Maio 16, 2025
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Pesquisa divulgada na quinta-feira (10), realizada pela Exame/Ideia, projeto que une a Exame Research, braço de análise de investimentos da Revista Exame e o Instituto Ideia, especializado e opinião pública, constatou que a maioria da população brasileira (49%) é contrária à privatização da Caixa Econômica Federal. Enquanto 22% disseram ser a favor e 19% dos entrevistados ficaram neutros, 9% não souberam opinar a respeito.

A pesquisa foi realizada com 1.235 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 24 e 31 de agosto. Os entrevistados também foram ouvidos sobre as privatizações da Petrobras e da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). E mostraram, de um modo geral, serem contrários às privatizações. A exceção ficou com os Correios, cuja privatização teve uma posição parecida entre os números de contrários e favoráveis.

A privatização da Caixa Econômica voltou a ser tema de debate depois da publicação, pelo Governo Federal, da Medida Provisória (MP) 995, no início de agosto. O texto abre caminho para a privatização do banco, uma vez que autoriza as subsidiárias da Caixa a constituírem outras subsidiárias (inclusive pela incorporação de ações de sociedades empresariais privadas).

A MP tem como uma das finalidades, de acordo com o seu artigo 2º, o “desinvestimento” da Caixa e de suas subsidiárias. A matéria está na Câmara dos Deputados e, a partir do próximo dia 21, passará a tramitar em regime de urgência. O texto já recebeu 412 emendas, tanto por parte de deputados como de senadores dos mais variados partidos, contrários ao seu conteúdo.

Enquete no Senado

Também enquete que está sendo realizada pelo portal do Senado na internet mostra grande rejeição a essa privatização. O portal aponta que até esta data, 19.403 pessoas votaram contra a MP, contra 619 votos favoráveis. A visão da maior parte dos que são ouvidos sobre o tema é que a medida provisória desrespeita não apenas a Constituição Federal, mas também o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Trata-se, na verdade, de uma manobra clara do governo Bolsonaro para fatiar e depois vender a Caixa, que tem comprovado ser essencial no socorro à população brasileira, especialmente, nesta crise sem precedentes provocada pela pandemia do coronavírus”, avalia o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto.

Para o dirigente, a própria decisão do Executivo de tratar do assunto por meio de uma medida provisória “evidencia a intenção do governo de vender o patrimônio público sem passar pelos poderes Legislativo e Judiciário”. “MPs têm efeito imediato e são instrumentos para casos de urgência e relevância”, explicou ele.

“O governo escolheu justamente este instrumento para ‘passar a boiada’; criar e vender subsidiárias da Caixa em atividades que podem ser fundamentais para o papel social do banco e essenciais para os brasileiros”, acrescentou.

De acordo com Takemoto, a MP é uma estratégia do governo de burlar a necessidade de autorização legislativa para a privatização de estatais, conforme entendimento do STF, em relação às chamadas “empresas-mãe”, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.624.

A ADI — movida pela Fenae e a Contraf/CUT — questiona os processos de privatização e venda de empresas públicas e suas subsidiárias, a exemplo da Petrobras. O Congresso pediu ao Supremo que Câmara e Senado tornassem parte deste processo, mediante a alegação de que a Petrobras vem burlando decisão do STF e transformando refinarias em nova subsidiárias para poder vendê-las.

Outras estatais

A pesquisa Exame/Ideia também apurou junto aos entrevistados posições sobre a privatização de outras estatais. Em relação à Petrobras, por exemplo, o trabalho revelou que 41% dos ouvidos disseram ser contrários à privatização e 28% a favor. Outros 20% disseram não ser nem a favor nem contra e 12% que não souberam responder.

A pesquisa só não mostrou maior rejeição da população à privatização quando o tema está relacionado à ECT, mas mesmo assim, é muito próximo o percentual de pessoas favoráveis ao de contrárias à privatização.  Neste caso, 40% dos entrevistados consideraram-se favoráveis, contra 37% são contrários. Outros 14% disseram ser neutros, enquanto 9% dos entrevistados não souberam responder.

Fonte: Fenae

 

Depois da reinvindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa), a Caixa irá antecipar o valor da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e do Abono Único para esta segunda-feira (14). De acordo com as regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e do Acordo Coletivo de Trabalho, tanto o pagamento da PLR (50%) quanto o abono seriam feitos até o dia 30 de setembro.

A manutenção da PLR Social foi uma conquista importante para os empregados da Caixa. As negociações entre a Comissão dos Empregados e a direção do banco foram intensas.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, esse é um reconhecimento para os empregados da Caixa por todo o trabalho social realizado, principalmente agora durante a pandemia. “Os empregados têm demonstrado o comprometimento com os resultados do banco. Desde o início da pandemia eles provaram, mais uma vez, que a Caixa é imprescindível para todos os brasileiros. A antecipação é valorização de todos os colegas”, avaliou a coordenadora.

Limitação

Durante as negociações a CEE/Caixa protestou com relação à restrição imposta pelo governo Bolsonaro. Por meio da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), a PLR e PLR Social estão limitadas a no máximo três Remunerações Básicas (RBs) por empregado. “A limitação feita pelo governo é de um equívoco gigantesco. Mas o SEST condicionou a sua autorização pra CAIXA extrapolar o limite permitido para poder pagar a PLR Social se tivesse essa restrição. E entendemos que a PLR Social era importante para os empregados.

Veja aqui a minuta da PLR.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários e bancárias do Banco Bradesco da Baixada Fluminense e de todo o país aprovaram, por ampla maioria, em assembleias realizadas nesta última sexta-feira (11) e ontem, sábado (12), o acordo negociado pelo Comando Nacional da categoria com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

O acordo negociado prevê ajuda de custo para cobrir gastos com o trabalho que passa a ser feito em casa, com despesas como aumento de gastos com luz, internet, compra de mobília adequada. A ajuda de custo é de R$ 1.080 no primeiro ano, caso o bancário compre a cadeira; se o banco fornecer a cadeira, a quantia será de R$ 960. Para o ano que vem, ajuda de custo no segundo ano em diante de R$ 960, que poderá ser paga de uma vez ou mensalizada.

Outro pronto negociado foi o fornecimento pelo banco de equipamentos (notebook ou desktop, mouse, teclado, etc). A jornada de trabalho será controlada e horários de descanso e de refeições serão respeitados; também haverá curso pra quem aderir ao teletrabalho e acompanhamento especial no periódico.

O Banco do Brasil vai pagar nesta sexta-feira (11) a Participação nos Lucros e/ou Resultados referente ao primeiro semestre de 2020. Os valores totais por cargo são de R$ 4.845,65 para escriturários e R$ 5.471,08 para caixa executivo.

O banco poderia efetuar o pagamento em até 10 dias úteis após a assinatura do acordo, mas paga nesta sexta-feira em atendimento ao pedido da Contraf-CUT. Também a pedido da Contraf-CUT, os valores também serão pagos aos bancários das bases de Bauru (SP), Maranhão e Rio Grande do Norte, que tinham sido impedidos pelos bancos de assinarem a CCT e o ACT dos funcionários do BB.

Regras da PLR do BB

A PLR do banco é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB.

Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

O módulo BB constitui-se de uma parcela constituída pela divisão entre os funcionários de 4% do lucro líquido verificado no semestre, mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou Conexão.

Na campanha deste ano, o banco tentou reduzir o percentual a ser distribuído linearmente entre os funcionários do módulo BB para 2%, mas a representação dos funcionários conseguiu impedir.

“Isso reduziria em 47% o valor a ser pago aos funcionários referente à parcela específica. Somente conseguimos impedir a redução após muita negociação”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Veja abaixo a tabela

Abono e diferença dos tíquetes

O banco também informou à Contraf-CUT que efetuará o pagamento do abono de R$ 2.000,00 previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) no dia 20 de setembro, juntamente com o pagamento do salário, já com a correção de 1,5%. É importante lembrar que sobre o abono incide Imposto de Renda.

Já a diferença dos tíquetes será creditada no dia 30.

Fonte: Contraf-CUT

Após a recusa da proposta do banco em assembleia realizada no dia 1º de setembro e a prorrogação, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), por 30 dias, da vigência do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), as negociações entre a comissão de negociações dos funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram retomadas nesta quarta-feira (9).

A representação dos trabalhadores tornou público um documento que explica o histórico e a importância para o funcionalismo de cada uma das cláusulas do acordo.

“Nossa intenção foi a de mostrar que o ACT é uma construção de décadas e que cada uma de suas cláusulas somente foi inserida no documento depois de longo debate e a concordância de ambas as partes de sua importância”, explicou o vice-presidente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção.

Solução negociada

O vice-presidente da Contraf-CUT também destacou a importância da solução por meio da negociação. “Valorizamos muito a mesa de negociações. Acreditamos na necessidade de fazermos um esforço final para acharmos uma saída em mesa de negociações, para evitarmos a judicialização do processo, que seria ruim para ambas as partes”, disse.

A representação dos trabalhadores, porém, destacou alguns pontos que são fundamentais para a solução negociada.

Um destes pontos é a cláusula 13 do antigo ACT, que trata da estabilidade de emprego. “Ela protege não apenas o funcionalismo, mas o Estado. Permite que o trabalhador atue de forma independente e sem pressões políticas, que podem desvirtuar o objetivo do banco”, explicou Vinícius.

Outros pontos

Outros pontos são a manutenção do plano de saúde e da da Fundação de Assistência e Previdência Social do BNDES (Fapes), além das cláusulas que tratam da organização dos trabalhadores e sua representação sindical.

“É preciso que os funcionários tenham autonomia de organização e atuação sindical e associativa. Proibir essa atuação, ou inibir sua organização é reviver o período da ditadura. É buscar impedir que os trabalhadores se organizem para se defender dos ataques aos seus direitos”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, ressaltado a importância das associações de funcionários e dos sindicatos e demais entidades de representação sindical.

Em busca do acordo

“O processo negocial não pode ser levado pelo ódio e rancor. Esperamos que a diretoria do banco abandone essa visão míope e mostre que está disposta a resolver os impasses em mesa negocial”, disse Vinícius ressaltando que “o processo começou todo torto”, com o banco querendo interferir a representação dos trabalhadores na mesa de negociações e, depois, ao apresentar a proposta com tempo insuficiente para o debate.

“A direção se engana ao pensar que vai dirigir o banco na base do chicote. É preciso que haja diálogo com o corpo funcional”, criticou o dirigente da Contraf-CUT. “Nós valorizamos as negociações e queremos o diálogo. A responsabilidade pela solução é toda do Montezano e de seus representantes”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários do Itaú receberão o pagamento do Programa Complementar de Resultados (PCR) e da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) no próximo dia 21 e o abono salarial no dia 25. O anúncio foi feito em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10), após cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, afirma que todos esses valores são conquistas dos trabalhadores que devem ser comemoradas. “Nenhum desses ‘benefícios’ foi dado de mão beijada, nós os garantimos com muita luta. Por isso, temos de valorizar muito.”

Os bancários que quiserem calcular o que receberão de PLR este mês, podem acessar este simulador: https://spbancarios.com.br/plr

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e sindicatos de bancários de todo o país realizam, nesta sexta-feira (11) e neste sábado (12), assembleia para avaliar a proposta de teletrabalho negociada com o Bradesco. A decisão ocorre depois do Comando Nacional dos Bancários se reunir, nesta quinta-feira (10), com o banco.

O teletrabalho não foi aprovado na negociação da CCT com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) porque não havia uma posição unificada das instituições bancárias em relação ao que estava sendo proposto pelo movimento sindical. O Comando Nacional defendia pontos prioritários sobre teletrabalho: ajuda de custo para quem trabalhasse em casa; controle da jornada de trabalho; fornecimento pelo banco de equipamentos necessários para o teletrabalho; móveis adequados às normas ergométricas e de saúde, curso pra quem aderir ao teletrabalho; acompanhamento especial no periódico; canal de apoio, além de outros pontos. O Bradesco concordou com as condições.

Para votar, basta acessar: https://bancarios.votabem.com.br/

A votação será por meio eletrônico, das 16h de sexta-feira (11) às 16h de sábado (12), e também estará disponível em nosso site.

O Sindicato e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientam a aprovação da proposta.

Confira os pontos da proposta:

•  Ajuda de custo de R$ 1.080 no primeiro ano, caso @ bancári@ compre a cadeira; se o banco fornecer a cadeira, a quantia será de R$ 960.

•  Ajuda de custo no segundo ano em diante de R$ 960, que poderá ser paga de uma vez ou mensalizada

•  Banco vai fornecer equipamentos (notebook ou desktop, mouse, teclado, etc)

•  Jornada de trabalho será controlada e horários de descanso e de refeições serão respeitados

•  Curso pra quem aderir ao teletrabalho

•  Acompanhamento especial no periódico

 • GT de acompanhamento do acordo pelo Sindicato

 

Ajuda de custo

A proposta prevê uma ajuda de custo de R$ 1.080,00 para cobrir gastos adicionais com o teletrabalho (intertnet, luz, etc) A ajuda será paga de uma única vez, no primeiro ano, se o banco não conceder em comodato a cadeira. Caso o banco ceda a cadeira, a quantia será de R$ 960,00. Nos anos seguintes, o banco vai pagar uma quantia de R$ 960,00, que poderá ser pago de uma só vez ou parcelado em até 12 vezes, a critério do banco. Outro avanço na proposta é que @ bancári@ precisa concordar em ir para o regime de teletrabalho, não será obrigatório.

Jornada de trabalho

O Bradesco também concordou em adotar o controle da jornada, por meio de programa de computador para o registro dos horários de trabalho e/ou por regime de exceção. O banco irá respeitar os intervalos para refeição e os períodos de descanso. Ligações de áudio ou vídeo, mensagens escritas, ou qualquer outra atividade laboral nesses períodos serão proibidas ou caso ocorram serão computadas como horas extras.

Fornecimento de equipamentos

O banco também fornecerá notebook ou desktop, mouse, teclado independente e headset, ficando o empregado responsável pela guarda, conservação e devolução.

Treinamento

Será realizado programas de treinamento para quem for trabalhar em casa, bem como para os gestores desses funcionários.

Saúde

O banco promoverá orientação a todos os empregados em regime de teletrabalho sobre as medidas destinadas à prevenção de doenças e acidentes do trabalho, por meio físico ou digital ou treinamentos à distância. O banco também concordou em realizar acompanhamento especial no exame periódico de quem estiver em teletrabalho.

Canal de apoio

O Bradesco também vai disponibilizar um canal de apoio para orientações ao funcionário sobre procedimentos profissionais ou equipamentos.

Acompanhamento

Na negociação, banco e o Comando Nacional concordaram em formar um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar a aplicação do acordo na categoria.

Referência

“Esse acordo representa um grande avanço para quem vai ficar em teletrabalho. A proposta inicial não era boa, fomos melhorando durante as negociações. Agora, esse acordo pode servir como referência para negociações com outros bancos. Vamos cobrar os demais bancos negociação sobre o tema”, afirmou Juvandia Moreira.

O acordo com o Bradesco representa uma conquista por vários aspectos. A legislação atual não prevê controle de jornada, que poderia representar trabalho gratuito. Também não obriga pagamento de ajuda de custo. Outra vantagem do acordo é que na legislação o empregador tem a vantagem de negociar individualmente com o trabalhador o regime de teletrabalho. Já a negociação coletiva dá mais força para a categoria, que a partir desta sexta-feira (11) vai realizar assembleias a partir das 16h e que vão até sábado às 16h. As assembleias foram convocadas para avaliar o acordo negociado pelo Comando Nacional.

A Oxfam Brasil mostra que a pandemia de coronavírus ampliou a desigualdade econômica global. Enquanto 400 milhões de trabalhadores perderam o emprego, as 32 empresas mais lucrativas do mundo conseguiram se blindar das consequências econômicas da covid-19 e aumentaram o lucro em até R$ 577 bilhões a mais em 2020, considerando o período da pandemia em relação aos anos anteriores.

O relatório “Poder, Lucros e Pandemia” da entidade revela que, como muitos dos bilionários do mundo também são alguns dos maiores acionistas dessas empresas, a fortuna dos 25 mais ricos aumentou em R$ 1,3 trilhão, só entre meados de março e final de maio.

Em contrapartida, essas empresas não compensaram esse aumento em seus lucros pagando mais impostos ou ampliando atividades filantrópicas e doações. De acordo com a estimativa da Oxfam, as doações feitas pelas maiores empresas do mundo durante a pandemia da covid-19 representaram, em média, 0,32% da sua receita operacional em 2019.

O relatório aponta que se cobrasse uma tributação sobre esse lucro na pandemia, o valor cobriria todos os custos de testagem e produção de vacinas para todas as pessoas do planeta. “Um imposto sobre lucros durante a pandemia, no estilo do adotado durante a Segunda Guerra Mundial, geraria bilhões de dólares. Considerando apenas as 32 empresas globais que mais estão lucrando com o coronavírus, estima-se que poderiam ser geradas receitas de R$ 551 bilhões, em 2020, para fazer frente ao vírus.”

Distribuição de lucros

Para a Oxfam, a distribuição excessiva de lucros e dividendos a acionistas, antes da crise, deixou empresas, trabalhadores e governos vulneráveis ao choque da pandemia. Ou seja, uma reserva financeira protegeria empregos e ajustaria modelos de negócios.

Os acionistas ainda mantiveram esse repasse de lucros após a eclosão da pandemia. A entidade levantou os relatórios financeiros das empresas Microsoft e Google, que distribuíram mais de R$ 111 bilhões e R$ 79 bilhões aos seus acionistas, respectivamente.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, aumentou seu patrimônio líquido em R$ 69 bilhões, em apenas um dia, durante a pandemia. Apesar da crise econômica mundial, ele aumentou sua fortuna de R$ 392 bilhões para um pouco mais de R$ 1 trilhão, apenas em 2020.

Levantamento da Oxfam mostra que Bezos poderia pagar a cada um de seus 876 mil funcionários da Amazon um bônus de mais de R$ 530 mil, e ainda seria tão rico quanto era antes da pandemia de covid-19.

Zero mudanças

Enquanto a pandemia provocou e incentivou novos modelos de negócios, a Oxfam alerta que poucas mudanças significativas estão sendo implementadas a partir dos escritórios dos executivos e “expõe a lacuna entre o compromisso e prática”.

Em mais de 100 casos em todo o mundo, as empresas continuam distribuindo lucros e dividendos a acionistas, mantêm programas de remuneração de executivos e continuam a demitir trabalhadores. Além disso, fazem lobby junto a governos pela desregulação de proteções ambientais, fiscais e sociais.

“A discrepância observada nos impactos econômicos da covid-19 não é resultado do acaso, e sim de um modelo econômico que gera lucros para os ricos enquanto extrai valor de muitos. A pandemia não gerou as atuais injustiças econômicas, raciais e de gênero: ela as expôs e ampliou”, acrescenta o relatório.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional d@s Bancári@s vai se reunir nesta quinta-feira (10) para avaliar a proposta sobre teletrabalho feita pelo banco Bradesco. A reunião faz parte da negociação que começa a ser feita com alguns bancos sobre o home office.

Na nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ficou definido que todos os direitos previstos por dois anos também valem para os trabalhadores que estiverem em teletrabalho. O compromisso de que quem está em teletrabalho hoje permanecerá enquanto a pandemia perdurar.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, nesta quarta-feira (9), um ofício à Caixa Econômica Federal para solicitar agilidade no processamento de inclusões dos empregados contratados após 31 de agosto de 2018 no Saúde Caixa.

A extensão das mesmas possibilidades de serviços e de atendimento, assim como a participação no custeio – o que unificará toda a base nacional de empregados da Caixa –, foi uma das principais conquistas das negociações referentes à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Caixa.

“A mobilização dos empregados assegurou no ACT garantias fundamentais aos usuários do Saúde Caixa, como a manutenção da proporção 70/30 no custeio e o caráter solidário do plano, além restabelecer a participação dos novos empregados. Agora, queremos que esta conquista tão importante seja efetivada”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/ Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT