Maio 12, 2025
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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e membros do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram com a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (10), para discutir o protocolo de retorno ao trabalho presencial dos trabalhadores que estão em home office, o retorno dos trabalhadores do Grupo de Risco e o parcelamento do adiantamento de salário aos trabalhadores afastados.

O banco iniciou a reunião garantindo que os protocolos de saúde e segurança, como o uso de máscara, álcool gel, distanciamento e análise dos contactantes quando tem caso suspeito, entre outras medidas, continuam sendo adotados e continuarão enquanto o cenário atual permanecer.

Os representantes do Itaú informaram ainda que o banco é contra a realização de exame de retorno, pois as pessoas não estão afastadas, estão trabalhando em home office e não faz sentido fazer exames.

Para o retorno dos trabalhadores do grupo de risco, o banco estabeleceu o ciclo vacinal completo, mais o período de 14 dias como exigência mínima. Nas agências, este retorno começou a acontecer a partir do dia 4 de outubro. Na administração, o processo gradativo está acontecendo com pessoas que estão se voluntariando, ainda em número reduzido, por conta dos protocolos dos prédios.

O banco deixou claro ainda que todos os bancários que estão com ciclo de vacinação completa e se recusar a retornar ao trabalho presencial por algum impedimento médico devem ser encaminhados ao INSS.

Neste momento, os representantes dos trabalhadores apontaram diversos casos das suas bases de trabalhadores que voltaram sem nenhum exame e foram demitidos, apesar de um problema de saúde. O movimento sindical, então, voltou a reivindicar que o banco analise caso a caso o retorno dos trabalhadores do grupo de risco e busque realocar esses mesmo funcionários em Home Office e Teletrabalho.

Parcelamento de dívidas

Os trabalhadores reivindicam ainda a retomada da discussão do parcelamento da dívida do INSS. O banco sugeriu que fosse marcada uma nova reunião para debater o tema. Entretanto, adiantou que um acordo só será fechado nacionalmente, com todas entidades representativas dos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, 10 de novembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais um trabalhador bancário. Desta vez, do Banco Itaú.

A reintegração ocorreu na agência localizada no município de Queimados e foi acompanhada pelos diretores do Sindicato: Rúbio Barros, Pedro Batista e Renata Soeiro.

Leonardo de Pontes Cabral foi demitido em 2018. Na época, o trabalhador obteve benefício previdenciário. Durante a instrução processual, foi produzida a prova pericial médica, concluindo que, no momento da dispensa, ele estava acometido de doença e, portanto, inapto.

Dessa forma, o processo foi julgado procedente, determinando a imediata reintegração do bancário.

IMPORTANTE

Leonardo é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

 

 

 

 

A proposta da Reforma Administrativa (PEC 32), que põe fim à prestação de serviços públicos no país e retira direitos dos servidores públicos, foi aprovada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados em setembro deste ano e pode ser levada para votação no Plenário da Casa a qualquer momento.

Para pressionar os parlamentares a votarem contra a medida, a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) e servidores públicos estão mobilizados em Brasília para a realização de diversas ações em oposição ao projeto.

:: A reforma administrativa é contra a população brasileira ::

Além de recepcionar, com faixas e cartazes, os parlamentares que chegam a Brasília para os trabalhos no Congresso, os manifestantes organizam a realização de atos e vigílias no Anexo II da Câmara dos Deputados. A mobilização em frente à Casa acontece a partir desta terça (9), e volta a ocorrer na quarta (10) e quinta-feira (11), sempre às 14h.

Na pressão

Nas redes sociais, as entidades também se articulam para pressionar os deputados e deputadas federais contra a PEC 32. Por meio da plataforma digital “Na Pressão", desenvolvida pela CUT para auxiliar na luta em defesa dos serviços públicos, a população, com apenas alguns cliques, pode enviar mensagens aos parlamentares a votarem contra a Reforma Administrativa.

Fonte: BdF Distrito Federal

Termina nesta quarta-feira (10), a consulta da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) aos participantes do plano REG/Replan para identificar o interesse no alongamento do prazo de pagamento dos equacionamentos – uma possibilidade estabelecida na Resolução nº 30/2018 do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). A consulta começou no dia 1º de novembro e segue até às 18h desta quarta-feira, 10/11.

Após três anos de cobrança da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e entidades representativas, a Funcef abriu a consulta aos participantes do REG/Replan para saber se são favoráveis ou não à aplicação da Resolução 30.

Segundo o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, desde 2018 as entidades representativas do movimento dos trabalhadores da Caixa defendem a consulta aos participantes sobre o alongamento do prazo para pagar o equacionamento. “Mesmo com pouco tempo para opinarmos, é muito importante a manifestação dos participantes. Pois, mostraremos à Funcef como ansiamos por definir a forma de gestão e o destino dos nossos planos, não apenas no caso do equacionamento, mas em todas as decisões que nos afetem coletivamente”, afirmou.

De acordo com a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, consultar os participantes deveria ser uma prática permanente da direção da Funcef. Por conta dos vários questionamentos que o tema vem causando aos participantes, a Fenae realizou lives, bate-papos e elaborou um documento com as principais perguntas e respostas, a fim de sanar as dúvidas sobre o assunto.

Quem pode votar?

Podem votar participantes ativos, aposentados e pensionistas do REG/Replan maiores de 18 anos e com situação ativa no plano.

Fonte: Fenae

Passados quatro meses da promessa do presidente da Caixa, Pedro Guimaraes de contratar mais 4 mil empregados, o ritmo das contratações segue lento, enquanto nas agências os trabalhadores enfrentam sobrecarga de trabalho e adoecimento. Números levantados pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) indicam que a direção da empresa não admitiu nem metade do que foi anunciado.

Em agosto, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou o banco público a contratar mais 3 mil funcionários, ampliando seu quadro de pessoal para 87.544. Conforme dados de outubro, a Caixa contava com 85.772 mil funcionários. Isso representa 1.772 a menos do total autorizado.

Pedro Guimarães alardeou na imprensa, em julho, que o banco abriria 10 mil novas vagas de trabalho, entre concursados, recepcionistas, vigilantes, estagiários e adolescentes aprendizes. Desse total, 3 mil seriam destinados aos aprovados no concurso público de 2014 e outros mil para Pessoas com Deficiência (PCDs). Ainda em 2019, em entrevista ao Correio da Paraíba, Guimarães afirmou que contrataria todos os concursados. Até o momento, nenhuma as promessas foi cumpridas.

No dia 31 de outubro, a Caixa realizou concurso público para preenchimento de 1.100 vagas para PCDs, sendo mil imediatas e 100 para o cadastro de reserva. O resultado está previsto para sair em dezembro.

“O quadro de pessoal da Caixa vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, com um déficit de, aproximadamente, 20 mil bancários, ao mesmo tempo em que há aumento do número de clientes. O concurso para PCDs é uma medida positiva e exigida por lei, mas insuficiente. É preciso que as contratações de concursados também sejam efetivamente realizadas e de forma célere, sob o risco de se comprometer a assistência à população”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

 

 

Já estão abertas as inscrições para o VI Fórum Nacional Pela Visibilidade Negra no Sistema, que será realizado no dia 23 de novembro de 2021, de forma online. Ao todo, são 400 vagas. As inscrições poderão ser efetivadas até o dia 22 de novembro neste link e, após confirmadas, o (a) participante receberá, por e-mail, o acesso ao evento.

O encontro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é dirigido aos dirigentes sindicais e às assessorias responsáveis pelas Secretarias de Políticas Sociais dos Sindicatos e das Federações.

“Estamos realizando o VI Fórum Nacional Pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro para debater o racismo na sociedade e seus reflexos no mercado de trabalho. Nosso interesse é fortalecer o debate do tema do combate ao racismo e discutir formas de atuação sindical para ampliar o número de negras e negros na categoria bancária e lutar com o movimento negro para que todos os trabalhadores dos mais diversos seguimentos tenham oportunidade, de acesso e salário justo. Chega de racismo no trabalho e na vida”, afirmou Almir Aguiar secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

“Vivemos hoje numa conjuntura absurda, no qual o racismo tem se propagados todos os dias, seja na violência policial, agressões verbais e muito forte no mercado de trabalho. Onde a população negra tem sido discriminada no acesso ao mercado mais qualificado, no sistema financeiro, o II Censo da Diversidade realizado em 2014, mostrou que, que somente 24,7% dos trabalhadores nos bancos brasileiros são negros. E com certeza a cor da pele é um impeditivo para ascensão profissional. É necessário que os bancos deixem seus preconceitos de lado e realmente promova a inclusão, saindo do discurso para a prática”, completou Almir Aguiar.?

Veja a programação completa do Fórum:

9h30 – Abertura

ANÁLISE DE CONJUNTURA HISTÓRICA DAS RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL, DIREITOS E PERSPECTIVAS

10h30 – “O resgate do trabalho escravo, desde o sequestro dos irmãos negros na África até o fim do século XIX”

Ramatis Jacino

11h05 – “Genocídio da população negra e suas relações históricas”

Tamires Sampaio

12h – Debate

13h – Intervalo para Almoço

PARTICIPAÇÃO DOS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E POLÍTICAS DE COMBATE AO RACISMO

14h – “A questão racial no mercado de trabalho e no setor bancário”

Nádia Vieira

14h25 – “Conquistas históricas, ações afirmativas na luta contra o racismo na vida e no trabalho”

Gabriel Sampaio

14h55 – Educação como mecanismo de mobilidade econômica no mercado de trabalho”

Anatalina Lourenço

EMPODERAMENTO DA MULHER NEGRA E VIOLÊNCIA NA PANDEMIA

15h40 – “Empoderamento das mulheres negras e violência na pandemia”

Major Denice

16h05 – “A importância do ativismo político das mulheres negras”

Ana Cruz

16h30 – Criações Imaginéticas: Narrativas reais na pandemia”

Giorgia Prates

17h25 – Encerramento

Fonte: Contraf-CUT

Uma análise setorizada elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, de abril a setembro de 2021, o setor bancário vem apresentando saldo positivo na trajetória de emprego formal. Ou seja, os bancos têm contratado mais do que demitido. No acumulado do ano, há um saldo positivo de 2.751 postos de trabalho no setor.

“É uma boa notícia a de que houve saldo positivo de vagas no setor bancário nos nove primeiros meses de 2021, mas, se ampliarmos o período da análise para 12 meses, veremos que houve uma redução de 6,7 mil postos de trabalho bancário em um ano. Temos que comemorar a reversão do quadro, mas ainda não se pode soltar fogos”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia. “Se não fizermos essa análise mais ampla correremos o risco de deixar passar aspectos que mostram que tal crescimento ocorre por questões pontuais”, completou.

Digitalização e contratações da Caixa

Segundo Mario Raia, o saldo positivo no emprego bancário constatado pelo Dieese na análise do Caged até setembro se deve, principalmente, devido às contratações realizadas pela Caixa Econômica Federal por pressão do movimento sindical e determinação da Justiça. Outro motivo é a segmentação das contratações na área de tecnologia da informação (TI) entre os bancos de carteira múltipla, onde estão os grandes bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) e o Banco do Brasil, em consequência do acelerado processo de digitalização dos atendimentos.

Em setembro foram realizadas 4.365 admissões e 3.116 desligamentos, o saldo ficou positivo em 1.249 vagas. Foram 692 contratações pela Caixa e 556 pelos “Bancos Múltiplos com Carteira Comercial”. Destas 556 contratações, 298 são ligadas diretamente à Área de TI (a função de “Analista de Desenvolvimento de Sistemas” foi a que obteve maior saldo positivo com a criação de 261 vagas).

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é secretária de Cultura da Contraf-CUT, ressaltou que as contratações realizadas pelo banco são uma luta antiga do movimento sindical. “Os empregados estão extremamente sobrecarregados. Reivindicamos as contratações para melhorar as condições de trabalho e também para ajudar na melhora do atendimento à população. A Caixa somente realizou estas contratações por ter sido forçada, mas, mesmo assim, elas estão aquém do necessário”, disse. “Conseguimos na Justiça a manutenção da validade do concurso e temos milhares de aprovados aguardando serem chamados. E o Pedro Guimarães (presidente da Caixa), que foi forçado a contratar, quer se autopromover dizendo que está contratando para melhorar o atendimento à população. A verdade é que só contratou por ter sido forçado”, completou.

Recorte de gênero

Outro ponto a ser destacado na análise feita pelo Dieese é com relação à distribuição de gênero na movimentação do emprego bancário. A contratação de mulheres, no mês de setembro, foi 14,3% menor do que a de homens. Foram contratados 791 homens e 488 mulheres.

Achatamento salarial

Já em relação às faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 1.519 vagas e para as faixas etárias acima dos 40 anos, foi notado movimento contrário, com o fechamento de 270 vagas.

“Esta é uma prática que já vem sendo observada faz bastante tempo e não é exclusividade da categoria bancária. Os bancos e as empresas de uma forma geral demitem funcionários com mais idade e experiência e contratam novos funcionários, com salários mais baixos. A consequência é o achatamento salarial da categoria e o aumento do lucro dos empregadores”, explicou.

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro corresponde a 92,9% do salário médio mensal do demitido.

Recorte geográfico

No que diz respeito ao recorte geográfico da Caged de Setembro, verifica-se abertura de postos de trabalho em praticamente todos os estados da federação, exceto em Roraima, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O estado de São Paulo segue com saldo favorável. Em setembro foram abertas 735 novas vagas no estado, sendo 255 vagas exclusivas na área de tecnologia da informação. Em todo o ano, foram abertas 1.690 novas vagas no estado, consequência da abertura de 2.224 postos em ocupações de tecnologia contra o fechamento de 534 postos de áreas diversas.

Leia a íntegra da análise do Dieese.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco no final da tarde de sexta-feira (5) para debater a minuta de reivindicações específicas dos funcionários do banco. “Estamos sem negociação desde antes da pandemia, há praticamente dois anos”, lembrou a coordenadora da COE, Magaly Fagundes, durante o encontro.

Emprego, saúde e segurança são os principais pontos da minuta. O documento foi construído de forma coletiva e atualizado no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, que ocorreu em agosto.

O banco assumiu o compromisso de, ainda nesta semana, entre 8 e 12 de novembro, enviar uma proposta de calendário de negociação da minuta específica e sobre os seguintes pontos abordados também no encontro:

Teletrabalho

O rodízio de teletrabalho na rede de agências acabou no dia 4 de outubro. Recentemente o Comando Nacional dos Bancários divulgou o resultado da 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária. “Com base neste material, o Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) está preparando um relatório com o recorte do Bradesco. A partir dele, precisamos ajustar o acordo à realidade das funcionárias e funcionários do banco”, ponderou Magaly, completando que é preciso ainda rever o acordo de teletrabalho que foi assinado em 2020.

Planos de Saúde

Antes da pandemia, os representantes dos funcionários haviam levantado uma série de questões relacionadas à ampliação dos planos Saúde e Dental. Na ocasião, antes do lockdown, o banco pediu 90 dias para buscar soluções. Na reunião, portanto, os sindicatos pediram a retomada da discussão para rever os problemas com a rede de credenciados pelas federações e seus respectivos sindicatos.

Igualdade de oportunidades

Os representantes dos trabalhadores também se manifestaram sobre a necessidade de o banco apresentar propostas para alcançar a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, brancos e negros, além da equidade salarial entre todos e todas.

Reestruturação

Apesar de o Bradesco não anunciar, oficialmente, que há um programa de reestruturação em andamento, as demissões acontecem ao mesmo tempo em que o banco vem transformando agências em unidades de negócio (UN), estruturas sem caixas e com atendimento automatizado.

“De janeiro até agora, segundo levantamento que fizemos nas bases dos sindicatos, passamos de 3 mil demissões. Isto tem a ver com a implementação das unidades de negócios?”, questionou Magaly. Considerando doze meses, encerrados em setembro de 2021, o Bradesco eliminou cerca de mil agências, resultando no corte de mais de 8.100 postos de trabalho.

Os representantes do banco argumentaram que as UNs são “uma estratégia de negócio que respondem a uma demanda de mercado”, processo que já vinha ocorrendo, mas que foi “acelerado pela pandemia” e que “não existe, neste momento, reestruturação”.

Os representantes dos trabalhadores rebateram: “Temos cidades com 300 mil habitantes onde o banco deixou apenas uma agência para atender todo o público, sobrecarregando os funcionários”, destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Geraldo Rodrigues de Oliveira.

Magaly pontuou ainda que os sindicatos receberam manifestações de funcionários preocupados com a segurança. “As UNs não têm tanto movimento como as agências, mas há um caixa eletrônico que acaba expondo o funcionário”, destacou.

Em relação ao aumento das demissões, os porta-vozes da direção do Bradesco disseram que parte dos desligamentos “são de pessoas que estão pedindo demissão para trabalhar em outras áreas, indústrias, ou abrir negócio próprio”.

Os representantes dos trabalhadores rebateram: “As demissões não tem a ver com o descontentamento dos funcionários com a situação do trabalho, plano de carreira e salários?”, perguntou Magaly. “Quando olhamos para os números, ficamos um pouco assustados, porque o Bradesco sempre defendeu ser ele um banco de carreira”, completou a coordenadora da COE.

“Hoje aconteceram dois casos comigo, de duas bancárias distintas. Uma gerente de agência, dizendo que o motivo da sua demissão foi ‘reestruturação’, palavra que saiu da boca da gestora dela, e outra que pediu para sair por causa de sobrecarga no trabalho, para buscar emprego em outro banco”, contou a representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região na COE Bradesco, Erica Oliveira.

Para os representantes dos trabalhadores, o fechamento de agências e a redução do número de funcionários, da forma como estão ocorrendo, precisam ser esclarecidos pelo Bradesco. Durante o encontro eles destacaram a necessidade de o banco apresentar em breve uma resposta à minuta de reivindicações que abre, justamente, com o pedido para que a empresa institua “medidas que visem aumentar o número de empregados, adequando o seu quadro funcional à praça e ao porte das agências, de modo que não ocorra sobrecarga de trabalho e o tempo de espera no atendimento dos clientes e usuários não seja superior a 15 minutos”.

Fonte: Contraf-CUT

Embora as tecnologias digitais sejam celebradas como motor de mudança e solução de problemas (até mesmo estruturais) da sociedade, não é possível negar o papel considerável que elas exercem no reforço de opressões e desigualdades.

Essa relação direta é tema de análise no dossiê 46 do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social. Com o título Big Techs e os desafios atuais para a luta de classes, o documento parte do princípio de que as ferramentas digitais presentes no cotidiano são "mais uma peça" na engrenagem do capitalismo.

"A sociedade capitalista frequentemente produz conhecimentos, técnicas e tecnologias que expressam sua própria natureza e suas contradições. Apropria-se do que existe e busca moldar a realidade para satisfazer suas dinâmicas", diz o texto.

O dossiê é fruto do Seminário Tecnologias Digitais e Luta de Classes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Carolina Cruz, que atua no setor de Tecnologia da Informação do MST e participou da produção do documento, afirma que o objetivo é entender os fenômenos a partir da perspectiva das lutas sociais.

"A gente parte da compreensão de que as tecnologias são fruto do seu tempo. São produzidas por pessoas e expressam as relações, a cultura de um tempo e a forma predominante em que essa sociedade se organiza. A gente vive em um tempo em que a forma predominante é o modo capitalista".

Esse é o ponto central da análise, que demonstra em exemplos como a precarização do trabalho, a insegurança alimentar, a vigilância social e a concentração de renda, informação e poder continuam intactas, a despeito de todos os benefícios prometidos pelas novidades tecnológicas.

"As relações são dominadas pela lógica de acumular cada vez mais capital, mais do que satisfazer as nossas necessidades e criar melhores condições de vida para a população. O que nos leva a absurdos como os recordes de exportação do agronegócio brasileiro em um momento em que a fome volta a assolar o país".

O dossiê avalia as relações entre gigantes do agronegócio e empresas de tecnologia, causadoras de impactos que vão desde o avanço do uso de sementes geneticamente modificadas até mecanismos de financiamento da produção. Hoje é possível dizer que a segurança alimentar da humanidade está nas mãos da iniciativa privada.

Essa conclusão é aplicável a diversos outros setores, "para compreender a ascensão das grandes corporações de tecnologia, conhecidas como Big Techs (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft etc), é preciso compreender como elas se relacionam com os mecanismos de acumulação do capital", pontua o texto.

Segundo o dossiê, "Por mais que se apresentem como “solução” aos problemas econômicos atuais, essas corporações são sintomas, ou seja, expressam como o capitalismo em crise busca direcionar as tecnologias para seus interesses".

Como caminho para reverter esse processo de reafirmação das desigualdades, o texto aponta como a necessidade de estabelecimento da tecnologia como bem comum e não como propriedade de um grupo seleto. 

Dar acesso aos recursos e produtos não é suficiente. É necessário "um projeto tático e estratégico de classe" para que a eficiência das soluções sejam reais. A conclusão do dossiê é de que o debate não pode ser pautado por interesses individuais, mas pela coletividade e participação.

::Ciência Popular | Acesso à tecnologia e desigualdade social::

Carolina Cruz ressalta que é preciso combater a ideia de que a dinâmica atual da presença das tecnologias na vida da população é um processo inescapável, "Há uma função ideológica nisso. Ao acreditar que está tudo controlado, a gente fica sem margem de ação e acaba se conformando com as coisas como elas estão", alerta.

Fonte: Brasil de Fato

Nesta semana, entre os dias 9 e 12 de novembro, os trabalhadores nascidos em maio, junho, juho e agosto inscritos no auxílio emergencial por meio do site ou aplicativo da Caixa Econômica Federal (CEF) ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) podem sacar a sétima e última parcela do benefício.

O cronograma deste último ciclo prevê que os saques serão liberados a todos os trabalhadores até o dia 19 de novembro. Aniversariantes de setembro, outubro, novembro e dezembro recebem na próxima semana.

:: Confira aqui o calendário completo ::

Como sacar?

A liberação do dinheiro é feita em duas etapas. Na primeira, é necessário acessar o aplicativo “Caixa Tem” e selecionar as opções “Saque sem cartão” e “Gerar código de saque”. Depois, com o código em mãos, o beneficiário tem até uma hora para fazer a retirada do dinheiro em lotéricas ou agências da Caixa. O saque é liberado de acordo com o mês de aniversário da pessoa inscrita.

Até então, o dinheiro apenas podia ser movimentado apenas digitalmente, permitindo o pagamento de contas com o aplicativo Caixa Tem e compras com o cartão virtual. 

Auxílio Brasil  

Criado em 2020 devido à crise econômica intensificada pela pandemia de covid-19, o auxílio emergencial encerrou em outubro passado, com as últimas liberações de saque neste mês de novembro.

De acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, a partir deste mês de novembro será implementado o Auxílio Brasil, que irá substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial.

Para os beneficiários do Auxílio Brasil, será feito um reajuste de 20% sobre o valor médio pago às famílias. Já para os trabalhadores inscritos no CadÚnico e que estão inseridos nas faixas de pobreza e pobreza extrema haverá um benefício mínimo de R$ 400. 

Incertezas 

A criação do Auxílio Brasil pretende derrubar o Bolsa Família, que completou 18 anos no último dia 20 de outubro. A proposta de alteração no programa de transferência de renda foi encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, em agosto deste ano, por meio da Medida Provisória (MP) 1061/2021.  

O Bolsa Família é um programa popular, citado em artigos e manifestos, não apenas por seu impacto em diversas esferas da sociedade brasileira ao longo dos anos, mas também pelo fato de estar sendo aniquilado pelo governo Bolsonaro.  

A mudança, entretanto, pode diminuir a quantidade de beneficiários. Uma reportagem do Estadão, com dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostrou que cerca de 5,4 milhões de beneficiários podem ter uma redução no valor do benefício, o que representa 37% dos 14,7 milhões de atuais beneficiários do programa.

Fonte: Brasil de Fato