Abril 28, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) realizaram na segunda-feira (18) a última reunião de negociação em 2017. Na abertura foi apresentado um estudo sobre a situação financeira da Camed, cuja avaliação será feita pelas entidades.

Na sequência, o Banco apresentou medidas que serão implementadas no próximo ano para adequação ao novo sistema de registro do governo federal, para administrar as informações dos trabalhadores (eSocial). Serão realizadas campanhas de atualização cadastral para um saneamento de dados dos funcionários, além de mudanças de processos normativos, como folha de pagamento e marcação de férias. A folha permanecerá sendo paga no dia 20 e os acertos serão quitados até o 3º dia útil de cada mês subsequente.

A Contraf-CUT e os sindicatos iniciaram os seus pontos de pauta pela cobrança da implementação de protocolo a ser utilizado quanto à prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, cláusula assegurada na Convenção Nacional dos Bancários e subscrita pela direção do BNB. A orientação é enviar todos os casos ao Ambiente de Gestão de Pessoas do Banco. Os representantes dos trabalhadores solicitaram providências em relação a casos do conhecimento do BNB.

 

Outras reivindicações

 

Revisão do PCR – A Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Nacional, solicitou a retomada do debate sobre a revisão do PCR. Segundo o coordenador da CNFBNB, Tomaz de Aquino, o funcionalismo apresentou uma proposta, mas não houve resposta do Banco. O diretor de Administração e TI, Cláudio Freire, sinalizou que a empresa não tem espaço para debater o PCR no momento, pois o que está em debate atualmente é o plano de funções, em análise na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).

Auxílio-doença – Os representantes dos trabalhadores reivindicaram ao BNB que, em casos onde a perícia do INSS considerar o funcionário apto e o médico do Banco considera-lo inapto para o retorno ao serviço, que o seu benefício seja pago pelo BNB até que o recurso seja julgado. Isso já acontece no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O Banco ficou de analisar.

Concursados – Questionado pela Contraf-CUT sobre a convocação de novos concursados, o banco esclareceu que estabeleceu patamar mínimo de 65% de lotação em todas as unidades e só foram convocados novos funcionários onde havia lotações abaixo dessa média e assim mesmo respeitada a orientação do Governo de limitar a 15% do efetivo que aderiu ao último Programa de Incentivo ao Desligamento.

Greve geral – A Contraf-CUT apresentou novamente a demanda relativa ao abono integral dos dias da greve geral. Segundo o diretor de Relações Sindicais da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, a Caixa já converteu as ausências em faltas de greve para compensação e sem repercussão na vida funcional.

 Ponto Eletrônico – A Contraf-CUT e os sindicatos cobraram da direção do banco posicionamento final sobre o intervalo de 15 minutos para mulheres que trabalham 6 horas e são chamadas para prorrogar; e sobre a flexibilização opcional do intervalo de almoço para até 45 minutos, na jornada de seis horas e redução, também opcional, para até 30 minutos, na jornada de oito horas.  A utilização de horas extras acumuladas no mês poderão ser compensadas de uma única vez, caso atinjam 6 horas ou 8 horas, mas apenas duas vezes ao mês.

Todas essas questões serão clausuladas pelo Banco e levadas à apreciação final das Entidades para assinatura da renovação do Acordo Específico de Ponto Eletrônico.

 

Fonte: Contraf-CUT

Contraf-CUT reitera informações sobre fraudes no controle da jornada de trabalho

Em nova audiência, realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta terça-feira (19), na Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, com a presença da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) informaram que ainda não obtiveram a autorização para firmar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), proposto pelo MPT, no dia 6 de dezembro.

O termo foi sugerido pela a Procuradora do Trabalho, Dra. Marici Coelho de Barros Pereira, em razão dos fatos apurados no inquérito civil, a fim de a empresa se comprometer a manter controle diário de jornada para todos os empregados, quanto aos reais registros de entrada, saída e intervalos, devendo as horas extras ser efetivamente registradas.

De acordo com a procuradora, “tendo em vista a negativa da CEF em firmar Termo de Ajuste de Conduta, e diante das robustas provas de fraudes neste inquérito civil, não resta outra alternativa a não ser o ajuizamento de Ação Civil Pública”, explicou.

Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Juventude da Contraf-CUT, as extrapolações de jornada de trabalho na Caixa têm sido generalizadas e constantes. “Isso acontece à base de pressão para cumprimento de meta de economia de horas extras, ocorrendo, inclusive, ameaças de descomissionamento dos que registram a jornada corretamente. Assim, é lamentável a postura da Caixa em não assinar o TAC. Isso reforça que é institucionalizado esse registro irregular por mais que a empresa diga que não prega isso”, afirmou.

Desta forma, ao final da audiência, ficou facultado que os representantes sindicais deverão apresentar no prazo de 10 dias manifestações escritas sobre os setores onde ainda há fraudes nos registros de horários, bem como, apresentar rol de testemunhas que possam confirmar as fraudes em juízo.

 

Fonte: Contraf-CUT

Valor foi lançado na folha de pagamento de dezembro em decorrência de liminar conseguida pela Contraf-CUT

O Banco do Brasil gerou a folha de pagamento do mês de dezembro de 2017 com a incorporação de função de centenas de bancárias e bancários de todo o Brasil em razão de liminar conseguida na Ação Civil Pública nº 0000695-06.2017.5.10.0017, movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e federações filiadas. Embora o pagamento seja efetuado dia 20/12, já é possível consultar a folha de pagamento via sistema interno ou acesso pela conta corrente.

A Contraf-CUT enviou hoje um Comunicado aos Sindicatos e Federações informando sobre as listas de incorporação apresentadas pelo Banco do Brasil no processo e solicitando comunicação aos bancários e bancárias que são público alvo e que não tiveram a incorporação registrada na folha de pagamento.

O público alvo da ação são todos os bancários ou bancárias que perderam o cargo ou foram realocados em cargo inferior em decorrência da reestruturação, iniciada em novembro de 2016, que têm mais de 10 anos seguidos de comissão ou gratificação, mesmo que de caixa.

O Banco deixou de incorporar para vários funcionários, alegando remuneração atual maior que a média das gratificações de função e para outros não incorporou sem apresentar nenhuma justificativa.

As bancárias e bancários que foram atingidos pela reestruturação, e não tiveram a gratificação de função incorporada, devem entrar em contato com o Sindicato local, informando os seguintes dados:

- Nome completo

- Matrícula

- Se foi descomissionado ou realocado em cargo inferior

histórico funcional (SISBB)

- Se tem mais de 10 anos de comissão incluindo Gratificação de Caixa

- Se está ou estava de licença saúde ou grávida no período da reestruturação

Exclusões

É importante esclarecer que a incorporação da gratificação pela média dos últimos 10 anos decorre da alteração pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região da medida liminar concedida em Primeira Instância, em razão do mandado de segurança impetrado pelo banco.

De acordo com o BB, os bancários que recebem atualmente remuneração maior do que a que resultaria com a incorporação da média dos valores recebidos nos últimos 10 anos serão excluídos do recebimento da incorporação.

O banco informou ainda que os bancários que já recebem a média das gratificações dos últimos 10 anos, em decorrência de outras demandas judiciais (pagas sob as rubricas 480 e 88) também serão excluídos da incorporação, assim como aqueles que receberam oferta de vagas mesmo que em locais mais distantes.

Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, “A Contraf-CUT, neste primeiro momento, discorda das exclusões apresentadas pelo banco e vai analisá-las detalhadamente para garantir o pagamento da incorporação a todos os bancários que tenham direito. Serão verificados, também, os valores referentes à média calculada pelo banco para aferição da correção ou não do cálculo. É importante frisar que se trata de cumprimento de decisão liminar e, portanto, provisória”, explicou

De acordo com o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento, ver os contracheques com a incorporação de função é de grande satisfação, uma vez que é uma reparação para bancárias e bancários que perderam a função. “Contudo, para nós, o BB ainda não incorporou para todo o público e vamos fazer os devidos recursos no processo. É importante nessa hora analisarmos toda documentação para que a decisão judicial seja cumprida na íntegra”, finalizou.

 

Fonte: Contraf-CUT

Juvandia Moreira, Ivone Silva e Vagner Freitas fazem análise do próximo ano para os trabalhadores

O ano de 2017 está quase no fim, porém, a luta pelos direitos dos trabalhadores está longe de acabar. Em 2018, a classe trabalhadora passará, novamente, por momentos desafiadores em defesa de empregos e direitos, pela preservação dos bancos públicos e fortalecimento da democracia, além da batalha contra a reforma da Previdência.

Para fazer uma análise pela ótica dos trabalhadores em relação ao próximo período, a vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, participará do programa Momento Bancário com a Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva. O debate contará também com a participação do presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.

A edição especial que encerra a temporada do programa de webtv do Sindicato, será gravada no Tucarena, e vai ao ar nesta segunda-feira (18), com transmissão ao vivo, a partir das 20h, pelo site www.spbancarios.com e redes sociais do Sindicato.

Fonte: Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

O Conselho de Administração do Banco do Brasil, órgão máximo de decisão da instituição financeira, se reunirá na segunda-feira 18. O conselheiro eleito pelos trabalhadores, Fabiano Félix, não foi autorizado a participar de todas as discussões. A restrição gerou estranhamento, principalmente após o Correio Brasiliense publicar matéria sobre uma possível reestruturação.

“Onde há fumaça, há fogo. E os funcionários precisam estar atentos, ainda mais se levarmos em conta o farto histórico de inverdades e desinformações divulgadas pela atual direção do Banco do Brasil e, principalmente, pelo seu presidente, Paulo Caffarelli”, critica o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancário do Banco do Brasil, João Fukunaga.

“E, mais uma vez no final do ano, somos surpreendidos por uma decisão do CA depois de uma matéria jornalística. Viveremos novamente 2016, quando o Fantástico anunciou uma tremenda reestruturação no BB?”, questiona Fukunaga.

O movimento sindical fará um protesto no dia em que a reunião estiver ocorrendo, em repúdio à falta de transparência demonstrada pela atual direção.

Pela legislação vigente, o representante dos trabalhadores nos Conselhos de Administração de estatais e Empresas de Economia Mista não pode participar de assuntos relacionados ao funcionalismo devido a alegados conflitos de interesses. O movimento sindical sempre se posicionou contra a legislação dos representantes dos funcionários no Conselho de Administração.

“Mesmo a legislação sendo contrária, a direção do BB cai no contraditório ao divulgar em todos os canais os compromissos com os seus funcionários, a transparência da gestão proveniente de um modelo de governança corporativa do novo mercado. Então fica a dúvida: depois de veiculado na mídia, um possível furo de reportagem, de que viria uma nova reestruturação no BB, a decisão de excluir o representante dos trabalhadores da reunião, mesmo que não tenha direito a voz e voto, deixa a todos muito preocupados.

“Não adianta a direção do banco dizer que está preocupada com os funcionários, se age surdina. Os trabalhadores exigem participar, por meio do seu representante eleito, de qualquer discussão a respeito de mudanças que poderão impactar diretamente suas condições de trabalho e suas vidas. Vamos lutar por uma verdadeira transparência e contra qualquer medida que afete a vida dos colegas”, afirma João Fukunaga.

Fonte: SPBancários

Milton Rodrigues da Silva Júnior era funcionário do banco há 19 anos e estava em licença médica. Ele é também o Rei Momo 2018 do Rio. Mas, às vésperas da maior festa popular do planeta, o Santander decidiu desrespeitar um dos símbolos máximos da cultura brasileira e demitir, por justa causa, no dia 9 de novembro.

Por seu grande carisma e amor ao samba, Milton foi eleito pela sexta vez como a figura mais importante do Carnaval carioca. O Jornal da Afubesp contou a história dele em matéria publicada em 2011 (leia aqui). Para o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes, o Santander tem discurso diferente de sua forma de agir. ” Muito ao contrário do que dizem suas campanhas publicitárias, o banco espanhol não respeita os brasileiros e um bom exemplo disso está na demissão de forma ilegal do rei Momo do Rio”.

Além de um enorme desrespeito à nossa cultura, o Santander demonstrou erros primários cometidos na ânsia de dispensar cada vez mais bancários, mesmo atropelando a lei, para aumentar ainda mais seus lucros.

Esta disposição fica explícita quando os lucros chegam a R$ 7,2 bilhões apenas nos nove primeiros meses de 2017, um aumento de 34,6% em relação a igual período de 2016, e mesmo assim são extintas 1.392 vagas. Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriano Garcia, o Santander, um banco que diz defender a diversidade, cometeu um equívoco gigantesco ao demitir uma figura pública e popular, e ainda por cima, desrespeitando a lei.

Truculência
O motivo alegado para a dispensa de Milton pelo departamento de recursos humanos foi “mau uso da licença médica”. Um erro grosseiro, já que o bancário e Rei Momo – oriundo do Banco Real, incorporado pelo Santander – se encontrava em licença pelo INSS. O afastamento começou em 25 de março de 2016 e foi até 16 de novembro de 2016, primeiramente, em função de inflamação nas pernas. Em nova perícia no dia 19 de janeiro de 2017, teve o benefício mantido em função de uma cirurgia de “descompressão do túnel do carpo”, na mão direita, uma lesão por esforços repetitivos (LER).

A licença foi estendida em uma nova perícia em 28 de março de 2017. A conclusão da perícia foi a de que Milton “comprova incapacidade com déficit motor do punho/mão direita. Marcha livre com movimentos amplos, senta e levanta com joelhos a 90 graus sem limitação de postura”. Em 6 de junho, o INSS o manteve afastado até 9 de outubro, em virtude da mesma cirurgia feita, desta vez, no pulso esquerdo. Naquela data, o perito relatou, ao mantê-lo de licença: “Existiu incapacidade, inicialmente em benefício por erisipela, posteriormente por procedimento cirúrgico de síndrome do túnel do carpo bilateral. No momento sem limitação funcional, para a atividade declarada, com boa recuperação funcional”.

A demissão ocorreu de forma sumária, sendo apenas comunicada ao Sindicato. A partir daí o diretor da entidade, Marcos Vicente, iniciou um processo de negociação, que se prolongou por quase um mês, visando mostrar ao banco o equívoco que estava cometendo. Foram apresentados laudos periciais que jogavam por terra a tese do Santander de que Milton se manteve licenciado por problemas nas pernas, o que o impediria de disputar o concurso de Rei Momo.

Mesmo assim, o banco não se dispôs a rever a demissão, demonstrando desrespeito aos direitos do bancário, duvidando da sua integridade e ignorando a veracidade dos laudos do perito, numa demonstração de intransigência e má fé.

Fonte: Afubesp

Santander deu um show com a Ivete Sangalo para os funcionários como festa de final de ano. Adivinha quem vai pagar a conta? Leia até o final que você vai descobrir.

Os trabalhadores do Santander, que são usuários da Cabesp, receberam nesta sexta-feira, dia 15, um “presente de Natal”, que mais parece um presente de grego quando foram conferir suas contas correntes.

Historicamente, o pagamento dos salários no mês de dezembro é antecipado cinco dias, mas não foi o que aconteceu desta vez.

Os trabalhadores foram surpreendidos pela falta do pagamento e, o que é pior, com o débito da coparticipação da Cabesp, que tinha sido informada pelo Santander que a folha seria antecipada para o dia 15.

Nenhum comunicado de que o pagamento seria no dia 20 chegou aos bancários, consequentemente, todos aguardavam o pagamento no dia 15 como sempre foi feito no mês de Dezembro.

“Essa postura do Santander demonstra que sua única preocupação é acumular lucros a custa dos trabalhadores, usando durante esses cinco dias o dinheiro da folha de pagamento para ganhar com juros no mercado financeiro, enquanto seus funcionários passam sufoco”, comenta o presidente da Afubesp, Camilo Fernandes.

“É por esse motivo também que pretende mudar a data de pagamento dos bancários do dia 20 para o dia 30, a partir de março de 2018. Também vai alterar o pagamento do décimo terceiro salário – a primeira parcela será em maio (e não mais em março) e a segunda em dezembro (não mais em novembro como sempre foi). Santander só pensa na sua lucratividade, os trabalhadores que se virem”, completa Fernandes.

A Afubesp entrou em contato tanto com a direção do Santander, como com a da Cabesp. A Presidente da Caixa Beneficente informou que será feito o estorno do valor ainda no dia de hoje.

O que virá
O Santander já avisou que em 2018 quer que os funcionários aumentem o lucro de R$ 10 bilhões para R$ 12 bilhões, ou seja, um aumento de 20%. Tudo isso leva a crer que mais maldades já estão no calendário do banco espanhol, que certamente virão por meio de metas abusivas e assédio.

Fonte: Afubesp

O Coletivo Jurídico Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro se reuniu, nesta quinta-feira (14), com 50 representantes jurídicos de várias federações e sindicatos do país para debater os primeiros impactos da reforma trabalhista, vigorada em 11 de novembro.

O encontro analisou os efeitos imediatos da nova lei trabalhista na vida dos trabalhadores e traçou estratégias para que seja mantida a resistência em defesa dos direitos sociais. “Uma mudança feita nas proporções gigantescas como a que foi feita no Brasil, que muda regras de negociação, contratação e representação sindical, deixa lacunas e danos. Esta reunião jurídica é fundamental. Busca pacificar opiniões jurídicas para que os dirigentes e os trabalhadores escolham caminhos políticos. Conhecer é poder”, explicou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

O secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sergio Martins de Souza, defendeu o direito dos trabalhadores à justiça gratuita. “Hoje já temos visto trabalhadores condenados em 1ª instância a pagarem verbas, chamadas de sucumbência, aos patrões. Isso é inadmissível. É uma afronta ao princípio de livre acesso à justiça”, afirmou.

De acordo com Mauri, alguns bancos também tentam implementar pontos da reforma trabalhista sem discutir antecipadamente com os sindicatos.  “A Contraf-CUT está atenta na defesa intransigente dos direitos dos bancários e dos trabalhadores em geral para que tenham assegurados as garantias previstas na Convenção Coletiva do Trabalho e na Constituição Federal. Disso não abriremos mão”, explicou.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão dos Empregados do Itaú (COE) recebeu, na quarta-feira (13), os representantes do banco para discutir as cláusulas 62ª e 65ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a migração do Citibank e a agenda sindical para 2018.

De acordo com o coordenador da COE, Jair Alves, a reunião encerra o ano com avanços nas discussões sobre saúde e direitos dos trabalhadores. “Neste ano, a Comissão priorizou dois assuntos importantes para o trabalhador, que são emprego, saúde e condições de trabalho. Implementamos o GT de saúde e de 3 em 3 meses discutimos o turn over dentro do banco”.

Durante a reunião, o banco apresentou o número de 2904 funcionários que migraram do Citibank para o Itaú. Segundo Jair, esses empregados devem receber o pagamento do Programa Próprio de Remuneração do Citibank, proporcional 10/12 mais 2/12 do Programa Próprio de Remuneração do Itaú, além de mais 2/12 do Programa Complementar de Remuneração.

Cláusula 62ª

O Grupo de Trabalho de Saúde da Contraf-CUT discutiu com o banco sobre a cláusula 62ª, que trata sobre a realocação e qualificação dos funcionários.  Na próxima reunião da COE, marcada para o dia 30 de janeiro de 2018, o banco deve apresentar um modelo existente de Realocação no Banco. “Vamos discutir uma proposta que assegure também os empregados participantes da migração”, comentou Jair.

Cláusula 65ª

Foi discutido com o banco sobre a questão do endividamento dos bancários. De acordo com a cláusula 65ª, os trabalhadores têm direito ao adiantamento emergencial de salário nos períodos transitórios especiais de afastamento por doença.

Neste caso, enquanto ainda não concedido pelo INSS o benefício requerido, e pelo período máximo de 120 (cento e vinte) dias, fica assegurado o adiantamento emergencial de salário ao empregado, que tenha sido considerado “inapto” pelo médico do trabalho do banco.

Os representantes dos trabalhadores entregaram uma proposta ao banco, salientando as cláusulas 29ª e 65ª.

Fonte: Contraf-CUT

Ao acessar sistema interno, trabalhadores são encaminhados para página para dar concordância com acordo

O banco Santander adotou medidas unilaterais e até inconstitucionais sem consultar as entidades sindicais, dando o pontapé inicial na implementação da Reforma Trabalhista pelo sistema financeiro. Ao acessar o sistema interno do banco, os funcionários eram direcionados para uma página onde teriam que dar a concordância em um “Acordo” Individual de Banco de Horas Semestral.

“Esse acordo é inconstitucional. Pela Constituição, banco de horas somente podem ser negociados em acordoa ou contratos coletivos”, afirmou Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionário do Santander.

Ao saber do ocorrido, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander solicitou uma reunião com o banco para tratar do assunto. A reunião ocorreu na tarde de quarta-feira (13). Além da COE, estavam presentes representantes de todas as federações de bancários do país. O banco apenas confirmou as medidas e disse que não haveria negociações sobre elas.

O banco também informou a alteração do dia de pagamento dos salários, do dia 20 para o dia 30, os meses de pagamento do 13º salário, antes fevereiro e novembro e agora, maio e dezembro, entre outras medidas.

“Não contente em pressionar violentamente os trabalhadores buscando aumento dos lucros dos acionistas e dos bônus já milionários pagos aos executivos, o Santander agora também quer fazer resultado em cima da folha de pagamento, retardando a data para o crédito dos salários”, denunciou Maria Rosani, coordenadora da COE do Santander.

Rita Berlofa, presidenta da UNI Finanças Mundial, que também é funcionária da Santander, ficou indignada com a atitude do banco. “Pessoas vieram de longe para negociar. Não estávamos ali para ouvir o que o banco havia decido fazer. Queríamos negociar”, disse. “Essa foi uma atitude antissindical do Santander”, completou.

Em protesto, os trabalhadores encerraram a reunião. “Aquilo não era uma mesa de negociações. Era um balcão de informações do banco para os trabalhadores”, observou Rita.

Ação conjunta
Para Rita Berlofa, essa não é uma prática isolada do Santander. “Trata-se do início da implantação da reforma trabalhista pelo setor financeiro. Se não nos manifestarmos contra essas medidas, os demais bancos vão acreditar que concordamos com as mudanças e vão implementá-las também”, disse.

“Não temos dúvidas de que o banco vai tentar colocar em prática tudo o que a reforma trabalhista lhe permite e tentar ir além. Nós temos que nos organizar para impedir”, disse o dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT