, de adoecer, de vivenciar eventualmente o luto de entes queridos ou amigos próximos. Essa série de coisas anormais na nossa realidade podem acabar gerando, não necessariamente em todas as pessoas, quadros de depressão, ansiedade e stress, muito além daquele estamos acostumados a vivenciar. Por conta desse cenário, há um aumento expressivo de pessoas adoecendo mentalmente e o adoecimento mental pode resultar, como uma das suas consequências mais nefastas, no suicídio.   

Ainda é cedo para afirmamos com dados o aumento de suicídios durante a pandemia, mas já sabemos, por exemplo, que a procura por atendimento psicológico e psiquiátrico aumentou de uma forma bastante significativa neste período que estamos. As pesquisas e indicadores a respeito de assuntos relacionados à saúde mental também têm aumentado bastante. Termos como depressão e ansiedade têm aparecido com bastante força.   

2.                  O suicídio é um problema de saúde pública, mas não é discutido como deveria na sociedade e dentro das empresas. Na sua opinião, por que isso acontece?   

As empresas, principalmente aquelas que têm uma finalidade lucrativa e que trabalham em um mercado bastante competitivo, necessariamente vão buscar trabalhadores que são mais suficientes no ponto de vista de aguentar os passivos relacionados ao negócio.   

Como estamos falando de ambientes de trabalho em que existe competição, onde as pessoas estão disputando a manutenção do emprego com colegas que já são empregados como ela e com um contingente gigantesco de desempregados, a pressão acaba sendo muito grande para que o empregado exiba uma condição acima da média e que se mostre bastante suficiente no sentindo de suportar um dia-a-dia severo e desafiador.   

Além disso, nosso país carrega uma questão cultural que as pessoas têm vergonha de assumir que elas não estão bem, que estão passando por dificuldades. Na prática, as pessoas para manterem o emprego, acabam por sonegar ou esconder um eventual adoecimento mental. De uma forma resumida, ninguém quer ser taxado de louco, principalmente dentro de uma empresa.   

Por exemplo, é muito mais fácil para o trabalhador apresentar um atestado médico de afastamento por uma perna quebrada, já que ele não será questionado sobre isso, do que dizer para a empresa que ele está com depressão porque ele será visto como frágil, alguém que não tem força mental, que não é emocionalmente preparado. Em um ambiente totalmente competitivo, ele acaba sendo atingido negativamente. Então, juntando a questão econômica e a questão cultural, as pessoas preferem esconder, ignorar ou manter isso em segredo.  Isso é um triste reflexo da pressão sofrida pelos trabalhadores pelas empresas, que pelo contrário deveria ampará-los e não levá-los a esse tipo de comportamento.

3.                  O suicídio pode afetar algumas categorias de trabalhadores mais do que outras?  

Sim. Os estudos mostram que algumas categorias têm características laborais muito próprias que acabam gerando uma propensão maior ao adoecimento mental. Como exemplo: policiais, professores, profissionais da saúde e categorias profissionais que são atreladas às profissões que exigem altíssima competitividade, como os bancários.   

Quando se tem alguma categoria profissional, onde o mercado é muito acirrado e com níveis de exigência de performance bastante elevada, há uma tendência bastante alta do trabalhador desenvolver um quadro de patologia mental. Os bancários são uma categoria bastante crítica já que sofrem por cobranças, pressão e metas.

4.                  Que tipos de políticas devem ser implementadas nas empresas para prevenir o suicídio?  

Temos vários exemplos práticos que vão demonstrar de uma forma bastante concreta a maneira que a empresa pode agir. 

Em primeiro lugar, a empresa precisa discutir o assunto. Ela não pode fazer de conta que isso não acontece, e não pode tratar os casos com indiferença ou como casos isolados. A empresa precisa desmitificar esse tema para que as pessoas vejam o transtorno mental e a própria vontade de morrer como algo que precisa ser discutido. É importante também que a empresa faça um trabalho de conscientização perante toda a organização para que os funcionários aprendam a respeitar e ajudar as pessoas que eventualmente estejam passando por um momento desse.   

O papel primordial da empresa é apoiar, não é recriminar, julgar ou tentar encontrar causas ou motivos para as pessoas que estão adoecidas mentalmente. Qualquer pessoa, por mais forte e resiliente que seja, está sujeita a vivenciar algum tipo de adversidade na vida que pode desencadear transtornos mentais e por isso não podemos ter esse tipo de visão preconceituosa dentro das empresas.   

Em segundo lugar, a empresa precisa dar um espaço para que o trabalhador, que não está se sentindo bem ou que está se sentindo comprometido nas suas faculdades mentais de alguma forma, tenha amparo e assistência médica especializada.   

Essas práticas são muito fáceis de serem implementadas e trazem um resultado muito positivo. As empresas que fazem esse trabalho de discussão, desmitificação e criam um canal de atendimento e encaminhamento, geram um ambiente de trabalho mais saudável e são feitos verdadeiros milagres na prevenção do suicídio. 

5.                  Como as pessoas próximas podem identificar comportamentos suicidas?  

Devemos observar mudanças muito importantes no humor ou na forma que a pessoa costuma agir ou lidar. Se você tem um colega que é mais expansivo, brincalhão, extrovertido e de repente, a pessoa começa a se retrair ou começa exibir sinais de que ela está muito fechada no seu próprio mundo, é um alerta de que algo de anormal está acontecendo.   

A pessoa muitas vezes pode se demonstrar mais chorosa, menos interessada em fazer atividades prazerosas como sair ao ar livre, praticar esportes encontrar os amigos, socializar. Ela começa a evitar o contato mais próximo com os outros e começa a questionar o sentido da própria vida. 

Já as pessoas que exibem sinais de ideação suicida mais severa, temos outros sinais. Se a pessoa começa a transparecer de que está planejando o próprio suicídio, se ela pesquisa na internet meios de morrer, se começa a banalizar a morte e começa exibir pouco valor a própria vida, a família e amigos precisam agir de uma maneira mais enérgica. 

E como os amigos, parentes e colegas podem ajudar? conversando, fornecendo apoio, entendendo e aceitando o processo que a pessoa está passando e principalmente não julgando. Se você tem um familiar ou um amigo que está passando por uma situação difícil, se coloque em condição de ouvir e de querer ajudar. Se você observar que a pessoa está alterada em termos comportamentais, busque ajuda, procure um médico, psiquiatra ou psicólogo para que ela possa receber uma assistência técnica de pessoas que são qualificadas para ajudá-la nesse momento.   

Muitas vezes, esperar que tempo resolva essa situação pode ser tarde. Há muitos casos de suicídios que poderiam ser evitados se as pessoas próximas, diante de um sinal desses, agissem. Acione um serviço médico, marque uma consulta, acompanha ela ao médico. O mais importante é não desprezar os sinais.   

6.                  Como o trabalhador pode identificar se os sintomas que ele sente são passageiros ou se pode virar uma patologia mais grave?   

A própria percepção que temos de nós mesmos a respeito da nossa condição mental é muito importante. Não podemos achar que todos vão vivenciar um quadro depressivo severo. Todos estamos condicionados ao entristecimento, mas não chega a configurar um quadro severo de depressão ou de ansiedade.   

É importante se conhecer. Quando você começa a observar que a vida começa a perder a graça, as coisas deixam de fazer sentido, os fatores que te motivam ou que lhe dão prazer se perdem, seu mundo se torna pálido e cinza, é hora de procurar ajuda, há algo errado com você.   

Não Sofra Sozinho

A campanha “Não Sofra Sozinho”, foi lançada no ano passado pela Fenae com o objetivo de conscientizar e prevenir o adoecimento mental no trabalho.

Para os trabalhadores que estão se sentido depressivos, ansiosos, angustiados, a Fenae criou um e-mail para receber relatos e oferecer suporte psicológico, principalmente nesse momento difícil para todos. Basta enviar a mensagem para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O sigilo e a discrição em relação às mensagens recebidas estão garantidos.

 

Fonte: FENAE

Vitoriosa. Foi assim que o Coletivo Nacional de Comunicação avaliou a Campanha Nacional 2020 durante reunião realizada na tarde desta quinta-feira (17), por videoconferência. Profissionais de comunicação e secretários de imprensa de sindicatos de todo o país participaram do encontro para debater os erros e os acertos de comunicação cometidos durante o período de negociação.

“Foi uma campanha histórica. Tivemos que sair completamente do que estávamos acostumados a fazer, para criar uma estratégia nova, por conta de todas as restrições causadas pela pandemia. Erramos algumas vezes, mas consertamos e aprendemos com cada um deles. Nossa certeza é a de que esses aprendizados ficarão como legados para a nossa categoria, que irá continuar a evoluir nos vários formatos de mobilização”, afirmou Gerson Carlos Pereira, secretário de Comunicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Redes sociais

A Contraf-CUT apresentou dados que mostram a grande participação da categoria na Campanha Nacional por meio das redes sociais, assim como o crescimento de suas redes.

“É importante mantermos nossa mobilização nas redes sociais para sermos cada vez mais fortes. Os dirigentes sindicais precisam aprimorar seus conhecimentos e as formas de utilizar esse meio de comunicação que é muito importante para ampliar nosso diálogo com a categoria. Os sindicatos, todos devem estar atentos a essa forma de comunicação e, aqueles que ainda não têm perfis em todas as redes, precisa criar e utilizá-los”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A população da periferia de São Paulo tem o dobro de taxa de contaminação pela covid-19 em relação aos bairros mais ricos da cidade. Enquanto as regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto têm prevalência de 9,5% de pessoas contaminadas, as áreas com IDH baixo têm prevalência de 19,1%. Os bairros com IDH médio apresentam índice de 13,2%. Em toda a cidade, a prevalência é de 13,9%. No entanto, houve 53% de aumento de casos de covid-19 nas áreas mais ricas, em 10 dias. Na periferia, o aumento foi 36%. Os dados são da quinta fase do inquérito sorológico realizado pela prefeitura de São Paulo, apresentados hoje (17).

• Bairros pobres de São Paulo acumulam o dobro de mortes por covid-19 que os mais ricos

Segundo o secretário Municipal da Saúde, Edson Aparecido, o aumento de casos de covid-19 nas áreas ricas parece estar relacionado com a redução nas medidas de higiene e distanciamento social. A conduta insegura é comprovada por bares lotados e pessoas circulando sem máscara nas últimas semanas. Por outro lado, o maior índice de contaminação por covid-19 na periferia está relacionado com a impossibilidade ou dificuldade das pessoas para trabalharem em home office. E isso, tanto para trabalhadores formais, seja porque são obrigados ao trabalho presencial, seja por ser tecnicamente inviável, quanto para os na informalidade.

Pandemia desigual

Os dados não indiquem diferença significativa na contaminação entre quem utiliza ou não o transporte coletivo para ir ao local de trabalho – 14,1% e 13,5%, respectivamente. Porém, há um claro aumento no risco de ser contaminado pela covid-19 para quem manteve o trabalho fora de casa – majoritariamente quem vive na periferia. A prevalência de contaminação entre quem está em home office é de 7,2%. Já entre quem trabalhou fora o índice de contaminação é mais que o dobro: 18,9%.

A quinta fase do inquérito sorológico confirmou os dados das fases anteriores quanto à prevalência maior da doença entre a população preta e parda e entre as classes D e E, ressaltando as desigualdades na pandemia. No primeiro caso, a população negra apresenta índice de contaminação de 17,4%, enquanto na população branca é de 10,7%. Já entre classes sociais, a prevalência na classe A/B é de apenas 3,1%, enquanto na classe D/E é de 18,7%. Os índices também são maiores em pessoas com idade entre 18 e 34 anos (15,4%) e em pessoas de 35 a 49 anos (14,6%).

Fonte: Rede Brasil Atual

Levantamento elaborado pelo Dieese mostra que, na pandemia, o chamado home office atinge sobretudo trabalhadores de maior renda, não negros, mulheres e com ensino superior. O instituto usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios específica para o coronavírus (Pnad Covid), do IBGE.

No universo de ocupados no país, dos que ganham até um salário mínimo, apenas 4% estão em home office. A proporção sobe para 7% na faixa de um a dois mínimos e para 18% de dois a três. E atinge 32% entre aqueles que recebem acima de três salários mínimos (R$ 3.135). No estado de São Paulo, esses números sobem para 7%, 9%, 23% e 37%, respectivamente.

De um total de 81,4 milhões de ocupados em julho, 10% faziam teletrabalho. Em São Paulo, era 15%, entre 19,6 milhões.

Casa própria

De acordo com os dados, as mulheres eram maioria no teletrabalho, tanto no país (56%) como em São Paulo (54%). Os “não negros” também: 66% e 79%, respectivamente.

No recorte por escolaridade, os números são iguais: 74% têm e 26% não têm ensino superior. E a maioria possui casa própria: 72% no país e 70% em São Paulo.

Acordo no Bradesco

Funcionários do Bradesco aprovaram, em votação virtual, acordo específico de teletrabalho para o período pós-pandemia. “Tivemos uma votação expressiva dos bancários e bancárias”, afirmou a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro.

De acordo com a entidade, no primeiro ano haverá ajuda de custo para cobrir gastos adicionais, como internet e luz. O valor ficará em R$ 1.080 caso o banco não ceda a cadeira. Se ceder (em comodato), a quantia será de R$ 960. O pagamento será feito de uma só vez. Nos anos seguintes, pagamento de R$ 960, que pode ser parcelado em até 12 meses.

O regime de home office não será obrigatório. Ou seja, depende da aceitação do empregado. “O Bradesco concordou em adotar o controle da jornada, por meio de programa de computador para registro dos horários de trabalho e/ou por regime de exceção. O banco irá respeitar intervalos para refeição e períodos de descanso”, diz ainda o sindicato. “Ligações de áudio ou vídeo, mensagens escritas, ou qualquer outra atividade laboral nesses períodos serão proibidas ou, caso ocorram, serão devidamente computadas como horas extras.”

Caberá ainda ao banco fornecer notebook ou desktopmouse, teclado independente e headset. O empregado fica responsável pela guarda, conservação e devolução.

Fonte: Rede Brasil Atual

Projeto de Lei 4.557/2020, protocolado nesta segunda-feira (14) na Câmara dos Deputados, altera a Lei 13.303/2016 para passe a ser obrigatória a apresentação de justificativa específica, a realização de consulta pública, aprovação de lei específica, referendo e licitação para a alienação de controle acionário ou a extinção de empresas públicas e suas subsidiárias.

“Propomos alterar a Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, que dispõe sobre o estatuto jurídico das empresas estatais, para trazer regras adequadas para resguardar o patrimônio e o interesse públicos e a função social dessas empresas”, justifica o deputado Frei Anastacio Ribeiro (PT/PB), autor do projeto, que aguarda despacho do presidente da Câmara dos Deputados.

Barrar privatizações do BB, Caixa…

Pelo projeto, “dependerá de aprovação mediante referendo popular a autorização legislativa para alienação de controle acionário ou para extinção” as seguintes empresas e suas respectivas subsidiárias: o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a Eletrobrás; e todas que exerçam atividades de competência exclusiva da União, de que tratam os incisos VII, X, XI, XII, XV e XXIII do art. 21 e a alínea “c” do inciso I do art. 159 e o art. 177 da Constituição Federal.

“Na atual conjuntura, em que temos um ministro da Economia que afirma querer ‘privatizar tudo o que for possível’ e um Presidente da República que se omite diante de toda e qualquer questão econômica, deixando tudo nas mãos deste ministro inconsequente, o projeto do deputado Frei Anastacio é de extrema importância”, ponderou o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão. “Não podemos ver o patrimônio público ser dilapidado e nos mantermos inertes. E este é um dos méritos deste projeto”, completou, ao dizer que todos que são contra a dilapidação do patrimônio público deve entrar no site da Câmara dos Deputados e declarar seu apoio.

Na justificativa do projeto, o deputado observa que “devemos resgatar a função social das empresas estatais para a nossa economia, ao invés da recente dilapidação do patrimônio público empreendida no Brasil, levada a cabo por causa de uma ideologia atrasada de que o Estado deve ser mínimo, junto com interesses privados em se apropriar de ativos valiosos que pertencem, em última instância, ao povo brasileiro”.

“Precisamos compreender que o Estado deve estar presente, por meio de diversas formas de atuação tanto indireta, por meio, por exemplo, de estímulos, quanto direta, como no caso das empresas estatais, para fomentar o nosso desenvolvimento nacional, em suas diversas dimensões, e também para corrigir falhas nos mercados”, diz outro trecho da justificativa do projeto.

Limitar poder do Executivo

O deputado observa, ainda, que o papel do Poder Legislativo e da população brasileira é imprescindível, mas na discussão sobre privatizações, o Supremo Tribunal Federal (STF) entende que a Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, que regula o Programa Nacional de Desestatização, traz uma autorização genérica para privatizar empresas estatais, que poderiam ser destacadas para venda por meio de decreto do Poder Executivo.

“Essa Lei de 1997 surge no contexto das privatizações do Governo Fernando Henrique. Permaneceu nos Governo Lula e Dilma, sem ter sido utilizada com a ideologia e a prática que prevalecem desde 2016, mas agora julgamos que é preciso excluir diversas das possibilidades abertas por essa legislação. Acreditamos que cabe eliminar essa carta branca ao Poder Executivo para autorizar privatizações por decreto, para que não ocorra a falta de respeito com o patrimônio brasileiro e com a função social das empresas estatais que vivenciamos no Brasil, por meio da busca incessante de privatizar a qualquer custo”, afirma o deputado, lembrando ainda que uma decisão recente do STF parece liberar “equivocadamente” a venda indiscriminada de subsidiárias de estatais, sem necessidade de autorização legislativa, configurando uma interpretação distante do objetivo constitucional para a existência das estatais.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu nesta terça-feira (15) com representantes do banco para protestar contra as demissões que ocorreram em várias cidades. Os desligamentos contrariam o compromisso da direção do Itaú de não demitir durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Foram 130 demissões somente na área de Veículos, além de outras que ocorrem nas agências. Os representantes do Itaú disseram inicialmente que os desligamentos ocorreram na área de Veículos. No entanto, membros da COE afirmaram que também foram registradas demissões em agências, fato admitido pelo banco.

O Itaú teve um lucro de R$ 28 bilhões no ano o passado, desenvolve uma campanha para mostrar seu lado humano na pandemia, mas demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos. “Eles têm gordura financeira para segurar seus funcionários. Fomos pegos de surpresa nesse momento crítico. Não cumpriram o compromisso de não demitir na pandemia. Queremos que o banco reveja essas demissões e discuta a realocação desses funcionários”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE do Itaú.

Campanha

Mesmo reafirmando a importância do diálogo na mesa de negociações, os membros da COE decidiram reforçar o diálogo com os funcionários do banco e preparar uma campanha para denunciar as demissões no Itaú. A denúncia da quebra do compromisso será divulgada nas redes sociais. Nesta terça-feira (15) houve um primeiro ensaio da campanha com um tuitaço às 14h, uma hora antes da reunião da COE com os representantes do banco. A hashtag digitada para protestar contra as demissões era #ItaúPareDeDemitir.

Na reunião com a COE, os representantes do Itaú informaram que realocaram 70% dos funcionários da área de veículos que inicialmente iriam ser demitidos. Os membros da COE cobraram mais transparência nos números de funcionários a serem atingidos pelas mudanças e que todos, e não apenas 70%, sejam realocados em outras áreas da instituição.

Porém, as demissões não ficaram restritas à área de Veículos. “Essas demissões vêm ocorrendo no Brasil todo, principalmente, nos cargos de gerência. Tivemos também demissões de caixa dentro de agencias”, completou Jair Alves. Também foi levantado pela COE Itaú que o banco está demitindo companheiros adoecidos e até mesmo outros que tinham recebido prêmios por bom desempenho. Membros da COE cobraram que o banco realize exames demissionais criteriosos.

Jair Alves disse que os desligamentos também levantam a questão da volta das homologações serem feitas nos sindicatos da categoria. Esse será um dos pontos a serem discutidos nas próximas reuniões da COE com os representes do banco onde o debate central será o das demissões durante a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

O Mercantil do Brasil atendeu a reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e anunciou que realizará o pagamento da PLR e do abono de R$ 2 mil a seus funcionários e funcionárias nesta sexta-feira (18).

Para a maioria dos funcionários, os valores de PLR obedecerão às regras da Convenção Coletiva de Trabalho, com o Mercantil distribuindo o limite de 13,8% do lucro de forma proporcional. A PLR adicional será de aproximadamente R$ 550,00, com a distribuição linear de 2,2% do lucro apurado.

Os valores virão junto à folha de pagamento, já com os salários reajustados em 1,5%.

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deliberam, nesta terça-feira (15), das 17h às 22h, sobre as cinco primeiras cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, que tratam exclusivamente das questões econômicas do acordo. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) recomenda a aprovação destas cinco cláusulas. O link para acesso ao sistema de votação eletrônica estará disponível nesta terça-feira nos sites dos sindicatos.

“É necessário aprovar estas cinco cláusulas para que o corpo funcional possa receber as verbas definidas no acordo firmado pelo Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e evitar que haja perdas para os trabalhadores”, explicou o vice-presidente e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o BNDES, Vinícius de Assumpção.

Vinícius disse que o banco procurou a Comissão de Negociação dos Empregados na sexta-feira (11) com a proposta de fracionar a apreciação do ACT de 2020 e, num acordo de cavalheiros, também informou que continuará ao longo do curso das negociações – tal como vem fazendo desde 1º de setembro – não implementando os efeitos da perda de eficácia das cláusulas não-econômicas do ACT 2018-2020 até o término das negociações.

“Entendemos esses gestos como os primeiros de inequívoca boa vontade da parte da administração durante todo o processo de negociação do ACT de 2020. Saudamos essas manifestações como um indicador efetivo de disposição negocial, o que nos faz acreditar que podemos chegar a um entendimento por essa via”, disse o presidente da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES), Arthur Koblitz.

Para discutir a proposta do banco antes da assembleia, a AFBNDES convocou os empregados para participarem de uma reunião virtual nesta segunda-feira, às 17h30.

Demais cláusulas

O dirigente da Contraf-CUT informou, ainda, que as demais cláusulas do acordo continuam no processo negocial.

“As demais cláusulas são vitais para o funcionalismo e para o movimento sindical e associativo. Por isso, as negociações sobre elas continuam”, disse ao se referir às cláusulas de estabilidade no emprego, da organização sindical, do plano de saúde e da Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes).

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco atendeu o pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e irá efetuar o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na próxima quinta-feira (17). A décima terceira cesta de alimentação será paga no dia 28 de setembro. Já o pagamento do abono será efetuado junto com o salário mensal.

Os bancários receberão a antecipação da regra básica e da parcela adicional da PLR. A antecipação da regra básica corresponde a 54% do salário (já reajustado em 1,5%, como acordado na Campanha 2020) + valor fixo de R$ 1.517,73, com teto de R$ 8.141,83. A antecipação da parcela adicional corresponde a 2,2% do lucro do semestre dividido entre os trabalhadores com teto de R$ 2.529,53.

Fonte: Contraf-CUT