Abril 29, 2025
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Os funcionários do Banco do Brasil receberam nesta quinta-feira (31) a parcela da Participação nos Lucros e Resultados referente ao primeiro semestre de 2017.

Em comunicado enviado aos funcionários pela intranet, o banco disse que, em virtude do aumento do lucro e da rentabilidade do banco, foi paga, também a parcela variável da PLR do denominado módulo BB. “O valor que cada funcionário vai receber representa, em média, um incremento de 20% em relação ao pago no mesmo período de 2016. Para os escriturários, este aumento chega a 24%”, disse o banco em seu comunicado.

O banco diz ainda que, pela primeira vez, os valores referentes à PLR foram creditados junto com a distribuição dos dividendos aos acionistas.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), Wagner Nascimento, disse que a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a CEBB solicita todos os anos que os valores sejam creditados no mesmo dia da distribuição dos dividendos. “A PLR do primeiro semestre normalmente é paga em outubro, após a assinatura do acordo coletivo. Neste ano foi possível a antecipação para o mesmo dia da distribuição dos dividendos devido ao acordo de dois anos”, observou.

Pelo acordo, o banco teria até dez dias úteis após a data de distribuição dos dividendos para pagar a PLR do primeiro semestre de 2017, assim como a do segundo semestre.

PLR do BB
O modelo de participação nos lucros ou resultados do Banco do Brasil S.A. dos anos de 2016 e 2017 compõe-se de um módulo básico, denominado “Módulo Fenaban”, e de um módulo especial, denominado “Módulo BB”.

O “Módulo Fenaban” é composto de 45% do salário paradigma (definido no acordo), conforme tabela que faz parte do acordo assinado, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

O Módulo BB constitui-se da “Parcela Linear”, formada pela distribuição de 4% do lucro líquido verificado no semestre entre os participantes do Programa PLR, e da “Parcela Variável”, que depende do resultado do lucro líquido e cumprimento de acordo.

Fonte: Contraf-CUT

O que é déficit? Como se define o valor a equacionar? O que acontece se não pagar? Dando continuidade à série iniciada na semana passada, preparamos algumas perguntas e respostas sobre o equacionamento. São informações simples e claras para ajudar os participantes a entenderem tudo aquilo que a Funcef não explica sobre seus planos de benefícios.

Começamos por informações básicas, explicamos o que diz a legislação, o que é linha de solvência, entre tantas outras palavras complicadas, e abrimos espaço para que os trabalhadores possam enviar suas perguntas por meio do Facebook, onde a equipe da Fenae permanece tirando dúvidas e dando orientações.

“Os participantes da Funcef têm uma necessidade muito grande de informação, o que nem sempre eles conseguem obter diretamente com a Fundação. Por isso, a Fenae vem desenvolvendo esse trabalho de orientação, esclarecimento”, explica a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

Nas próximas semanas, a série sobre o equacionamento continuará com novas postagens preparadas a partir das dúvidas envidas pelas redes sociais. Para enviar uma pergunta, basta acessar o Facebook da Fenae e publicar nos comentários de um dos posts da série.

Para que servem os fundos de pensão?
Os fundos de pensão existem para oferecer uma aposentadoria complementar para o trabalhador, de modo a garantir melhor qualidade de vida no futuro. O trabalho dos fundos de pensão é administrar os recursos acumulados pelos trabalhadores e pelas patrocinadoras de modo a assegurar o pagamento dos benefícios quando a pessoa se aposentar.

Por que os fundos de pensão realizam investimentos?
Os recursos gerados pelas contribuições mensais dos participantes e da patrocinadora são importante fonte de receita para os planos, mas não são suficientes para pagar todos os benefícios. Por isso, é preciso ampliar esses recursos por meio de investimentos que permitam, no longo prazo, honrar os compromissos assumidos com os participantes.

Qual a relação entre a meta atuarial e esses investimentos?
Os fundos de pensão realizam investimentos para viabilizar o cumprimento de todos os compromissos assumidos com os participantes. A legislação define a faixa de rentabilidade necessária para cada plano, conforme as características do grupo e outros aspectos, e cabe aos gestores dos fundos estipular, dentro desse intervalo, a meta de rentabilidade necessária, ou seja, a meta atuarial. A partir dessa referência, os fundos vão ao mercado buscar investimentos rentáveis.

Como são feitos esses investimentos?
Qualquer investimento pressupõe risco, em maior ou menor grau. Para atingir a meta atuarial, é preciso diversificar. A maior parte dos recursos é aplicada em renda fixa, o que representa baixo risco para os participantes, mas também não garante o alcance da meta. Por isso a outra parte é colocada em investimentos mais arriscados, como os de renda variável e investimentos estruturados, que têm potencial para maior rentabilidade. Há ainda os investimentos imobiliários, entre outras modalidades. Porém, nem sempre os resultados obtidos com esses investimentos ficam dentro do esperado.

O que é déficit?
Imagine que você deseja comprar um carro no final do ano e, para isso, estipula uma meta de poupar R$ 1000 mil por mês. Ao longo dos meses, porém, você só consegue juntar R$ 800 mensais, isto é, 80% do que se propôs a acumular. Você teve prejuízo, perdeu dinheiro? Não, apenas não acumulou o suficiente. No final do ano, você terá 20% a menos do que precisava. Esse é o tamanho do seu déficit.

O mesmo ocorre com os fundos de pensão. A meta atuarial é definida como sendo a rentabilidade necessária para garantir o pagamento de todos os benefícios dos participantes no futuro. Quando não se atinge a meta, sabemos que os investimentos não renderam o esperado, mesmo que o patrimônio do fundo de pensão tenha crescido (lembre-se, o montante que você estava acumulando para comprar o carro não parou de crescer).

É o que aconteceu com a Funcef, que nunca parou de crescer e hoje é o terceiro maior fundo de pensão do país. A Fundação chega aos 40 anos de atividade com patrimônio administrado estimado em cerca de R$ 58 bilhões, o equivalente a aproximadamente 1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aferido em 2016. Em comparação a 2002, quando os planos de benefícios da Fundação somavam R$ 9 bilhões, o crescimento foi de quase 600%.

O que é equacionamento?
Se há déficit é porque alguma coisa saiu pior do que esperado e pode ser preciso tomar alguma providência para resolver o problema. Essa providência é o chamado equacionamento. Equacionar é equilibrar, equiparar, ou seja, compensar aquela rentabilidade inferior à meta com um aporte extra de recursos, a chamada contribuição extraordinária. Voltando à nossa metáfora da compra do carro, equacionar é garantir que ao final do prazo estipulado, a pessoa tenha o valor total para a compra do carro.

Em que situação a legislação determina o equacionamento?
Existe uma regra que regulamenta essa questão. É A Resolução CNPC nº 22/2015. Ela determina que seja feito o equacionamento sempre que houver déficit superior a um limite específico, que é calculado a partir de uma fórmula, chamada “linha de solvência”.

Solvência é um termo econômico usado para descrever a situação de um fundo quando há mais recursos do que despesas. Quando a situação se investe, dizemos que é um caso de insolvência. Por isso, quando os valores ficam abaixo da linha de solvência, a lei manda equacionar, para recuperar o limite prudencial, ou seja, de segurança daquele plano.

Esse limite leva em conta alguns aspectos como a provisão disponível e o intervalo futuro durante o qual deverão ser pagos os benefícios aos participantes. Esse período é conhecido como duration. De acordo com a CNPC nº 22, o déficit apurado abaixo da linha de solvência deverá ser equacionado logo no ano seguinte, para evitar que o problema se acumule.

O que acontece se não pagar o equacionamento?
A regulamentação determina que o equacionamento seja feito se o déficit ultrapassar a linha de solvência. Portanto, nesse caso, equacionar não é uma opção. Não equacionar, de acordo com a lei, é uma conduta irregular e imputa aos gestores a devida responsabilização.  Além disso, o que é pior, se existe um déficit que já supera o limite de solvência do plano, quanto mais tempo levarmos para equilibrar a conta, maiores as chances de o problema crescer. Como se fosse a fatura de um cartão de crédito que deixamos de pagar. No mês seguinte, a fatura estará maior.

É possível não equacionar todo o déficit?
O texto da Resolução CNPC nº 22 usa a expressão “pelo menos” para o equacionamento do déficit a partir da “linha de solvência”. Isto é, a linha de solvência determina o mínimo a ser equacionado, permanecendo a cargo do fundo de pensão definir como fará o plano de equacionamento.

O que acontece quando se equaciona o mínimo previsto na legislação?
O que acontece é que a parte do déficit que ficou abaixo da linha de solvência permanecerá lá e poderá crescer, assim como um cartão de crédito quando se opta por pagar o mínimo. Equacionar pelo mínimo dá aos participantes a sensação de que o impacto será menor, mas essa opção traz consigo o risco de uma conta sem fim. Veja o que aconteceu com a Funcef:
- De acordo com o Balanço Anual de 2016, o déficit não equacionado de 2015, que permaneceu sem solução, continuou crescendo e gerou um desequilíbrio de R$ 721 milhões em 2016 para o Reg/Replan Saldado, valor que agora compõe o próximo equacionamento. No Não Saldado, esse desequilíbrio que se acumulou chega a R$ 198 milhões. Desse modo, mesmo pagando equacionamento, somente no último ano, o déficit cresceu quase R$ 1 bilhão.

O que as entidades representativas dos trabalhadores defendem?
- O equilíbrio dos planos de benefícios
- O patrimônio dos trabalhadores
- A preservação da qualidade de vida dos participantes e suas famílias

O que é preciso fazer?
A legislação determina que o equacionamento seja feito sempre que o déficit supera o limite da linha de solvência do plano. A Funcef precisa cumprir a lei. Ao mesmo tempo, precisamos urgentemente buscar propostas alternativas para aprimorar a regulamentação e chegar a um ponto mais adequado, que preserve o equilíbrio dos planos, mas ofereça aos participantes condições mais acessíveis para o equacionamento.

Fonte: Fenae



A Caixa Econômica Federal foi condenada ao pagamento de multa de R$ 1 milhão em ação contra assédio moral coletivo movida pelo Ministério Público da União e pelo Sindicato dos Bancários/ES. A sentença é do juiz Giovanni Antonio Diniz Guerra, da 2ª Vara do Trabalho de Cachoeiro de Itapemirim, e foi publicada nesta quarta-feira, 30. O valor da multa será destinado ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Segundo a sentença, publicada no Diário Oficial da Justiça nesta quarta-feira (30), ficou comprovada nos autos a denúncia do Ministério Público, que afirma que o gerente geral da agência da Caixa no município de Castelo abusou de seu poder diretivo e degradou o ambiente de trabalho na agência, praticando atos de perseguição e favorecimento o conhecimento do banco, que não conseguiu apresentar soluções para coibir o assédio.

“Se o banco toma ciência de uma irregularidade e fica inerte, ele é no mínimo conivente com essa prática. Por isso entendemos que a responsabilidade não é individual, mas do banco. O combate ao assédio passa sobretudo pelo fim da política de metas, que só vem piorando”, ressaltou Giovanni Riccio, diretor do Sindibancários/ES que atua na subsede de Cachoeiro de Itapemirim.

A sentença determina também a suspensão imediata da prática de assédio moral por quaisquer dos representantes do banco (administradores, diretores, gerentes supervisores, encarregados de setor etc.), definindo como assédio, a título de exemplo, práticas vexatórias, ultrajantes ou humilhantes contra todos os seus empregados, dentre outras.

O juiz também determinou a criação de mecanismos efetivos para denúncia de assédio moral, com exposição mínima do empregado e elaboração de programa permanente de prevenção de assédio no ambiente de trabalho, com descrição das causas e das medidas necessárias para fazê-lo cessar. Todas as medidas preveem multa para casos de descumprimento. O banco também está obrigado a fixar cópia da sentença no quadro de avisos da unidade que originou a ação.

“A decisão ratifica as diversas denúncias do Sindicato de que há assédio moral na Caixa, muitas vezes incentivado pela própria política de metas da empresa. Os empregados não devem se submeter às pressões e precisam procurar o Sindicato. É lamentável que, esgotadas as formas de diálogo com a direção do banco, tenhamos que recorrer à justiça para preservar a dignidade do trabalhador e garantir condições adequadas de trabalho, o que deveria ser premissa de uma empresa pública”, afirma Lizandre Borges, diretora de saúde e condições de trabalho do Sindibancários/ES.

A decisão foi proferida em primeira instância, cabendo recurso por parte da Caixa. Leia a íntegra.

As informações são do SindBancários/ES.

Fonte: Contraf-CUT

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizará na sexta-feira (1/9) uma audiência pública sobre “As privatizações e o impacto na economia do Estado do Rio de Janeiro”, com foco no sistema Eletrobras, Casa da Moeda, Cedae, Petrobras e fundos de pensão.

A atividade será realizada no plenário Lima Sobrinho, a partir das 10h30. Os interessados podem obter mais informações pelo telefone (21) 2588-1535, gabinete do deputado estadual Paulo Ramos (Psol), presidente da Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade da Alerj.

A Alerj fica na rua Primeiro de março, s/n, Praça XV, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

Fonte: Contraf-CUT

O Juiz Rolando Spanholo, da Justiça Federal no Distrito Federal, determinou a suspensão imediata de “todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca)”, localizada entre o Pará e o Amapá, na Amazônia. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer.

A decisão em caráter liminar (provisória), publicada na terça-feira 29, suspende os efeitos dos decretos do governo Michel Temer que extinguiram a reserva para abrir o território a mineradoras privadas interessadas na exploração de ouro, ferro, manganês e tântalo.

Com quase 47 mil quilômetros quadrados, a Renca possui área equivalente à do Estado do Espírito Santo e seu território se sobrepõe a sete Unidades de Conservação (UCs) e duas terras indígenas.

Em sua decisão, o juiz Spanholo, da 21ª Vara Federal do DF, afirma que é “inadequada a pretensão do Executivo Federal em extinguir (total ou parcialmente) a Renca, por meio de simples decreto e sem a prévia deliberação do Congresso Nacional”.

O magistrado cita diversos artigos da Constituição Federal e conclui que o texto “deixou expresso que, após outubro de 1988, somente lei em sentido formal poderá impor mudanças na forma de utilização dos recursos naturais existentes na área de abrangência da Renca”.

O primeiro decreto de extinção da Renca foi publicado por Temer no último dia 23. Cinco dias depois, fortemente pressionado pela repercussão negativa da medida, o governo revogou o decreto, mas editou outro que mantinha a extinção da Renca.

No novo texto, o governo acrescentou que cumpriria as leis que já estavam previstas na legislação brasileira, o que, para ambientalistas e defensores dos povos indígenas, não protege a região. Eles temem que o próximo passo do governo seja flexibilizar o status das áreas protegidas, precedente aberto com a recente revogação da portaria de demarcação da terra indígena guarani no Pico do Jaraguá, em São Paulo.

Durante seu Congresso Extraordinário, em São Paulo, a CUT aprovou uma resolução condenando o decreto 89.404, do governo ilegítimo de Michel Temer, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) e abre seu território à mineração.

“O ato é um ataque ideológico ao extrativismo e agroextrativista que dialogam com a natureza e se configura em fortalecimento à pecuária, à exploração da madeira, do minério e dos bens comuns da Amazônia, sem levar em conta as populações tradicionais, agricultores(as) familiares, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e ribeirinhos, que vivem na Amazônia assim como viveram seus antepassados”, afirma o texto da resolução da CUT.

O decreto foi publicado no Diário Oficial no dia 23 de agosto. Diante da repercussão negativa a extinção da área, o governo retirou o texto. Porém, horas depois, republicou a portaria com pequenas alterações, gerando revolta entre ambientalistas, indigenistas e movimentos sociais.

Nesta quarta-feira (30), A Justiça Federal de Brasília concedeu liminar para suspender o decreto de Michel Temer, que extingue a Renca. Ainda na seara da Justiça, a Rede e o PSOL entraram com ação no Superior Tribunal Federal (STF) questionando a medida do governo. O ministro Gilmar Mendes foi sorteado para analisar o pedido dos partidos e não tem prazo para publicar uma decisão.

Durante o Congresso da CUT, o secretário nacional de Meio Ambiente da Central, Daniel Gaio, criticou a medida. “Esse decreto instituído pelo governo é muito mais do que eles já estão fazendo. É um ataque brutal ao futuro da humanidade e ao futuro das áreas naturais de nosso país. Abre portas para a contaminação de água e retirada de matas nativas. É criminoso e assustador o que estamos vendo. Essa articulação entre mineradoras e esses golpistas prova que esse governo está aí para entregar as riquezas do país”, finalizou.

Confira abaixo a íntegra da resolução da CUT:

Resolução em defesa da Amazônia brasileira

A Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil) rejeita o decreto número 89.404, do governo de Michel Temer que, em mais um ataque à vida, à soberania e ao desenvolvimento humano, extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) destinando-a à predação mineral. O ato é um ataque ideológico ao extrativismo e agroextrativista que dialogam com a natureza e se configura em fortalecimento à pecuária, à exploração da madeira, do minério e dos bens comuns da Amazônia, sem levar em conta as populações tradicionais, agricultores(as) familiares, indígenas, quilombolas, pescadores artesanais e ribeirinhos, que vivem na Amazônia assim como viveram seus antepassados.

 Sob alegação de atrair investimentos ao país, o governo golpista conduz ações de Estado não só entreguistas, mas também aplica uma perspectiva de destruição do planeta em solo brasileiro. O governo golpista consultou não só empresas interessadas na mineração predatória como também articulou com essas empresas antes mesmo da publicação do decreto. Isto revela não só falta de transparência desse desgoverno, mas também um ato arbitrário e extremamente danoso para a soberania nacional.

Localizada entre o sul do Amapá e o norte do Pará, a RENCA é uma área de reserva, na Amazônia, com 46.450 km2 – tamanho do território da Dinamarca. A região engloba nove áreas protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá; a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpie Rio Paru d`Este.

A liberação da área para a exploração mineral predatória de cobre, ouro, diamante, ferro, nióbio, entre outros, ampliará o desmatamento, a contaminação da água, a perda irreversível da biodiversidade e os impactos inaceitáveis contra os povos de toda a região, agredindo a biodiversidade e a floresta em pé, disfarçando a vontade do agronegócio sobre estas terras, escondendo a expulsão, extermínio e intimidação que por ele é realizado. A grande mídia, com apoio do atual governo federal, difunde a ideia de que o “Agro é pop” mas o agronegócio mata, gera conflito, desmatamento e exclusão.

Este decreto impõe às populações indígenas violações aos direitos humanos, às culturas e modos de vida. Todo um conjunto de sistemas de vida e de modos de trabalho sustentável com a floresta fica exposto a ser dizimado como nunca antes o foi, nem no período da ditadura militar. Em síntese, este projeto coloca o extrativismo e agricultura familiar como “complementares” desrespeitando as formas de vida de quem têm sido há séculos defensores desta imensa riqueza natural e de biodiversidade do planeta.

Esta forma ilegítima de governar apresenta o inverso do disposto no artigo 231 da Constituição Federal de 1988 (pelo qual constitui obrigação do Estado o respeito ao modo de vida dos povos indígenas) e na Convenção número 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a consulta livre, prévia e informada às comunidades impactadas por medidas dessa ordem.

A exemplo do crime ambiental de Mariana (MG), vemos que a atual legislação que rege a mineração no Brasil é insuficiente para  fiscalizar e garantir a responsabilidade das empresas nas áreas de exploração.

Outro fator preocupante é o fomento ao setor mineral que se caracteriza por um alto grau de terceirização, precarização e trabalho análogo ao trabalho escravo, que gera péssimas condições de saúde dos seus trabalhadores e alta exposição a risco de acidentes, tornando a mineração uma das atividades mais letais no Brasil e que diante da antirreforma trabalhista tendem a ser levadas ao extremo agravamento.

É nessa direção de enfrentamento ao aprofundamento do Golpe que nós, da CUT-Brasil, participantes na 15ª Plenária Nacional e 1º Congresso Extraordinário e Exclusivo nos unimos às parcelas da sociedade que exigem a imediata suspensão total do decreto.

Conclamamos aos parceiros internacionais para se unirem a nós, através de amplas campanhas de defesa das terras, das florestas, das águas e da vida, contra toda e qualquer medida do governo brasileiro que trata da exploração dos bens comuns da região amazônica, que garantem a sustentabilidade da vivência dos povos amazônicos, mantendo as florestas em pé e contribuindo no enfrentamento mundial às mudanças climáticas. Não aceitamos os atos deflagrados e exigimos a conservação do Patrimônio amazônico, que é um patrimônio de vida do Brasil e do planeta!

Somos aqueles e aquelas que têm mais história para apontar quais são as melhores atividades para a Amazônia.

Somos mulheres, somos homens, somos florestas, somos terras, somos rios, somos vida!

 

PELA DEFESA DA AMAZÔNIA!

NENHUM DIREITO A MENOS!

FORA TEMER!

DIRETAS JÁ!

Na última segunda-feira, dia 28 de agosto de 2017, bancários e bancárias em todo país comemoravam seu dia! Mas, em sinal de desrespeito, o Banco do Brasil, nesse mesmo dia, lançou uma campanha intitulada Caravana Vai no App. Onde uma van fica estacionada em frente a uma agência bancária, com terceirizados que abordam clientes do banco, estimulando a utilização do aplicativo, via telefones celulares.

Os bancos dizem que o serviço é para trazer conforto e praticidade aos clientes, mas não divulgam informações dos efeitos colaterais nefastos aos trabalhadores, com a crescente digitalização dos serviços bancários. Estudos apontam que a digitalização das instituições financeiras, são inversamente proporcionais à geração de emprego. Ou seja, quanto mais os aplicativos e meios digitais são utilizados, menos seres humanos serão necessários.

Devido a isso, o SindBancários Petrópolis, sempre preocupado com o ser humano, lança a campanha “Seja Mais Humano, NÃO seja digital”. A intenção dessa campanha é conscientizar os trabalhadores (em especial os bancários) e os clientes e usuários dos bancos, quanto à ação predatória das instituições financeiras que reduzem o número de funcionários nas agências de forma intencional e irresponsável, para precarizar o atendimento e empurrar os clientes para o atendimento exclusivamente virtual.

“Cada aplicativo baixado em um celular, tira dezenas de empregos. Centenas de aplicativos baixados, acabam com milhares de empregos! Não podemos ser digital a tal ponto que ajudamos a acabar com a vida de pessoas, pais e mães de família. Ainda mais nesse momento de crise econômica que o Brasil atravessa. Vamos lutar por mais contratações, por melhores condições de trabalho e por melhorias na qualidade de atendimento à população!”, disse o Presidente do SindBancários Petrópolis, Marcos Alvarenga, que completa: “Além disso tudo, os aplicativos e as transações feitas online (através da Internet) ainda são muito vulneráveis a vírus e aos golpes virtuais. O atendimento pessoal e presencial nas agências ainda é a forma mais segura para clientes e usuários realizarem suas transações”.

Fonte: SindBancários/Petrópolis

​Banco que atingiu maior lucro de sua história para um semestre deixou de realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de forma presencial

Apenas um mês depois de divulgar o maior lucro da sua história para um semestre (R$ 4,612 bilhões, crescimento de 33,2% em relação ao mesmo período de 2016), o Santander tomou medidas para economizar na conscientização e promoção da saúde dos seus trabalhadores, deixando de realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) de forma presencial. O evento foi feito virtualmente entre 21 e 25 de agosto.

“É um absurdo o banco fazer Sipat apenas online. A sensação dos bancários é que a semana não ocorreu”, protesta a dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias. Ela destaca que até o ano passado, as Sipats proporcionavam uma série de palestras com profissionais de saúde – com os quais os funcionários podiam tirar dúvidas individualmente –, além de exames clínicos, como medição de pressão e índice glicêmico.

De acordo com a Norma Regulamentadora número 5 (NR 5), do Ministério do Trabalho, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é um evento obrigatório em empresas que devem dispor de Comissão Interna de Prevenção de Acidente e tem o objetivo de conscientizar os empregados sobre a saúde e segurança no trabalho, além da prevenção de acidentes e doenças. Dentre as atividades estão palestras, treinamentos, avaliações médicas, atividades lúdicas, entre outras.

“É muito mais do que simplesmente ver uma palestra online, é uma experiência de interação, troca, sensibilização sobre a importância da promoção da saúde e segurança do trabalho. É inaceitável que o Santander economize com a saúde e segurança dos seus trabalhadores no país que apresenta o maior lucro de todo o grupo, respondendo por 26% do seu resultado mundial.”

Durante a Sipat são realizadas atividades envolvendo os empregados visando a conscientização e promoção da segurança e qualidade de vida do trabalhador, geralmente focando em um tema definido previamente. O evento deve ser organizado anualmente pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt)

“Não basta só fazer a Sipat de forma virtual, só para dizer que fez, para cumprir a lei. Tem que fazer bem feito, com planejamento e participação dos trabalhadores e da Cipa, além de garantir a continuidade ao longo do ano”, enfatiza Lucimara, acrescentando que o Sindicato se disponibiliza a participar da Sipat e contribuir com ideias para sua construção.

Mais desrespeito
Esse não é o único desrespeito do Santander com relação à saúde dos seus trabalhadores. O Sindicato questionou o banco sobre a mudança unilateral do plano de saúde, sem qualquer diálogo e negociação, o que gerou muita insatisfação por parte dos funcionários. O Sindicato também tem recebido uma série de denúncias de bancários demitidos com exames médicos por terem desenvolvido doenças ocupacionais, e outros que foram dispensados logo após a realização do exame de retorno ao trabalho.

“É intolerável que um banco estrangeiro que ganha tanto dinheiro no Brasil cometa desrespeitos e descasos sistemáticos com a saúde dos seus trabalhadores, que muitas vezes acabam adoecendo de tanto trabalhar para atingir os lucros imensuráveis da instituição financeira”, afirma Lucimara.

Fonte: SPBancários

O futuro das relações do trabalho e as novas tecnologias são os principais desafios do movimento sindical

Depois da aprovação do regimento interno, os convidados da primeira mesa do segundo dia do 15º Congresso Extraordinário, que vai até a próxima quinta (31), trouxeram para o debate os temas “Financeirização, Automoção e o Futuro do Trabalho” que estão mudando as relações de trabalho no Brasil e no mundo, gerando trabalhos precários, desempregos e até extinção de algumas categorias no futuro do trabalho.

“Com a aprovação da reforma Trabalhista, a Terceirizaçao e as transformações do mundo, com as novas tecnologias, a CUT precisa discutir e traçar estratégias para continuar lutando pelos direitos da classe trabalhadora”, explicou o secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre.

A financeirização [a possibilidade da acumulação da riqueza abstrata, desvencilhada dos incômodos da produção material – o famoso rentismo] é um fenômeno mundial, segundo o diplomata brasileiro e ex-ministro da defesa, Celso Amorim. “Muitos empresários ganham muito mais dinheiro com o mercado financeiro que com a produtividade do trabalho”, explicou.

Este modelo de comprar papel e não investir em produção vem acompanhado da desindustrialização e desnacionalização, privatizando as empresas estatais, diminuindo postos de trabalho, destruindo o Estado e aumentando a desigualdade, segundo o diplomata.

Amorim ainda destaca que nem na ditadura houve uma violenta e rápida destruição dos direitos do trabalho e do Estado. “A soberania está sendo ameaçada e sabemos que a liberdade é indissociável. Não há desenvolvimento nacional sem o forte apoio do Estado e não igualdade sem democracia”, destacou.

O professor Ladislau Dawbor reafirmou que o dinheiro está indo para mercado financeiro paralisa a economia. Além dos mais de 14 milhões de desempregos no país, segundo Ladislau, 61 milhões de adultos estão enforcados com o pagamento dos juros do que já compraram. “Os empresários não irão investir em produção se não tiver pra quem vender”, completou.

Ladislau também destacou os milhões em impostos que são “investidos” em banco ao invés de desenvolver estrutura e políticas sociais, cortando o salário indireto, como creche, saúde e educação universal e gratuitos, entre outras.

O professor afirmou que os desafios são grandes com as novas tecnologias, mas também vê oportunidades. “No Quênia pequenos agricultores conseguem fazer contatos direitos com quem vai comprar seus produtos via celular, tirando o intermediador do processo”, contou. Ele acredita que a produção baseada no conhecimento está em alta. “Qualquer agricultor hoje tá usando analise de sol, hídrica, entre outros e mais da metade do valor dos produtos, não é trabalho físico é conhecimento”, frizou.

O professor Lucas Tasquetto disse que os riscos das novas tecnologias e a automoção esbarram na substituição de empregos permanentes. Segundo ele, no contexto norte americano, 47% da mão de obra total se caracteriza com auto risco de ser automatizados em uma década ou duas e podem ser extintos. “A proporção do risco dos empregos quando traz para os países em desenvolvimento chega a 70%”, contou.

Tasquetto destacou que os futuros postos de trabalho precisarão de menos pessoas, mas com conhecimento técnico e que a “uberização” da economia pode degradar a relação do trabalho diminuindo salários e reduzindo as chances de negociação com os sindicatos.

“Os trabalhadores e as trabalhadoras terão que assumir todos os riscos do trabalho individual e com a lapidação dos direitos trabalhistas isto se aprofunda”, explicou. Para o professor, “os sindicatos precisam se atentar ao assunto e cobrar do Estado políticas que moldem a governança da internet para garantir segurança dos trabalhadores neste novo mundo do trabalho, que não há mais volta”.

Fonte: CUT

Banco omitiu informações aos trabalhadores e de forma irresponsável anunciou no dia 28 de agosto o fechamento de agências pelo país

No dia do bancário (28), a Caixa Econômica Federal surpreendeu os trabalhadores bancários com o anúncio do fechamento de importantes pontos de atendimento à população. Dentre eles, as agências de Campinas de Pirajá, Salvador, e da Vila Clementino, em São Paulo. Ao ser questionado pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), na última reunião realizada no dia 15 de agosto de 2017, o banco omitiu as informações sobre o encerramento das atividades e quais agências seriam afetadas.
Com investimentos em projetos de construção de moradias populares, incentivo ao esporte, à cultura e financiamento à educação, micro e pequenas empresas, a Caixa se tornou um banco público fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país e a redução da sua capilaridade é cada vez mais preocupante para a população.
Durante a última reunião com os representantes dos empregados, a direção da Caixa afirmou que não tinha a previsão de fechamento de agências e que o déficit financeiro das unidades era o principal parâmetro a ser considerado. Para Dionisio Reis, coordenador da CEE/Caixa, a atitude causa efeito contrário e prejudica a imagem do banco que, por sua inserção na sociedade, conquistou grande valorização da sua marca. “As agências que estão localizadas em regiões distantes e bairros onde só tem a Caixa como banco são muito importantes para a população e também fazem com que a imagem da empresa se valorize. A Caixa virou 'top of mind' por conta de estar em todos os locais”, afirmou.
O processo de fechamento de agências retira trabalhadores de suas funções e contribui para precarização do atendimento, além de atacar o desenvolvimento local e contribuir para a recessão e desemprego no país. “É um absurdo. É um atentado contra a empresa e contra os trabalhadores”, finalizou Dionísio.


Contra o desmonte
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e com a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), divulgou em Carta Aberta à população, no dia 23 de agosto, a realização de atos semanais, todas as quartas-feiras, contra o desmonte dos bancos públicos, realizado pelo governo Temer. “Qualquer movimentação como a que está sendo feita com a Caixa tem que ser feita após discussão com a sociedade. A Caixa é mais que um banco e a sociedade espera isso da direção do banco”, disse Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT