Maio 08, 2025
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Imprensa

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Na manhã desta sexta-feira (15), o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências da Caixa de Duque de Caxias, de São João de Meriti e de Nova Iguaçu, para denunciar a ameaça de privatização da instituição financeira pelo governo neoliberal de Jair Bolsonaro. Foram distribuídos um materiais impressos, mostrando que não tem sentido enfraquecer, fatiar, reduzir e privatizar a Caixa, que é fundamental para o desenvolvimento do país.

A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta Pela Caixa 100% Pública, e reuniu empregados do banco e diretores do SindBaixada que, através de faixas e discursos, denunciaram o processo de desmonte da Caixa com o objetivo de fatiar a empresa e vender suas áreas mais lucrativas.

Pedro Batista, Coordenador Geral do Sindicato, falou sobre a importância de uma Caixa 100% pública: “A Caixa tem papel importantíssimo no desenvolvimento econômico e social do país. É o banco que recebe melhor o trabalhador. É nele que pessoas financiam a sonhada casa própria, onde guardam suas poupanças, e recebem benefícios. Coisa que bancos privados não fazem pelo trabalhador.”

Em março, dia 14 de 2018, calaram uma voz. Uma voz que mesmo ceifada, se multiplicou por todo o país e pelo mundo. Após um ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, milhares de mulheres vão às ruas e clamam por justiça, por democracia e contra a escuridão do autoritarismo, da violência, da intolerância e da crueldade.

Morta a tiros há um ano, após ser nomeada relatora da comissão que acompanha a intervenção militar no Rio de Janeiro, a voz de Marielle soa como um grito de paz e se multiplica cada vez mais forte. Diversos movimentos sociais realizam, neste 8 de março de 2019, atos, vigílias e debates pelo país e no mundo para homenageá-la e exigir respostas: Quem mandou matar Marielle?

“Justiça por Marielle significa justiça por todas nós. A impunidade e a injustiça completa, neste dia 14 de março, um ano. É lamentável, diante de tamanha violência, crimes hediondos ficarem tanto tempo sem respostas. Pela Marielle, por todas as mulheres que sofrem com a violência e pela população negra que sofre com o preconceito e violência, a nossa luta deve se intensificar cada vez mais. Não podemos nos calar”, destaca Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Com o mote “Marielle Vive”, manifestações ocorrem em cerca de 25 cidades brasileiras, para reafirmar as bandeiras da vereadora que representava a luta de negros, mulheres, populações periféricas e LGBTs.

Desde o dia 8 de março, quando a resistência e a luta pelas causas das mulheres foram celebradas no Dia Internacional da Mulher, marcado fortemente pelo repúdio aos retrocessos políticos e sociais representados pelo governo, movimentos por várias partes do mundo vêm prestando homenagem ao legado de Marielle.

“Marielle vive em cada uma de nós para continuar lutando por tudo que ela acreditava. Ela lutava com a vida. Eles tiraram sua vida, mas não alcançaram o objetivo de calar suas lutas. Este legado está em cada uma de nós”, ressaltou Elaine.

Um grito de paz em todo o mundo

Neste dia 14, cerca de 15 cidades no exterior organizam atos, entre elas, Melbourne, na Austrália; Buenos Aires, na Argentina; Madri, na Espanha e Washington, nos Estados Unidos.

Vale lembrar que ativistas do Brasil e do mundo lutam pelas causas de Marielle. Além de ações realizadas pela Anistia Internacional, as homenagens não pararam desde a sua morte, em Buenos Aries, Marielle foi homenageada no Parque da Memória. Cerca de 500 pessoas compareceram ao ato e pediram justiça ao crime, após dois meses de seu assassinato. Na Itália, a homenagem aconteceu na 33ª edição do Lovers Film Festival, a mostra de cinema LGBT mais antiga da Europa. E em uma exposição nos EUA, a obra de André de Castro trouxe Marielle lado a lado com Martin Luther King.

O Papa Francisco também se solidarizou com a morte de Marielle e entre as suas homenagens à família da ativista política, o líder religioso recebeu a mãe da vereadora no Vaticano e expressou sua “preocupação” com casos como o da parlamentar.

Sessão Solene

O Psol organiza ainda para o dia 18 uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados em homenagem a Marielle e Anderson. Em suas redes sociais, a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) justificou a importância das manifestações diante da falta de respostas após um ano do crime. “A importante descoberta dos que apertaram o gatilho nesse crime político não vai nos tirar das ruas no dia 14. O Estado – com sangue nas mãos – tem que responder que grupos estão por trás dessa execução”, afirmou a parlamentar.

 

Fonte: Contraf-CUT

A crise pode se transformar em oportunidade. Este é a filosofia da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que – em meio a dos cenários de maior ameaça ao movimento sindical – planeja inovar o modelo de sindicalização dos bancários.

Para isso, recebeu nesta quinta-feira (14), na sua sede, em São Paulo, a direção da Uni Finanças (sindicato mundial de serviços, a qual a Contraf-CUT é filiada, e que contempla mais de 900 sindicatos filiados em 150 países, representando 20 milhões de trabalhadores), que apresentou um modelo, experimentado em diversos países. A ideia é sindicalizar com formação sindical. “O movimento sindical bancário é um dos que tem o maior índice de sindicalização no Brasil. Mesmo assim, a Contraf-CUT buscou a UNI Américas para construir no Brasil essa experiência que já foi exitosa em vários países”, explicou Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT, que será o coordenador do projeto-piloto de sindicalização.

No início de maio, o grupo volta a se reunir, já com os coordenadores regionais da campanha sindicalização, para estabelecer as métricas e as datas a serem seguidas.

Roberto von der Osten, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, lembrou que o método de sindicalização que os bancários utilizam são basicamente os mesmo desde o início dos nossos sindicatos, na década de 1920. “O mundo sofreu transformações, estamos numa era digital e o sindicalizado precisa ter uma participação diferenciada dentro da sua organização. E para ter uma coerência com o movimento social participativo, não dá para a vanguarda do sindicato tocar a luta e o associado ser um expectador. Ele tem que ser o protagonista das lutas sindicais. Nós vivemos numa conjuntura de forte ataque aos movimentos sindicais e sem participação, vamos desaparecer. Por isso, vamos experimentar um novo formato de trazer os bancários para dentro dos sindicatos.”

 

Fonte: Contraf-CUT

A presidenta global do Banco Santander, Ana Botin, esteve na manhã desta quinta-feira (14), na torre do banco, em São Paulo. 600 funcionários estiveram presentes e mais de 11 mil assistiram, pelo aplicativo Santander Now, ao que deveria ser a apresentação da estratégia do grupo para 2019. Porém, acabou sendo a discrição de um banco que não existe no Brasil.

“Ela se referiu ao Santander como um ‘banco de diversidade’. Porém, esqueceu que o Santander tem poucas mulheres em cargos de liderança aqui no Brasil. E, que as mulheres, em média, continuam ganhando menos que os homens, no cumprimento das mesmas funções”, lembrou o secretário de Assuntos Socioeconomicos da Contraf-CUT e funcionários do banco, Mário Raia.

Ana Botin disse também que não há distinção cultural, que o trabalhador não precisa ter universidade, mas pode ser um talento incrível. “Embora o banco ofereça bolsas de graduação aos funcionários, fruto de luta dos trabalhadores, ele praticamente exige graduação nas suas contratações”, informa Mário Raia.

A presidenta global do Banco Santander parabenizou o trabalho do presidente do banco no Brasil, Sergio Rial. Para Mário Raia, ficou claro o desrespeito pelos trabalhadores. “Quem merecia os parabéns é o corpo de funcionários, que são os reais responsáveis pelos excelentes resultados, com muito trabalho.” Ana disse ainda que o Santander sempre buscou crescimento sustentável e que o banco é responsável quando ajuda a uma empresa a criar empregos e uma pessoa a comprar a casa. “O banco responsável também é aquele que valoriza o esforço de cada funcionário que contribui para seu crescimento”, completou.

Ana Botin afirmou que o banco não é uma instituição de caridade, pois tem acionistas e tem de ganhar dinheiro. Além de que não é possível para agradar a todos o tempo todo, por isso banco busca um equilíbrio entre os diversos atores da sociedade. “Mais uma vez ela esqueceu de falar dos trabalhadores. E quando o banco fala em procurar esse balanço, aqui no Brasil deveria começar com os trabalhadores. Mas, não é isso que tem ocorrido nas últimas mesas de negociações”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

Antes de encerrar, a presidenta global do Banco Santander deixou claro a falta de responsabilidade social dos bancos. Ela disse que quer investir mais, mas precisa contar com a fortaleza das instituições brasileiras e a implantação de reformas estruturais, como a reforma da previdência. “O interesse deles no Brasil é apenas lucrar, sem nenhuma contrapartida social. Eles querem a Reforma da Previdência, para poderem lucrar com a previdência privada e não por se preocupar com a aposentadoria dos brasileiros”, finalizou Maria Rosani.

Depois da apresentação da executiva, foi aberto a perguntas dos presentes. Porém, nenhum dirigente sindical foi selecionado para perguntar.

Carta aberta de reivindicação à presidenta global

Os dirigentes sindicais aproveitaram o evento para distribuir uma carta aberta à executiva para reivindicar uma reunião. “…insistimos na interlocução com a presidenta mundial do banco, Ana Botín, já que os desrespeitos para com os trabalhadores e seu direito de negociação coletiva efetiva por parte da gestão nacional do Santander já extrapolaram o limite aceitável, se esquivando das responsabilidades e soluções para os problemas. Nós, bancários brasileiros, não cobramos mais nada do que boas condições de trabalho, respeito, valorização, liberdade sindical e responsabilidade social”, disse o trecho da carta.

Clique aqui para ler a carta aberta.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Senado aprovou na noite hoje, em regime de urgência, um projeto de lei que acrescenta à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) uma multa às empresas que não pagarem salários iguais para homens e mulheres que desempenhem a mesma função e a mesma atividade. O projeto vai agora para o plenário da Câmara dos Deputados.

O texto prevê que os casos terão de ser apurados em processo judicial e que a funcionária deverá receber uma multa em valor correspondente ao dobro da diferença salarial verificada mês a mês. A punição também vale para discriminação por idade, cor ou situação familiar.

Para o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), autor do projeto de lei, a diferença salarial entre homem e mulher fere o princípio da isonomia previsto na Constituição Federal e na legislação vigente. "Contudo, e apesar das inúmeras políticas de igualdade de gênero promovidas pelas mais diversas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda se registram casos de discriminação contra a mulher no que se refere a remuneração", diz o texto de autoria do senador. O senador Paulo Paim (PT-RS), que leu o relatório do plenário do Senado, ressaltou ser uma luta histórica das mulheres brasileiras que não haja diferença por sexo, cor ou hierarquia familiar, mas que elas tenham direito ao mesmo salário por desempenharem as mesmas funções e atividades que os homens.

 

Fonte: UOL

Às vésperas do dia 14 de março, data que marca o primeiro  ano do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e de Anderson Gomes, que dirigia o carro em que foram emboscados, diversos movimentos sociais convocam atos, vigílias e debates pelo país para homenageá-la e exigir justiça e respostas quanto aos mandantes do crime.

Sob a pergunta que ainda não foi respondida, "quem mandou matar Marielle?" e com o mote "Marielle Vive", as manifestações ocorrerão em pelo menos 25 cidades brasileiras, para reafirmar as bandeiras da vereadora que representava a luta de negros, mulheres, populações periféricas e LGBTs. Desde o dia 8, quando a resistência e a luta pelas causas das mulheres foram celebradas no Dia Internacional da Mulher, marcado fortemente pela repúdio aos retrocessos sociais representados pelo presidente Jair Bolsonaro, movimentos por várias partes do mundo vêm prestando homenagem ao legado de Marielle.

Neste dia 14, cerca de 15 cidades no exterior organizam atos, entre elas, Melbourne, na Austrália; Buenos Aires, na Argentina; Madri, na Espanha e Washington, nos Estados Unidos. Clique aqui para conferir as homenagens fora do país. 

O Psol organiza ainda para o dia 18 uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados em homenagem a Marielle e Anderson. Em suas redes sociais, a deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) justificou a importância das manifestações diante da falta de respostas após um ano do crime. "A importante descoberta dos que apertaram o gatilho nesse crime político não vai nos tirar das ruas no dia 14. O Estado – com sangue nas mãos – tem que responder que grupos estão por trás dessa execução", afirmou a parlamentar. 

No Rio de Janeiro, cidade de Marielle, o ato está marcado para as 16h, na Cinelândia, na região central.Em São Paulo, na capital, a manifestação ocorre a partir das 17h, na Praça Oswaldo Cruz, próxima à Avenida Paulista. Em Manaus, a homenagem será realizada às 17h, na Casa das Artes, no Largo São Sebastião. Na cidade de Fortaleza, o ato ocorre a partir das 17h, na Praça Gentilândia, em Benfica. Já em Porto Alegre, está programado para começar às 17h, na Esquina Democrática, no centro histórico. 

O município de Itaberaba, na Bahia, também fará uma homenagem, a partir das 8h, na antiga rodoviária. Em Pouso Alegre (MG), o ato ocorre às 17h30, em frente à Catedral. 

Para conferir os demais locais que realizarão atos, clique aqui.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Contraf-CUT realiza desde a manhã desta quarta-feira (13) um seminário para debater questões do dia a dia de trabalho que afetam a saúde da categoria bancária.

“Mais do que nunca temos que discutir as questões de saúde e preparar o trabalhador para defender seus direitos desta área previstos em nossa Convenção Coletiva de Trabalho”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Também é importante estarmos atentos ao dia a dia da categoria para encontrarmos formas de garantir a saúde dos trabalhadores”, completou.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, destacou a importância de o seminário discutir estratégias e prioridades de mobilização, fiscalização e negociação com os bancos. “Temos que levantar propostas de prevenção, de atenção ao trabalhador para encontrarmos e discutirmos formas de enfrentamento da situação. E a categoria precisa estar ciente de que não existe negociação com bons frutos sem mobilização”, afirmou.

Para Juvandia, é importante que a categoria esteja ciente que as propostas somente avançam nas mesas de negociações se os bancos perceberem que o conjunto dos trabalhadores mostrarem seu apoio a elas. “Precisamos ter uma correlação de forças favorável para conseguir aprovar assuntos de interesses dos trabalhadores”, explicou.

O Seminário de Saúde da Contraf-CUT segue no decorrer da tarde desta quarta-feira. Veja abaixo a programação completa do seminário.

Programação:
Dia 13 de março de 2019

9 h – Abertura
9.30 às 11 h – Painel – O Contexto da Saúde dos Bancários
11 às 13 h – Painel – Desmonte da Proteção Social
13 às 14 h – Almoço
14 às 15.30 h –Painel – Os serviços médicos dos Bancos
15.30 às 17.30 – Painel Relato do Coletivo de Saúde e das COES

Dia 14 de março de 2019
9 às 11h – O que fazer? Estratégias de Enfrentamento
11.30 às 13 h – Definição de propostas / atualização de reivindicações nos 3 eixos
1.    Assedio Moral/Controles/metas e adoecimento mental
2.    Fluxo de atenção ao adoecido, programas de retorno ao trabalho, reabilitação
3.    Fluxo de controle medico e medidas de prevenção
13 horas – Encerramento

Fonte: Contraf-CUT

“Tudo isso é um novelo de linha. Tem muito mais coisas para apurar. Como todo mundo sabe que são coisas graves, não sabemos se esse novelo vai ser todo desfeito, ou se a linha vai quebrar-se logo.” A opinião é do cientista político e ex-presidente do PSB Roberto Amaral, sobre a prisão dos supostos executores do assassinato de Marielle Franco, vereador do Psol carioca. Para ele, o caso envolve uma série de fatores.

A começar da situação do próprio estado do Rio de Janeiro. “Segundo a própria polícia e a força interventora no ano passado, o Rio tem um ‘Escritório do Crime’, uma 'empresa' especializada em assassinar. Eles matam por contrato e dessa empresa fariam parte esses dois atiradores”, diz Amaral.

Na madrugada desta terça-feira (12), agentes da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do estado prenderam o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira. O ex-presidente do PSB acredita que o caso começa a ser desvendado "graças à pressão internacional". "Esse foi o erro deles, não imaginaram que a morte de uma vereadora provocaria esse clamor."

Segundo a imprensa do Rio de Janeiro, Lessa atuava junto com o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, considerado um dos fundadores do "Escritório do Crime".

Em agosto do ano passado, as informações sobre o inquérito davam conta de que as investigações dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes poderiam ter vínculo com esse chamado “escritório”, grupo que seria formado por policiais militares, ex-policiais e milicianos.

Para Amaral, as ligações das milícias e desse “escritório” com setores policiais e da classe política atrapalham as investigações desde o início. “Setores da polícia ligados à política intervieram no início das apurações para desviar as investigações, que não avançavam, principalmente quando batiam em ligações da milícia. A Polícia Federal chegou a abrir um inquérito para apurar as investigações da Polícia Civil.”

 

REPRODUÇÃO/POLÍCIA MILITAR-RJRonnie Lessa
Ronnie Lessa, ex-PM, foi preso na madrugada desta terça-feira (12), acusado de executar Marielle

No início de novembro, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou a abertura de inquérito da PF para investigar uma possível obstrução das investigações por organização criminosa.

Ex-interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto disse ao jornal O Globo, em 11 de janeiro, que poderia ter anunciado quem matou Marielle, mas que preferiu evitar o “protagonismo”. 

Roberto Amaral destaca ainda o que chama de coincidências. “A simples coincidência de o sargento reformado morar no condomínio do senhor Jair Bolsonaro; as ligações ostensivas e conhecidas dos Bolsonaro com as milícias, e isso não é ilação minha nem de ninguém, mas foi dito pelo próprio Bolsonaro quando não pensava que ia ser presidente. Houve milicianos no gabinete do filho dele (Flávio) na Assembleia. Ou seja, tem muita coisa para ser apurada.”

Em agosto de 2003, o então deputado Jair Bolsonaro declarou na tribuna da Câmara: “Enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio”.

Pesquisas

Após a prisão dos suspeitos nesta terça, o delegado Giniton Lages disse que o sargento reformado Ronnie Lessa, considerado o autor dos disparos, pesquisou sobre o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), sua esposa, políticos e até mesmo sobre o general Richard Nunes, secretário de Segurança no estado durante a intervenção federal em 2018. Segundo o delegado, as prisões desta terça não põem fim às investigações. "Nada está encerrado", disse.

Em novembro de 2018, o general Richard Nunes afirmou que a milícia participou do assassinato de Marielle “com toda certeza”: "Não é um crime de ódio. Falei isso logo na primeira entrevista que dei, em março. É um crime que tem a ver com a atuação política, em contrariedade de alguns interesses. E a milícia, com toda certeza, se não estava no mando do crime em si, está na execução", declarou o ex- secretário de Segurança.

Ainda de acordo com o delegado Giniton Lages, não há vínculo entre Lessa e Bolsonaro. "O fato de ele morar no condomínio do Bolsonaro não diz muita coisa, para a investigação da Marielle", afirmou.

O deputado federal Marcelo Freixo disse que as investigações precisam continuar. “É muito importante para o país saber quem mandou, qual o objetivo político e qual a motivação para matar Marielle.”

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,43% em fevereiro, no maior resultado mensal em seis meses. Tanto em janeiro deste ano como em fevereiro do ano passado, a taxa oficial da inflação no país foi de 0,32%. Em 12 meses, o IPCA soma 3,89%, conforme resultados divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE.

Os principais impactos vieram dos grupos Alimentação e Bebidas (alta de 0,78%, ante 0,90% em janeiro) e Educação (3,53%): 0,19 e 0,17 ponto percentual, respectivamente. No segundo caso, a variação reflete as mensalidades dos cursos regulares, com aumento médio de 4,58%, variando de 2,60% (Brasília) a 7,17% (região metropolitana de Aracaju). Apenas esse item representou impacto de 0,15 ponto no mês passado. 

Já o custo da alimentação no domicílio subiu 1,24%, com altas de vários produtos. Foram os casos, entre outros, de feijão carioca (51,58%), batata inglesa (25,21%), hortaliças (12,13%) e leite longa vida (2,41%). Caíram preços de itens como carnes (-1,23%), arroz (-1,23%), frango (-1,69%) e tomate (-5,95%). A alimentação fora do domicílio recuou 0,04%.

No grupo Habitação, que variou 0,38% em fevereiro, apenas a energia elétrica teve elevação de 1,14%, com impacto de 0,04 ponto na taxa mensal. Os resultados foram de -2,35% (Aracaju) a 14,99% (Rio Branco). Ainda nesse grupo, o gás encanado teve alta média de 4,11%, chegando a 10,64% na região metropolitana de São Paulo.

O IBGE apurou ainda aumento de 0,79% nos planos de saúde e de 0,74% em higiene pessoal. Isso levou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais a uma alta de 0,49% no mês. 

Vestuário e Transportes tiveram deflação em fevereiro, de 0,33% e 0,34%, respectivamente. As principais influências vieram de calçados (-0,54%), roupas femininas (-0,56%), passagens aéreas (-16,65%) e gasolina (-1,26%). O custo médio do ônibus urbano aumentou 1,50% (impacto de 0,04 ponto), devido a reajustes nas tarifas em cinco das 16 regiões pesquisadas.

O menor resultado do IPCA foi apurado em Brasília (-0,18%) e o maior, em Rio Branco (1,12%). Na região metropolitana de São Paulo, passou de 0,37%, em janeiro, para 0,44%, somando 4,01% em 12 meses.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,54%, bem acima de janeiro (0,36%) e de fevereiro do ano passado (0,18%). A taxa em 12 meses agora está acumulada em 3,94%. 

Os produtos alimentícios subiram 0,94%, e os não alimentícios, 0,37%. No mês anterior, as altas foram de 0,90% e 0,13%.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comando Nacional dos Bancários propôs à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a mudança do caráter do Censo da Diversidade Bancária. “A ideia é que o censo não apenas traga uma fotografia da realidade do setor, mas se torne uma ferramenta de formação e de mudança da cultura discriminatória que ainda persiste no sistema financeiro e na sociedade brasileira”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Com a mudança do caráter do Censo, podemos contribuir com a capacitação da categoria e possibilitar que cada bancário se torne agente da diversidade, do respeito e da igualdade em toda a sociedade, inclusive nos locais de trabalho”, ressaltou Juvandia depois de ter apresentado uma série de dados sobre a discriminação e a violência contra as mulheres, negros, pessoas com deficiência (PCDs) e LGBTs.

A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim, ressaltou a importância do Censo da Diversidade, mas também reforçou a necessidade da realização de outras ações que levem à transformação da realidade apresentada pela presidenta da Contraf-CUT.

“Vai ser um avanço construirmos uma cartilha em conjunto para transmiti-las à toda a categoria. Com as informações em mãos, cada bancário terá melhores condições de combater a discriminação”, disse Rosalina.

A Fenaban aceitou a proposta e apresentará um cronograma de atividades para sua implantação na próxima reunião da mesa de igualdade de oportunidades, que está prevista para acontecer no dia 10 de abril.

Canal de atendimento às mulheres
Além da mudança no caráter do Censo da Diversidade, o Comando Nacional dos Bancários propôs a criação pela Fenaban de um canal de atendimento às bancárias vítimas de violência, seja doméstica ou as ocorridas em outros ambientes sociais, inclusive no trabalho.

“Para combater a violência contra as mulheres, é importante a criação de um canal de atendimento às bancárias vítimas para acolhê-las e orientá-las e dar assistência jurídica, psicológica e de acompanhamento específico para estes casos”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

Para Juvandia, a criação de um canal de atendimento às mulheres vítimas de violência pode contribuir para a melhoria do desempenho no trabalho. “Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará mostra que a violência doméstica gera uma perda de R$ 1 bilhão por ano ao mercado de trabalho. O estudo diz que, em média, as vítimas precisam se ausentar 18 dias do trabalho após sofrer a violência”, disse a presidenta da Contraf-CUT. “A criação deste canal pode ajudar a minorar o sofrimento das mulheres”, completou.

A Fenaban levará a proposta para os bancos analisarem e trará uma resposta na próxima reunião da mesa de negociações.

Fonte: Contraf-CUT