Abril 30, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

Nesta quarta-feira, 28 de agosto, a maior central sindical da América Latina, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), celebra 41 anos de existência. Fundada em 1983, a CUT nasceu em um período crucial para a redemocratização do Brasil, consolidando-se como uma das principais vozes na defesa dos direitos dos trabalhadores.

A CUT foi criada durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), realizado em São Bernardo do Campo, São Paulo. O evento reuniu mais de cinco mil trabalhadores de diversas regiões do Brasil, marcando um momento decisivo na história sindical brasileira. Desde então, a CUT tem se mantido firme na luta pelo fortalecimento da democracia, pelo desenvolvimento com distribuição de renda e pela valorização do trabalho.

O papel dos bancários na construção da CUT foi fundamental, assim como o apoio de diversas outras categorias profissionais que se uniram para garantir a representação organizada dos trabalhadores na política nacional. A Central se tornou um instrumento de luta, em busca de garantir que as vozes dos trabalhadores fossem ouvidas e respeitadas.

Nesses 41 anos de existência, a entidade foi marcada por inúmeras mobilizações e lutas em defesa dos trabalhadores: como greves por todo o Brasil por reajustes salariais, garantias no emprego e contra demissões e trabalhos precarizados; campanhas por trabalho, terra, moradia, salário, previdência pública e caravanas em defesa da democracia, entre tantas outras. Para garantir o estado democrático de direito, a CUT esteve, por exemplo, no movimento “Diretas Já” que começou a tirar o Brasil das garras da ditadura militar. Esteve, também, junto à população brasileira, nos atos que pediram o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, protestou contra as medidas econômicas neoliberais de FHC, contra a reforma trabalhista do presidente Michel Temer e contra as destruições sociais macabras do último governo de extrema direita.

Esses só são alguns dos exemplos das infinidades de ações em que a entidade marcou presença durante essas mais de quatro décadas de existência. Além de seu compromisso histórico com a classe trabalhadora, a CUT também se mantém atenta aos desafios atuais que afetam o Brasil. Em 2024, a entidade, junto ao movimento sindical bancário, está na linha de frente da luta contra a alta da Selic, a taxa de juros oficial do país. Desde que o Banco Central se tornou independente, no governo anterior, e passou a ser comandado pelo neoliberal Roberto Campos Neto, a taxa de juros no Brasil se manteve entre as mais altas do mundo, apesar do controle da inflação e dos bons resultados econômicos recentes.

“Nós temos um ditado no sindicato que diz assim, a CUT somos nós, nossa força, nossa voz. Porque é isso, em todas as lutas da classe trabalhadora, nos últimos 41 anos, a CUT esteve presente. E a CUT é uma instituição que tem trabalhadores do campo, da cidade, do setor privado, do setor público, de todo esse Brasil. Das grandes capitais, dos interiores, tem o agricultor familiar. Nós temos o trabalhador rural, nós temos o trabalhador da cidade, o servidor público, o trabalhador da educação, da saúde. Ou seja, aquele trabalhador que está na vida do povo brasileiro, na vida da população, ajudando, auxiliando, e todas as lutas que são importantes para a vida desses trabalhadores são a luta da CUT. Parabéns CUT, parabéns à nossa central única dos trabalhadores e das trabalhadoras!”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

Na 10ª rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, realizada nesta terça-feira, 27 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a desvalorizar a categoria bancária e negou a reivindicação por aumento real.

No início do encontro, a entidade propôs reajuste de 90% do INPC, o que resultaria em perda salarial de 0,38%. O Comando rejeitou prontamente e uma pausa foi solicitada pelos bancos.

No retorno, a entidade apresentou proposta de 100% do INPC nos salários e demais verbas (portanto, de ganho real zero), somente em janeiro de 2025. Com essa proposta, a antecipação da participação nos lucros e resultados (PLR) ocorreria sem reajuste. O comando rejeitou novamente.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), esteve presente na mesa de negociação.

Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, também participou da reunião.

“A proposta que os banqueiros apresentaram é ridícula. Somente 100% do INPC. Com isso, só nos tickets, irão lucrar 993 bilhões, sem contar a PLR. Um desrespeito total com a categoria! Temos, mais que nunca, manter nossa mobilização.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

“Sem aumento real, sem aumento maior no VA/VR e nas outras cláusulas sociais, não aceitaremos este tipo de proposta na mesa. Precisamos nos organizar e mostrar nossa indignação e nossa força, pois também somos responsáveis diretos dos lucros exorbitantes dos banqueiros. Exigimos respeito!” completou.

Pela proposta da Fenaban, é como se cada bancário passasse para os bancos R$ 682 por mês, durante os quatro meses. Sem contar os ganhos relacionados aos encargos que os bancos deixariam de pagar entre setembro e dezembro, pelo não reajuste no período. “Ou seja, estão querendo ganhar dinheiro às custas dos funcionários. Um presente lamentável dos bancos, diante da véspera do dia nacional dos bancários”, comentou coordenadora do comando e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

E completou. “Não há nenhuma possibilidade de defender um acordo sem aumento real, imagine ainda um acordo com prejuízos à categoria. Com essa proposta de reajuste zero e deixando de aplicar o reajuste em setembro, mas somente em janeiro, os bancos retirariam do bolso das trabalhadoras e trabalhadores R$ 1,2 bilhão, considerando salários, segunda parcela do 13º, vale alimentação e vale refeição e antecipação da PLR”.

Diante da falta de empenho da Fenaban em concluir as negociações, o Comando Nacional pontuou que estará em São Paulo para as negociações até sexta, que é o prazo que os bancos têm para apresentar uma proposta decente. As negociações continuam amanhã, quarta-feira (28), a partir das 10h.

O comando cobrou que, no próximo encontro, os bancos respondam às reivindicações sobre suporte aos pais de PCDs, o combate ao endividamento dos bancários, respeito ao direito à desconexão, combate à terceirização, garantia dos empregos, ampliação do teletrabalho, além do aumento real da remuneração e PLR, entre outros pontos da minuta.

Manifestações e assembleias

O Comando Nacional tirou um dia nacional de luta, para esta quarta (28). O coletivo também decidiu realizar assembleias no dia 4 de setembro, antecedidas de plenárias, a partir das 18h, para que a categoria avalie propostas ou os rumos das mobilizações.

Para Fenaban, a culpa é dos bancários

A Fenaban culpou as trabalhadoras e trabalhadores “por encarecerem os produtos dos bancos” e voltou a reclamar da concorrência, sem dizer, entretanto, que muitos bancos são detentores de instituições de pagamentos.

O comando rebateu e lembrou que as principais receitas dos bancos representam 10 vezes as despesas de pessoal, enquanto que, nas cooperativas, essa relação é de 7 para 1 e, nas instituições de pagamento de 1,3 para 1. Assim, mesmo que as despesas de pessoal dos bancos sejam superiores as das cooperativas e das instituições de pagamento, as receitas dos bancos são 15 vezes maiores que das cooperativas e 123 vezes maiores que das instituições de pagamento, segundo dados dos balanços do 1º trimestre de 2024.

A Fenaban disse ainda que a concorrência no setor afeta o emprego bancário, argumento também desmontado pelos representantes dos trabalhadores, que observaram que o processo de plataformização (impulsionamento da inovação) nos bancos está sendo utilizando como estratégia para demitir e contratar trabalhadores terceirizados e autônomos. “E mesmo que os bancários não tivessem reajustes, os bancos continuariam fechando agências e demitindo. E isso tem haver com ganância e não com concorrência”, pontuou Juvandia.

Por fim, os representantes dos bancos culparam as conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pela redução de trabalhadores no setor. “Em um país em que dois da lista dos cinco novos bilionários da Forbes em 2024 são banqueiros, em que entre as 10 maiores empresas do país, cinco são bancos, além de desrespeitar o trabalhador com esses apontamentos, a Fenaban não demostra ter compromisso com o desenvolvimento do país”, destacou Juvandia Moreira, voltando a lembrar que, só em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões. “Estamos falando de lucro, já descontados impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos”, completou.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, reforçou que a categoria não irá aceitar uma proposta de reajuste que não seja de aumento real. “Estamos falando do setor bancário, que nunca perde, mesmo em momentos de crise. Essas propostas de reajustes que impõe perdas econômicas para os trabalhadores, justamente os responsáveis pelos resultados dos bancos, é inadmissível”, concluiu.

*com informações da Contraf-CUT e da Fetraf RJ/ES

Nesta segunda-feira, 26 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense paralisou 14 agências bancárias do Centro de Nova Iguaçu.

Protestos e paralisações ocorreram em todo o território nacional, em mais um Dia de Luta em defesa da categoria, que espera por uma proposta global digna da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A manifestação ocorreu na véspera de uma nova negociação do Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta terça (27).

Os trabalhadores vestiram preto contra a enrolação por parte dos bancos e a manifestação foi bem recebida pela categoria, clientes e usuários.

Reivindicações da categoria

- Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
- Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
- E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

Os trabalhadores reivindicam ainda:
- Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
- Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
- Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
- Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
- Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
- Mais mulheres na TI;
- Combate à terceirização e garantia de empregos;
- Jornada de trabalho de quatro dias;
- Ampliação do teletrabalho.

*confira as fotos em nossas redes sociais 

Nesta segunda-feira, 26 de agosto, bancárias e bancários de todo o país irão realizar mais um Dia de Luta em defesa da categoria.

Neste dia, os trabalhadores irão vestir preto contra a enrolação da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que, até o momento, não apresentou uma proposta global digna para toda a categoria.

A manifestação ocorre na véspera de uma nova negociação do Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta terça (27).

Reivindicações da categoria

- Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
- Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
- E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

Os trabalhadores reivindicam ainda:
- Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
- Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
- Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
- Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
- Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
- Mais mulheres na TI;
- Combate à terceirização e garantia de empregos;
- Jornada de trabalho de quatro dias;
- Ampliação do teletrabalho.

 

A semana vai terminar de maneira satisfatória!

Mais um funcionário do Banco Bradesco foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A reintegração de Robson Aurélio Mendes, da agência de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, ocorreu nesta sexta-feira, 23 de agosto, e foi acompanha pelos diretores do Sindicato, Ricardo de Sá e Evandro Passeri.

O bancário havia sido demitido de forma injusta, pois estava acometido de doença ocupacional, mas teve deferido, pelo INSS, o benefício previdenciário por acidente de trabalho B-91.

Após decisão da justiça, o Sindicato garantiu sua reintegração, assim como sua dignidade, que foi restabelecida.

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 - 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE

 

A Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) continua a desrespeitar os direitos dos financiários ao insistir em propostas que não atendem às demandas da categoria. Em nova rodada de negociações, realizada na manhã desta quinta-feira (22), a Fenacrefi repetiu a proposta previamente rejeitada, que prevê o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de até 5% do lucro da empresa, com teto de 1,8 salário. Essa oferta, caso aceita, reduziria os ganhos de trabalhadores que possuem salários mais baixos e que, frequentemente, são os que mais se dedicam.

Além disso, a Fenacrefi manteve a proposta de reajuste salarial correspondente a apenas 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), limitando a recomposição total apenas aos vales refeição e alimentação. A oferta foi prontamente recusada pelo Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, que reafirmou a importância de ganhos reais para a categoria. "Ganho real é muito importante. Não aceitaremos retirada de direitos ou rebaixamento nos ganhos dos financiários", declarou Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT.

Cláusulas sociais em aberto

Apesar de ter acenado positivamente para algumas das reivindicações dos trabalhadores, a Fenacrefi não apresentou uma redação final das cláusulas sociais para aprovação antes da inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Jair Alves, coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, destacou a necessidade de uma proposta concreta. "Eles sinalizaram positivamente para os pontos, mas não podemos avançar sem a redação final que fará parte da CCT", esclareceu.

A continuidade do impasse evidencia a falta de compromisso da Fenacrefi em atender de maneira justa e respeitosa as demandas dos financiários, que seguem firmes na defesa de seus direitos.

As negociações entre as partes devem ser retomadas em setembro, daqui a duas semanas, no dia 5 de setembro.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de 14 anos de suspensão, o Banco do Brasil voltou a repassar para a Cassi, caixa de assistência dos funcionários do BB, as contribuições patronais incidentes sobre valores pagos a funcionários e ex-funcionários, decorrentes de processos trabalhistas e acordos judiciais e extrajudiciais (CCV e CCP), as chamadas “reclamatórias trabalhistas”. Nest quinta-feira (22), a Cassi recebeu do BB R$ 345,269 milhões, valores retroativos a 2010, quando os repasses foram suspensos, e a partir de agora o pagamento será regularizado.

“O movimento sindical sempre lutou pela retomada dos repasses. Foram anos de negociação junto ao banco para regularizar essa situação, que agora finalmente teve uma solução definitiva”, comemorou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido recorrente da Caixa foi de R$ 6,170 bilhões, 36,6% maior que o obtido no primeiro semestre de 2023. Em decorrência de uma despesa de R$ 421,6 milhões com o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), o lucro líquido contábil foi de R$ 5,748 bilhões, 27,3% maior na comparação com o resultado do primeiro semestre de 2023 e de 33,5% maior do que o obtido nos três primeiros meses de 2024. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 10,07%, com aumento de 1,83 pontos percentuais (p.p.) ao longo de 12 meses e de 0,53 p.p. no trimestre.

O resultado foi influenciado pelo aumento da margem financeira, que totalizou R$ 30,8 bilhões no semestre, aumento de 6,9% em 12 meses.

“O lucro da Caixa é significativo e importante. Para o país, é ainda mais importante o incremento da carteira de crédito do banco, que permite que o banco contribua com o desenvolvimento econômico e mostra que os empregados, quando lhe dão condições, trabalham não apenas para ajudar os clientes e o país, mas também para trazer lucro para o banco”, observou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.

Rafael ressaltou, porém, que o banco precisa melhorar sua atuação, com linhas de crédito para pessoas físicas. “Precisa focar na oferta de crédito para pessoas físicas, para recuperar o mercado neste segmento. Pois, possui taxas menores do que bancos digitais e fintechs”, completou.

Carteira de Crédito

O saldo da Carteira de Crédito da Caixa teve alta de 10,6% em 12 meses, totalizando R$ 1,175 trilhão em junho de 2024.

As operações de crédito comercial com pessoas físicas sofreram uma queda de 2,5% em comparação ao primeiro semestre de 2023, totalizando R$ 132,4 bilhões. No segmento de pessoas jurídicas, houve crescimento de 2,9% em 12 meses, somando R$ 97,9 bilhões.

Com saldo de R$ 783,6 bilhões e participação de mercado de 67,97%, o crédito imobiliário cresceu 14,8% em 12 meses. As operações de saneamento e infraestrutura tiveram incremento de 3,4%, no período, totalizando R$ 101,8 bilhões. Com saldo de R$ 59,0 bilhões, o crédito rural apresentou o maior crescimento, de 19,5%. 

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,20%, com redução de 0,14 p.p. na comparação com o 1º trimestre e de 0,59 p.p. em relação ao 1º semestre de 2023.

As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 6,7% em 12 meses, totalizando R$ 13,4 bilhões no 1º semestre de 2024. Já as despesas de pessoal, considerando a participação nos lucros e resultados (PLR), cresceram 12,5% em um ano, totalizando R$ 16,3 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 82,0% no semestre.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia veementemente o banco Santander pelo uso da Polícia Militar contra bancárias e bancários.

Trabalhadores foram reprimidos com cassetetes, gás de pimenta e armas de choque elétrico em seu direito constitucional de manifestação na unidade Radar Santander, localizada na capital paulista, na manhã desta quinta-feira (22). Os protestos pacíficos eram contra a contratação fraudulenta de mão de obra, mascarada em terceirizações, que precarizam conquistas trabalhistas.

Por que o uso da polícia, paga com dinheiro público, contra trabalhadores, Santander? Mulheres foram agredidas, colegas foram derrubados no chão e detidos para delegacia.

A resposta truculenta do banco expôs ainda mais a face lamentável do Santander que, ao invés de responder às reivindicações da categoria contra as contratações fraudulentas de mão de obra, por reajuste real nas remunerações e fim da cobrança de metas abusivas, coleciona reclamações trabalhista, tendo sido condenado na Justiça por negligenciar a saúde mental dos empregados.

Não vamos nos calar, mas nos fortalecer em solidariedade à toda a categoria, aos bancários e bancárias agredidos e ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), que esteve na linha de frente dos protestos pacíficos reprimidos de forma violenta.

Contraf-CUT
São Paulo (SP), 22 de agosto de 2024

A reunião de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, realizada nesta quinta-feira (22), para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico das empregadas e empregados começou com um protesto dos trabalhadores contra a violência da Polícia Militar de São Paulo às manifestações da categoria bancária no Radar Santander, na Zona Sul de São Paulo.

As bancárias e bancários protestaram também contra a proposta dos bancos de reduzir direitos da categoria, rebaixar salários (os bancos querem conceder apenas 85% do índice de inflação) e a terceirização dos trabalhadores bancários, principalmente pelo Santander.

“Ainda temos que chegar a uma redação sobre os temas de hoje, que precisam ser respondidos até a semana que vem, mas as negociações na Caixa estão andando”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Mas é preciso que as empregadas e empregados do banco estejam mobilizados, pois uma parte importante, como o índice de reajuste e demais pautas econômicas, é definida na mesa única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, observou.

Negociações com a Caixa

A Caixa apresentou propostas sobre a substituição em cascata, horas de estudo, direito a desconexão e política de diversidade. O banco ficou de encaminhar sugestões de texto sobre estes temas e agendar uma reunião com o departamento jurídico das entidades sindicais já na próxima semana para fechar a redação final das cláusulas.

Substituição em cascata

A Caixa se comprometeu a promover a substituição em cascata para todo o segmento gerencial. Como exemplo, disse que o gerente geral poderia ser substituído pelo gerente de carteira e este pelo assistente.

A contraproposta dos empregados é para que haja possibilidade de substituição, em caso de férias, para todas as funções. A Caixa ficou de fornecer lista com cargos, para que a representação dos trabalhadores verem na área meio o que pode ser contemplado.

Horas de estudo

Os empregados reivindicaram que, para que haja efetividade da cláusula 59 do atual ACT, que trata sobre disponibilidade, dentro da jornada, de seis horas de estudo por mês, que a formação seja de forma presencial, fora da unidade de trabalho. Hoje a disponibilização é na modalidade EAD, pela Universidade Caixa.

A Caixa propôs que sejam oferecidas seis horas de estudo na modalidade presencial a cada três meses para todos os empregados.

Direito à desconexão

Os empregados exigem o fim das cobranças que chegam nos celulares dos empregados, pelo Teams, WhatsApp e de outras formas, fora do horário de expediente. A Caixa disse que estuda a implementação de um sistema que evita o envio de mensagens pelo Teams após o registro no ponto de saída.

Outra cobrança dos empregados é para que seja expresso em normativos e no ACT, a proibição de cobranças e envio de mensagens fora do horário de trabalho, para inibir a prática. Outra cobrança é para que seja respeitado o intervalo para descanso de 10 minutos a cada 50 trabalhados para todos os empregados, inclusive caixas e tesoureiros.

Política de diversidade

A Caixa já havia se comprometido em clausular as comissões regionais de diversidade (PcD, Mulheres, Racial, LGBTQIA+ e Geracional), com a possibilidade de criação de outros eixos, de acordo com a mudança do perfil do quadro de pessoal e garantia de participação representativa das entidades sindicais dos trabalhadores.

Outro compromisso assumido pelo banco foi em alterar o estatuto da Caixa para inclusão de uma cota de 30% de mulheres em cada nível dos cargos de direção, inclusive nas vice-presidências.

Com relação às PcD, a representação dos empregados cobra ainda a redução da jornada, sem redução salarial, tanto para PcD, quanto para pais/responsáveis pelos cuidados de PcD.

Seleção interna

E, com relação aos PSI, os empregados cobram que se dê maior valorização aos processos, para que mais empregados tenham ascensão de carreira pelos PSI e se reduza as indicações subjetivas do “Score”. Mas, tanto para um quanto para outro, os empregados cobram que haja critérios definidos para a escolha, sem que a decisão seja tomada por questões pessoais, ou de afinidade.

O banco também se comprometeu com a equidade de gênero nas bancas dos processos de PSI e, a pedido dos empregados, diz aceitar ampliar a diversidade, com a participação de PcD nas bancas e também na composição das equipes das Gipes e Repes.

PDV e concurso

A CEE questionou a Caixa sobre o aumento dos desligamentos pelo PDV, com o banco acatando todos os pedidos de adesão, não apenas de 3.200, como previsto anteriormente. O banco disse que está em discussão, mas que não há nada aprovado com relação a isso.

Os empregados cobram que a Caixa contrate mais empregados, em número suficiente para acabar com a sobrecarga de trabalho e reivindicam que a Caixa demande a Sest sobre a necessidade de um novo concurso.

Hoje a Caixa tem autorização para possuir 87.544 empregados. No balanço do primeiro semestre, divulgado nesta quinta-feira (22), o banco informa que, no final de junho de 2024, possuía 86.669 empregados. Isso foi antes da movimentação do PDV e do concurso.

Digitalização de agências

Os empregados trouxeram relatos de que está havendo transferências de local de lotação que levam à mudança de município, perda de função e que há cerceamento do direito de indicação do local de lotação, sem interferência do gestor. Também há casos de transferências para agência de menor porte e cobraram as promessas feitas pela Caixa de que isso não aconteceria.

A Caixa confirmou que estes problemas não deveriam estar existindo, pois não estavam previstos na proposta inicial e pediu para que os empregados afetados entrem em contato com a diretoria de pessoas.

Os empregados também cobram acesso às Superintendências Regionais digitais, para poder se comunicar com elas.

Outras cobranças

Saúde Caixa: Mesmo sabendo que há um acordo específico em vigência até o final de 2025, os empregados voltaram a cobrar a mudança do estatuto da Caixa para a retirada do teto de custeio pelo banco com a saúde de seus empregados e empregadas.
Também cobraram informações sobre os empregados afastados por doenças/acidentes de trabalho (B91).
Outra cobrança foi para que seja mantido o direito de manutenção do Saúde Caixa pós-aposentadoria para as contratações ocorridas depois de 2018 (retroativo à data da contratação).

Teletrabalho: O tema deve ser melhor debatido para que se estabeleça o público, os critérios, o aumento do valor da ajuda de custo (com pagamento proporcional ao número de dias em trabalho remoto, sem o limite mínimo de 15 dias) e o pagamento pelo banco (ou reembolso) de estrutura ergonômica.

PLR: Os empregados cobram:
•    Garantia que o pagamento do adiantamento da parcela da PLR seja de, pelo menos, 50% da PLR;
•    Retirada do limite de três Remunerações Básicas do valor global da PLR;
•    Separação do pagamento da PLR Social da regra básica, para efeitos de quaisquer limitadores;
Solução para o pagamento a menor da PLR Social de 2020.
A Caixa disse que o tema será tratado nas negociações da semana que vem.

Demais temas que precisam de respostas

Saúde do trabalhador
Gestão de pessoas
Tecnologia e sistemas
Jornada, emprego e carreira
Equiparação de salários
Roubos e sequestros
Anuidade de cartões e taxas de empréstimos e serviços
Bônus Caixa
PLR
Comunicação sindical
Funcef
GT do PFG Caixa e Tesoureiro

Fonte: Contraf-CUT