Abril 29, 2025
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O Coletivo Nacional de Juventude da Contraf-CUT se reuniu, nesta quinta-feira (24), para avaliar os impactos das reformas e os avanços do movimento sindical. Durante o encontro, ficou definida a criação de um curso de formação especifico para os jovens.

As entidades trocaram experiências e debateram estratégias para atrair os jovens para o movimento sindical e para a mobilização. “Com todo o cenário exposto, é importante que as entidades façam o debate de juventude, renovação e empodere os jovens em suas diretorias. Inclusive para refletir as características de suas bases”, afirmou Fabiana Uehara, secretaria da Juventude da Contraf-CUT.   

Para isso, os representantes do coletivo definiram a criação de uma metodologia de formação de dirigentes jovens. “Precisamos promover seminários ou oficinas para atrair a juventude para o movimento sindical bem como fortalecer o diálogo entre os coletivos organizados”, disse.

A Contraf-CUT vai reforçar a orientação de criação de secretarias e coletivos de juventude nas entidades filiadas.

O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas divulgou uma nota, nesta quinta-feira (24), contrária às iniciativas do governo federal, que quer implantar um pacote de privatizações no Brasil. A lista consta com 57 empresas e projetos, dentre eles, aeroportos, terminais portuários e de energia (hidrelétrica, petróleo e gás), a Lotex (Loteria da Caixa) e a Casa da Moeda, além da Eletrobrás. Para reagir contra as ofensivas ao patrimônio público, os movimentos sindicais se reunirão no dia 3 de outubro, no Rio de Janeiro, para uma grande mobilização.

O ato, idealizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), vai reunir representantes dos movimentos sindical, social e demais atores da sociedade civil para deixar claro que o desenvolvimento do Brasil passa necessariamente pela manutenção de bens, serviços e empresas públicas, e que essa riqueza não será entregue ao grande capital e multinacionais.

Para mais informações e contatos, acesse o site e facebook do comitê (comiteempresaspublicas.com.br) ou entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

Fonte: Contraf-CUT e Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Organizar os trabalhadores para resistir à implantação das novas regras instituídas pela reforma trabalhista, prevista para novembro, foi um dos principais objetivos do seminário da CUT do Rio de Janeiro. O encontro reuniu, nesta quinta-feira (23/8), dirigentes de diversos sindicatos filiados à central no estado, entre eles o dos Bancários do Rio de Janeiro.
O seminário, realizado no auditório do Sindicato, contou com a presença de juízes e procuradores do Trabalho, advogados e dirigentes da CUT Nacional e da CUT Rio. A participação de magistrados e membros do Ministério Público do Trabalho se deveu ao engessamento da Justiça do Trabalho provocado pela reforma, que está sendo classificado como o fim da Justiça do Trabalho. Organizaram o seminário, o secretário de Relações do Trabalho da CUT Rio, Gentil Ramos, e a diretora da CUT Nacional, Virgínia Berriel.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, mais uma vez lembrou que é necessário e um grande desafio levar para a sociedade o debate das consequências da reforma trabalhista. “As pessoas não se deram conta, ainda, do que está por vir. Se soubessem, estariam nas ruas lutando pelos seus direitos”, constatou. Acrescentou ser necessário unidade entre os trabalhadores contra a implantação das novas regras. E completou: “Com esse governo, não tem papo, tem que ter luta”.
Estado de exceção
Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT Nacional, lembrou que neste fim de semana estará acontecendo o Congresso Nacional da central sindical e que uma das resoluções a ser aprovada deve ser exatamente a respeito da organização de uma luta nacional contra a implantação das novas regras trabalhistas e a aprovação da reforma previdenciária. “Não podemos esperar que entrem em vigor e que os trabalhadores sintam na pele os seus efeitos para então iniciar a luta. Temos que, desde já, preparar a resistência às mudanças, com a organização de mobilizações em todo o país a partir de novembro”, adiantou.
Avaliou que vivemos num Estado de exceção desde o golpe que derrubou Dilma Roussef da Presidência, ano passado. “Isto tem que ser repassado para as categorias. Estamos num Estado de exceção, por isto mesmo, como no golpe de 1964, com um governo que pode tudo, e que, só por isto foi capaz de aprovar a mais agressiva retirada de direitos trabalhista já feita por um país”, analisou.

País registra oito casos de assassinatos por dia, segundo Ministério Público

A violência contra a mulher se tornou uma realidade cada vez mais preocupante no Brasil. De acordo com dados dos Ministérios Públicos estaduais, entre março de 2016 e março de 2017, foram registrados 2.925 casos de feminicídios no país. Mesmo com o aumento de 8,8% de casos em relação ao ano anterior, ainda faltam investimentos do governo para a prevenção destes crimes hediondos.

No estado de São Paulo, por exemplo, de janeiro a junho deste ano, 272 mulheres foram assassinadas, sendo que um terço delas foram vítimas de seus companheiros.  Em contraponto, os serviços do governo para prevenção e atendimento à essas vítimas ainda são falhos. “O grupo das mulheres dos movimentos sindicais foi até a Casa da Mulher Brasileira e verificou que o espaço mesmo com as estruturas físicas prontas, ainda não está implementado", revelou Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Para Elaine, “os números de feminicídios aumentam cada vez mais e precisamos da criação de políticas públicas para evitar que a violência aconteça e se torne em um crime ainda pior”, disse .

A lei federal, que define o feminicídio foi sancionada em 2015 pela presidenta Dilma Rousseff e transformou em hediondo o crime de assassinato quando se aproveita da fragilidade do sexo feminino. A pena varia de 6 a 20 anos de prisão e em alguns casos pode chegar até 30 anos.

“O reconhecimento do feminicídio como crime hediondo já foi um avanço, mas precisamos de leis ainda mais severas para que se possa punir de fato o agressor", finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta quarta-feira (23), na sede da Contraf-CUT, para discutir os impactos da Reforma Trabalhista para os trabalhadores de financeiras.

Na parte da manhã, o Dieese fez uma comparação de como as alterações da lei nº 13.467 afetam a categoria. “A reforma trabalhista impacta 36 artigos da minuta de reivindicação dos financiários e 17 pontos da convenção coletiva da categoria. Torna-se um imperativo proteger esses instrumentos frente a flexibilização de direitos, trazida com a aprovação da reforma trabalhista”, explica Barbara Vallejoz, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os financiários também redigiram um documento, que será entregue à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacref), para reivindicar os direitos trabalhistas já conquistados e o compromisso da entidade com a convenção coletiva até maio de 2018.

“O nosso acordo de 2 anos deve permanecer mesmo após a Reforma Trabalhista entrar em vigor, o que está previsto para novembro deste ano. Precisamos pressionar a Fenacref para garantir os nossos direitos já conquistados”, afirma Jair Alves, coordenador dos Financiários da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos dos bancários de todo o país entregaram nesta quarta-feira (23) uma “Carta Aberta à População”. O documento, elaborado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e com a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), explicando que o processo de desmonte do banco afeta toda a sociedade.

“A Caixa é o banco que mais investe nos projetos de construção de moradias populares, concede incentivo ao esporte, à cultura, financia a educação, as micro e pequenas empresas, enfim, é um banco público, fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. Tudo isso está em risco com as medidas tomadas pelo governo Temer. Todos os brasileiros podem ser prejudicados. Estamos fazendo este alerta à população”, explicou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.

A “Carta Aberta” informa ainda que há o risco de fechamento de agências da Caixa em diversas cidades menores e bairros de cidades maiores. A informação foi passada pela direção do banco à CEE/Caixa durante reunião realizada no dia 15/8. Na ocasião, foi informado que 100 agências estão sendo reavaliadas e poderão ser fechadas ou fundidas com outras unidades, dependendo do desempenho de cada uma, principalmente o retorno financeiro.

“Um banco público tem que contribuir para que o governo atenda a população em todas as cidades do país. Mas, é cada vez maior o número de bairros e cidades inteiras que não possuem nenhuma agência bancária. As pessoas precisam se deslocar até municípios vizinhos para encontrar uma agência bancária. Com o fechamento de agências da Caixa esse problema tende a ser ainda maior”, observou o coordenador da CEE/Caixa.

O documento entregue à população lembra também que a Caixa tem reduzido o percentual dos empréstimos para a compra da casa própria e no programa Minha Casa, Minha Vida, o que, para os empregados da Caixa, pode dificultar o acesso da população de baixa renda à casa própria.

Abaixo-assinado
Durante o ato, foram colhidas assinaturas em um abaixo-assinado contra o fechamento de agências; pedindo a contratação de mais funcionários para melhorar o atendimento à população e para reduzir o tempo de espera nas filas, mais investimento em políticas sociais, como a construção de moradias e em defesa dos bancos públicos e da Caixa 100% pública.

Atos semanais
Os representantes do empregados da Caixa prometem realizar atos semanais, todas as quartas-feiras, para denunciar o desmonte dos bancos públicos realizado pelo governo Temer.

Para gerar maior visibilidade dos atos nas redes sociais, a CEE/Caixa está recomendando aos sindicatos que realizarem atividades a postarem em seus sites e redes sociais as informações com as hastags #aCaixaÉdoPovo e #CaixaRespeiteoEmpregado, além de mandar as informações para os e-mails das federações, da Contraf-CUT (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e da Fenae (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).

Entidade criticou medidas adotadas pelo governo federal, como a reforma trabalhista e a terceirização

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentou, na segunda-feira (21), o estudo “A ‘Deforma’ do Estado e seus impactos no serviço público brasileiro”, que analisa as perdas sociais promovidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

O estudo parte da análise da Emenda Constitucional 95, a Lei de Terceirização, a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência. O conjunto de medidas deve jogar o Brasil na vala do desmonte do serviço público.

O Dieese criticou todas as medidas e centrou fogo na Reforma Trabalhista, que alterará as relações de trabalho no Brasil. “A Reforma se fundamenta em reduzir a proteção institucional aos trabalhadores, por parte do Estado e do Sindicato, e aumentar as garantias e a autonomia das empresas nas relações de trabalho, diminuindo custos e aumentando a flexibilidade do trabalho”, explica a entidade.

Para dirigentes CUTistas, a EC 95 será crucial para o desmonte do Estado. “O conjunto de medidas tomadas por esse governo golpista desmontam qualquer perspectiva de termos um Estado cumpridor de seu papel social. Com a Emenda Constitucional 95, esse governo mostra que no Estado que ele projeta, não cabe o trabalhador com seus direitos, é o fim de qualquer ideia de bem estar social”, afirma o secretário adjunto de Relações do Trabalho da Central, Pedro Armengol.

De acordo com o Dieese, a EC 95 deve “induzir a Reforma da Previdência”. “Serão mudanças brutais na vida do trabalhador e que não param na previdência”, afirma Maria Aparecida Faria, secretária geral adjunta da CUT, que mantém a linha crítica aos projetos do governo. “Esse governo não tem responsabilidade e ética com o serviço público e os servidores, está promovendo um desmonte total. Na Saúde, Educação Ciência e Tecnologia, Energia, Petróleo, nenhum setor será preservado. Eles fizeram uma reforma da Constituição sem que discutíssemos isso, isso é golpe”, encerra.

Ainda de acordo com o Dieese, as medidas reduzirão o papel do Estado “enquanto indutor do desenvolvimento”, e isso “não acompanhará a expansão da demanda por serviços públicos”.

A secretária de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, explicou a relação entre a aposentadoria e os avanços do governo no aparato social conquistado pela classe trabalhadora ao longo das décadas.

“Ao congelar o orçamento, há um ataque à proteção social. Nesse caso, não terá reajuste para os servidores, serão 20 anos de salários congelados e, obviamente, o repasse para a Previdência será o mesmo, mas as pessoas continuarão se aposentando”, afirmou Graça. Para a dirigente, o governo vai continuar sua ofensiva na “privatização dos serviços públicos, inclusive a Previdência”.

Fonte: CUT

Resistência e lutas traduziram os três dias de debates da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher, conforme mostrou o protesto realizado já na abertura oficial do encontro, que aconteceu de 17 a 20 de agosto em Brasília/DF. Para a secretária nacional da Saúde do Trabalhador, Madalena Margarida, a manifestação que escorraçou o ministro da Saúde da mesa e o ato público realizado horas antes, foram o combustível para o enfrentamento ao desmonte do Estado que está sendo promovido pelo atual governo.

“A maioria das mulheres já chegou com essa perspectiva, pois como foi um espaço construído na resistência, a etapa nacional simbolizou tudo o que a gente vivenciou nos municípios e estados. Então essa 2ª conferência representa, nas nossas vidas, apenas um passo extraordinário que demos, não no avanço da política, mas no sentido de termos mulheres mais inseridas nos debates e retomando os espaços de discussão sobre os direitos sexuais e reprodutivos e sobre a saúde da mulher”, avaliou a dirigente.

A partir de agora, explicou Madalena, a CUT terá outra tarefa: fazer o debate interno de articulação com o movimento de mulheres e a construção de um manifesto. “Precisamos pegar tudo o que a gente conseguiu aprovar até aqui, todos os avanços e acúmulo do debate, que é mais importante que a proposta, e trazer para dentro. Fazer com que os sindicatos e nossos dirigentes participem mais do controle social. Construímos as propostas, as moções, as emendas, discutimos, ampliamos e agora é hora de pegar o documento finalizado e discutir com nossas bases como vamos lutar por essa implementação.”

Segundo ela, nos quatro eixos debatidos na Conferência, conforme documento orientador publicado pelo Conselho Nacional de Saúde, o mote era o de resistência, enfrentamento e indignação com o sucateamento do Sistema Único de Saúde e, consequentemente, à saúde da mulher. Com isso foram aprovadas propostas em relação à saúde sexual reprodutiva, além de uma moção contra o Estatuto do Nascituro.

Em relação à saúde da mulher trabalhadora, a dirigente afirmou que é extremamente desolador saber que na nova legislação trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional em 12 de julho e que entrará em vigor a partir de novembro, o impacto para a vida das mulheres será bem maior. “Mas nada nunca foi de graça pra gente e acho que as mulheres vão encontrar uma forma de fazer o enfrentamento a essa lei. As vaias da abertura do evento mostraram isso: vamos para o enfrentamento seja com o patrão, seja com esse governo golpista. Não iremos nos calar!”

O documento final da 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher, que tem mais de 300 propostas, está previsto para ser apresentado a partir da segunda quinzena de setembro deste ano, quando a Comissão Nacional Organizadora se reunirá para produzir o relatório. A previsão é entregar ao Conselho Nacional de Saúde em outubro.

Fonte: CUT

Aconteceu nesta terça-feira (22), no Auditório Amarelo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o 1º Seminário de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O evento aborda as mudanças na Lei de Segurança Privada, Inovações Tecnológicas na Segurança Bancária, Organização dos Trabalhadores contra a violência e como os vigilantes e bancários enfrentam as situações de medo nas agências.

De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, a realização do seminário visa disseminar os debates sobre segurança bancária entre as federações e sindicatos, para que seja possível diminuir os casos de violência contra a categoria. “Não queremos violência e riscos no nosso trabalho. Os ataques à bancos, principalmente os que colocam em risco a vida humana e que nos amedrontam, tem que ser evitados”, disse o presidente da Contraf-CUT, que ressaltou que o seminário discutirá os ataques e a estratégia para impedir ou minimizar os danos físicos e psicológicos. “Existem maneiras para evitá-los, mas sempre esbarram na negativa dos bancos em investir na segurança das pessoas. Estão mais interessados na segurança patrimonial”, criticou.
Mesmo com a preocupação em aprimorar os cuidados com a segurança, ainda há muita dificuldade em mensurar os casos de violência nas agências. “Essa cultura de segurança precisa ser repassada às entidades. Não temos estatísticas precisas de ataques aos bancos porque nem todos os sindicatos fazem esse acompanhamento”, afirmou Gustavo Tabatinga, coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Contraf-CUT.

Para o advogado Gutemberg Oliveira, esses ataques podem provocar também adoecimento nos trabalhadores. “A síndrome do pânico, por exemplo, é uma doença causada quando a segurança falha e o trabalhador sofre violência”, explicou.
A implantação de portas de segurança com recuo antes do autoatendimento, câmeras de monitoramento em tempo real, vidro blindado nas faixadas, aberturas das agências feitas pelas agências de segurança, biombos entre filas e caixas estão entre as propostas do advogado para a melhoria da segurança bancária. “Precisamos fazer a interdição das agências quando não é constatado o plano de segurança pela polícia federal. Essa atitude vai mexer com a imagem da instituição financeira. Esses são alguns dos desafios que precisam de alterações, seja na lei ou em acordo coletivo”, disse Gutemberg.
“Esperamos poder levar o conteúdo discutido aqui para diversas entidades, fazer encontros regionais e com a ajuda dos sindicatos e federações fazer com que os bancários tenham acesso a uma cultura de segurança, que auxilie a enfrentar o medo e a reduzir os ataques”, concluiu Gustavo.

Fonte: Contraf-CUT

Devido à sobrecarga de trabalho causada pela falta de funcionários, os bancários do call center lotados no Vila Santander (matriz do banco em São Paulo) estão enfrentando jornadas abusivas. Eles denunciam que as duas pausas a que têm direito são impostas logo no começo da jornada e uma muito próxima da outra, o que os obriga a ficar mais de quatro horas trabalhando ininterruptamente.

“Entro às 11h, e a partir das 13h15 não terei mais pausas, sendo que somos cobrados quando usamos pausa toalete, mas como ficar quase 4 horas em operação? Já reclamei com supervisor e coordenador, mas alegam que não têm o que fazer. Muita gente está insatisfeita com essas pausas, mas ninguém tem coragem de questionar, e quando alguém tenta, não existe diálogo”, denuncia um funcionário.

Cobrado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o banco alega que precisa de mais atendentes disponíveis no decorrer da tarde, quando o volume de ligações é maior, e por isso as pausas são impostas no início da jornada.

“É muito simples resolver esse dilema. Basta contratar mais funcionários. Mas ao invés de aumentar o número de postos de trabalho, o Santander prefere assumir uma postura desrespeitosa com os trabalhadores brasileiros, eliminando vagas de emprego e impondo jornadas exaustivas que sobrecarregam os bancários remanescentes”, protesta o dirigente sindical e bancário do Santander André Bezerra.

O trabalhador que fez a denúncia confirma que muitos colegas foram demitidos, o que tem colaborado para a sobrecarga de trabalho. “Minha média de ligações diárias subiu de 25 para 34. Ficam nos pedindo para fazer hora extra, fazer o trabalho do 2° nível do SAC [que teve vários trabalhadores desligados], porém sem qualquer tipo de treinamento, e os supervisores passam de mesa em mesa, de certa forma ficamos acuados, e acabamos aceitando com receio de demissões. Boa parte faz por medo”.

Nos primeiros seis meses de 2017, o Santander viu seu lucro aumentar 33% em relação ao mesmo período de 2016, atingindo R$ 4,6 bilhões. Este resultado representa 26% do lucro global do banco espanhol. Mesmo assim, o banco eliminou 2.281 postos de trabalho no Brasil.

“A situação instalada no Vila Santander reforça a falta de respeito do banco espanhol com os funcionários brasileiros, que têm de se matar de trabalhar para atender bem o cliente e gerar o maior lucro para um semestre da história da instituição”, critica André Bezerra. “O mínimo que o Santander deveria fazer como contrapartida social por ganhar tanto dinheiro em terras brasileiras seria aumentar o número de empregos e dar um tratamento mais digno aos seus trabalhadores, mas a realidade confirma que a empresa prefere continuar com uma visão colonialista de exploração aos funcionários sul americanos.”

Na quinta-feira (24) será realizada reunião entre representantes dos trabalhadores e integrantes do Santander para tratar sobre a renovação do acordo aditivo dos call center Vila Santander São Paulo e Rio de Janeiro. “Esperamos corrigir de vez esses problemas de sobrecarga de trabalho e das pausas de descanso desses trabalhadores”, afirma André Bezerra.

Fonte: SPBancários