Maio 08, 2025
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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu, no fim da tarde de segunda-feira (11), com a direção do banco para a apresentação sobre o Prêmio de Desenvolvimento Extraordinário (PDE). O banco informou que o regulamento do Prêmio ainda não está concluído. A previsão é final do mês de marco.

O PDE é destinado a área comercial, não extensivo a departamentos, caixas, escriturários e assistentes e gerentes regionais.

Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, lembrou que o prêmio é uma reivindicação antiga dos funcionários. “Os bancários esperam por muito tempo um programa de remuneração variável. O Bradesco é o banco que paga menos PLR aos seus trabalhadores.”

“Esse prêmio é uma importante conquista, mas tem de ser ampliado a todos os funcionários do banco”, completou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Outro tema abordado na mesa foi o recolhimento previdenciário. Não consta no extrato da previdência, o recolhimento desde agosto de 2018. O banco informou que o repasse tem sido feito normalmente, o problema é relacionado ao E-social, estão buscando uma solução junto à Previdência e darão um retorno o mais rápido possível. O funcionário pode solicitar ao RH o demonstrativo da contribuição ao INSS.

Também foi apresentado ao banco um calendário para reunião nas Federações, com objetivo de tratar o Seguro Saúde e Dental nas bases.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários está reunido na manhã desta terça-feira (12), em São Paulo, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), para debater questões relacionadas à igualdade de oportunidades nos bancos. O tema fará parte da mesa de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontece na parte da tarde.

Além das questões de igualdade de oportunidades, o Comando Nacional dos Bancários também cobrará que os bancos cumpram todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.

A mesa de negociações acontece a partir das 14h, no hotel Macksoud Plaza, também na capital paulista.

Fonte: Contraf-CUT

Uma pesquisa realizada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sociais (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) aponta que a participação das mulheres no quadro funcional dos bancos privados reduz 7,8 pontos percentuais após os 40 anos de idade. Até os 39 anos elas ocupam 56,4% dos postos de trabalho. Após completar 40 anos esse percentual cai para 48,6%. O levantamento foi feito com base nas informações da Relação Anual de Informações Sociais 2017 (Rais).

Segundo a socióloga do Dieese, Bárbara Vallejos, esse fenômeno tem duas causas. “A saída precoce de mulheres dos bancos pode ser reflexo tanto da dificuldade de obterem promoções e de terem acesso a cargos de maior prestígio e remuneração quanto da preferência dos bancos pela presença de jovens em seu quadro de funcionários”, disse. Bárbara afirmou ainda que o fato é verificado para mulheres e homens, mas o fator idade pesa mais sobre as mulheres.

Igualdade de oportunidades
Para a socióloga do Dieese, os dados revelam que não se pode falar em uma mudança de rota efetiva na gestão dos bancos. “Hoje mulheres são excluídas dos cargos de comando, o que dificulta a incorporação de práticas não discriminatórias por parte de dirigentes, gestores intermediários e supervisores”, disse, lembrando que muitas mulheres deixam de trabalhar nos bancos porque ficam estagnadas em suas carreiras, mesmo tendo, na média, melhor formação e resultados do que os homens.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, lembrou que desde 1990 as questões de igualdade de oportunidades são pautadas nas mesas de negociação com os bancos. “Já obtivemos muitos avanços, mas os dados mostram que os bancos ainda exercem políticas de gestão impregnadas por uma visão discriminatória”, afirmou.

Entre as conquistas da Mesa de Igualdade de Oportunidades, estão as cláusulas da isonomia de direitos para homoafetivos, extensão da licença-maternidade para 180 dias, da licença paternidade para 20 dias, vinculada à programa ou atividade de orientação sobre a paternidade responsável e a realização de três censos da diversidade pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em parceria com a Contraf-CUT.

O primeiro Censo da Diversidade Bancária foi realizado em 2008. O segundo em 2014. O terceiro é uma conquista da Campanha Nacional da categoria em 2018. Será elaborado e aplicado no decorrer de 2019 e os resultados serão divulgados em 2020.

“As mulheres são vítimas de muitos tipos de violência. A discriminação no mercado de trabalho é uma delas e, assim como a violência doméstica e o feminicídio, precisa ser combatida por toda sociedade. O Censo da Diversidade Bancária pode nos ajudar neste sentido”, explicou a presidenta da Contraf-CUT. “Mas, o Censo vai além. Ele também pode nos ajudar no combate de outros tipos de discriminação, como aquelas praticadas contra negros e negras, contra pessoas com deficiência e contra LGBTs”, concluiu.

Questão salarial
Pesquisa Mensal do Emprego Bancário, também realizada pelo Dieese, mostra que as Bancárias recebem apenas 82,8% do valor pago aos bancários. Os dados apontam que as 1.089 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2019 receberam, em média, um valor corresponde a 82,8% da remuneração média auferida pelos 1.359 homens contratados no período. As informações levam em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do IBGE.

Segundo a pesquisa, a diferença salarial entre bancárias e bancários persiste ao longo de toda a carreira, uma vez que também é constatada no momento do desligamento dos trabalhadores da categoria. As 1.189 mulheres desligadas dos bancos em janeiro recebiam, em média, valor correspondente a 79% da remuneração média dos 1.253 homens que deixaram seus cargos nos bancos no primeiro mês de 2019.

Rais
O levantamento das informações salariais do setor bancários pela Rais 2017 também apresenta diferença na remuneração entre homens e mulheres. Em 2012 essa diferença era de 24%. Em 2017 caiu para 22,3%. “É verdade que há uma pequena redução da diferença entre os salários pagos aos homens e às mulheres, mas a continuar neste ritmo, vai levar 66 anos para acabar com a diferença”, disse a presidenta da Contraf-CUT. No mercado de trabalho em geral, mantido o atual ritmo de redução, levará 42 anos para que o salário das mulheres se iguale ao dos homens.

 

Fonte: Contraf-CUT

O governo Bolsonaro e a nova direção do banco vêm promovendo diversos ataques contra aos empregados e contra o caráter público da Caixa. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas como seguros, cartões, assets e loterias, que estão entre as mais lucrativas do banco estão na mira da nova direção do banco.

Além disso, na última semana a imprensa noticiou que, a pedido de Pedro Guimarães, o banco deve fazer uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e a desvalorização de imóveis retomados pelo banco.

Porém, como informa Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, a inadimplência no banco é mais baixa que a dos demais. Um provisionamento tão grande assim não é necessário. “Tal provisionamento reduz sobremaneira o valor que o banco teria que pagar a título de participação nos Lucros ou Resultados (PLR) aos empregados, que deram duro e conseguiram superar as metas estipuladas pelo banco. A nova direção da Caixa, no entanto, não quer reconhecer o esforço dos seus empregados.”

Por isso, o movimento sindical solicitou uma reunião com o banco para esclarecer as mudanças que estão sendo feitas. Mas, o banco se recusou a passar tais informações e esclarecimentos às entidades de representação dos empregados.

Como forma de protesto com tamanho desrespeito aos trabalhadores e mostrar a contrariedade às medidas privatistas que estão sendo implantadas, os empregados farão o Dia Nacional de Luta da Caixa, na próxima sexta-feira (15), em defesa da Caixa 100% pública, contra a venda das áreas mais lucrativas do banco, na defesa do seu papel social, contra as contramanobras que reduzam o lucro da Caixa, por mais reconhecimento ao trabalho, por mais empregados já e pelo fim do assédio moral na empresa.

Fonte: Contraf-CUT

As mobilizações deste 8 de março ganharam as ruas de todo o país. Milhares de mulheres se uniram no Dia Internacional da Mulher nas principais capitais do Brasil para protestar contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro, por justiça e contra a violência que assola o país. Em São Paulo, mais de 80 mil mulheres se uniram contra a política de retrocessos atual e intensificaram a luta por justiça por Marielle e Lula Livre.

Clique aqui e confira a galeria de fotos do dia.

“As mulheres demonstraram, neste 8 de março que a luta segue ainda mais forte em defesa da igualdade, da equidade, da retirada de direitos, contra o fim da nossa aposentadoria e contra todas as formas de violência que cresce assustadoramente no país”, destacou Elaine Cutis, secretaria da Mulher da Contraf-CUT.

O principal grito de guerra das mulheres que participaram das manifestações do Dia Internacional da Mulher foi o “não” para reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba com a aposentadoria para milhares de trabalhadoras. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma propõe acabar com a regra de aposentadoria por tempo de contribuição, prevê a obrigatoriedade de idade mínima de 62 anos e 20 anos de contribuição. O tempo mínimo de contribuição sobe de 15 anos para 20 anos e as trabalhadoras vão receber apenas 60% do valor do benefício. Para ter acesso à aposentadoria integral, a trabalhadora terá de contribuir por pelo menos 40 anos.

O coro dos protestos também foi intensificado contra toda forma de violência que atinge o país, principalmente com o aumento do feminicídio - casos em que mulheres foram mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero - com dados assustadores, sendo registrados 1.173 mortes só no ano passado, comparado a 2017 com 1.047 casos.

Além do grito contra a violência, as mulheres intensificam a luta contra as injustiças, como no caso de Marielle Franco e por Lula livre.   

Lula vale a luta

 A prisão de Lula já movimentou o mundo inteiro. Hoje ele é indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Muitas mulheres se mantiveram na linha de frente desta resistência exigindo a sua liberdade! Porque lutar pela liberdade de Lula é lutar pelo direito dos que mais precisam. Lula é um preso político. 

Lula livre é uma das principais causas da luta das mulheres, pois Lula foi imprescindível nas principais conquistas das lutas femininas. Vale destacar que Lula criou a secretaria de Política para mulheres, deu crédito para as trabalhadoras da agricultura familiar, possibilitou o sonho da casa própria e viabilizou a luta contra a violência contra mulher, com o disque denúncia 180, entre outros importantes avanços. 

Marielle sempre presente

Marielle Franco perdeu a vida por lutar contra injustiças. Quem matou Marielle? É uma pergunta sem resposta por quase um ano. Mulheres reivindicam que as investigações de seu assassinato se aprofundem, por Marielle, pelas outras tantas Marieles e Marias de todo o país.   Dia 14 de março faz um ano da morte de Marielle Franco e dia 7 de abril um ano da prisão de Lula. “A democracia passa necessariamente pela libertação de Lula e a justiça por Marielle. Não vamos nos acovardar diante de tantas atrocidades. Não vamos nos calar. Seremos resistência na luta por justiça e por um mundo mais humano, igualitário e justo”, afirmou Elaine.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou de reunião com a Federação Nacional dos Bancos - FENABAN -, que aconteceu nesta segunda feira (11), no Rio de Janeiro, para tratar dos efeitos negativos do cancelamento, via Supremo Tribunal Federal (STF), do feriado estadual dos bancos na quarta-feira de cinzas.

Os Coordenadores Gerais do Sindicato Pedro Batista, Alcyon Costa e José Laércio representaram os bancários na reunião.

Na pauta, foram apresentados questionamentos quanto ao abono das ausências e o pagamento da horas trabalhadas como horas extras. Foram questionadas, também, as convocações feitas durante o feriado de carnaval aos bancários, para o comparecimento ao trabalho na quarta-feira de cinzas, o que é caracterizado como assédio moral.

A FENABAN foi representada por Adauto de Oliveira Duarte, Diretor de Políticas de Relações Trabalhistas e Sindicais, além de representante das relações sindicais dos bancos.

A Federação Nacional dos Bancos recebeu as demandas e ficou de responder em breve.

O SindBaixada está acompanhando a negociação e informará sempre que houver qualquer movimentação ou resposta.

Tudo o que os brasileiros precisam saber sobre a "reforma" da Previdência 2019 num único site. A RBA lança nesta sexta-feira (8) a página na internet Minha Aposentadoria, totalmente voltada para a defesa do direito dos trabalhadores à aposentadoria.

A página explica os detalhes das regras que constam da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, levada por Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional em 20 de fevereiro, com interesse de que seja aprovada ainda no primeiro semestre.

O que a "reforma" põe a perder? O que é verdade e o que não é sobre o que dizem da situação da Previdência? Quem vai pagar a conta do R$ 1 trilhão que o governo diz querer economizar com essa PEC? Por que essa ideia de reforma põe em risco não apenas as futuras aposentadoria, mas também a situação de que já está aposentado? O que precisa mudar, de fato, na estrutura da Previdência, para que ela seja efetivamente sustentável, para as atuais e futuras gerações?

Essas e muitas outras questões terão respostas no site e serão temas de reportagens produzidas pelas equipes da RBA, da Rádio Brasil Atual e da TVT. Artigos e reportagens de blogs e sites parceiros, das centrais sindicais, do Dieese, do mundo acadêmico e a voz dos trabalhadores também estarão presentes no dia a dia da página Minha Aposentadoria.

Uma seção vai permitir a interação com os internautas, que poderão enviar perguntas para serem analisadas e respondidas por especialistas.

"Nesse site, você vai descobrir que além da aposentadoria, de que tanto se fala quando ao assunto é a reforma da Previdência, outros direitos correm risco, como os benefícios pagos aos trabalhadores afastados por doença, às gestantes, aos idosos carentes e às pessoas com deficiência, aos trabalhadores rurais", informa o texto de apresentação.

"O lançamento do site neste Dia Internacional da Mulher tem significado especial porque elas – as trabalhadoras do campo e da cidade – estão entre os mais prejudicados por mais esse absurdo produzido nesses trágicos meses de governo Bolsonaro", afirma o diretor da RBA, Paulo Salvador.

O site terá ainda uma "calculadora" produzida pelo Dieese, por meio da qual os usuários poderão comparar quanto tempo levariam para se aposentar com as regras atuais e como ficará se a proposta de Bolsonaro for aprovada.

"Nosso site é um reforço na batalha da comunicação por parte dos trabalhadores", diz Salvador. "Sabemos que a imprensa comercial, os principais jornais, portais e emissoras de rádio e TV vão tentar de tudo para vender a reforma como se fosse a salvação da pátria. Na verdade, seria a destruição da Previdência pública, para a alegria dos bancos e dos mais ricos."

Fonte: Rede Brasil Atual

Na sexta-feira (8), aconteceu uma nova rodada da Mesa de Negociações da Cassi, na sede do Banco do Brasil em Brasília. As entidades de representação dos trabalhadores retornaram com as primeiras análises dos associados sobre a proposta do BB, divulgada com os detalhamentos na semana anterior.

As entidades reafirmaram ao BB que na parte da proposta sobre governança, algumas premissas precisam ser observadas, como não ter voto de minerva e alternância de presidência no conselho deliberativo, bem como a troca das representações nas diretorias. As entidades informaram ao BB que poderão ser introduzidos outros mecanismos para facilitar o rito de decisão como pauta automática no conselho deliberativo.

Sobre a reabertura do Plano Associados, as entidades cobraram do BB o detalhamento de como seria a entrada dos novos funcionários e a possibilidade de entrada dos funcionários de bancos incorporados.

O Banco respondeu que vai detalhar as formas de auto patrocínio dos futuros funcionários e que fará uma proposta de redação no Estatuto da Cassi que prepare o Plano para recebimento de novos funcionários.

Em relação ao custeio, foi cobrado do BB que seja mantida a proporcionalidade de 60/40 nos valores globais das contribuições entre patrocinador e associados.

As entidades reivindicaram que haja mais estudos e simulações sobre a proposta de custeio. Ficou estabelecido que serão feitas simulações utilizando os dados existentes e as projeções na Cassi.

Será constituído grupo técnico para fazer as simulações de custeio, no início da próxima semana, com indicados das entidades, Cassi e BB. Os estudos serão utilizados para melhor análise dos números globais e formatação de contrapropostas sobre o custeio.

Continuidade das negociações
A próxima rodada está marcada para iniciar dia 18/03, com negociações nos dias subsequentes.

Segundo o Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Wagner Nascimento, as simulações feitas no grupo técnico servirão para subsidiar os debates com os associados e a formulação de uma proposta para levar ao Corpo Social. “Por isso nosso compromisso em manter um processo de negociação permanente, considerando a necessidade de urgência da Cassi. A proposta que o banco apresentou agora precisa ser melhorada. Não podemos aceitar uma proposta pior que a proposta rejeitada pelos associados”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

Dados da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na subseção do Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apontam que as 1.089 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2019 receberam, em média, um valor correspondente a 82,8% da remuneração média auferida pelos 1.359 homens contratados no período. As informações levam em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do IBGE.

Segundo a pesquisa, a diferença salarial entre bancárias e bancários persiste ao longo de toda a carreira, uma vez que também é constatada no momento do desligamento dos trabalhadores da categoria. As 1.189 mulheres desligadas dos bancos em janeiro recebiam, em média, valor correspondente a 79% da remuneração média dos 1.253 homens que deixaram seus cargos nos bancos no primeiro mês de 2019.

“Esse é um dado verificado em toda a sociedade e em empresas de todos os segmentos econômicos. As mulheres recebem menos do que os homens, mesmo tendo a mesma função e cumprindo as mesmas tarefas. Mas, no setor bancário, existem algumas particularidades que tornam essa constatação ainda mais grave. Elas têm melhor formação do que seus colegas de trabalho, mas os melhores cargos e os maiores salários ficam com eles”, observa a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Isso é ou não é discriminação de gênero?”, questiona.

Os últimos relatórios de sustentabilidade dos bancos mostram que, nos cinco maiores bancos do país, as mulheres são minoria nos cargos de direção. No Santander, elas ocupam apenas 20,20% dos cargos nesta esfera. Mas, nos outros bancos chega a ser ainda pior. No Itaú, somente 12,7% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres. No Bradesco, 5,15%; no Banco do Brasil, 4,84%; e, na Caixa, somente 2,7% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres.

     > Veja dados sobre sustentabilidade dos bancos

Achatamento de salários
Outro dado da Pesquisa de Emprego Bancário que merece destaque é com relação à idade dos trabalhadores contratados e demitidos. Em janeiro, a abertura dos postos bancários concentrou-se nas faixas entre 18 e 29 anos, com criação de 1.008 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 501 postos.

“A remuneração média dos funcionários com menos de 30 anos é mais baixa. Eles demitem os funcionários mais experientes e contratam os mais jovens com salários mais baixos. Com isso estão promovendo o achatamento dos salários da categoria”, explicou Juvandia.

Reflexos da reforma trabalhista
Segundo a pesquisa do Dieese, os dados do Caged trazem os primeiros reflexos da reforma trabalhista para a categoria bancária. As demissões sem justa causa representaram 52,7% do total de desligamentos no setor bancário em janeiro de 2019. As saídas a pedido do trabalhador representaram 35,5%. Em janeiro foram, ainda, registrados 15 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$10.235,20, bastante superior à média (R$ 6.318,22).

     > Leia a íntegra da Pesquisa de Emprego Bancário

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Luta e resistência marcam presença nas mobilizações do mês da mulher
     > Contraf-CUT disponibiliza materiais para o Dia da Mulher

Fonte: Contraf-CUT

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado nesta quinta-feira (7) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã, mostra que, mantido o atual ritmo de diminuição da distância entre mulheres e homens na realização de trabalhos domésticos e de cuidados, a igualdade só poderia ser alcançada em 2228, ou seja, em 209 anos.

"Uma série de fatores está bloqueando a igualdade no emprego, e o que desempenha um papel maior é o trabalho de cuidar", analisa a diretora do Departamento de Condições de Trabalho e Igualdade da OIT Manuela Tomei. “Nos últimos 20 anos, a quantidade de tempo que as mulheres gastaram com cuidados não remunerados e trabalho doméstico quase não diminuiu, e a de homens aumentou apenas oito minutos por dia. Nesse ritmo, serão necessários mais de 200 anos para alcançar a igualdade no tempo gasto em trabalho de assistência não remunerado."

Em todo o mundo, segundo o documento, intitulado Um salto quântico pela igualdade de gênero: Para um melhor futuro do trabalho para todos, há 647 milhões de mulheres em idade de trabalhar (21,7%) do total da população feminina) frente a 41 milhões de homens (ou 1,5 %). De acordo com a entidade, para se chegar uma situação de equidade de gênero seria necessária a implementação de medidas e políticas públicas concretas.

“Não conseguiremos um futuro do trabalho com a justiça social de que precisamos a menos que aceleremos a ação para melhorar o progresso na igualdade de gênero. Já sabemos o que precisa ser feito ”, pontua o diretor-geral da OIT Guy Ryder. “Precisamos implementar uma agenda transformadora que inclua a imposição de leis e regulamentações – talvez possamos até mesmo revisitar essas leis e regulamentos – apoiada pelo investimento em serviços que nivelem o campo de atuação para as mulheres, como cuidados e proteção social, e uma abordagem mais flexível para as horas de trabalho e para as carreiras profissionais.”

O cenário de desigualdade penaliza ainda mais as mulheres que são mães. Apenas 25% dos cargos com posição de chefia são ocupados por mães de crianças com até 6 anos de idade, participação que sobe para 31% quando se consideram mulheres sem filhos pequenos. A diferença salarial entre homens e mulheres continua em média 20% maior para eles.

Com informações de El Diario e OIT