Maio 12, 2025
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O Banco Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 12,467 bilhões nos nove primeiros meses de 2021, crescimento de 29,4% em relação ao mesmo período de 2020 e de 4,1% no trimestre, e uma rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) de 22,4%, alta de 1,4 ponto percentual (p.p.) em doze meses. De julho a setembro deste ano, o lucro líquido do banco no país atingiu R$ 4.340 bilhões, 27,6% do lucro global, que foi de € 6.379 bilhões, alta de 87% em doze meses e 25% no trimestre.

“Com essa pandemia e um governo que não faz nada para alavancar a economia, o Brasil está em frangalhos. Mas, o Santander está forte e continua assuntando os funcionários com metas abusivas e cobranças absurdas”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia.

Extensão de horário e sobrecarga de trabalho

“Para se ter uma ideia, o Santander foi o primeiro a retomar o funcionamento das agências em horário normal. O resultado é a concentração de usuários de serviços bancários após às 14h no Santander, uma vez que os demais bancos encerram o expediente às 14h. Isso tem ocasionado filas enormes, com aglomerações de clientes e sobrecarga de trabalho aos funcionários. Tudo isso em plena pandemia”, observou o dirigente da Contraf-CUT.

O cliente paga a conta

Em um ano, o Santander fechou 139 agências e 35 postos de atendimento bancário (PABs), o que gera economia com a manutenção de sua estrutura. Mas, mesmo assim, a receita com prestação de serviços tem aumentado. Em 12 meses, a renda obtida com tarifas bancárias cresceu 7,9%, totalizando R$ 14,4 bilhões, o que é suficiente para que o banco cubra mais do que dobro de todas as despesas que tem com seus funcionários.

“O tamanho das filas mostra que não há quantidade suficiente de funcionários no atendimento. O cliente, que é quem paga a conta, é prejudicado. A receita com tarifas mostra que o banco poderia dobrar o número de pessoas para atender a demanda”, observou Mario Raia.

Em setembro de 2021, as receitas com tarifas seriam suficientes para pagar todas as despesas com os funcionários e ainda sobraria 113,14% do valor. E esta é uma arrecadação ínfima obtida pelo banco se comparada a que ele obtém com as demais transações financeiras.

Carteira de Crédito

Por exemplo, a Carteira de Crédito Ampliada do Santander no país, que teve alta de 13,1% em doze meses e de 3,2% no trimestre, atingiu R$ 526,5 bilhões (desconsiderando-se o efeito da variação cambial). As operações com pessoas físicas cresceram 21,3% em doze meses, chegando a R$ 200,2 bilhões, com crescimento em todas as linhas e impulsionadas, especialmente, pelo crédito imobiliário (+26,1%), por Leasing / Veículos (+25%) e por crédito pessoal / outros (+24,9%). Com a Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, o banco somou R$ 63,3 bilhões, com alta de 9,1% em relação a setembro de 2020. Do total desta carteira, R$ 57,2 bilhões, ou 90,4%, referem-se aos financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 7,9% em doze meses. O crédito para pessoa jurídica cresceu 7,2% em doze meses, alcançando R$ 186,8 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 17,3% no período e o de grandes empresas, 2,8%.

O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 2,4%, com alta de 0,3 p.p. em comparação aos nove primeiros meses de 2020. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram reduzidas em 15,3%, totalizando R$ 11,4 bilhões.

“Sabe aquela desculpa que os bancos dão para cobrar altas taxas de juros no país? Quando se vê que o índice de inadimplência é de apenas 2,4%, percebemos que é desculpa esfarrapada. Querem lucrar mais e mais, mesmo com o país em crise e os brasileiros passando fome”, criticou Mario Raia. “Para conseguir isso, exigem muito esforço de seus funcionários. Quem vê o bancário vestido de roupa social, todo arrumadinho, não sabe o que ele sofre para cumprir as metas que lhes são impostas e manter seu emprego”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil se reuniu com a direção do banco na tarde desta quarta-feira (27) para continuar a negociação pelo fim das demissões e por melhores condições para os trabalhadores que permanecem no banco. No mês de outubro, dezenas de bancários foram demitidos, enquanto o lucro do banco passou dos R$ 100 milhões nos seis primeiros meses do ano.

Houve um avanço em relação à última reunião, realizada no dia 22 de outubro. O banco acenou com a possibilidade de majorar o valor da requalificação, para R$ 2.200 para cada funcionário desligado e aumentar mais seis meses a garantir de plano de saúde, além do prazo previsto pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), após a demissão.

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram vales refeição e alimentação por dois meses depois do desligamento. Além de seguro de vida para os demitidos. O banco ficou de retornar sobre as demandas, na próxima reunião, agendada para o dia 4 de novembro, às 14 horas.

O coordenador da COE do Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, explicou que “a nossa luta é pela manutenção do emprego. A gente entende a importância da indenização para quem está saindo, mas o que queremos é que mais ninguém seja demitido. Por isso, queremos que os trabalhadores que foram dispensados sejam reaproveitados, pois eles têm muita capacidade para colaborar com o crescimento do banco.”

Nesta quinta-feira (28), bancários de todo o país participam de um tuitaço contra a transformação de agências em Postos de Atendimento Avançado (PAAs) e a demissão de centenas de funcionários e funcionárias com mais de 30 anos, que não conseguem planejar seu futuro dentro da empresa. Para participar, basta fazer pelo menos uma postagem entre 11h e 12h com as hashtags #MercantilSemCompromisso e #MercantilSemCompromissoComVocê.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos de bancários de todo o país realizam assembleias dos empregados da Caixa Econômica Federal nesta quinta (28) e sexta-feira (29) para a deliberação sobre a proposta de modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa, construída em mesa de negociações com o banco. O Comando Nacional dos Bancários orienta a aprovação da proposta que será deliberada nas bases dos sindicatos que compõem o Comando.

“É importante que todos os sindicatos se empenhem pela aprovação da proposta construída durante uma longa negociação realizada pelo GT específico do Saúde Caixa e pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) que assessora a Contraf-CUT e o Comando Nacional nas negociações com o banco. Ela mantém os princípios de solidariedade e do pacto intergeracional, o que impede que os empregados que ganham menos, com mais idade e aposentados sejam impedidos de permanecer no plano devido ao aumento das mensalidades que teriam que pagar se estes princípios não fossem mantidos”, afirmou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Precisamos considerar, inclusive, a atual conjuntura e trabalharmos para que num futuro próximo haja mudança neste cenário e a gente possa voltar a negociar em melhores condições para poder melhorar para os empregados o modelo de custeio”, completou.

A deliberação será por sistema de votação eletrônico (https://bancarios.votabem.com.br/) disponibilizado pela Contraf-CUT. Entre os sindicatos que compõem o Comando Nacional dos Bancários, apenas nas bases do Espírito Santo, Bahia, Sergipe e São Paulo, Osasco e Região votam por outro link, em sistema próprio. Assim, no dia da assembleia, cada empregado deverá acessar o link acima, ou os sites destes sindicatos e procurar o link de votação.

Quem pode e como votar

Todo empregado da ativa, aposentado, ou pensionista participante do Saúde Caixa tem direito ao voto. Basta acessar o link, inserir seu número de matrícula (sem o zero à esquerda e sem o dígito) e o sistema apresentará três nomes. Clique sobre o próprio nome. Depois é só votar.

“Votam todos os titulares do Saúde Caixa sendo ativos, aposentados e pensionistas. O voto será sim, não ou abstenção. O Comando Nacional dos Bancários defende o voto SIM nas bases dos sindicatos que compõem o Comando, pois a proposta mantém todos os princípios do plano, sem cobranças individuais de valor mínimo de acordo com faixa de idade, pois isso prejudicaria quem ganha menos e os aposentados”, defendeu a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Se a proposta não for aprovada, a Caixa poderá aplicar os reajustes como quiser e isso inviabilizará a continuidade no plano dos aposentados e de quem ganha menos”, completou.

Resumo da proposta

Mantem o modelo atual, onde:

  • a participação da CAIXA no custeio das despesas assistenciais e administrativas limitada a 70% do montante ou ao teto de 6,50%, o que for menor;
  • mensalidade do titular no valor de 3,5% da remuneração base e uma mensalidade adicional de 0,4% para cada dependente direto cadastrado no plano, limitado ao teto de 4,3% por titular;
  • mensalidade de 0,4% para cada dependente indireto;
  • tratamentos oncológicos e internações são isentos de coparticipação;
  • coparticipação para consulta em pronto socorro / atendimento corresponderá ao valor fixo de R $ 75 (setenta e cinco reais);
  • teto anual de R $ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais) por grupo familiar;
  • sem aumento nas mensalidades mês a mês, mas com a instituição de uma mensalidade extraordinária também sobre o 13º salário para atender a necessidade de aumento da arrecadação;
  • utilização da reserva técnica para evitar contribuições extraordinárias em caso de déficit;
  • manutenção do GT Saúde CAIXA com maior acesso a relatórios, dados, acompanhamento de credenciamento e descredenciamento com vistas a dar suporte para a mesa permanente.

Fonte: Contraf-CUT

Com inflação acima do esperado, como se viu ontem, e questionamentos na área fiscal, entre outras incertezas, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve aprovar outra alta forte dos juros, na reunião que termina nesta quarta-feira (27). A aposta majoritária está entre 1,25 e 1,50 ponto percentual, o que levaria a taxa básica (Selic) para até 7,75% ao ano.

O esperado sexto aumento seguido dos juros faria com que a Selic atingisse o maior nível em quatro anos. Mas os analistas acreditam que o Copom não vai parar por aí. Já se fala em taxa básica de dois dígitos até o ano que vem. Na última divulgação, a inflação oficial (IPCA) já superou os 10% em 12 meses.

Com juros mais altos, o crédito também sobe. Segundo a Associação Nacional de Executivos (Anefac), a taxa média mensal do cartão de crédito, por exemplo, está em 12,76%, ou 277,42% em 12 meses. A do cheque especial chega a 7,48% (131,78%). Isso no momento em que a renda cai. Ontem, o Dieese informou que a maioria (56%) dos acordos salariais com data-base em setembro ficaram abaixo da inflação, mantendo tendência negativa.

Outro fator que trouxe turbulência aos “aos mercados” envolveu uma possível queda de Paulo Guedes, depois da saída de quatro secretários de sua pasta. A 242ª reunião do Copom começou ontem, com análises da conjuntura e do mercado. Não se sabe se o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, consultou previamente o banqueiro André Esteves.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comitê Betinho conseguiu distribuir mais de 63 toneladas de alimentos, com investimentos de R$ 289.775,35, e 400 cobertores, ao custo total de R$ 11.320,00, desde o início da pandemia, em abril de 2020, através do programa Ação Contra a Fome e o Frio.

Só em setembro, o total investido foi R$ 15.751,60 transformados em 3,6 toneladas de alimentos. A Ação Contra a Fome e o Frio arrecada recursos para comprar alimentos, produtos de limpeza e cobertores que são entregues a entidades voltadas às pessoas em situação de vulnerabilidade. No mês de setembro foram apoiadas as seguintes organizações: Missão Belém, Sopa Fraterna Laércio Lopes, Casa de Caridade, Pastoral do Povo da Rua Diocese de Guarulhos, Missão Belém e Reciclázaro.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apoia os projetos de solidariedade e cidadania do Comitê Betinho, fundando em novembro de 1993 por funcionários do antigo Banespa (hoje controlado pelo Santander) e inspirado na Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, idealizada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.

Como doar:

1 – Doação em conta corrente:
Titular
Ação da Cidadania – Comitê Betinho
CNPJ: 02.336.848/0001-11

Banco do Brasil
Agência: 0018-3
Conta Poupança: 85406-9
(No caixa eletrônico usar variação 51)

Bradesco
Agência: 3003-1
Conta Poupança: 1008818-6

Caixa
Agência: 1004
Conta Poupança: 013-97707-8

Itaú
Agência: 7657
Conta Poupança: 13753-0/500

Santander
Agência: 0001
Conta Corrente: 13-027407-9

Fonte: Contraf-CUT

Condições de trabalho foi o tema da reunião de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, ocorrida nesta sexta-feira (22). A pauta sugerida pelos representantes dos trabalhadores aborda o dia a dia dos empregados. O retorno ao trabalho presencial e o protocolo contra a Covid-19 também foram assuntos do debate.

A reunião foi aberta com uma crítica feita pela coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. “Assuntos tão importantes não podem ser postergados como a Caixa tem feito. Isso gera insatisfação e reforça o sentimento de muitos colegas que estão largados à própria sorte, tendo que cumprir o que é determinado sem ter todos os recursos à disposição para realizar o trabalho e estão, ainda por cima, adoecendo”, destacou.

A CEE também cobrou uma posição sobre a eleição do Conselho de Administração. Até o momento não houve a divulgação da comissão eleitoral nem calendário de atividades. Fabiana Uehara alertou sobre o prazo da realização do pleito, que deve ocorrer em até 150 dias do vencimento do atual mandato.

O Interaxa

A ferramenta de interação com o cliente por meio do whatsapp, também foi amplamente debatido na reunião. Os empregados têm relatado dificuldades no atendimento devido à necessidade de domínio de diferentes assuntos para prestar esclarecimentos ao cliente. Muitas vezes necessitam de suporte dos gerentes, que também estão em atendimento. Há queixas sobre a simultaneidade no atendimento pela ferramenta e presencial e sobre o horário de funcionamento, que ultrapassa a carga horária de trabalho.

O banco sugeriu algumas possibilidades para solucionar o problema, como a realização do atendimento presencial intercalado com o do Interaxa, mas recebeu críticas dos integrantes da Comissão. “Tenho a impressão que o banco não entendeu os motivos que justificam nossa insistência em cobrar mesa de negociação para tratar esse assunto. Se pautamos é porque os empregados não estão conseguindo resolver o problema. O planejamento e as soluções apontadas pelo banco não refletem a realidade diária dos empregados, que devem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Isso é desumano, assédio moral e as pessoas estão adoecendo por causa disso”, ressaltou Rogério Campanate, representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa-RJ).

Na opinião de Carlos Augusto Silva (Pipoca), representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb/SP-MT), “a raiz do problema é a falta de empregados nas agências”, e sugeriu que os empregados que atendem pela ferramenta fiquem em local separado do atendimento presencial. O banco respondeu que vai avaliar a sugestão.

Equipamentos precários

Os representantes dos empregados cobraram a substituição dos materiais de trabalho como computadores, mouses, teclados e outros equipamentos periféricos danificados ou com péssimas condições de uso. Segundo o banco, haverá o acionamento das equipes regionais para a troca dos dispositivos.

Certificado digital para recém-admitidos

Empregados admitidos recentemente reclamaram da dificuldade em cumprir determinadas rotinas por não conseguirem obter o certificado digital. A Caixa avisou que o problema foi resolvido no dia 20.

Manutenção das equipes de apoio

Fabiana Uehara solicitou a continuidade dos serviços de vigilantes, recepcionistas, “posso ajudar?”, contratados em função do pagamento do auxílio emergencial. “Este quadro de pessoal ajuda muito no dia a dia das unidades e dá segurança aos empregados. Sem ele também há um prejuízo na triagem e organização do atendimento nas agências. A Caixa respondeu que os ajustes estão sendo realizados e que este pessoal foi contratado temporariamente. A Comissão cobrou que a empresa reveja estes ajustes.

Registro de ponto

Sobre os problemas no registro de início da jornada e volta do intervalo, a Caixa admitiu as falhas e informou que já há um projeto piloto para testar uma aplicação simplificada para facilitar o acesso aos sistemas de RH. O teste deve começar em novembro.

Retorno ao horário normal bancário

A Caixa informou que esse ponto já era item cobrado em reuniões anteriores e que o retorno será no dia 23 de novembro. A Comissão reforçou que o assunto deveria ser tratado na reunião e valorizado em rodada de negociação, já que era uma pauta recorrente.

Acesso ao Rede Caixa nas estações financeiras

A Caixa informou que vai atualizar a versão do sistema para regularizar o acesso. A Comissão sugeriu que nestas estações também seja possível acessar os manuais normativos.

Transferência de gerentes PJ

A CEE questionou a movimentação dos gerentes de conta PJ e a Caixa disse que responderá isso na próxima reunião.

Retorno presencial

Um dos assuntos de muito debate foi o retorno presencial dos trabalhadores em home office às agências, anunciado pela Caixa em uma live aos empregados na quinta-feira (21). A coordenadora da Comissão criticou a tomada de decisão sem qualquer debate com a representação dos empregados. “O retorno presencial e o novo protocolo contra Covid-19 deveriam ter sido discutidos em mesa de negociação, como foi feito com o home office no início da pandemia. Inclusive isso foi reforçado em reuniões com a Fenaban. O debate aqui envolve proteger vidas”, destacou. “Qualquer protocolo de retorno deveria ser feito somente quando 70% da população estivesse com o quadro vacinal completo. Não basta os empregados estarem vacinados. Isso é, inclusive, a recomendação dos cientistas”, acrescentou Fabiana Proscholdt.

Os membros da CEE apontaram algumas falhas no protocolo. O representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb/BA-SE), Emanoel Souza, sugeriu o retorno dos empregados do grupo de risco somente após a dose de reforço. “Não estamos defendendo o home office eternamente, mas precisamos de mecanismos que garantam o retorno seguro e a saúde dos empregados”.

O representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Jorge Luiz Furlan, relatou a vulnerabilidade dos empregados com deficiência auditiva, já que precisariam pedir ao cliente para retirar a máscara para fazer a leitura labial durante o atendimento. O dirigente solicitou a garantia de que estes trabalhadores não vão fazer atendimento ao público e foi atendido pelos representantes do banco.

Outro questionamento de Furlan diz respeito à assinatura obrigatória do Termo de Imunização Covid-19 para aqueles que vão retornar. Em documento, a Caixa afirma que “a vacinação é um ato facultativo, conforme garantias constitucionais”. “Na live de ontem não ficou claro se os empregados não vacinados vão voltar ao trabalho presencial. Isso tem causado muita preocupação. Quem se vacinou será obrigado a trabalhar ao lado de quem optou por não tomar a vacina?”, questionou Furlan.

Em resposta, o banco garantiu que os não vacinados não retornarão neste momento e que estes casos serão estudados e divulgados posteriormente. O banco também informou que nos casos não previstos no protocolo divulgado, o gestor deve acionar o Grupo de Trabalho de Prevenção, coordenado pela área de Pessoas.

Em razão do tempo, não foi possível debater outros assuntos de grande importância para os empregados. A coordenadora solicitou uma nova rodada de negociação já na próxima semana para tratar dos seguintes assuntos – Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), Programa de Qualidade de Vendas (PQV), Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), Promoção por mérito, Cross-Selling, assédio (inclusive o gerador de Sprints como mais uma ferramenta que pode resultar em assédio) e outros.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

Desde o dia 4 de setembro, o banco Santander voltou a abrir suas agências das 9h às 10h para atendimento prioritário e das 10h às 16h para o público em geral. Nenhum outro banco retomou o horário de atendimento pré-pandemia. A medida foi tomada sem qualquer tipo de negociação com a representação dos trabalhadores.

“Na ocasião lamentamos a atitude do banco, mostramos nossa discordância e alertamos que isso prejudicaria os funcionários, que estariam mais expostos ao vírus da Covid-19. Menos de um mês após a medida, já constamos grandes filas nas agências após às 14h, quando os demais bancos já estão fechados ao público. Isso causa aglomerações e aumenta ainda mais os riscos para clientes e funcionários”, alertou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com o banco, Mario Raia.

O dirigente da Contraf-CUT lembrou, ainda, que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários determina que, qualquer medida que tenha consequências diretas no dia a dia de trabalho, deve ser negociada com o movimento sindical, se referindo ao Comitê de Relações Trabalhistas, previsto na cláusula 35 do ACT, que em seu parágrafo primeiro define que as demandas do Santander e dos empregados, que não tratem de questões econômicas e de interesse local dos sindicatos, deverão ser encaminhadas através do Comitê.

Pioneiro

A volta da abertura das agências até às 16h era uma pauta que estava sendo debatida entre os bancos que fazem parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não houve consenso e o encaminhamento foi de que a medida seria tomada de forma individual.

“O Santander, como sempre, é o pioneiro entre os bancos nestas questões que podem causar algum dano aos trabalhadores. O banco não tem medo de mostrar que não se importa com o que possa acontecer com seus funcionários. A única coisa que importa é o lucro”, lamentou o dirigente da Contraf-CUT.

Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração dessa modalidade neste período de pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram à modalidade em home office (23%). Chamou a atenção o fato de que o banco que menos colocou trabalhadores em teletrabalho foi o que mais teve registros de contaminação.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta segunda-feira (25), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a Mesa temática de Saúde.

Um dos principais pontos da pauta foi iniciar a retomada dos debates sobre temas que eram discutidos antes da pandemia do coronavírus (Covid-19), como o fim das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento na categoria, além da garantia do tratamento para os trabalhadores que ficaram doentes por conta das ações dos bancos.

“A nossa tese é que a pressão que os bancários sofrem nos locais de trabalho aumentou muito o adoecimento psíquico na categoria. Por isso, nós temos que discutir a forma como essa cobrança é feita”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Outro tema debatido foi o retorno ao trabalho presencial, que, apesar de estar sendo negociado banco a banco, o movimento sindical pediu uma orientação geral por parte das empresas. “A gente precisa ter clareza nestas questões, com um protocolo-base de medidas preventivas, para garantir a segurança dos trabalhadores que possa exercer suas atividades de forma tranquila”, explicou o secretário ao reforçar a importância da proteção dos grupos de riscos e da adequação dos ambientes de trabalho para a nova realidade. Ele alertou também para a necessidade de se preocupar com as sequelas da Covid-19, garantindo o tratamento adequado.

Outra preocupação apontada foi a situação de colegas do grupo de risco ao voltar ao trabalho: “Defendemos que tenham prioridade para continuar em home office, minimizando assim os riscos de reinfecção”, alertou Mauro Salles.

As partes se comprometeram ainda a fazer pressão em todas as esferas de governo para continuar obrigando o uso de máscaras, como importante medida de prevenção da contaminação da Covid-19.

Fonte: Contraf-CUT

A CUT encerrou neste domingo (24) a 16ª plenária atualizando seu plano de luta, chamando para a resistência contra a “reforma” administrativa e já convocando para o próximo congresso nacional da entidade, em outubro de 2023. Antes disso, no entanto, o foco está na eleição do próximo ano. A central vê ali uma oportunidade de “transformação” do país, a partir da mudança de governo.

“Bolsonaro quando foi eleito disse que ia acabar com o MST e com a CUT, mas a nossa central não só não acabou, mas como está mais forte. Ele é que está derretendo. As pesquisas mostram isso”, afirmou o vice-presidente da entidade, Vagner Freitas. “A nossa central segue forte, grande e vamos continuar representando a classe trabalhadora. Quem estará fora é este genocida. Se não tiver impeachment agora, faremos o julgamento de Bolsonaro nas urnas em 2022 elegendo Lula presidente.”

Democracia em perigo

“Não daremos trégua”, afirmou, por sua vez, a secretária-geral cutista, Carmen Foro. “Enquanto a democracia e a vida da classe trabalhadora estiverem em perigo, estaremos firmes nas ruas e em todos os lugares. Vamos derrotar Bolsonaro e transformar o Brasil”, reforçou. Com representação praticamente paritária entre homens e mulheres, os 951 delegados da plenária realizaram a primeira plenária virtual da CUT, que completou 38 anos em agosto. A abertura teve justamente a presença de Lula. O evento terminou com homenagem ao educador Paulo Freire.

Cinco confederações de trabalhadores no setor público assinaram carta (“Aliança das Três Esferas”) em que se comprometem a somar forças contra o projeto de “reforma” administrativa do governo. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 passou em comissão especial, mas a presidência da Câmara não inclui o projeto na pauta do plenário com receio de derrota.

Nova realidade do trabalho

Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, ao movimento sindical se apresenta o desafio de organizar o que ele chama de “novo mundo” do trabalho. Algo que já ocorria antes da pandemia, mas se intensificou. “O novo mundo do trabalho pode ser considerado bom ou ruim, e o que vai decidir isso será a nossa capacidade de organização para fazer esta disputa de sociedade por um país inclusivo, representativo e combativo na luta cotidiana na vida e no trabalho”, afirmou o dirigente. “O futuro do movimento sindical começa agora e este dia será histórico. Não será fácil construir, e este será nosso desafio.”

Entre as várias mudanças em curso, está o trabalho em casa, que cresceu em razão da pandemia. “Muitos estão trabalhando muito mais agora, sem jornada, sem direitos. E o trabalho como o home office, por exemplo, precisa ser regulado. Temos que ouvir as categorias e entender essa nova realidade para ser cada vez mais representativo de fato.”

Fonte: Rede Brasil Atual

O secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, acredita que os recentes casos de suicídios de bancários em todo o Brasil reforçam a necessidade de que medidas sejam tomadas para proteger a integridade física e mental dos colegas. “Suicídio tem múltiplas causas, mas o trabalho é um potencial detonador e nos faz refletir sobre o momento de enorme tensão em que os bancários estão trabalhando. Nossa categoria está triste, pressionada, com medo do futuro e com alto índice de adoecimento psíquico”, disse.

Salles lembrou o recente estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que analisou os dados da Previdência Social e apontou os bancos como responsáveis por 15% dos afastamentos por causas mentais entre setores de atividade econômica, nos anos de 2012 a 2017. A proporção aumenta para 16% se considerar os afastamentos por depressão. Enquanto nos demais setores a elevação de benefício por Transtorno Mental foi de 19,4% entre 2009 e 2013, no setor bancário chegou a 70,5%. “Provavelmente a situação atual está mais grave”, lamentou o secretário.

De 1996 a 2005 ocorreram um suicídio a cada vinte dias entre os bancários. Em muitas situações nos próprios locais de trabalho. Mauro Salles cita o psiquiatra francês Christophe Dejours, “o facto de as pessoas irem suicidar-se no local de trabalho tem obviamente um significado. Os suicídios nos locais de trabalho são reveladores de profunda degradação da vida e da solidariedade, fato que não pode ser banalizado. É uma mensagem extremamente brutal e aponta ligação com as situações de trabalho.”

Em matéria do El País, Llorens Serrano, pesquisadora da Universidade Autônoma de Barcelona e do Instituto Sindical de Trabalho, Ambiente e Saúde (ISTAS), se referindo a uma metarrevisão de 72 estudos mundiais nos últimos dez anos, afirma que, quando se trabalha em condições precárias e com baixo poder decisório sobre as tarefas, a possibilidade de cair em depressão é de 77%. Se a insegurança trabalhista é elevada, a possibilidade é de 71%, e de 77% no caso da ansiedade.

Outra pesquisa do Dieese, desta vez sobre Teletrabalho, mostra o alto índice de pessoas com medo de ser esquecidos/dispensados (56,8%); ansiedade (65,4%), entre outras questões preocupantes. Nos dados preliminares de pesquisa sobre sequelas da Covid-19, realizado em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), também aparecem questões preocupantes: Não me sinto alegre (45%); cabeça cheia de preocupações (67,1%).

“São dados que ilustram a situação de alerta à qual devemos estar atentos. Vivemos um momento de alto risco para que aconteçam ainda mais tragédias contra os trabalhadores. A pressão exercida pelos bancos para garantir resultados, utilizando métodos perversos, está deixando os bancários em um nível de sofrimento extremo. Isto tem levado a um número crescente de adoecimento psíquico. Também, no extremo do desespero, produz nível elevado de suicídios”, afirmou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Contexto atual é de alto risco

De acordo com Mauro Salles, no contexto atual há uma conjunção de fatores que potencializa tragédias, como um mal-estar da civilização com desemprego, desigualdade, falta de perspectiva, medo de perder emprego, de não estar à altura, de não poder sustentar sua família. “As mudanças profundas no mundo do trabalho bancário, com reestruturações permanentes, mudanças no modelo de negócio, demissões, descomissionamentos… A concorrência no setor aumenta a pressão sobre os bancários, onde a exigência de resultados com metas abusivas, com a proliferação do assédio moral, tem impactado a saúde”, explicou.

Segundo o dirigente da Contraf-CUT, a pandemia agrava a situação. “Mais uma vez o medo. Medo do contágio, de adoecer, necessidade de proteger familiares, em um convívio com a morte que está à nossa volta. Agravando a situação vemos os bancos intensificarem a pressão em um momento de crise sanitária. Somam-se a isso as instituições hostis. Um governo Federal que faz de tudo para prejudicar os trabalhadores, com constantes ataques aos nossos direitos, desmontando a fiscalização do trabalho e dificultando o acesso aos direitos previdenciários. O Congresso votando medidas contra os direitos, com retrocessos poucas vezes vistos. E a balança do judiciário pende a favor do capital.”

Medidas urgentes são necessárias

Como inúmeras pesquisas indicam, há estreita ligação do adoecimento com as políticas de pessoal. “Como prescreve a legislação, precisamos exigir dos bancos políticas efetivas de prevenção, monitoramento e controle da saúde dos bancários, nas quais o imperativo seja reconhecimentos dos riscos ergonômicos, psicossocial e agora o biológico. Da mesma maneira, é essencial que haja uma atenção aos colegas que adoecem, garantindo condições para tratamento. E, acima de tudo, o fim das metas abusivas, o consequente assédio moral e a pressão pelos resultados. Não podemos deixar de apontar a necessidade de cobrar a responsabilidade dos bancos em relação às sequelas da Covid-19 em colegas infectados, pois elas impactam a vida profissional e a saúde. Ainda mais quando temos notícias de colegas trabalhando sem as condições plenas de saúde. Sem esquecer que vamos conviver com a pandemia por um tempo indeterminado e devem ser mantidas as medidas protetivas dos ambientes de trabalho e dos trabalhadores”, apontou.

Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, é necessário registrar essa situação trágica para podermos, ao conhecer e reconhecer a realidade, transformá-la, responsabilizando quem despreza a saúde e a vida das pessoas, em todas as esferas sociais. “Estamos avisando que estes riscos psicossociais levam a inúmeras situações de adoecimento. Precisamos enfrentar a situação onde os empregadores têm responsabilidade. Através da luta comunitária, reatando nossos laços solidários, os homens e as mulheres podem e devem controlar os bancos. Só assim poderemos evitar as tragédias cotidianas que assolam nossa categoria”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT