Maio 02, 2025
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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander deu início às negociações do acordo específico com o banco, na tarde desta terça-feira (16), e reafirmou sua postura na defesa dos direitos dos trabalhadores. A coordenadora da COE, Wanessa Queiroz, destacou que "é inegociável qualquer retirada de direito", ao reforçar a prioridade em discutir novas cláusulas para a proteção dos empregados.

"Estamos iniciando hoje e nossa prioridade é discutir as cláusulas novas. Queremos discutir cláusula a cláusula, independentemente de serem parecidas com as debatidas pela Fenaban", afirmou Wanessa. A coordenadora também solicitou a definição de um calendário para as negociações, a serem realizadas nos meses de julho e agosto, para garantir um diálogo contínuo e eficaz.

Um dos principais temas debatidos durante o encontro foi a questão do emprego. O movimento sindical cobrou o fim das demissões e os números de agências, postos de atendimentos bancários (PABs), funcionários e terceirizados. A pressão para a manutenção dos postos de trabalho e a garantia de direitos são pilares fundamentais para a COE nesta rodada de negociações.

A secretária de Relações Internacionais e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Rita Berlofa, destacou a importância de não apenas manter, mas ampliar os direitos dos trabalhadores. "Nós não queremos que mude o que tem, nós queremos que amplie para novos direitos dos trabalhadores," afirmou Berlofa.

Ela enfatizou a questão das demissões e das contratações fraudulentas como um problema crítico. "Na hora do emprego, nós deixamos bem claro o seguinte: a redução de trabalhadores bancários se dá de duas formas no banco, uma é pela demissão imotivada e a outra pela contratação fraudulenta de mão-de-obra, onde um trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada do banco, sem direitos, sem os benefícios, enfim, sem os direitos da categoria bancária e com salários reduzidos."

Wanessa Queiroz mencionou o clima de apreensão entre os trabalhadores. "56% dos trabalhadores do Santander hoje vivem um clima extremamente apreensivo, medo da demissão e medo da contratação fraudulenta de mão de obra. Reafirmamos que esse sentimento de medo não é bom e precisa mudar."

Rita Berlofa finalizou ao destacar a disposição para negociar e desafiou o banco a buscar alternativas viáveis. "Nós colocamos ao banco que precisamos encontrar alternativas que não sejam a simples demissão ou essa contratação fraudulenta de mão de obra. Estamos dispostos a negociar alternativas para isso e desafiamos o banco a negociar isso conosco. Pedimos também que o banco nos apresente, na próxima reunião, os números de desligados da categoria, de admitidos como bancários e admitidos como terceirizados das empresas coligadas."

As próximas reuniões serão realizadas nos dias 26 de julho e 2 e 9 de agosto, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos trabalhadores financiários realizaram, nesta terça-feira (16), mais uma rodada da mesa de negociações com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), desta vez, para reivindicar o fim de terceirizações e a formalização do teletrabalho no setor. O encontro faz parte das negociações da Campanha Nacional dos Financiários 2024 para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

"Levamos para a mesa a necessidade de proteção de empregos, e de empregos de qualidade, em que os direitos sejam protegidos e garantidos. Estamos vendo no segmento o aumento da contratação de terceirizados e redução da contração formal", explicou a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes.

Na mesa, o movimento sindical também denunciou o aumento de contratações de correspondentes bancários, como mais uma maneira de o setor reduzir as contratações diretas e formais, repassando os serviços para outras empresas que não cobrem os mesmos direitos reivindicados pela categoria.

Teletrabalho

Sobre a questão do teletrabalho, o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, cobrou que “as financeiras com a prática de home office devem ter a modalidade clausulada na CCT”.

Na minuta de reivindicações, que já foi entregue para a Acrefi, no Artigo 35, sobre Teletrabalho, o movimento sindical pede garantia de tratamento, remuneração e direitos aos trabalhadores que realizam suas atividades laborais à distância, incluindo a concessão de todos os benefícios previstos para os colegas que atuam presencialmente.

Entre outros pontos da minuta de reivindicações, estão também a garantia de ferramentas e equipamentos necessários para o desempenho do teletrabalho, e que estejam dentro dos parâmetros de saúde e segurança do trabalho; respeito à jornada contratual; privacidade nos períodos de descanso; e cobertura dos custos e gastos na execução das atividades à distância, com o pagamento de um auxílio teletrabalho.

Magaly Fagundes reforçou ainda a necessidade de um levantamento do perfil da categoria, para saber quantos são os que, atualmente, estão em home-office. “Devido à grande diversidade desse setor, as financeiras que praticam o teletrabalho precisam seguir um acordo que contemple os trabalhadores, como pedimos na minuta, e que inclui ajuda de custo, respeito à segurança de trabalho. Porque sabemos que há uma grande quantidade de financiários atuando em home office”, pontuou a dirigente.

Calendário de Negociações

19/07 – Saúde e condições de trabalho (Tarde)
23/07 – Cláusulas econômicas (Manhã)
30/07 – Cláusulas econômicas (Tarde)

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais um funcionário do Banco Itaú.

A reintegração ocorreu nesta terça-feira, 16 de julho.

O bancário Rezande Francisco da Silva havia sido demitido em agosto de 2023. Onde, incialmente, a tutela de urgência foi indeferida.

Entretanto, considerando a existência de doença ocupacional, em audiência realizada neste mesmo dia 16/7, foi reconsiderada a liminar e determinada a reintegração do bancário.

“Quero agradecer, de coração, pelo excelente atendimento durante o meu processo de reintegração. Todos foram incríveis e me deram todo o apoio que precisei. A dedicação e competência dos profissionais fizeram toda a diferença. E, graças a isso, consegui ser reintegrado na empresa. Sou muito grato por tudo. Além do departamento jurídico, também quero agradecer a cada diretor sindical que me acompanhou nesse processo. Muito obrigado!”, comentou e agradeceu Rezande.

IMPORTANTE

O trabalhador bancário é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 - 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE

Feijoadas de julho

Julho 15, 2024

Confira as datas das feijoadas do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense no mês de julho:

19/7 - Nova Iguaçu (sexta-feira)

25/7 - Duque de Caxias (quinta-feira)

Esperamos vocês!

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa com pesar o falecimento do seu ex-diretor José Guilherme Simonato Tinoco.

Guilherme, como era conhecido, faleceu neste domingo (14/7/24), aos 70 anos e era funcionário da Caixa Econômica Federal.

Seu corpo será velado e sepultado no Cemitério de Nova Iguaçu, neste mesmo dia.

Flamenguista fanático, sempre foi dedicado às lutas por justiça e igualdade social.

Considerado um companheiro muito querido, Guilherme sempre será lembrado como um ombro amigo e de palavra, além de outras grandes virtudes.

Em nome de toda a diretoria e de todo o quadro de funcionários, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos, neste momento de dor e luto. Fique em paz, companheiro.

Guilherme, presente! HOJE e SEMPRE!




Nesta sexta-feira, 12 de julho, na terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a direção do Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período.

Bethania Emerick, Diretora Cultural da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e Diretora do Sindibancários/ES, participou da reunião, ocorrida em São Paulo.

Para Bethania, “a tarde de hoje foi muito importante, no sentido de garantir a gratificação dos caixas e manter o compromisso de discutir o assunto na mesa de negociação. Isso abre espaço para que vários outros temas, que são relevantes para a categoria, também sejam tratados.
A pauta da mesa de hoje foi sobre cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros. Esses temas são muito significativos e trazem avanços na garantia da qualidade de vida dos bancários e bancárias.”, declarou.

Cláusulas sociais em debate

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.

Redução da jornada

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana. Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Bancos de horas negativa

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alternativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.



Fonte: Fetraf RJ/ES

 

A segunda mesa de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa, ocorrida nesta sexta-feira (12/7), em São Paulo, começou com uma tensão em decorrência das denúncias divulgadas pela imprensa de que gerentes da Caixa Asset perderam suas funções por terem se recusado a assinar contratos de compra de letras de financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, participou da reunião.

“Antes de entrar na pauta de hoje, que são artigos da nossa minuta de reivindicações sobre jornada e teletrabalho, queremos pedir para que as denúncias veiculadas hoje pela imprensa, de que a gerentes da Caixa Asset perderam seus cargos por se negar a dar aval a uma transação, no mínimo, suspeita, sejam devidamente verificadas e, se for o caso, haja punição para os responsáveis”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Mais uma vez, vemos empregados sendo punidos por cumprir sua função e, com base em questões técnicas, garantir que o banco não tenha prejuízos. A quem interessa a transação? Isso precisa ser apurado, pois é a credibilidade da Caixa e recursos públicos estão em jogo”, completou.

Cobrança de respostas

Rafael também cobrou respostas sobre as reivindicações trazidas pelos empregados na primeira mesa de negociações. “A Caixa precisa avançar e nos trazer respostas positivas sobre as reivindicações já apresentadas”, cobrou.

Outro ponto levantado foi a reivindicação para que a Caixa traga para a mesa de negociações as questões que envolvam a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

“Já faz algum tempo que estamos cobrando isso da Caixa. Os participantes colocam seu dinheiro nos fundos e têm o direito de participar das negociações sobre a solução”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“É importante que a Caixa e a Funcef mantenham relações com as entidades associativas e de representação dos empregados, mas as negociações devem acontecer aqui nesta mesa”, disse o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb) da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Rafael informou que ainda nesta sexta-feira a Contraf-CUT enviará um ofício à Caixa cobrando que as questões que envolvam a Funcef sejam tratadas em mesa de negociações.

Jornada

O debate sobre o tema se baseou nos artigos 8º, 9º, 10, 23, 24, 33, 37, 61 e 70 da minuta de reivindicações aprovada no 39º Congresso dos Empregados da Caixa, realizado entre os dias 4 e 6 de junho, em São Paulo.

“Vivenciamos, recentemente, aqui no Rio Grande do Sul o trabalho no sábado e também no domingo, para atender à população atingida pelas enchentes. Nas agências que abriram, testemunhamos nossos colegas desempenhando o papel social da Caixa, com muito orgulho de poder fazer a diferença nas vidas das pessoas em um momento tão trágico e difícil, sendo que muitos deles também foram duramente atingidos”, observou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi), do Rio Grande do Sul, Sabrina Muniz. “Entendemos a urgência deste caso, mas não podemos deixar de ressaltar que nossa CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) estabelece que é preciso haver negociação prévia com os sindicatos para que seja possível o funcionamento de agências bancárias as sábados, domingos e feriados. Assim também como é de suma importância o fornecimento da relação dos trabalhadores e trabalhadoras que irão trabalhar”, completou, lembrando ainda que o trabalho aos finais de semana deve acontecer por adesão voluntária, de acordo com o interesse e disposição de cada empregado e com a garantia de pagamento horas-extras, conforme definido nas normas específicas e acordos dos empregados.

O representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) do Centro-Norte, Antonio Abdan, destacou a reivindicação da redução da jornada de trabalho para 20 horas semanais, a serem cumpridas em quatro dias na semana. Os bancários defendem a manutenção da abertura dos bancos por cinco dias, de segunda a sexta-feira, mas com cada bancário trabalhando apenas quatro dias da semana.

“Isso já vem sendo discutido também na mesa de negociações unificada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Exemplos dos Estados Unidos e da Europa mostram que é viável, ainda mais com o avanço tecnológico que estamos tendo. Mas, além da viabilidade, a redução da jornada, sem redução de salário, traz melhorias para a produtividade e, consequentemente, para a rentabilidade das empresas, além de inúmeras melhorias na saúde dos trabalhadores e, em consequência, redução dos afastamentos e satisfação com o trabalho e a empresa”, disse.

Segurança bancária

Sobre o artigo 33, que trata dos procedimentos em caso de assalto e sequestro, o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto, defendeu que, em caso de sequestro, o direito aos atendimentos médico, psicológico e jurídico necessários, a serem custeados pela Caixa, se estenda a todas as pessoas que foram afetadas, mesmo que não sejam dependentes, nem pertençam ao grupo familiar do empregado, ou empregada.

“A redação do artigo 33 prevê assistência para empregado e familiares, mas o que queremos é a extensão do direito a quem estiver no local onde ocorrer o ato crimino e for afetada, independente de ser familiar”, explicou.

A dificuldade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e o não fechamento de unidades onde houve ocorrência de assalto e/ou sequestro foi abordada pelo representante da Fetrafi-MG, Lívio Santos e Assis. “Precisa ficar claro para os gestores e superintendentes que a unidade que for vítima de assalto e sequestro tem que ficar fechada. E, se houver dano físico ou mental no pessoal, ou na infraestrutura, que prejudique a segurança e as condições de trabalho, ela deve ficar fechada até que sejas restabelecidas as condições necessárias para o funcionamento”, disse. “Como a equipe trabalha sabendo que houve sequestro? As pessoas não conseguem se concentrar”, exemplificou.

Pausa para desconexão

O representante da Feeb-BA/SE, Emanoel Souza, lembrou da necessidade do respeito ao intervalo para descanso. O artigo 37 da minuta de reivindicações diz que “todos os empregados (inclusive caixas, tesoureiros, dentre outros) farão uma pausa de 10 (dez) minutos a cada 50 (cinquenta) trabalhados, que deverá ser realizada fora do posto de trabalho, na própria unidade de lotação, sem que ocorra aumento de ritmo ou carga de trabalho em razão dessas pausas.” “Essa questão veio para a mesa de negociações e a gente conseguiu chegar a um acordo no período da epidemia de LER (lesões por esforços repetitivos). E foi fundamental para diminuir a incidência da doença. Esse intervalo para desconexão tem um papel importante para amenizar o adoecimento, inclusive na redução de outros problemas que hoje são mais comuns, como as doenças mentais”, observou.

Capacitação profissional

A representante da Fetraf-RJ/ES, Lizandre Borges, destacou a reivindicação expressa no artigo 70 da minuta, que diz os empregados devem dispor de seis horas mensais para estudos, na metodologia à distância, junto à Universidade Caixa, dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade, sendo que cada unidade deverá organizar coletivamente escala para garantir o acesso de todos os empregados ao estudo previsto.

“Precisamos que este artigo seja efetivamente aplicado, pois muito de nossos colegas não têm tempo para se capacitar e na hora da promoção por mérito isso é cobrado. Ele precisa ter condições de isso acontecer dentro das agências”, cobrou a representante da Fetrafi-RJ/ES, lembrando que, muitas vezes os gestores alegam não haver condições de liberar os subordinados para o estudo. “É importante que a Caixa dê ênfase ao atendimento da população. Mas a Caixa precisa valorizar a capacitação dos empregados. E, se não há condições de isso ser efetivado, é mais uma prova de que há sobrecarga de trabalho. Ou seja, precisa contratar mais empregados”, completou.

Teletrabalho

A representante da Fetec-SP, Vivian Sá, lembrou que a Caixa não firmado um acordo específico de teletrabalho com seus empregados e que o banco segue apenas o acordo que existe com a Fenaban. “Apesar de existir um normativo específico da Caixa, é preciso clausular o que é específico, para evitar que haja alterações unilaterais por parte do banco sem que haja sequer necessidade de negociação com a representação dos empregados. Clausulando vira direito. Vira necessidade de cumprimento”, disse. “Além disso, é preciso deixar clara a política de trabalho remoto do banco, para que não fique a critério do gestor e este possa usar como moeda de troca e para que não haja abertura para o assédio e uso da modalidade de trabalho como uma forma de cobrança de metas”, reforçou. “E também é preciso lembrar da prioridade para os PcD e responsáveis pelos cuidados de pessoas com deficiência”, concluiu.
Com relação aos PcD, o coordenador da CEE, Rafael de Castro, lembrou que a Caixa tem agendada para o dia 26 de junho, com o Comitê de Diversidade e pediu para que alguns membros do Comitê participem da próxima reunião de negociação, no dia 19 de junho, juntamente com os membros da CEE, para a entrega de um documento com reivindicações específicas para este segmento de empregados.

Outros pontos

A CEE reforçou o pedido, já realizado em outras reuniões, para que o banco dê acesso aos dirigentes sindicais aos comunicados enviados aos demais empregados. E, além disso, que permita o acesso aos empregados, tanto aos que trabalham presencialmente, quanto aos que cumprem suas funções remotamente.

“Precisamos nos comunicar com os empregados. Além da permissão de utilização do malote como forma de envio de nossos comunicados, queremos que a Caixa retransmita nossos comunicados aos empregados”, disse Rafael de Castro.

Gipes

A Caixa informou que vai atender a reivindicação da representação dos empregados e, a partir de 5 de agosto, todas as gerências regionais de pessoas voltarão a funcionar, mesmo que na data alguma das equipes esteja incompleta.

Avaliação

A CEE avalia que o diálogo está fluindo. Nesta primeira fase, os empregados estão apresentando as demandas dos trabalhadores. Mas ressalta a necessidade de a Caixa começar a trazer devolutivas das reivindicações, com encaminhamentos para as demandas apresentadas. “Não se pode deixar pra resolver na última hora. Os empregados estão dispostos a negociar e buscar avanços em mesa de forma célere e responsável e espera o mesmo da Caixa, na expectativa de que o banco caminhe na mesma linha, visando valorizar todas e todos, que ao longo do ano se entregam de forma integral”, afirmou o coordenador da CEE.

Calendário de negociações

A próxima reunião de negociações com o banco será realizada na próxima sexta-feira (19/6). A partir da semana seguinte, começa a ser debatido o tema Saúde.

Julho

19 de julho – Diversidade e Igualdade
26 de julho – Saúde

Agosto

7 de agosto
14 de agosto
21 de agosto
28 de agosto

Fonte: Fetraf RJ/ES

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e as Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs) manifestam profunda preocupação diante da notícia de que três gerentes da Caixa Asset, subsidiária responsável pela gestão de ativos do banco, foram destituídos de seus cargos após se recusarem a aprovar uma operação financeira que julgaram arriscada e atípica.

A transação envolvia a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master sem as devidas garantias. Os gerentes consideraram a operação imprudente e alertaram para o alto risco de solvência. Também detalharam uma pesquisa reputacional dos executivos do Banco Master, que possuem processos na Comissão de Valores Mobiliários por envolvimento em crimes financeiros.

A destituição desses empregados parece ser uma retaliação injusta, que demanda uma apuração rigorosa e imediata por parte da Caixa. Ressaltamos que a atuação dos empregados da Caixa foi exemplar, demonstrando compromisso com a integridade e segurança do banco. No entanto, estamos preocupados com possíveis ingerências e direcionamentos para negócios escusos, que devem ser investigados com seriedade.

A conselheira eleita do Conselho Administrativo da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, tomará providências para que o diretor-presidente da Asset seja convocado a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

É importante destacar que o incidente ocorreu em uma empresa subsidiária da Caixa, levantando preocupações sobre os riscos associados ao fatiamento do banco e a criação de subsidiárias.

Por fim, as entidades reafirmam que não desejam ver a Caixa envolvida em escândalos, como os que marcaram o passado recente, com casos de assédio moral e sexual praticados pelos mais altos cargos do banco. Nosso compromisso é com uma Caixa Econômica Federal íntegra, totalmente pública e presente no desenvolvimento social e no impulsionamento da economia do país.

Contraf-CUT, Fenae e Apcefs

Fonte: Contraf-CUT

Durante a mesa sobre Igualdade de Oportunidades, realizada com a Fenaban, nesta quinta-feira (11/7), como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o Comando Nacional dos Bancários mostrou que, na Consulta Nacional da Categoria Bancária, realizada neste ano com quase 47 mil trabalhadores do setor de todo o país, o tema Igualdade de Oportunidade apareceu na 5ª colocação entre as prioridades da classe, relacionadas às cláusulas sociais.

Além disso, o Movimento Sindical pediu, ainda, um novo Censo da Diversidade, onde todos os bancos façam adesão ao programa Empresa Cidadã e realizem ações de permanência e ascensão das populações mais vulneráveis.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na mesa.

Além dele, Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindibancários-ES e representante da Intersindical, também participou da reunião.

Nilton Esperança comentou sobre a reunião.

“Colocamos na mesa a importância de se discutir a Lei de Igualdade Salarial, entre homens e mulheres e, também, falamos sobre as diferenças que existem entre negras e negros para pessoas brancas, nos bancos. Além disso, queremos: a ampliação do número de mulheres na área de TI; atualizar os relatórios de acompanhamento; e discutir assédio sexual e moral. Na pesquisa feita pelo movimento sindical, estes dados nos causaram preocupação e exigimos medidas mais efetivas para coibir estas condutas.”

E completou. “Pedimos para que a adesão ao programa da empresa cidadão também valha para a licença de maternidade. E que discuta o acesso e acolhimento de pessoas LGBTQI+ e trans. Precisamos retomar o censo com auto declaração. Sem discriminação e mais respeito.”

Nilton falou da importância da mobilização da categoria. “Temos que cobrar dos banqueiros todos esses pontos. Nos mobilizarmos. É necessária a participação de toda a categoria, para mostrar que estamos atentos e sentindo essas diferenças. E que estamos dispostos, em conjunto com o movimento sindical, a resolver essas disparidades.”

“A Fenaban diz está tentando evoluir nesses temas e disse que assumem o compromisso de discutir com os bancos, pois também estão de acordo com o movimento sindical. Vamos acompanhar e cobrar essas atitudes pois, para exemplificar, no fechamento das agências, a maioria das demissões foram de mulheres, por não estarem nos cargos principais. Queremos e vamos cobrar atitudes urgentes. Sugerimos mudar a cláusula: ao invés de aderir, queremos que todos os bancos tenham compromisso com as licenças maternidade e paternidade, assim que retornarem às suas atividades.”, finalizou.

Os trabalhadores colocaram na mesa números que revelam que existem grande desigualdade salarial e de acesso no setor bancário, com base em relatório elaborado pelo Dieese a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Esse resultado aponta que as mulheres bancárias percebem claramente a situação de desigualdade salarial entre gêneros e de ascensão profissional dentro das empresas”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários Juvandia Moreira.

Apesar de representarem quase 48% da categoria, as bancárias tem remuneração média 20% inferior à remuneração média dos homens bancários. O recorte racial revela uma distorção ainda pior: as mulheres bancárias negras (pretas e pardas) têm remuneração média 36% inferior à remuneração média do bancário branco.

Por conta dessa diferença, para que as mulheres negras bancárias recebam a mesma remuneração que os colegas homens e brancos, elas teriam que trabalhar num mês de 48 dias ou mais 7 meses do ano para haver igualdade salarial.

“Quando olhamos o quadro geral, de todo o mercado de trabalho no país, as mulheres recebem cerca de 22% menos de remuneração que os homens. Então, o retrato da nossa categoria não é muito diferente do cenário nacional. Isso, é preocupante, porque mostra que, nos bancos, há um reflexo de desigualdades que precisa e deve ser combatido”, destacou Juvandia, que também é presidenta da Contraf-CUT.

As desigualdades salariais de gênero se repetem em praticamente todos os cargos do setor bancário, mas se aprofundam nos cargos de liderança, onde elas recebem cerca de 25% menos que seus pares, e quanto maior for a escolaridade, onde as bancárias com doutorado recebem 61% da remuneração média dos homens bancários também com doutorado. As mulheres recebem mais que os homens em apenas 2,8% do total das ocupações no setor bancário.

“Por que uma mulher negra recebe diferente de uma mulher branca ou um homem branco, exercendo a mesma função? Não há justificativa para isso, a não ser um problema estrutural que temos que enfrentar, por uma questão de reparação histórica”, alertou Neiva que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP).

Questão racial

Apesar de negros e negras representarem mais de 56% da população, segundo o IBGE, compõem 26,2% da categoria bancária, sendo que as mulheres negras apenas 12% do total de trabalhadores no setor. Esse dado, da Rais de 2022, mostra uma leve melhora no setor, considerando que, dez anos antes, em 2012, negros e negras representavam 18,9% da categoria.

Também há diferença salarial significativa entre homens bancários brancos e negros, com o segundo grupo recebendo remuneração média de 78,9% da remuneração média dos brancos.

“Para que os bancos não continuem reforçando essa discriminação que está materializada no dia a dia, entre homens e mulheres, negros e negras, precisamos de mudança, mas essa mudança só vai acontecer com diálogo e enfrentamento em pontos sensíveis como acesso e ascensão”, completou Juvandia.

Redução de mulheres na TI

Os bancários também mostraram que está havendo uma redução de mulheres contratadas em todos os cargos do setor. Entre janeiro de 2020 e maio de 2024, houve redução de 11.514 postos. Porém, quando é feito o recorte de gênero, o saldo positivo de emprego bancário entre homens foi de 1.331 postos, enquanto para as mulheres, foram eliminados 12.845 postos. Portanto, a cada um homem contratado no período, nove mulheres foram desligadas.

Nesse período, na área que teve mais contratação nos bancos, a de TI, ocorreram 19,9 mil admissões, porém, desse total 78% das vagas destinadas aos homens e o restante (22%) às mulheres.

Canais de combate ao assédio

A secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, cobrou informações sobre a implementação das cláusulas conquistadas nas campanhas de 2020 e 2022, de prevenção e combate à violência doméstica e familiar e de combate ao assédio sexual.

“Queremos os números, saber quantas são e a forma como as mulheres vítimas foram atendidas, se foram acolhidas realmente, protegidas e não revitimizadas”, explicou Fernanda, apresentando, em seguida, os números dos canais “Basta! Não irão nos calar”, programa de assessoria jurídica humanizada a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, de iniciativa do movimento sindical bancário.

“Atualmente temos 13 canais, com 449 mulheres já atendidas: desses total, foram geradas 235 medidas protetivas, com base na Lei Maria da Penha”, destacou.

Reivindicações

– Cumprimento da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, especificamente no ponto sobre o Relatório de Transparência Salarial:

>Correção e adequação dos relatórios divulgados;
>Que divulguem os dados por empresa e não somente por estabelecimento (CNPJ);
>Que tragam o número absoluto de trabalhadores e trabalhadoras;
>E que os relatórios sejam compartilhados com os trabalhadores e com o Comando Nacional dos Bancários, para facilitar o acompanhamento.

– Realização do 4º Censo da Diversidade da categoria, o último foi divulgado em 2019.

Neste ponto, os trabalhadores lembraram que a realização do Censo da Diversidade é um compromisso firmado na CCT para ser realizado a cada cinco anos, período vencido.

– Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.

“O Brasil lidera o ranking de países que mais matam pessoas trans no planeta, pelo 15º ano consecutivo”, destacou a secretária da Juventude da Contraf-CUT e militante LGBTQIA+, Bianca Garbelini, com base em dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), ressaltando que isso é fruto de um forte preconceito que leva essa população a ter uma expectativa média de vida de 35 anos no país, e também a terem piores condições de educação, saúde e trabalho.

“Mesmo quando acessam o emprego bancário, por causa do preconceito, muitos não conseguem prosseguir e outros não conseguem permanecer na carreira. Por isso, temos que conscientizar os demais trabalhares e trabalhadoras no setor”, completou.

“Dentro da pauta para os trabalhadores LGBTQIA+ nós destacamos a questão da população trans, por causa da sua grande vulnerabilidade, cobrando cota de acesso, políticas de formação e capacitação”, reforçou Juvandia Moreira.

Um dos exemplos bem sucedidos no setor, que foi destacado pelos trabalhadores, é o caso do Banrisul, que abriu um concurso público com cota de 1% para a população trans, e teve esse percentual superado no processo seletivo. Existe ainda um ordamento para que órgãos do governo federal tenham reserva de vagas em concursos públicos para transexuais e indígenas.

– Adesão de todos os bancos ao Programa Empresa Cidadã, para que todos pratiquem a licença maternidade de 180 dias e paternidade de 20 dias.

“Também pontuamos que as mulheres tenham a garantia de que não terão nenhum prejuízo em suas carreiras, no retorno da licença maternidade”, destacou Juvandia.

– Programas de promoção de acesso à ascensão de negros e negras, além de igualdade salarial para toda a categoria.

– Programas de promoção para acesso e permanência de mulheres nas áreas de TI.

– Balanço, por bancos, sobre a implementação e realização dos programas de combate ao assédio e de violência doméstica.

“Como resultado desta mesa, os representantes dos bancos indicaram o compromisso de buscar soluções para esses problemas. Vão se reunir com as empresas para trazer propostas que respondam as reivindicações da categoria”, destacou Juvandia.

Calendário

Julho
18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição

Fonte: Fetraf RJ/ES

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reúne com a direção do Banco Mercantil do Brasil, na próxima terça-feira (16). Em pauta, estarão o Programa Próprio de PLR e outros assuntos ligados a funcionárias e funcionários do Mercantil.

Em preparação, os membros da COE realização uma reunião preparatória, em 15 de julho, na qual serão debatidos, além da PLR própria, problemas enfrentados nos postos de atendimento avançado (PAAs) e departamentos, como a retirada da vigilância armada, e a exigência do Mercantil de que funcionários realizem panfletagem nas ruas para agregar novos clientes.

Vanderci Antônio, coordenador da COE, destacou que as denúncias são fundamentais para que os sindicatos atuem contra a gestão irresponsável do Mercantil. “São inúmeros relatos que recebemos diariamente seja em relação à insegurança ou outras formas de desrespeito e exploração contra trabalhadores. Com estas informações é que conseguimos agir prontamente em defesa da categoria”, afirmou.

Segundo Marco Aurélio Alves, funcionário do Banco e dirigente sindical, “para lucrar cada vez mais, o Mercantil está substituindo vigilantes armados por controladores de acesso terceirizados. Com isso, aumenta-se a insegurança em relação a crimes de roubo, furtos, transações eletrônicas fraudulentas, extorsão e até sequestro dentro dos PAAs. Isto afeta tanto trabalhadores quanto clientes, em especial aposentados e pensionistas do INSS”.

Fonte: Contraf-CUT