Abril 30, 2025
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A oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada nesta quinta-feira (22) entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, embora não tenha apresentado propostas concretas que atendam as expectativas do funcionalismo, sinalizou uma série de avanços. Mas, conforme o BB esclareceu, é necessário aguardar a mesa única da Fenaban caminhar.

O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de setembro, em todas as unidades de varejo, independente de ter numerário ou não. O BB disse que os funcionários e clientes são valiosos, por isso os vigilantes estarão em todas as unidades de varejo" Esta é uma reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um sentimento de segurança entre a população.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso, cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem mais do que o patrimônio”.

Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid, tema abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% até maio (quando encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários afastados por licença à saúde também terão as horas anistiadas.

A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas. “Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também destacamos principalmente a questão das mães solo e de pais com crianças ainda em idade escolar, que não têm com quem deixá-las, e ficar fazendo mais horas”, aponta a coordenadora do CEBB.

Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra, para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra que a categoria é extremamente endividada.

Teto PLR

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi reforçada a cobrança do fim do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com patamares bem superiores, inclusive das estatais.

O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os contínuos (que hoje são 140 no banco). Eles passarão a receber a mesma dos escriturários.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fez um ato na agência 226 do Banco Santander (25 de Agosto), em Duque de Caxias, nesta quinta-feira (22/8), pelo fim das terceirizações.

Na agência, onde também funciona Superintendência do banco na Baixada Fluminense, houve retardamento de duas horas em sua abertura.

Foi o Dia Nacional de Luta #TerceirizaçãoNão - Campanha Nacional, que ocorreu em todo o país.

O objetivo é cobrar dos bancos a proteção do emprego, dos direitos e para que os terceirizados sejam contratados com todos os direitos dos bancários e bancárias.

No ato, além da paralisação, os diretores e diretoras do Sindicato levaram faixa da Campanha Nacional, além de uma caixa de som, onde falaram para funcionários, clientes e transeuntes, sobre os malefícios da terceirização.

EFEITOS DA TERCEIRIZAÇÃO

Os bancos estão reduzindo os contratos, com todas as garantias conquistadas pela categoria na CCT, por terceirizados.

Se trabalha no banco, é bancário!

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Nesta quarta-feira, 21 de agosto, na 9ª rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos apresentaram proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC. A proposta foi prontamente rejeitada pelo comando na mesa.

O Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Esperança, o Presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Ayres Carlos Alves e o Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão), representaram a entidade na reunião.

“Total desrespeito dos banqueiros, diante da lucratividade do setor. É uma total insensibilidade apresentar uma proposta aquém das expectativas da categoria. Não tem aumento real e nem, sequer, repõe a inflação. Beira o inacreditável, quando levamos em conta as negociações de outras categorias.”, declarou Nilton.

E completou. “A proposta foi rejeitada na mesa. Pois, além de absurda, financeiramente falando, sem aumento da PLR, do VA e do VR, ainda tem muitas pendências nas cláusulas sociais.”

DIEESE

Cálculos do Diesse, feitos no momento da mesa, mostram que o ajuste proposto pela Fenaban, de 85% do INPC resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.

O Comando Nacional dos Bancários ressaltou ainda que o país está em um momento de crescimento econômico, redução no desemprego e melhora na renda geral, fatores que promovem uma tendência na queda no endividamento da população, importante para a lucratividade e rentabilidade dos bancos.

Matéria publicada no Valor Econômico, nesta quarta (21), mostra que, na lista dos 10 maiores lucros no 2º trimestre, sete empresas são do setor financeiro, sendo cinco delas bancos: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e BTG.

MOBILIZAÇÃO

O Comando Nacional aprovou um dia nacional de mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários.

PRÓXIMAS MESAS

As negociações com a Fenaban voltam na terça (27) e continuarão nos próximos dias, até a sexta (30).

*com informações da Contraf-CUT e Fetraf RJ/ES

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação, nesta terça-feira (20), sem apresentar propostas de reajustes, propondo a precarização e a retirada dos direitos da Convenção Coletiva dos Bancários (CCT), prontamente negada pelos representantes dos trabalhadores.

"A lógica dos bancos é a de atacar direitos e rebaixar os índices de remuneração. Não vamos discutir nada que resulte em perdas para as bancárias e bancários. Queremos discutir uma convenção coletiva que tenha ganhos reais", pontuou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Entre os itens da CCT que a Fenaban atacou em suas propostas estão a participação nos lucros e resultados (PLR), direitos garantidos aos trabalhadores afastados pelo INSS por motivo de doença e vales alimentação e refeição. "Todos esses pontos são fundamentais aos trabalhadores. Não faz sentido retroceder. Os bancos deveriam se envergonhar com essas proposições”, completou a também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Juvandia Moreira ressaltou, por sua vez, que do total de setores no país que fizeram negociações salariais entre janeiro e junho deste ano, 86% obtiveram aumento real. “Estamos falando de setores que sofrem concorrência, mais que o setor bancário e que apresentam lucros e rentabilidades muito inferiores e, ainda assim, tiveram reajuste salarial acima da inflação”, pontuou a dirigente. “Não estamos num momento para perdas, muito pelo contrário, a economia está aquecida e o setor mais ainda. Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões”, acrescentou. 

Houve uma pausa na reunião e, no retorno, os bancos voltaram com a proposta de precarização dos direitos, desta vez, a partir da segmentação da CCT por porte de banco. A proposta foi recusada terminantemente pelo Comando. O argumento utilizado pela Fenaban, e bastante fragilizado, foi a existência de pequenos bancos que não alcançam os mesmos lucros e retornos sobre o patrimônio líquido.

Sobre esse ponto, o Comando Nacional rebateu que a comparação não é válida, apontando exemplos de bancos menores que praticam taxas de juros abusivas e que faz com que haja inadimplência elevada.

"Um banco, usado como exemplo pela Fenaban aqui na mesa de negociação, no site do Banco Central está como sendo o segundo com a maior taxa de juros do cartão de crédito no país: 994% ao ano, ou 22% ao mês. Um verdadeiro abuso. Então, se o banco tem dificuldades de rentabilidade e lucro, esse problema não é por causa do pagamento com o pessoal, e sim porque prática taxas de juros abusivas, que faz com que tenha uma inadimplência de 14%, enquanto a média do sistema financeiro é 3,3%", destacou Juvandia. “Além disso, essse mesmo banco está dentro de um grupo que tem instituições de pagamentos e empresas de cartão de crédito. Se algum banco estiver com alguma dificuldade, ele tem que procurar o sindicato para negociar e não precarizar a CCT”, completou. 

O Comando Nacional pontuou que os bancos estão usando esse argumento na mesa para rebaixar o reajuste salarial, o que os bancários e bancárias não vão aceitar. 

Após cobrança do Comando, a Fenaban se comprometeu a trazer o índice na reunião que irá prosseguir nesta quarta-feira (21).

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense continua se mobilizando por reajustes e direitos da categoria.

Desta vez, diretoras e diretores percorreram agências bancárias de São João de Meriti, nesta segunda-feira (19/8), para falar sobre a Campanha Nacional e da importância da pressão para que os bancos entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e que corresponda às reivindicações dos trabalhadores.

As manifestações ocorreram em todo o país, na véspera da próxima mesa de negociação, que irá começar amanhã, 20 de agosto.

Na quarta-feira (15), a categoria realizou um dia nacional de luta, em todo o país, com o retardamento da abertura em algumas agências.

"Em 2023, os bancos lucraram R$ 145 bilhões no Brasil. Nós estamos falando de lucro, já descontado impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos. No primeiro semestre deste ano, quatro dos cinco maiores bancos do país, que já apresentaram seus resultados (Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) lucraram juntos R$ 53,6 bilhões. Ainda assim, não apresentaram propostas de reajuste salarial, faltando duas semanas para o fim da campanha nacional de renovação da CCT", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:

- Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
- Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
- E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

A campanha

As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.

Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

- Fim da gestão por metas abusivas que tem gerado adoecimento na categoria;

- Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;

- Direito à desconexão;

- Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;

- Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;

- Mais mulheres na TI;

- Combate à terceirização e garantia de empregos;

- Jornada de trabalho de quatro dias;

- Ampliação do teletrabalho.

Nesta quinta-feira, 15 de agosto, criminosos assaltaram a agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Presidente Lincoln, em Vilar dos Teles (São João de Meriti).

Assim que tomou conhecimento do assalto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense foi até a agência para garantir que os trabalhadores estivessem em segurança e a agência recebendo o devido atendimento das autoridades policiais e da direção do banco.

A Polícia Civil confirmou a prisão de três homens e informou que a ocorrência está em andamento na 64ª DP (Vilar dos Teles).

POSIÇÃO DO BANCO

De acordo com o banco, não haverá atendimento amanhã (16/8). A agência permanecerá fechada. Além disso, também garantiu atendimento psicológico a todos os trabalhadores que precisem.

Caso o bancário sinta necessidade, deve procurar um profissional da sua confiança.

CAT

O Sindicato informa que, se necessário, os trabalhadores podem emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), através do banco ou da entidade sindical.

Feijoada de Agosto

Agosto 15, 2024

Confira a data da feijoada do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense em agosto:

Dia 23/8 - Nova Iguaçu (sexta-feira)

PREÇOS

Sindicalizado(a) - R$ 15

Não Sindicalizado(a) - R$ 25

ATENÇÃO:

Em virtude da proximidade com a Festa dos Bancários (31/8), NÃO TEREMOS Feijoada em nossa Sede de Duque de Caxias, neste mês.

Esperamos vocês!

Os funcionários do BNDES entregaram, na manhã desta quinta-feira (15), a pauta específica de reivindicações, aprovada em assembleia dos trabalhadores realizada no dia 8 de agosto, à direção do banco.

Mesmo com a entrega, o banco de desenvolvimento ainda não definiu as datas das reuniões de negociação. “Cobramos do BNDES um calendário para darmos início às conversações. Já estamos no meio de agosto e essa definição é urgente!”, lamentou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com as empresas do sistema BNDES.

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados do BNDES vão entregar, nesta quinta-feira (15), a pauta de reivindicações aprovada em assembleia dos trabalhadores realizada no dia 8 de agosto.

“Com a entrega da pauta, vamos cobrar que o banco nos apresente um calendário para darmos início às negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do sistema BNDES”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Sistema Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com as empresas do sistema BNDES.

A reunião com a direção do banco será nesta quinta-feira, a partir das 11 horas.

“Na pauta econômica, buscaremos seguir o que for negociado com a Fenaban e os bancos públicos”, completou Vinícius, ao lembrar que a categoria bancária está em campanha para aprovação da sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal trouxe algumas respostas, nesta quarta-feira (14), para as reivindicações das empregadas e empregados, apresentadas anteriormente pela Comissão Executiva de Empregados (CEE) em reuniões de negociações para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do pessoal da Caixa.

“Embora a Caixa tenha sinalizado convergências em relação às premissas de algumas das propostas que apresentamos, ainda precisa avançar na definição destes pontos e nos trazer respostas para os demais temas apresentados”, avaliou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro.

“Avaliamos como positiva a devolução que a Caixa nos trouxe, mas esperamos que na próxima reunião sejam trazidas redações sobre estes temas e sobre os demais que já foram apresentados anteriormente”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Saúde do trabalhador

Já há muitos anos, o movimento sindical cobra que a Caixa revise seu Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e desenvolva, com recursos próprios e com a participação das entidades sindicais, campanhas para zelar e promover a saúde e a qualidade de vida do conjunto de seus empregados. 

A ideia é que a participação dos trabalhadores na construção dessas campanhas e programas aconteça por meio do GT de Saúde do Trabalhador, do GT de Condições de Trabalho e da reativação dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho. “Nos fóruns regionais pode-se apresentar os problemas, para que se busque a solução sem a necessidade de estes serem levados até a matriz, porque pode ser coisa que dá para ser resolvida localmente. Os GTs são os canais para se resolver aquilo que não se pôde resolver localmente e para pensar estratégias de prevenção de acidentes de trabalho e doenças de trabalho, decorrentes da atividade profissional (B91) e até de suicídio”, explicou Rafael de Castro.
 

A Caixa disse que, em atendimento ao movimento sindical, está revisando seu PCMSO, para que seja mais efetivo na prevenção. Além disso, que tem realizado muitas ações de promoção à saúde do seu pessoal e pediu o auxílio do movimento sindical para a ampliação dos empregados nos programas implementados e nos cuidados com a própria saúde. O banco disse também que está reestruturando as equipes internas de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e está aberto a discutir com o movimento sobre a reformulação do PCMSO e dos programas de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes de trabalho.
 

“É importante essa reestruturação do SESMT, que havia sido terceirizado na gestão passada, para a prevenção de acidentes e doenças adquiridas no trabalho, que são responsáveis pela elevação do absenteísmo (ausência ou o afastamento do trabalho)”, observou Eliana Brasil. “Também é significativa a importância da aceitação, pela Caixa, da participação das entidades de representação sindical no desenvolvimento de projetos para a melhoria da saúde e do ambiente de trabalho. Pois temos muito a contribuir para a qualidade de vida e de trabalho na Caixa”, completou.
 

“Concordamos que o empregado precisa participar dos programas e ter cuidado com sua saúde. Mas isso não pode redimir a Caixa de sua responsabilidade e de fazer sua parte para acabar, ou pelo menos reduzir, o adoecimento”, reforçou o coordenador da CEE, ao lembrar das cobranças abusivas de metas e de sua relação com o aumento do adoecimento da categoria.
 

Rafael também ressaltou que a saúde das empregadas e empregadas e o Saúde Caixa são indissociáveis. “Por isso, apesar de termos um acordo específico para o plano de saúde, com vigência até o final de 2025, precisamos direcionar a discussão para não deixarmos tudo a ser debatido no ano que vem”.
 

Para o representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, “a Caixa poderia aproveitar que vai promover uma mudança em seu estatuto e fazer mais uma para retirar o teto de gastos com a saúde de seus empregados”. A mudança que a Caixa fará a qual se refere Campanate é a mudança para definir que sua diretoria e vice-presidência sejam compostas por, pelo menos, 30% de mulheres.
 

Igualdade de oportunidades

Além da inclusão no estatuto da cota mínima de 30% de mulheres nas diretorias e vice-presidência, a Caixa disse que, apesar de já existir uma norma sobre as comissões regionais de diversidade, vai incluir esta regulamentação também no Acordo Coletivo de Trabalho, garantindo a participação das entidades sindicais de forma representativa, restando apenas definir a redação da cláusula, para que ela não impeça a criação de novos eixos temáticos conforme for ocorrendo alterações no perfil do quadro de pessoal.
 

Com relação à ampliação das pessoas nos cargos de chefia das unidades, a meta é que até 2028 a chefia das unidades seja composta por 45% de mulheres e 27% de pessoas pretas, pardas ou indígenas.
 

“É importante que a cota de 30% seja respeitada em cada nível de direção, para que não haja mulheres concentradas nas diretorias e não haja representatividade nas vice-presidências. Da mesma forma, não adianta ter mulheres nas vices se não houver também nos níveis inferiores”, disse.

PSI e diversidade

Os empregados sugeriram que haja diversidade na composição da banca do Processo Seletivo Interno, como forma de combater preconceito e discriminação, barreiras de ascensão de carreira. Também sugeriram que sejam pensados programas para mudança cultural e redução do preconceito no banco, voltado principalmente às empregadas e empregados que tenham poder de decisão sobre a carreira e gestão de pessoal.
 

A Caixa se propôs a aprofundar a questão e que este é um ponto viável de ser implementado, uma vez que já existe uma ação formatada com foco no público LGBTQIA+ para ser implementada pelas gerências regionais (Gipes) e representações regionais (Repes) e que já existe uma cota de diversidade no edital do programa de incentivo para mestrado e doutorado.
 

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, representante da região Norte no Comitê de Diversidade da Caixa, Tatiana Oliveira, é importante que a cláusula não se feche apenas nos eixos hoje existentes no comitê. “Eles devem ser citados para que não haja perdas do que já foi construído. Mas não devemos nos amarrar a estes eixos. O foco deve ser na política de diversidade”, disse. “Temos estes eixos e podem ser criados outros. O importante é garantir que os representantes sindicais e da Caixa façam parte dos respectivos segmentos de diversidade”, completou.
 

Rogério Campanate, da Federa-RJ, ressaltou a importância da realização de um mapeamento das pessoas LGBTQIA+ e dos mais diversos segmentos de empregados, para que ajude nos debates. “Pode-se aproveitar as ações que serão realizadas nas Gipes para que este mapeamento seja feito”, sugeriu.
 

Horas de estudo

A representação sindical das empregadas e empregados lembrou que a cláusula 59 do atual ACT diz que “os empregados deverão dispor de 6 horas mensais para estudos na metodologia a distância (EAD), junto a Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade”, mas que é preciso melhorar.
 

“É preciso que haja efetividade desta cláusula. Estas seis horas precisam ser respeitadas e o empregado precisa ter condições de ter este tempo para sua formação”, disse a representante da Fetrafi-RJ/ES, Lizandre Borges. “Se for presencial melhor, pois é possível haver trocas de experiências com colegas de outros lugares”, completou.
 

Rogério Campanate ressaltou que “é preciso que haja, de fato, desenvolvimento de pessoas, que o estudo não seja mais uma obrigação de cumprimento de metas”, disse, ao ressaltar que a modalidade remota permite que o sistema seja burlado, dando a impressão de que a formação foi realizada, mas que, na realidade, foi apenas para cumprir a meta de capacitação estabelecida para o pessoal.
 

A Caixa aceita debater sobre o tema para promover mudanças na cláusula.

Acesso e comunicação com os empregados

A representação sindical cobra melhorias no acesso e no fluxo de comunicação com os empregados, para mantê-los informados sobre as atividades de interesse dos trabalhadores.
 

A cláusula 43 do atual ACT, permite a utilização dos malotes da empresa para circulação das publicações e comunicados das entidades sindicais. “Hoje a comunicação é eletrônica. Precisamos atualizar esta cláusula para melhorar a forma de comunicação das entidades com os trabalhadores que elas representam”, disse Coordenador da CEE.
 

A Caixa disse que pode auxiliar na criação de um banco de dados pelo sindicato, de acordo com o interesse de cada empregado e que, além disso, pode avaliar outras formas de acesso aos empregados que não firam a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Cobrança de metas e respeito à jornada

A CEE mostrou preocupação com o uso abusivo do WhatsApp e do Teams nos celulares dos empregados.
 

“O celular é pessoal e temos que estabelecer regras para que não se extrapole o uso, inclusive fora do período de expediente, por meio do Teams e de outros aplicativos de comunicação, como o WhatsApp”, observou a representante da Fetec-SP, Vivian Sá.
 

A representação dos empregados alega que estes aplicativos têm sido utilizados para cobrança de metas, mesmo fora da jornada de trabalho.
 

Com relação às metas, a CEE também ressaltou que elas são estabelecidas e alteradas para cima, durante o período de seu cumprimento. “Não podemos deixar que haja aumento de meta antes da data que foi inicialmente estabelecida para ser cumprida. É preciso que haja perenidade e que, em caso de descumprimento sazonais, não haja prejuízo ao desenvolvimento da carreira do trabalhador”, observou o coordenador da CEE.
 

“Além disso, não podemos ser obrigados a vender um serviço, um produto, a um cliente que não precisa dele. Apenas para que a meta seja cumprida. Isso tem adoecido nosso quadro de pessoal”, completou.
 

“A Caixa pode ser, mais uma vez, protagonista no setor bancário, ao atuar pela redução do adoecimento da categoria”, observou o representante da Fetrafi-MG, Lívio dos Santos.
 

A CEE também reforçou o pedido para que o “Agiliza” (locação de empregados fora das agências para triagem dos clientes) seja revisto. “A Caixa não pode agir como banco privado. Ao impedir a entrada para a realização de certos serviços nas agências, ela promove a segregação. Somente tem acesso ao interior da unidade os clientes que podem gerar algum rendimento financeiro para o banco”, disse a representante da Fetrafi-NE, Chay Cândida.

Teletrabalho

Em atendimento às reivindicações do movimento sindical, a Caixa está estudando mecanismos para garantir o respeito à desconexão e à jornada de trabalho e sugeriu que a proposta seja debatida e elaborada na próxima de mesa de negociações, que será realizada em 21 ou 22 de agosto.
 

“Com relação ao teletrabalho, queremos discutir o público-alvo, as prioridades, os critérios, se é permanente, ou rotativo, a questão da estrutura para o trabalho, a ajuda de custo e que deixe de ser uma moeda de troca nas mãos de gestores que liberam, ou não, para o teletrabalho como forma de prêmio, ou um castigo”, disse Rafael de Castro.
 

Taxas e isenções


A cláusula 17 do ACT em vigência até 31 de agosto, estabelece isenção aos empregados da anuidade de dois cartões de crédito. O movimento sindical reivindica que a isenção seja para todos os cartões.
 

A cláusula 18 trata sobre os juros do cheque especial e enquadra os empregados na “faixa 5”, exclusivamente na conta em que eles recebem seus salários e/ou proventos. “Sabemos que outros grupos de clientes têm taxas menores do que a oferecida aos empregados. Queremos que aos empregados seja concedida a menor taxa que o banco pratica”, disse Rafael.
 

O movimento sindical também reivindica que sejam mantidas as isenções de tarifas de serviços bancários a todos os empregados.

Sinistro de sequestro

O movimento sindical reivindica que, em caso de sequestro que atinja ou vise atingir o patrimônio da empresa, a Caixa custeie todas as assistências (médicas, psicológicas e jurídicas), previstas na cláusula 35 do atual ACT, não apenas aos dependentes, mas também às demais pessoas que estiverem na residência no momento.
 

"Tratamos da questão dos riscos de sinistros que bancários estão expostos, por exemplo, sequestros e roubos. Estamos comprometidos em garantir que, nos casos concretos, o acolhimento seja estendido a todos os presentes no momento do ato criminoso, independentemente do vínculo familiar”, disse o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto. “Além disso, é fundamental que a Caixa ofereça apoio psicológico integral, tanto para os empregados quanto para os terceirizados que estejam trabalhando na agência onde o crime venha a ocorrer.

Fonte: Contraf-CUT