Maio 01, 2025
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No primeiro semestre de 2024, o banco Santander alcançou um Lucro Líquido Contábil de R$ 6,18 bilhões, crescimento de 46,9% em relação ao mesmo período de 2023. Apenas no segundo trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao trimestre anterior, que registrou R$ 2,9 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 15,5%, crescimento de 4,3 pontos percentuais em doze meses. Mais uma vez, a unidade brasileira do banco espanhol contribuiu significativamente, representando 18,8% do lucro global de € 6,059 bilhões, que teve um aumento de 16% em doze meses.

Apesar dos resultados financeiros positivos, a holding Santander encerrou o primeiro semestre com 55.091 empregados, uma redução de 80 postos de trabalho em doze meses (-119 no trimestre). Além disso, a base de clientes aumentou em 3,9 milhões em relação a junho de 2023, totalizando 67,2 milhões. Em contrapartida, foram fechadas 380 agências e postos de atendimento (-81 no trimestre).

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, os dados mostram uma clara contradição: enquanto o lucro do Santander cresce significativamente, a força de trabalho diminui e muitas agências e postos de atendimento são fechados. “Isso é reflexo da implementação da multicanalidade, uma política de redução de custo do banco. Com isso, os funcionários enfrentam incertezas e reduções no quadro de pessoal, apesar do aumento expressivo nos lucros do banco. Isso levanta questões sobre as prioridades da instituição financeira e as consequências para seus empregados e clientes”, declarou.

Fonte: Contraf-CUT

Na próxima quarta-feira (7), o Comando Nacional dos Bancários volta a se reunir com a comissão de negociações da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), desta vez, para reivindicar aumento real nos salários, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos vales refeição e alimentação. O encontro será a 6ª rodada da Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

“O aumento real de salário, o aumento da PLR e o aumento nos vales alimentação e refeição (VA/VR) são, respectivamente, as três primeiras prioridades da categoria, segundo a Consulta Nacional dos Bancários, que contou com a participação de quase 47 mil pessoas, neste ano. Isso mostra que as bancárias e bancários têm consciência e querem que os bancos sejam justos em reconhecer os direitos da categoria, diretamente responsável pelos recordes de lucros registrados por essas empresas”, destaca a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Em 2023, o lucro líquido dos bancos foi R$ 145 bilhões, alta de 5% em comparação a 2022. No primeiro trimestre deste ano, o lucro dos cinco maiores bancos do país teve crescimento de 15,2% e alcançou R$ 29,2 bilhões, em relação ao mesmo período de 2022.

Recomposição salarial

A reivindicação da categoria bancária é que o reajuste salarial corresponda à reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Levantamento do Dieese mostra que, entre 2003 e 2023, os maiores bancos do país tiveram aumento do lucro líquido real de 169%.

No mesmo período, a rentabilidade média dos bancos (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi significativamente superior à inflação, mesmo durante a pandemia, quando a média ficou 2,5 vezes acima. Em 2023, enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade média dos bancos no Brasil foi 15%.

Já a remuneração média da categoria bancária, entre 2003 e 2022, teve crescimento de apenas 16%. Neste mesmo período, os ganhos reais previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e bancárias foi de 21%.

“Essa diferença entre o que foi estabelecido na CCT (21%) em relação à remuneração média real no período (16%) se deve à rotatividade entre bancários demitidos e admitidos, que acabou levando a remuneração média para baixo, porque os bancários admitidos, geralmente, têm salários de ingresso inferiores aos demitidos”, explica o economista do Dieese, da subseção da Contraf-CUT, Gustavo Cavarzan. Em 2023, os bancos fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários no país.

“A reivindicação para que os bancários tenham direito a uma remuneração justa e que corresponda aos seus esforços, no seu dia a dia, nessas empresas é uma questão de justiça social. Também é de extrema importância contra a concentração de renda e para a economia. Em 2023, por exemplo, somando o reajuste nos salários, reajuste nos vales e a totalidade da PLR, a campanha da categoria bancária injetou aproximadamente R$ 10,9 bilhões na economia do país”, pontuou Juvandia Moreira.

Participação nos Lucros e Resultados

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor.

Entre 1997 e 2023, por exemplo, a PLR do cargo de caixa teve aumento real de 137%, entretanto, no mesmo período, o crescimento real no lucro dos bancos foi de 337%, ou 2,5 vezes superior ao aumento real que a PLR paga para esses trabalhadores.

Na campanha salarial deste ano, a categoria quer a garantia de que todos os empregados, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente, tenham participação nos lucros da empresa, a partir do pagamento de três salários-base, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024.

O movimento sindical também reivindica que as empresas paguem, a título de parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%.

Outras exigências das entidades que representam os trabalhadores são que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros pagamentos feitos por planos próprios e de remuneração variável e, ainda, que as empresas sejam transparentes sobre as regras usadas para calcular e pagar a PLR.

“Essas regras de pagamento da PLR precisam ser objetivas e claras. Atualmente, tem bancos que não discriminam no holerite o que é programa próprio e o que é a PLR”, explica Juvandia Moreira.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, ressalta que, “por refletir o lucro das empresas, a PLR é fruto do esforço de toda a categoria”. “Portanto, quando defendemos a distribuição justa da PLR, estamos defendendo a valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores bancários”, pontuou.

Auxílio alimentação e auxílio refeição

Em relação ao auxílio alimentação, a categoria reivindica aumento dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00.

Enquanto que, em relação ao auxílio refeição, a reivindicação é de aumento dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira (6), a categoria bancária realizará mobilizações nas agências de todo o país pedindo reajustes na remuneração. As ações ocorrerão um dia antes da 6ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A orientação é que, nos locais de trabalho, as entidades trabalhem os materiais em cima do mote “Se tem lucro, tem que ter valorização” e, quando forem postar as ações nas redes sociais, utilizem a hashtag #JuntosPorValorização, sempre marcando a Contraf-CUT (@Contraf_CUT).

Além das mobilizações de terça-feira, no dia seguinte, quarta-feira (7), das 9h às 11h, a categoria é chamada a participar de um tuitaço, repetindo a hashtag #JuntosPorValorização.

Um e-mail foi enviado nesta segunda (5) às entidades sindicais, com materiais para o dia nacional de mobilização e para o tuitaço.

Dados

O aumento real de salário, o aumento da PLR e nos vales alimentação e refeição (VA/VR) são, respectivamente, as três primeiras prioridades da categoria na Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, foi respondida por quase 47 mil pessoas.

As principais reivindicações nestes três pontos, incluídas na minuta aprovada durante a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, são:

Recomposição salarial

– Reajuste que corresponda à reposição da inflação, medida pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Participação nos Lucros e Resultados

– Pagamento de três salários-bases, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024;
– Parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%;
– Que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros valores pagos em planos próprios e de remuneração variável;
– E que todos os empregados tenham a PLR, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente.

Vales alimentação e refeição

– No vale alimentação (VA) a reivindicação é aumento dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00;
– No vale refeição (VR), aumento dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39;
– Além disso, um adicional de R$ 1.000,00 em vale alimentação para compensar a alta inflação dos alimentos.

“São as bancárias e bancários que constroem, com muito trabalho, os resultados dos bancos. E nossa pauta de reivindicação reforça essa demanda, por aumento real nos salários, na PLR e VA/VR”, pontua a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Ela lembra ainda que, entre 2003 e 2023, os maiores bancos do país tiveram aumento do lucro líquido real de 169%. No primeiro trimestre deste ano, o lucro desses mesmos bancos teve crescimento de 15,2% e alcançou R$ 29,2 bilhões, em relação ao mesmo período de 2022.

Entre 2003 e 2023, a rentabilidade média de todos os bancos do país (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi significativamente superior à inflação, mesmo durante a pandemia, quando a média ficou 2,5 vezes acima. Em 2023, enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade média dessas instituições financeiras foi 15%.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 1º de agosto, bancárias e bancários da Baixada Fluminense, e de todo o país, realizaram o Dia Nacional de Luta por Saúde, com o objetivo de pedir por mais saúde na categoria.

E, também, em resposta à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban) que, na última mesa de negociação, no âmbito da campanha nacional de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), relatou que não existem dados suficientes que comprovem que casos de adoecimento mental estão ligados à atividade de trabalho.

Além do tema de metas e saúde, foi explicado sobre as reivindicações da minuta entregue à Fenaban, para a campanha de renovação da CCT.

Afastamentos na categoria

Na Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, ouviu quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores, de todas as regiões do país, quando foi perguntado se utilizavam medicamentos controlados (antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes), nos últimos 12 meses, 39% afirmaram que sim.

Nessa mesma pesquisa, quando questionados sobre quais são os impactos da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas à saúde, podendo escolher múltiplas respostas, os resultados foram:

- 67% - preocupação constante com o trabalho
- 60% - cansaço e fadiga constante
- 53% - desmotivação, vontade de não ir trabalhar
- 47% - crise de ansiedade/pânico
- 39% - dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana

Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários.

 

Nesta quinta-feira, 1º de agosto, inicia-se o Mês do Bancário, um período especial que culmina no Dia do Bancário, celebrado em 28 de agosto. Esta data é marcada pela celebração de lutas e conquistas históricas, destacando a importância vital da profissão para a população e reconhecendo o valor inestimável de cada bancário para a sociedade. Para comemorar, a Contraf-CUT realizará diversas ações e publicações em seu site e nas redes sociais. Nos acompanhe e comemore conosco.

Além das celebrações, agosto é um mês chave para a manutenção dos direitos e para a obtenção de novas conquistas, uma vez que a data-base da categoria é 1º de setembro e as negociações estão em andamento. Este período é crucial para garantir avanços significativos nas condições de trabalho e remuneração dos bancários.

Os bancários desempenham um papel fundamental para a classe trabalhadora. A categoria é referência mundial em organização e combatividade. Como resultado dessa força coletiva, os bancários brasileiros desfrutam de uma convenção coletiva de trabalho com validade em todo o território nacional, considerada modelo em todo o mundo. Esta conquista é fruto de décadas de luta sindical.

História de lutas e conquistas

A data de 28 de agosto foi escolhida em homenagem à greve de 1951, quando os bancários paralisaram suas atividades por 69 dias. Naquela época, a Lei de Greve, apesar do nome, não garantiu o direito de greve e impôs severas restrições e mecanismos de controle pelo governo. No entanto, os bancários heroicamente conquistaram um reajuste salarial de 30%, superior aos 20% oferecidos pelos bancos.

Essa mobilização histórica não só garantiu melhorias salariais, como também fomentou a criação de sindicatos de bancários em várias regiões do país. Outro legado significativo foi a contestação dos dados oficiais de inflação do governo da época, o que levou à criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese nasceu com a missão de fornecer aos trabalhadores dados estatísticos confiáveis e independentes dos órgãos governamentais, fortalecendo a luta por direitos justos.

O dia 28 de agosto também marca a fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983, ainda sob o regime militar. Esta data é, portanto, especial não apenas para os bancários, mas para toda a classe trabalhadora brasileira.

Parabéns, Bancários!

Neste mês do bancário, celebramos a história de luta, perseverança e conquistas que moldaram a categoria. É um momento para reforçar a importância do trabalho dos bancários para a sociedade e para reconhecer seu valor inestimável. Parabéns a todos os bancários e trabalhadores que, com dedicação e coragem, continuam a lutar por um futuro mais justo e digno para todos!

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho sobre o Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos trabalhadores, se reuniu nesta quarta-feira (31) para analisar números do plano e debater sobre soluções para a melhoria da rede de atendimento aos usuários.

“Esperamos que, com o retorno de estruturas regionais de gestão de pessoas, seja possível fazer os acertos necessários no plano, para melhorar a rede de atendimento e, desta forma, o Saúde Caixa preste um serviço com mais qualidade aos usuários”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Também queremos que, administrativamente, haja transparência nas informações, com o fornecimento de dados e de custos, de forma que possamos analisá-los para buscar a redução das despesas e o consequente barateamento das mensalidades pagas pelos usuários”, completou Rafael.

Segundo os responsáveis do banco pelo Saúde Caixa, está em andamento um processo de fortalecimento da rede credenciada, com atuação direcionada para regiões com baixa disponibilidade de prestadores ou dificuldade de formação de rede.

“Mas, de acordo com os dados apresentados, o maior número de credenciamentos ocorreu nas regiões onde já há uma maior quantidade de prestadores. Nas regiões Centro-Oeste e Norte, foram realizados 18 e 23 credenciamentos, respectivamente. Na região Sudeste, 148”, observou a representante da Fetec-CUT/SP, Vivian Sá. “Não estou dizendo que não há necessidade de credenciamentos direcionados onde há maior escassez, no entanto não está bom também onde a Caixa parece avaliar que há ‘rede saturada’. Ao contrário, aqui na região os usuários têm trazido informação de que cada vez mais profissionais e clinicas saíram do plano. É preciso haver credenciamento aberto de forma constante, não é razoável essa estratégia por edital que a Caixa defende”, completou a representante da Fetec-CUT/SP, ao observar que apesar de ter havido 828 novos credenciamentos, houve 659 descredenciamentos, o que significa que são apenas 169 profissionais a mais na rede. “É muito pouco para suprir a falta de médicos credenciados na rede de forma geral”, continuou.

Um exemplo citado pelos trabalhadores foi o da cidade de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, onde não há nenhum médico da rede credenciada para prestar o atendimento. “Os empregados precisam se deslocar por cerca de 90 quilômetros, até Angra dos Reis, ou Ubatuba, no estado de São Paulo, para serem atendidos na rede credenciada. Ou então passar por um profissional não credenciado e solicitar o reembolso do valor”, disse o representante da Federa-RJ, Serginho Amorim. “Isso encarece o serviço e faz com que o empregado perca um dia de trabalho para passar em uma consulta. É prejuízo para o banco e duplamente para os empregados, que ficam com a equipe desfalcada e mais sobrecarregados e ainda têm que arcar com os custos de deslocamento de uma cidade para outra, ou com os custos maiores de um atendimento particular”, completou o representante da Federa-RJ. “Se existe este problema aqui na região Sudeste, imagina nas demais regiões!”, observou Serginho.

Os representantes do banco disseram que há maior dificuldade para credenciamento em certas regiões devido à concentração de médicos na região Sudeste e, no máximo, em algumas capitais de estados de outras regiões.

Comitês de credenciamento e descredenciamento

O banco confirmou que vai atender a reivindicação do movimento sindical para que os comitês regionais de credenciamento e descredenciamento voltem a operar. “Se as Gipes e as Repes (gerências e representações regionais) tiverem estrutura física e de pessoal adequada, pode ser a solução mais apropriada para a melhoria da rede. As pessoas responsáveis pelo credenciamento e descredenciamento serão da própria região e atenderão as demandas regionais. Isso lhes dará mais condições de saber, de fato, quais especialidades precisam ser credenciadas para a melhoria do atendimento local”, explicou Serginho Amorim.

“Esperávamos que estas estruturas e a definição do formato nos fossem apresentadas hoje, e é muito ruim que ainda não se tenha a oficialização do comitê. Aguardamos isso para os próximos dias”, completou Vivian.

Outros pontos

Os trabalhadores questionaram a inclusão dos custos do PAMS, o antigo plano de saúde dos empregados, nos déficits do Saúde Caixa e voltaram a pedir a abertura dos dados de custeio dos afastamentos para tratamento de doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho (B91), para impedir que os mesmos sejam custeados pelo Saúde Caixa e não pelo banco, como devem ser.

Os representantes do banco que administram o Saúde Caixa também informaram que será iniciado um processo de integração das informações de saúde das empregadas e empregados, de forma que o Saúde Caixa possa realizar a medicina preventiva. As medidas fazem parte do processo de melhoria do Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO), uma reivindicação antiga da representação sindical dos trabalhadores.

Teto de custeio com saúde

A representação dos trabalhadores reafirmou para os representantes do banco a necessidade de se acabar com o teto de gastos da Caixa com a saúde das suas empregadas e empregados, definido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. O teto de custeio impede que o banco cubra os 70% dos custos do Saúde Caixa, como definido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Hoje, segundo números apresentados na reunião, a Caixa paga apenas 52% dos custos do Saúde Caixa e os usuários do plano pagam 48%.

Fonte: Contraf-CUT

Trabalhadores e trabalhadoras, com o apoio do movimento sindical, estão organizando manifestações nas redes sociais e em agências de todo o país por mais saúde na categoria, para esta quinta-feira (1º).

As ações ocorrerão em resposta à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban) que, na última mesa de negociação, no âmbito da campanha nacional de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), relatou que não existem dados suficientes que comprovem que casos de adoecimento mental estão ligados à atividade de trabalho.

“Ainda na mesa, rebatemos as afirmações com dados da própria Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade que afirma que as condições de trabalho podem afetar negativamente a saúde mental a exemplo do assédio moral que, infelizmente, é uma prática que todos nós reconhecemos que ocorre nos bancos, por isso que, em 2022, inclusive, estabelecemos uma cláusula na CCT de combate a esta prática”, pontuou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Orientações

Não haverá tuitaço, mas a orientação para esta quinta-feira (1º) é que, nas redes e nos grupos do WhatsApp, os bancários e bancárias compartilhem os materiais de apoio que serão compartilhados por meio das entidades sindicais, com dados sobre o adoecimento na categoria.

A proposta é utilizar sempre a hashtag #MenosMetasMaisSaúde e o mote “Não adianta negar, saúde em 1º lugar”, nas publicações.

Nas agências, realização de rodas de escuta, sobre o tema de metas e saúde, e explicar sobre as reivindicações da minuta entregue à Fenaban, para a campanha de renovação da CCT.

Afastamento na categoria é três vezes maior que média geral

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, ressaltou que a manifestação negacionista dos representantes da Fenaban na mesa é preocupante, considerando o resultado da Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, ouviu quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores, de todas as regiões do país.

“Quando foi perguntado se utilizavam medicamentos controlados (antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes), nos últimos 12 meses, 39% afirmaram que sim. Esse dado revela o alto índice de adoecimento mental na categoria”, pontuou Salles.

Nessa mesma pesquisa, quando questionados sobre quais são os impactos da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas à saúde, podendo escolher múltiplas respostas, os resultados foram:

– 67% – preocupação constante com o trabalho
– 60% – cansaço e fadiga constante
– 53% – desmotivação, vontade de não ir trabalhar
– 47% – crise de ansiedade/pânico
– 39% – dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana

Mauro Salles destacou ainda que os trabalhadores abordaram na mesa, com a Fenaban, levantamento do Dieese, com base em dados do INSS e da RAIS, e que mostra que o afastamento bancário relacionado à saúde mental, em 2022, foi três vezes maior que a média de afastamentos, considerando todas as categoriais.

“Diante dessas informações, que não são de hoje, mas semelhantes às registradas em anos anteriores, nossas reivindicações são a rediscussão da política de metas nos bancos, para que os prazos sejam razoáveis e respeitados. Também reforçamos o combate ao assédio moral e o direito à desconexão, fora do horário de trabalho. Por fim, reivindicamos que as bancárias e bancários adoecidos tenham tratamento humanizado e condições para se recuperarem e manterem seus empregos”, completou Juvandia Moreira.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, ressaltou que o movimento sindical levou à mesa provas suficientes de que “o adoecimento mental dos bancários é maior que em outras categorias” e que por isso, os trabalhadores querem avançar no combate ao assédio moral. Ela lembrou ainda que a pressão para bater metas “também é intensificada pela vigilância de resultados e pela insuficiência de pessoas para realizarem suas tarefas, gerando um ritmo de trabalho excessivo”.

Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários.

Fonte: Contraf-CUT

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), confirmou as expectativas do mercado e manteve a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 10,5% ao ano, em anúncio feito nesta quarta-feira (31), após o encontro do colegiado, realizado a cada 45 dias para definir o índice. No comunicado sobre a decisão, a entidade justificou a manutenção da Selic por conta da piora das expectativas da inflação e valorização do dólar frente ao real.

“Mais uma vez denunciamos que a entidade está boicotando a economia do país. Primeiro, porque a inflação segue dentro da meta e, segundo, porque a Selic não é o único instrumento para atuar no câmbio. O que de fato estamos colhendo com a Selic elevada são prejuízos à economia do país, porque reflete no aumento dos juros cobrados pelo sistema financeiro. Aumenta os custos para as famílias, para as empresas e para o estado brasileiro”, alerta a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

Sobre o argumento da inflação, os movimentos sociais que vem realizando uma série de protestos contra a política monetária contracionista do Banco Central, ou seja, que promove a desaceleração da economia, destacam que o IPCA, principal medidor de inflação do país, divulgado pelo IBGE, segue controlado.

A meta de inflação estimulada para o país neste ano é 3%, com intervalo de 1,5% para mais ou para menos, portanto, o índice segue abaixo do teto de 4,5%, segundo o último comunicado do IBGE, divulgado em julho e que mostra que o IPCA acumulava alta de 4,23%, nos últimos 12 meses.

Já, em relação ao dólar, lembram que o BC tem outros instrumentos para intervir no câmbio, como as operações de venda de moeda no mercado futuro (contratos de swap cambial), vendas diretas de dólar e os chamados leilões de linha.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, explica como a Selic impacta no câmbio. “A Selic elevada atrai investidores estrangeiros, porque quanto maior a diferença entre a taxa básica de juros brasileira em relação às economias mais fortes, como a dos Estados Unidos, mais atrativo se torna o Brasil. Com a entrada de mais dólares no país, a taxa de câmbio entre o Real e a moeda norte-americana pode cair, entretanto esse movimento, via Selic, é um movimento de especulação e que não colabora para desenvolvimento da economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda”, pontuou.

Impactos nas contas públicas

Por ser o principal índice de negociação dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a manutenção da Selic elevada aumenta os gastos do governo federal. Só em 2023, a União pagou mais de R$ 732 bilhões com juros dos títulos públicos.

Levantamento do Dieese mostra que esse valor equivale a 4,3 vezes os investimentos com o Bolsa Família, 8 vezes do montante direcionado para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PEC), voltado à recomposição e expansão da infraestrutura do país, além de 3,3 vezes o orçamento para a Saúde e 5 vezes o orçamento para a Educação. Veja o quadro:

Texto descritivo da imagem aqui

 

“É importante lembrar ainda que a Selic impacta em todas as outras taxas da economia, incluindo as que são cobradas pelos bancos. Atualmente, a taxa de juros rotativo dos cartões de crédito, que é uma modalidade muito utilizada pelos brasileiros, está em 429,5% ao ano. E isso só eleva a situação de endividamento da população, porque mais de 400% ao ano é uma dívida que você não consegue pagar nunca. Como a Selic não cai, sinaliza para o mercado financeiro que deve manter esses juros extorsivos”, explica o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Ele destaca ainda que os juros do cheque especial para pessoa física estão em 135% ao ano, e para pessoa jurídica 341,5% ao ano. “A taxa Selic, portanto, contribui para inviabilizar a tomada de empréstimos, inviabiliza o crescimento das empresas e, com isso, a criação de empregos, além dos encargos do governo em relação à dívida pública.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, 78,8% das famílias estavam endividadas no Brasil, em abril de 2024.

Fonte: Contraf-CUT

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) não cumpriu o combinado e não apresentou uma proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na tarde desta terça-feira (30), em São Paulo.

Os representantes sindicais propuseram um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, saiu da reunião com o sentimento de frustração. "É inaceitável que, após tantas negociações, a Acrefi não tenha apresentado uma proposta concreta que atenda às justas reivindicações dos trabalhadores. Entre elas, as questões sociais, como equidade salarial entre homens e mulheres, fim da terceirização e diversidade. O compromisso com os financiários precisa ser levado a sério."

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, reforça a necessidade de respeito com os trabalhadores. "Os trabalhadores do setor financeiro merecem respeito e valorização. Esperamos que a Acrefi reconheça a importância de um acordo justo e apresente uma proposta que contemple as necessidades da categoria."

A reunião para apresentação da proposta ficou agendada para o dia 14 de agosto.

Fonte: Contraf-CUT

O debate sobre uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários, a jornada de quatro dias por semana, avança no Senado, com três projetos de senadores de diferentes partidos. “São propostas que dialogam com a reivindicação da nossa campanha nacional”, observou o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento da tramitação no Congresso Nacional das pautas de interesse dos trabalhadores, Jeferson Meira, o Jefão.

Com a reivindicação dos bancários, não haveria alteração no número de dias de abertura das agências bancárias. Apenas o número de dias de trabalho dos trabalhadores seria menor. “A diminuição da jornada, sem a redução salarial e com a manutenção da abertura dos bancos de segunda a sexta-feira, além de trazer impactos positivos na vida dos trabalhadores (com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga), não prejudica a produtividade, nem a receita da empresa, pelo contrário, pode até aumentá-las. Além disso, é uma forma de democratizar os ganhos financeiros, obtidos com os avanços tecnológicos, porque tem potencial de gerar mais vagas de emprego no setor”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

A “jornada de quatro dias semanais” é prioridade para 42% dos trabalhadores que responderam à Consulta Nacional dos Bancários de 2024, atrás apenas da “manutenção de direitos” (70%); “emprego” (49%) e “combate ao assédio moral” (45%).

As propostas no Senado


O Projeto de Lei (PL) 1.105/2023, que inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a possibilidade de redução das horas trabalhadas diárias ou semanais, mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda na remuneração, já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, que havia sido arquivada em 2022, voltou a tramitar no ano passado e agora aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça. Ela propõe a redução da jornada para, no máximo, oito horas diárias e de até 36 horas semanais. A redução seria gradual, de uma hora por ano.

Uma terceira proposta sobre o tema em tramitação no Senado é o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 15/2024, que cria um prêmio, do próprio Senado, para as empresas que adotarem a jornada reduzida sem perda salarial.

“Pesquisas apontam que a redução da jornada, sem a redução salarial, deixa os trabalhadores mais satisfeitos com o trabalho, reduz o adoecimento e, consequentemente, o absenteísmo (ausência, ou afastamento do trabalho) e levam ao aumento da produtividade”, disse Jefão.

A redução da jornada de trabalho sem redução salarial também tramita na Câmara dos Deputados. Um dos projetos que tramita na casa é a PEC 221/2019, que “altera o artigo 7º, inciso XII da Constituição Federal, reduzindo a jornada de trabalho para 36 horas semanais, em 10 anos”.

Pesquisas

“O Senado fez uma pesquisa que aponta que 85% dos trabalhadores brasileiros acreditam que teriam mais qualidade de vida, caso tivessem um dia livre a mais por semana, sem corte no salário. E 78% afirmam que conseguiriam manter a mesma qualidade de trabalho", informou Jefão.

Além do Senado, outras pesquisas realizadas dentro e fora do país trazem dados de projetos-piloto com impactos positivos na saúde física e mental de funcionários, na redução de faltas no trabalho, além de ganhos na produtividade e na receita das empresas. No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro de 2024 com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% dos trabalhadores apresentaram melhoria na execução de projetos; 58,5% melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; e 33,3% na capacidade de angariar clientes.

Os resultados mostram, ainda, que 64,5% dos trabalhadores tiveram redução de exaustão frequente por causa do trabalho; 50% redução na insônia; 46,3% praticaram exercício mais de três vezes na semana. Também houve aumento de 27,1% no número daqueles que dormem mais de 8 horas por noite.

Mais empregos

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existem hoje.

Já, se a redução da jornada fosse implementada apenas na área de TI dos bancos privados, o potencial de geração de empregos seria de mais de 7 mil, aumento de 25% no volume atual de postos.

Com informações da Agência Senado.

Fonte: Contraf-CUT