Maio 02, 2025
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Imprensa

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O Comando Nacional dos Bancários se reunirá, na próxima terça-feira (2), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater o tema “cláusulas sociais”, na segunda mesa de negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. As discussões vão se concentrar na reivindicação por jornada reduzida para quatro dias da semana, mas também serão debatidos os temas teletrabalho, segurança física e segurança digital no setor bancário.

“A categoria bancária defende a jornada de quatro dias semanais, sem a redução salarial, com a manutenção da abertura dos bancos e oferta de serviços de segunda a sexta-feira, porque isso já é possível com os avanços tecnológicos. A tecnologia não pode servir somente aos lucros dos bancos, como está acontecendo: os bancos aumentando seus ganhos, ano após ano, com redução de postos de trabalho e, quando contratam, são trabalhadores terceirizados, com menos direitos”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Um relatório feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em estudos e programas pilotos no Brasil e em outros países, liderados pela organização não governamental 4 Day Week Global, revela que a redução da jornada para quatro dias, além de proteger empregos, melhora a qualidade de vida e a produtividade dos trabalhadores, portanto, é bom também para as empresas.

“Vamos apresentar essas informações na mesa. O mundo mudou, o mercado mudou, mas a forma de implementação tecnológicas, sem a participação social, têm favorecido a concentração de renda e isso não tem sido diferente num setor tão intensivo no uso da tecnologia, como é o setor financeiro”, avalia Juvandia.

“É importante para nós, como sociedade, entender que todos nós contribuímos com os avanços da tecnologia, criando e utilizando, no trabalho e no dia a dia. Logo, nada mais justo do que o compartilhamento e democratização dos ganhos financeiros tecnológicos. E é para isso que chamamos atenção, não só para alcançar novas conquistas na CCT da categoria, mas para lançar mais luz sobre o tema, e auxiliar todos os demais trabalhadores e trabalhadoras do país. Por isso, nossa unidade na campanha é também relevante ao país”, reforçou.

Outras pautas da mesa

Os trabalhadores também levarão para mesa reivindicações sobre teletrabalho e segurança física e digital no setor bancário.

Em relação ao teletrabalho, a categoria é atualmente referência sobre o tema, depois de ter se tornado a primeira, em 2022, a conquistar 12 cláusulas que garantem a saúde e a dignidade do trabalhador no home office. No conjunto, as cláusulas abrangem direitos, ambiente doméstico, equipamentos e mobiliário adequados, respeito à jornada, auxílio financeiro para compensar o aumento de gastos em casa e prevenção a abusos e assédio. “Apesar de estas conquistas estarem em nossa CCT, os bancos ainda precisam avançar em cláusulas que contemplam os trabalhadores no home office”, explica Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB) entregou, na sexta-feira (28), a minuta específica de reivindicações dos funcionários do BNB, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza.

Os temas prioritários dos funcionários do BNB, que constam da minuta específica são: revisão do PCR; aumento do percentual do lucro para pagamento de PLR; aumento da participação do Banco no custeio da CAMED para 70%; combate efetivo ao assédio moral; políticas específicas para funcionários neurodivergentes, entre outros. “Toda a nossa pauta é fruto de uma construção coletiva. Durante o nosso Congresso, elencamos nossas prioridades que compõem essa minuta e nossa expectativa é avançarmos nas conquistas”, destacou a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo.

“Aqui, nós não estamos só entregando uma minuta de reivindicações, mas os sonhos, os anseios e as expectativas de todos os funcionários do BNB e esperamos construir aqui uma campanha vitoriosa”, enfatizou o coordenador interino da CNFBNB, Robson Araújo.

Calendário

As negociações específicas do BNB devem acompanhar as negociações do Comando Nacional. Logo, a Comissão Nacional deve propor à direção do BNB que as reuniões sejam realizadas todas as sextas-feiras do mês de julho, através de videoconferência. O calendário de agosto ainda está em aberto.

Lançamento da Campanha

Antes da reunião para entrega da minuta, o Sindicato dos Bancários do Ceará iniciou as atividades da Campanha Nacional dos Bancários 2024 com muito forró e animação do sanfoneiro Ivanildo Soares e Banda, em frente ao restaurante do centro administrativo do Passaré. A atividade serviu para mobilizar o funcionalismo do Banco e informar sobre a primeira negociação da campanha. “É importante que os bancários, de bancos públicos e privados, se mobilizem, se engajem na nossa Campanha, tanto nas ruas quanto nas redes. Participem das atividades, dos tuitaços, das plenárias, lives, assembleias, pois só assim, juntos e conectados, poderemos assegurar a manutenção de todos os nossos direitos e avançarmos nas conquistas, para garantirmos uma campanha vitoriosa. Acompanhem nossa programação de atividades no site e nas nossas redes sociais e se mobilize!”, convocou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, José Eduardo Marinho.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências bancárias de Duque de Caxias, para falar com a categoria bancária sobre o início da Campanha Salarial de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os dirigentes exibiram faixas da campanha e debateram com funcionários sobre a importância da mobilização de todas e todos neste processo.
 
A primeira reunião de negociação, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que tratou sobre “Emprego”, já aconteceu: dia 26 de junho. O principal tema foi "emprego". No encontro, o Movimento Sindical cobrou a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.
 
BRADESCO
 
Além disso, através de uma inciativa da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), o Sindicato também protestou contra o fechamento de agências e demissões que vem sendo realizadas pelo Banco Bradesco. Foram entregues panfletos específicos, mostrando que a "reestruturação" prometida, vem significando a extinção de postos de trabalho.
 
LUCROS DOS BANCOS E DEMISSÕES
 
Apesar dos lucros exorbitantes dos bancos, entre 2012 e 2022,  a categoria bancária sofreu redução de 79,5 mil postos de trabalho (- 16%). O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que aponta também que, no acumulado dos doze meses, encerrados em abril de 2024, os bancos fecharam 3.325 postos de trabalho.
 
Os dirigentes sindicais também alertaram para os desdobramentos de quando uma agência é fechada: funcionários demitidos ou remanejados, e a população sem acesso ao serviço bancário fundamental no dia a dia.
 
O protesto foi bem recebido pelos bancários e por quem estava nos locais onde ocorreram as manifestações.

A nova direção do Banco Mercantil, em sua cruel escalada por lucros exorbitantes, vem efetuando cortes de orçamento e diversas demissões injustificadas, que criam um ambiente de insegurança entre os trabalhadores. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco vem recebendo denúncias de que alguns novos executivos de mercado estão aterrorizando funcionários com pressão por metas abusivas e, quando não são cumpridas, há perseguições e inconsequentes demissões.

Ainda segundo denúncias recebidas pelos dirigentes sindicais, videoconferências estão sendo utilizadas como forma de monitoramento de resultados e exposição dos trabalhadores. Isto configura rankeamento, prática expressamente vedada pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

Segundo a cláusula 39 da CCT (Monitoramento de Resultados), “os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados”. Em seu parágrafo primeiro, a cláusula também veda, ao gestor, “a cobrança do cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”.

"As demissões que estão ocorrendo no prédio da Administração Central do Mercantil são inapropriadas e desumanas. São funcionários que dedicaram grande parte da vida à instituição, muitos com mais de 30 anos de banco. É uma pena que o Mercantil não valorize as pessoas, que são tratadas como peças descartáveis", critica o coordenador nacional da COE, Vanderci Antônio.

Marco Aurélio Alves, funcionário do Banco e dirigente sindical, também denuncia que “a nova direção do Mercantil utiliza a ameaça de demissão como ferramenta de gestão para que os bancários batam metas cada vez mais abusivas. Nós repudiamos a falta de compromisso do Mercantil com seus clientes e trabalhadores”.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com a direção do Banco do Brasil (BB), na tarde desta quinta-feira (27), para iniciar as negociações da Campanha Nacional 2024, visando a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Nesta primeira reunião, foi estabelecido o calendário de negociações.

O Diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Leandro Aresta, participou da reunião, representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ ES).

Fernanda Lopes, funcionária do BB e coordenadora da CEBB, destacou os principais temas da minuta de reivindicações. Entre os temas abordados, a dirigente mencionou a necessidade de avanços em relação ao programa Performa, uma modificação no formato de cálculo do teto de três salários da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e a situação dos bancos incorporados, cujos problemas se arrastam há anos. Ela enfatizou também que “muitos funcionários desses bancos se sentem discriminados e não pertencentes, e que é necessário resolver essas questões.”

Outros pontos destacados pela coordenadora incluem as “metas e o adoecimento dos funcionários, especialmente no que diz respeito ao alto índice de adoecimento mental devido à pressão por metas”. Fernanda ressaltou ainda a importância de olhar com cuidado para os caixas, considerado um grupamento muito importante dentro do banco, além da questão da terceirização de muitos setores.

As negociações da Campanha Nacional 2024 continuarão conforme o calendário estabelecido. Veja a seguir.

Julho

3 – Emprego
12 – Cláusulas sociais
19 – Igualdade de Oportunidades
26 – Saúde e condições de trabalho 

Agosto

7 – Saúde e condições de trabalho
14 – Cláusulas econômicas

Fonte: Contraf-CUT

 

Nesta quarta-feira, 26 de junho, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a primeira reunião de negociação, que tratou sobre “Emprego”. Antes de entrar no tema, os trabalhadores cobraram a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.

"Nós decidimos iniciar a mesa de negociação com este pedido, para seguirmos os próximos passos com serenidade, tendo essa garantia de que nossos direitos seguirão valendo, até a renovação do acordo", explicou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Números

Ao entrar no tema central da mesa, os trabalhadores apontaram que o setor bancário está na contramão de todos os demais setores do ramo financeiro, enxugando vagas e fechando agências.

Segundo dados da RAIS (base de dados estatísticos, organizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência), entre 2012 e 2022, a categoria bancária saiu de 513 mil pessoas para 433 mil, redução de 16% (79,5 mil). No mesmo período, as demais categorias do ramo financeiro aumentaram em 72% os postos de trabalho, passando de 323 mil para 555 mil.

Enquanto isso, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam mais de 3 mil agências, a maioria nas áreas com elevada necessidade social, ou seja, fora dos grandes centros, deixando as pequenas cidades desassistidas do serviço bancário.

O Comando Nacional também revelou aos banqueiros que a Consulta Nacional deste ano apontou que para 68% dos trabalhadores dos bancos privados a principal preocupação é com a garantia do emprego. 

A Fenaban alegou que as vagas de emprego dependem de crescimento econômico. O Comando, então, propôs a assinatura de uma carta conjunta para cobrarem juntos, do Banco Central, a redução da taxa básica de juros, a Selic, que está em um percentual que faz com que o Brasil tenha um dos maiores juros reais do mundo, comprometendo o desenvolvimento do setor produtivo e a criação de empregos. “Ao invés de colaborar com o crescimento do país, o BC está contribuindo com os que vivem de especulação financeira”, reforçou Juvandia.

Terceirização

Com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Comando apontou também que, em 2023, os bancos aumentaram em 22% a contratação de profissionais de TI, porém, no mesmo ano, houve o aumento de 89% de profissionais terceirizados nesta mesma área.

Os representantes dos trabalhadores destacaram o caso do Santander, que vem substituindo bancários por contratados PJ, com salários de R$ 1.500, além de uma remuneração variável. Esses mesmos funcionários têm acesso ao sistema do banco e atendem aos clientes, sendo que, em alguns lugares, há relatos de que chegam a realizar cinco visitas ao dia. 

Outras pautas da mesa

- Os trabalhadores cobraram ainda o retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, para garantia de direitos dos desligados;
- Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica;
- Indenização adicional em caso de demissão.

Manifestações nas redes sociais

Durante a reunião, bancários e bancárias de todo o país foram mobilizadas para uma manifestação nas redes sociais, com o uso da hashtag #JuntosPorEmprego. As atividades em rede resultaram em mais de 136 mil reações e alcançou o 1º lugar nos tópicos mais comentados da rede X (ex-Twitter), no Brasil, nesta quarta-feira.

Calendário das próximas reuniões

Julho
2/07 – Cláusulas sociais
11/07 – Igualdade de oportunidades
18 e 26/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/07 – Em definição
27/07 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

 

 

A Caixa Econômica Federal atendeu o questionamento da representação das empregadas e empregados e, nesta terça-feira (25), apresentou a proposta de “reposicionamento estratégico da sua rede de varejo”. Na verdade, trata-se da transformação de agências físicas com menor volume de transações, clientes e participação financeira em unidades digitais. A reestruturação atingirá 128 agências. Destas, 117 serão transformadas em digitais e 11 serão fechadas.

“É importante ocuparmos o espaço digital para oferecer serviços de qualidade com taxas mais baratas para os clientes que hoje são reféns das altas taxas das fintechs. Mas a Caixa não pode abrir mão de estar em todos os lugares para cumprir sua missão de atender quem mais precisa. Temos que ter capilaridade para disputarmos também os clientes nas agências físicas”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.

Mantenha o foco

Com a medida, o banco aumentará o número de agências digitais das 60 que possui atualmente para 177. O banco subsidia o plano na informação de que, atualmente, 43% das transações na Caixa já são realizadas de forma digital. O objetivo da reestruturação, segundo o banco, é modernizar as operações e melhorar o atendimento, sem deixar de focar da humanização.
O banco disse ainda que tem a intenção de expandir sua atuação nas cidades e localidades mais populosas, com mais de 40 mil habitantes, garantindo sua presença em todas as microrregiões do país.

Para o coordenador da CEE, mais do que abrir unidades digitais, a Caixa precisa estabelecer um plano de negócios focado na oferta de linhas de crédito e bancarização para a enorme parcela de brasileiros que é carente de serviços bancários e taxas acessíveis, mais baratas. “Apenas migrar para o digital não garante disputar clientes com os demais bancos. É preciso oferecer produtos com foco naquilo que é o nosso carro chefe, que é o atendimento social a uma enorme massa de pessoas, ávidas pelos serviços que nós podemos oferecer, mas acabamos perdendo parte deste público por carência de pessoal e infraestrutura das agências”, disse.

 

Impacto nos empregados

Os dados apresentados pelo banco mostram que 1.009 empregadas e empregados trabalham nas 128 agências que serão atingidas. Aqueles que não forem transferidos para as 117 unidades digitais, reforçarão as equipes de agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. O banco garantiu que não haverá necessidade grande deslocamento para o novo local de lotação e que este será sempre no mesmo município. Segundo a Caixa, nenhum empregado perderá função ou sofrerá perda na remuneração.
“Vamos acompanhar o desenrolar das medidas para nos certificar de que não haja perdas para as empregadas e empregados. Orientamos que quem se sentir prejudicado, procure por seu sindicato”, disse o coordenador da CEE.
Nos próximos dias a Caixa deve ser reunir com os superintendes regionais e os gerentes gerais. Em seguida, fornecerá os dados e a lista das unidades a serem atingidas, e o regramento da transição para que as representações dos trabalhadores possam acompanhar o processo.
Mas a Caixa antecipou que todos os empregados poderão manifestar o interesse em atuar nas unidades digitais. A preferência, no entanto, será para pessoas com deficiência, ou responsáveis por dependentes PcD, devido à estrutura mais adequada de atendimento e maior possibilidade de flexibilização de jornada.

 

Atenção com clientes e empregados

“É sempre um trauma o fechamento de uma agência. Antes de efetivar a mudança de perfil de uma unidade, é preciso que a Caixa faça uma comunicação muito bem-feita com os clientes e com os empregados, para evitar traumas desnecessários. Não é suficiente apenas uma cartinha informativa”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, Sergio Takemoto. “Além disso, é preciso que haja estrutura adequada para receber as unidades digitais e os empregados que vão trabalhar nelas. Após a pandemia vimos como foi ruim o retorno de empregados para o trabalho presencial, devido ao movimento de entrega de prédios onde funcionavam diversos departamentos. Isso não pode se repetir”, completou.
A Caixa garantiu que a equipe de treinamento do pessoal e preparação da transição será multidisciplinar e proativa. A previsão é que em 60 dias após o início do treinamento a transformação de agência física seja concluída, sempre com comunicados pessoais, não apenas por meio de correspondência, tanto para os clientes quanto para os empregados.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal, uma das maiores instituições financeiras do país, vem passando por um processo significativo de redução de postos de trabalho nos últimos anos. Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados de balanço do banco, aponta que, do fechamento de 2014, quando o banco possuía 101.484 empregados, até o final de março de 2024, quando encerrou o trimestre com 86.794 empregados, o quadro de pessoal do banco perdeu 14.690 postos de trabalho, uma redução de 14,5%.

Neste mesmo período, o número total de contas bancárias na Caixa saltou de 84,9 milhões para 233,3 milhões, crescimento de quase 175%.

Sobrecarga e adoecimento

“Quando você junta estes dois dados (redução do quadro de pessoal e o aumento do número de contas) com a reclamação dos empregados sobre as falhas de sistema da Caixa, fica fácil perceber que há uma enorme sobrecarga de trabalho e entender o motivo do aumento do adoecimento das empregadas e empregados”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Com menos pessoas para atender este estrondoso aumento da demanda, e ainda sem a necessária melhoria na infraestrutura, não há saúde que resista”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“A redução do quadro de pessoal da Caixa seria ainda maior se não fosse a atuação do movimento sindical, que lutou pela contratação de pessoas com deficiência, para que fosse cumprido o que determina a lei de inclusão, assim como pela extensão da validade do concurso de 2014, que permitiu a contratação de mais aprovados”, lembrou Eliana.

Prejuízo aos clientes

A redução do quadro de pessoal e a falta de investimentos em tecnologia causam sérios prejuízos à qualidade do atendimento aos clientes da Caixa que, em grande parte, fazem parte da população mais carente, sem acesso e pouco conhecimento de serviços de internet.

“Não é raro vermos notícias na imprensa sobre as enormes filas e agências da Caixa lotadas. Isso compromete a capacidade da Caixa de cumprir seu papel social, principalmente com relação ao pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o seguro-desemprego, mas também em algo que a Caixa é fundamental, que o financiamento habitacional”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, ao lembrar que a Caixa é líder de mercado no segmento de crédito imobiliário, tendo fechado o primeiro trimestre de 2024 com 67,68% da carteira neste segmento.

“Mas, além dos clientes, a imagem do banco e dos empregados são prejudicadas. Ao ver uma notícia desta na TV, na maioria das vezes as pessoas não conseguem perceber a sobrecarga dos empregados e tampouco a falta de investimentos”, disse o presidente da Fenae.

“Esta é uma consequência do sucateamento pelo qual o banco vem passando. Não raro, visando a privatização”, completou.

Reivindicações

Os próximos meses serão decisivos para a solução destes problemas pelos quais passa a Caixa. Com o slogan “A sua luta nos conecta”, a categoria bancária já iniciou o processo de negociações com os bancos para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e as empregadas e empregados da Caixa realizam também negociações específicas para renovar seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As pautas de reivindicações já foram entregues à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e à Caixa no dia 18 de junho. Nesta quarta-feira (26), acontece a primeira reunião com a Fenaban com o tema emprego.

Com a Caixa, para sanar os problemas citados neste texto, além de mais contratações, as empregadas e empregados da Caixa reivindicam:

  • a criação de uma carreira de TI para segurar talentos;
  • a renovação imediata do parque tecnológico;
  • fornecimento de recursos de acessibilidade;
  • aumentar a quantidade e diversidade de tecnologias assistivas disponibilizadas pela Caixa;
  • apoio financeiro para aquisição de tecnologia assistivas por empregados PcD que trabalhem de forma remota;
  • melhoria das estruturas das agências;
  • fim da designação de função por minuto, com retorno da designação exclusivamente de forma efetiva;
  • incorporação de função gratificada exercida por mais de 10 anos;
  • registro de horário de trabalho por todos os empregados, com efetivo pagamento de horas-extras;
  • redução da jornada para cinco horas diárias, cumpridas em quatro dias por semana, sem redução dos salários;
  • fim da cobrança abusiva de metas e do assédio moral e sexual;
  • estabelecimento de critérios objetivos de promoção por mérito;
  • avaliação por múltiplas fontes nos programas de desempenho, considerando as metas sociais;
  • reformulação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) com a participação dos empregados, de forma que seja possível verificar as reais condições de saúde e de trabalho dos empregados.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) entregou a minuta específica de reivindicações ao banco Itaú na manhã desta terça-feira (25). O documento, base para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do banco, foi definido no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em São Paulo, no dia 6 de junho.

Os principais pontos da pauta são emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho, plano de saúde, previdência, segurança bancária e diversidade. “Estamos enfrentando instabilidade nas instituições financeiras, com transformação tecnológica e redução de postos de trabalho. A pressão é maior e o número de adoecidos aumentou. Esperamos encontrar soluções nas mesas de negociação com o Itaú”, afirmou a coordenadora da COE, Valeska Pincovai.

Para Valeska, um banco que lucra mais de R$ 35 bilhões, em um ano, pode preservar empregos, debater a construção do ramo e ampliar direitos dos trabalhadores. “Vamos nos concentrar em encontrar saídas para os problemas e debater pautas como melhorar o plano de saúde para aposentados e ativos, discutir diversidade e construir a representação dos trabalhadores. O banco se colocou à disposição para essa construção, e nosso primeiro debate será sobre o convênio médico”, completou.

Durante o encontro, o banco concordou em construir um programa mais democrático e transparente, para que a COE acompanhe os trabalhadores no processo de relocação e ofereça mais alternativas para eles, após o fechamento das agências.

A outra coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes, revelou que “reiteramos a importância da negociação da pauta específica para apresentar as principais demandas dos funcionários do Itaú, que vivem uma incerteza grande com o fechamento de agências e problemas com o plano de saúde.”

Ainda na reunião, o banco também anunciou a liberação de um empréstimo para os funcionários do Rio Grande do Sul: o Empréstimo Social.

Fonte: Contraf-CUT

Após pressão das entidades de representação e associativas das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal e dos participantes dos fundos de pensão, a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) enviou ofícios para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) pedindo para que as entidades indiquem, no mínimo, três datas para tratar sobre o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, sobre o contencioso e sobre a taxa atuarial dos planos da Funcef.

No ofício, a Funcef propõe ainda que “o aprofundamento de cada assunto ocorra em dias diferentes, ou seja, uma reunião para Taxas de Juros, uma para Contencioso e outra para a Proposta de Redução do Equacionamento do Reg/Replan Saldado.”

“É importante que a Funcef tenha nos mandado ofício convidando para a reunião, mas insistimos que não basta ser uma reunião de esclarecimento do que a Funcef e a Caixa tenha definido. Nós, como representantes dos participantes dos planos, que são os donos do patrimônio, queremos participar da construção da proposta”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Além da Funcef e da Contraf-CUT, a Fenae e a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar) participarão da reunião.

“Seria importante, também, que a Caixa participasse deste processo de discussão, para que o grupo tenha mais autonomia para definir a proposta final. Sendo apenas com a Funcef, a proposta deverá, posteriormente, ser encaminhada para a aprovação pelo banco”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“Queremos resolver isso o mais rápido possível, pois tem muita gente sofrendo com o equacionamento e o pagamento deste contencioso, passam por situações de emergência e estão sem dinheiro. Mas, ao mesmo tempo, não queremos que a Caixa e a Funcef aproveitem da situação para tentar impor uma proposta com perdas para os participantes. Queremos construir uma proposta de forma conjunta, pois sabemos que dá para chegarmos a uma solução muito melhor para todos”, concluiu o coordenador da CEE.

A primeira reunião será realizada no dia 2 de julho.

Fonte: Contraf-CUT