Abril 28, 2025
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Imprensa

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Primeiro foi a agência de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na madrugada de sexta-feira (5). Depois, na madrugada de sábado, a unidade da Rua Real Grandeza, em Botafogo, a poucos quarteirões do 2º Batalhão da PM. Por último, na segunda-feira, em Praia Brava, Angra dos Reis, a unidade que fica na vila dos funcionários da Eletronuclear. Em todas as ocorrências a atuação dos assaltantes foi muito parecida e o estrago, grande.

Tudo leva a crer que tenha sido a mesma quadrilha, já que as características são semelhantes até mesmo na estratégia de fuga: espalhar pregos no chão para furar os pneus dos carros da polícia e impedir a perseguição dos bandidos em fuga. No caso de Angra o escape foi ainda mais espetacular: além de invadirem uma festa que acontecia no clube da vila, onde levaram pertences dos presentes, os assaltantes fugiram por mar, usando lanchas.

O Santander tem sido o banco mais roubado no estado há alguns anos. Ao longo do ano de 2016 e no início de 2017 houve assaltos com agências em funcionamento, com bancários e vigilantes baleados e até uma vítima fatal. De uns meses para cá têm predominado as explosões de caixas eletrônicos no hall de atendimento das unidades.

O curioso é que as ações envolvem um número grande de criminosos e o estrago tem sido grande, obrigando o banco a suspender total ou parcialmente o atendimento até que sejam feitas reformas. Ao invés de explosões cirúrgicas, com danos controlados e resultado sempre positivo, algumas ações parecem um tanto desastradas. A explosão de Botafogo, por exemplo, teve a participação de cerca de 20 criminosos, fortemente armados, e muitas detonações – segundo testemunhas, mais de seis –, mas somente um dos três caixas foi arrombado, o que resultou em um roubo de R$ 25 mil, um valor baixo para este tipo de ação.

Para alguns policiais, o motivo do Santander ser o alvo principal das quadrilhas de ladrões de banco é o fato de que a instituição é a que menos investe em segurança.

Fonte: Fetraf-RJ/ES

Entre as justificativas apresentadas: o fato que a medida não apresentou um estudo mostrando seu impacto nas contas públicas e sua previsão de compensação, fará com que o governo desrespeite a Lei de Responsabilidade Fiscal e pode estimular empresas a não pagarem impostos à espera de um parcelamento governamental.

A informação foi confirmada pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, que se reuniu com Temer. A ideia, segundo ele, é buscar resolver o problema do impacto econômico e, depois, pedir para o Congresso derrubar o veto.

Sensato o pacote de justificativas, não? Então, porque o mesmo não foi aplicada para barrar a concessão de bilhões em emendas parlamentares quando Michel Temer precisava de votos no Congresso Nacional a fim de livrar o seu pescoço da guilhotina da Lava Jato nas duas denúncias criminais apresentadas contra ele pela Procuradoria-Geral da República?

Qual era o paradeiro da responsabilidade fiscal quando Temer prometeu à bancada ruralista tanto a redução da alíquota da contribuição paga por produtores para custeio da aposentadoria rural, quanto os descontos nas multas e juros de valores atrasados ao Funrural? Uma ajudinha bilionária em nome da rejeição às denúncias criminais contra ele na Câmara.

Onde estava a preocupação sobre o estímulo a calotes seguidos de demandas por novos parcelamento no momento em que parlamentares-empresários aprovaram perdões bilionários em juros e multas, beneficiando a si mesmos e a grandes empresas devedoras do governo? Vale lembrar que a sanção da medida provisória ocorreu logo antes da votação da segunda denúncia contra Temer.

Por que não foi externada a preocupação de que as ações de Temer e de sua cúpula de governo para sobreviver diante das denúncias não arrombaria contas públicas, rasgaria a Lei de Responsabilidade Fiscal e estimularia grandes empresas a não pagarem impostos à espera de um parcelamento governamental?

O correto seria não premiar nenhum devedor. Mas uma vez que isso aconteceu, que se garanta isonomia. Agora, o projeto polêmico volta ao Congresso. E não há pressa. Afinal, as denúncias criminais foram, por hora, engavetadas e a votação da Reforma da Previdência – quando volta o tomaladacá – deve ocorrer em fevereiro.

É interessante que micro e pequenos empresários, por vezes e inadvertidamente, colocam-se ao lado dos grandes empresários e do mercado financeiro ao concordar com reformas e mudanças na lei. O dono de uma pequena lanchonete que teve coragem de empreender e segue se equilibrando com muito suor não percebe que, do ponto de vista do Estado, está mais próximo dos seus empregados do que das corporações.

Não se nega a importância de garantir saídas para as pendências das empresas com a União. Mas quem teve poder de barganha com um Michel Temer no cadafalso aproveitou o momento político conturbado para salvar o próprio rabo e o de seus patrocinadores. Quem não tinha, foi para o fim da fila.

Parte do grande empresariado já trabalha com a lógica de sonegar e esperar esses programas periódicos de refinanciamento de dívidas. Para que pagar impostos em dia? A lei é para otários, ou seja, pessoas físicas e pequenos empresários. O que o governo federal reafirma com isso é bem simples: paga imposto em dia quem é empresário burro ou trabalhador. 

Aposse da nova ministra do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), foi suspensa por decisão judicial, em primeira instância. Cabe recurso.

A liminar foi concedida pelo juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele decidiu pela suspensão da posse porque, em exame preliminar, viu "flagrante desrespeito" à Constituição quanto à moralidade administrativa, referência ao fato de a ministra indicada por Michel Temer já ter sido condenada em ação trabalhista.

Filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e condenado por corrupção em 2012, Cristiane foi vereadora e secretaria municipal no Rio (gestão Eduardo Paes). Foi eleita deputada federal em 2014 e exerceu a presidência nacional do partido de dezembro daquele ano até maio de 2016. 

A nomeação para o Ministério do Trabalho foi publicada na edição da última quinta-feira (4) do Diário Oficial da União. O cargo estava vago desde 27 de dezembro, quando o também deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS) saiu e retornou à Câmara.

Os funcionários do Banco do Brasil criticaram as novas medidas de gestão divulgadas pelo banco na última sexta-feira (5), tanto pela forma como elas são anunciadas, sem nenhuma informação prévia aos trabalhadores ou a seus representantes, quanto pelo atropelo e erros de gestão.

“O banco diz não ser uma nova reestruturação, mas é. Houve o corte de cerca de mil vagas de caixa em todo o país. O banco alega que essas vagas apareceriam em escritórios e agências digitais. Na prática, os escritórios digitais perderam funções de assistentes e ganharam de escriturários, que farão os mesmos serviços, mas ganhando menos. Isso é desvio de função! É ilegal”, observou Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa de Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). “Ou seja, o banco corta cargos, reduz salários, cria desvio de função nos escritórios digitais e ainda diz que isso não é reestruturação”, completou.

O coordenador da CEBB critica ainda a falta de transparência e de diálogo. “Na quinta-feira (4), estivemos reunidos até à noite com a direção do banco para obtermos mais informações sobre o PDG (Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado), que havia sido anunciado no dia anterior, também sem comunicação prévia, e nada nos foi dito sobre estas novas mudanças que foram anunciadas na sexta-feira. Não é possível que, sempre, as informações cheguem primeiro aos meios de comunicação e somente depois aos funcionários”, criticou.

Carlos de Souza, secretário Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ressaltou que tanto a Contraf-CUT, quanto a CEBB perguntam, em todas as reuniões que têm com a direção do banco, se existem medidas de gestão previstas para serem realizadas no banco. “No final de 2016, depois que a informação sobre a reestruturação vazou pela imprensa, buscamos a confirmação do banco, que disse que eram boatos. Desta vez, depois de uma matéria veiculada no dia 8 de dezembro, indagamos novamente o banco que voltou a desmentir a matéria”, lembrou o dirigente da Contraf-CUT, que também é funcionário do BB.

“O presidente do Banco prefere procurar os jornais para apresentar seus novos programas, do que dialogar com o conjunto dos funcionários para acalmá-los e acabar com a ansiedade e a angústia que essa política de reestruturação sem transparência tem causado”, complementou Carlos.

Gestão às avessas
Mais uma vez os representantes dos trabalhadores reforçam o pedido de transparência nas informações e que o banco não corte os salários dos funcionários enquanto todos não forem realocados. “Na reestruturação de 2016, a direção dizia que ao final tudo ia dar certo. Não deu. Agora, segue pelo mesmo caminho, ficarão funcionários sem cargos e com salários reduzidos e, mais uma vez, o banco não se preocupou com isso antes de iniciar a reestruturação”, ponderou o coordenador da CEBB.

Para Wagner Nascimento a falta de mapeamento das vagas pelo banco, cria mais apreensão nos funcionários . “Assim como na reestruturação de 2016, são cortados cargos onde não existem vagas vagas e a conta não fecha, resultando em muitas famílias desamparadas. Em Recife onde foi fechado o CENOP a situação é desesperadora, devido à sequência de reestruturações", observou.

Os representantes dos trabalhadores já solicitaram todas informações detalhadas sobre as novas medidas, que para eles representa a continuidade da reestruturação iniciada ao final de 2016. “Queremos saber quantos funcionários perderão suas comissões, quantos serão remanejados, de onde e para onde. Além disso, queremos saber quem vai ocupar os novos cargos gratificados e se todos aqueles que tiveram seus salários rebaixados serão contemplados e se a gratificação será em valores semelhantes às que foram retiradas, para que não haja queda de remuneração”, disse o secretário geral da Contraf-CUT. “Para alguns a reestruturação até pode ser boa, mas nossa preocupação tem que ser com todos os funcionários”, alertou Carlos de Souza, ao observar que a Contraf vai buscar todos os meios necessários, tanto no campo jurídico quanto na mobilização para a luta no dia a dia para combater toda reestruturação que prejudique os trabalhadores.

 

Fonte: Contraf-CUT

Durante o debate sobre o estatuto da Caixa, os trabalhadores conquistaram a retirada da proposta de tornar o banco uma empresa sociedade anônima. No entanto, explica a representante dos empregados no Conselho de Administração, Rita Serrano, embora essa tenha sido uma conquista fundamental, o texto foi aprovado com outros itens polêmicos, dentre eles dois de cunho trabalhista: o plano de Saúde (Saúde Caixa) e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Naturalmente, votei contra essas inclusões, mas acabaram aprovadas por maioria”, relata.

Agora, a direção da Caixa vem divulgando o novo estatuto da empresa, inclusive no site do banco. Mas, ressalva Rita, é preciso saber que o que está sendo divulgado ainda não é a versão final do documento, que precisa ser aprovado pelos órgãos controladores. “No caso do Saúde Caixa não deverá haver nova alteração no texto, mas o banco também vai fazer constar no estatuto que o “pagamento da PLR aos empregados não poderá exceder limite estabelecido em legislação e normas aplicáveis”, o que poderá gerar controvérsia no momento da renovação do acordo coletivo em setembro de 2018. Para a segunda parcela de março de 2018, porém, nada muda.

Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), as alterações no estatuto, apesar da grande vitória que foi afastar a transformação da Caixa em AS, traz uma série de retiradas de direitos. “Principalmente, o estabelecimento de um teto no custeio do Saúde Caixa, o que contraria nosso acordo coletivo, uma grande conquista que existe desde 2004. Por isso, é muito importante a organização dos trabalhadores na defesa dos seus direitos.”

Direito ferido

Ao colocar cláusulas trabalhistas no estatuto, banco e governo ferem o direito à livre negociação, e restringem a dimensão do acordo coletivo. “É preciso mais uma vez que os empregados da Caixa se organizem porque ainda é possível reverter essa situação, já que há um período de transição, no caso do Saúde Caixa, e nada mudará até 2020. Assim temos tempo e chance para conquistar alterações”, afirma a representante dos empregados.

No Saúde Caixa, o estatuto determina que “a participação da CEF no custeio dos benefícios de assistência à saúde será limitada ao percentual de 6,5% das folhas de pagamento e proventos”. Atualmente a Caixa arca com 70% do custo assistencial e os empregados com 30%, e todos (independentemente da idade ou faixa salarial, aposentados ou da ativa) pagam o mesmo valor.

Já no caso da PLR, quando se fala em pagamento conforme preceitos legais isso significa seguir a lei original da Participação nos Lucros e Resultados, promulgada no ano 2000 (lei 10.101). Hoje o pagamento da PLR na Caixa consta do acordo coletivo firmado com os representantes dos trabalhadores, mas como se trata de um cálculo com muitas variáveis, a inclusão dessa cláusula no estatuto impedirá uma efetiva negociação e poderá resultar em controvérsias e perdas para os empregados do banco.

“Vamos nos manter alertas e informados sobre essas mudanças e dar continuidade à nossa mobilização, pois só assim poderemos evitar retrocessos”, aponta Rita. Ela lembra ainda que é preciso ter em mente que a Caixa segue as diretrizes do governo e, neste ano, o País vai escolher seu novo representante na presidência da República. “Na hora de votar o empregado da Caixa deve ter consciência de quem defende a manutenção e crescimento do banco público”, destaca.

Fonte: Contraf-CUT, com Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Gerentes digitais foram dispensados do trabalho no dia 29, quando não haveria expediente bancário e manutenção no sistema, mas depois foram avisados que teriam de compensar “folga"

O novo “acordo” de banco de horas do Santander, vendido aos bancários como uma maravilha, já mostra que veio para facilitar somente a vida do banco, não a dos trabalhadores. No dia 29 de dezembro, quando não houve expediente bancário e foi realizada manutenção de sistema, os gerentes digitais, que trabalham no Vila Santander, foram dispensados do trabalho pela gestão do banco. Entretanto, em 2 de janeiro, foram informados de que teriam de compensar as horas não trabalhadas, no prazo de até seis meses, conforme determinado no novo “acordo” de banco de horas.

 “Me sinto coagida e enganada, até porque foi um dia em que não ocorreu expediente bancário, não me deram a opção de vir trabalhar e nem fui avisada com antecedência de que teria de compensar posteriormente”, diz uma gerente digital afetada pela medida.

"O banco comunicou informalmente de maneira proposital a folga do dia 29. Devido ao comunicado emitido ontem me senti enganado, haja vista que terei de repor o dia", relata outro gerente. "Avaliação zero [sobre o "acordo" de banco de horas], pois não favorece e nem flexibiliza em nada as condições de trabalho para o empregado, apenas para o banco. O banco sempre tem segundas intenções nas decisões", acrescenta.

Para Anderson Pirota, dirigente do Sindicato e funcionário do Santander, obrigar que bancários iniciem o ano com banco de horas negativo por conta de uma folga imposta pela gestão, é uma medida ilegal.

Clique aqui e leia a matéria na íntegra.

Fonte: Seeb SP

O Banco do Brasil anunciou, nesta sexta-feira (5), o lançamento do Programa de Melhoria de Relacionamento e Atendimento, que vem com uma série de mudanças em várias áreas e, segundo a empresa, tem o objetivo de melhorar o atendimento aos clientes.

O anúncio foi feito pela manhã para as superintendências estaduais de todo o Brasil, com a presença de vice-presidentes e diretores que acompanharam o anúncio nos locais, ao mesmo tempo em que as informações eram divulgadas na agência de notícias interna do BB para o conjunto dos funcionários.

O programa apresentado prevê a criação de novas funções, readequação nos quadros das agências, criação de três novas Centrais de atendimento, corte em vagas de caixas e fechamento do CENOP - Centro de Apoio aos Negócios de Recife.

As novas Centrais de Atendimento serão criadas nas praças de Recife, Ribeirão Preto e São José (cidade vizinha de Florianópolis).

O banco anunciou a criação de mais de 2 mil novas carteiras de clientes para atendimento digital e ampliação do horário de atendimento noturno nas CABB.

Haverá também redução da função de caixa executivo em várias PSO e agências. Os caixas serão priorizados para realocação.

NOVAS REESTRUTURAÇÕES COM CORTES E AMPLIAÇÃO

Ao longo do dia, novas reuniões com funcionários foram feitas para detalhar como ficarão as estruturas. Algumas agências tiveram incremento no quadro de funcionários e outras tiveram redução, assim como foi anunciado o fechamento de alguns escritórios digitais gerando excessos de vagas de escriturários e cargos comissionados.

Não há uma informação concreta sobre aproveitamento dos gerentes pessoa jurídica desses escritórios nas vagas criadas.

PLANO DE ADEQUAÇÃO DE QUADROS - PAQ

Foi anunciado também um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para a regularização dos excessos já existente e de novos excessos de funcionários criados com o corte de dotação em algumas unidades. O público alvo do PAQ são somente caixas e escriturários em excessos na praça ou em excessos no cargo, na sua unidade.

O Plano de Adequação de Quadros prevê incentivos para a remoção para locais de difícil acesso, desligamento voluntário e incentivado com compensação pecuniária, bem como aposentadoria com condições específicas dentro do PAQ.

Os funcionários que já detém aposentadoria pelo INSS não é público alvo do PAQ na modalidade de aposentadoria

NEGOCIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO

A Contraf-CUT se reuniu com o BB na manhã de quinta-feira, quando o banco apresentou informações sobre o programa que estava sendo anunciado.

Com as informações preliminares, a Comissão de Empresa já solicitou ao banco dados detalhados, como a quantidade de vagas criadas e os cortes em cada prefixo, o tamanho e dotação das unidades criadas e que seja estendida a gratificação de caixa aos excedentes por mais 4 meses, equiparando-se a VCP dos cargos comissionados em excesso.

Foi solicitada ainda que as priorizações sejam respeitadas de forma a garantir a realocação de todos os funcionários em excesso nos cargos.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os vários fechamentos de unidades não deixam de ser reestruturações traumáticas que precisam ser acompanhadas bem de perto e de forma a não haver perda salários como tivemos a menos de um ano. “As vagas criadas são benvindas e ao que parece, são mais que os cortes. Contudo onde há corte, faremos o acompanhamento até que todos sejam realocados.”

Sobre o PAQ, “embora o público alvo seja pequeno após as movimentações de realocação, a nossa orientação é que o funcionário tenha cautela ao aderir ao desligamento que já começa com a perda dos planos de saúde e previdência. Deve ser observado ainda que a nova lei trabalhista retirou direitos de trabalhadoras e trabalhadores que pedem demissão”, completou.

Já o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, lamenta que  – depois de tanto terrorismo feito em 2017 – o banco surpreende os funcionários com outra restruturação. “Este é outro modelo que reduz postos de trabalho e aumenta o grau de insegurança, até pela falta de informação dos funcionários, o que prejudica diretamente o ambiente de trabalho. Por isso, é muito injusto que o banco nos surpreenda já no início do ano desta forma.

A Comissão de empresa fará reunião com o Banco do Brasil na próxima semana, na qual o banco apresentará respostas às solicitações já feitas, bem como o balanço das movimentações.

Fonte: Contraf-CUT

Em nove meses, a Caixa obteve um lucro líquido de R$ 6,2 bilhões, registrando aumento expressivo de 84,5% na comparação com o mesmo período de 2016.  A elevação no lucro se deu principalmente pelo lado da redução de despesas de intermediação financeira. A despesa de captação caiu 21% e a despesa de PDD caiu 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em contrapartida, devido ao Plano de Aposentadorias e Demissões Voluntárias, a Caixa reduziu fortemente seu quadro de pessoal com o fechamento de 7.315 posto de trabalho. Entre Pessoa Física e Pessoa Jurídica houve redução de 1.774.000 clientes. No período, a CAIXA abriu quatro novas agências.

“No ano de 2017, além das conquistas financeiras, o povo brasileiro teve uma grande vitória que foi a manutenção da Caixa 100% Pública. Em 2018, os empregados da Caixa e toda a sociedade tem uma luta muito grande de manter a Caixa forte e 100% Pública, pensando no desenvolvimento do nosso país e contra os desmontes que estão sendo feitos pelo atual governo, como redução de pessoal, resolução das unidades, redução da oferta de crédito e os juros mais altos que chegam ao patamar dos bancos privados”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 1,8% em doze meses, atingindo o saldo de R$ 712 bilhões. Novamente, destacou-se o desempenho da carteira habitacional que totalizou R$ 429 bilhões e cresceu 6,8% em relação ao 3º trimestre de 2017. A Caixa detém quase 70% do mercado de crédito habitacional do sistema financeiro e essa carteira representou 60,2% do crédito total ofertado pelo banco no 3º trimestre de 2017. A inadimplência da carteira imobiliária ficou em 1,88%, abaixo da inadimplência geral registrada pelo banco no 3º trimestre de 2017, que foi de 2,72%.

O índice de inadimplência geral para atrasos superiores a 90 dias teve queda de 0,8 p.p. em relação ao 3º trimestre de 2016 (de 3,48% para 2,72%). As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) recuaram 14,7%, mas se mantiveram em patamar elevado chegando a R$ 12,9 bilhões.

Fonte: Contraf-CUT

Uma importante pesquisa publicada pelo Datafolha mostrou que sete entre dez brasileiros são contrários à privatização de empresas públicas, política que o governo golpista de Michel Temer vem tentando pôr em prática para beneficiar empresas e bancos nacionais e estrangeiros. A maior parte dos brasileiros – 67% – também acredita que a venda de estatais gera mais prejuízo do que benefício para a população.

Foram ouvidas 2.765 pessoas com margem de erro de dois pontos percentuais. De acordo com a pesquisa do Datafolha, os moradores do Norte e Nordeste são os mais resistentes à desestatização, com 78% e 76% respectivamente. No Sudeste, 67% são contrários também.

A oposição às privatizações foi encontrada em todos os estratos sociais. Apenas entre pessoas com renda de dez salários mínimos por mês, a política é aprovada em maioria. Até entre eleitores do PSDB, um dos partidos do golpe e que aprova este tipo de medida, a privatização é rechaçada com 55% de tucanos contrários.

Geradoras do desenvolvimento

De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, é justamente a resistência às privatizações que dificulta o governo a vender as estatais, como no caso da Eletrobras. A venda da Petrobras também é rechaçada por 70% da população. Ministros e pessoas ligadas ao governo golpista já deram declarações afirmando que existe a intenção de privatizar a empresa que passa por um processo de desmonte, o que seria uma preparação para a sua venda.



A nova ministra do trabalho do governo Michel Temer, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), tem um currículo de arrepiar os cabelos do trabalhador brasileiro. Não bastasse ser filha de Roberto Jefferson, o ex-deputado que foi condenado e preso por envolvido no chamado caso do mensalão, no qual foi o principal delator, a parlamentar tem antecedentes em sua trajetória que só justificam sua escolha, na atual conjuntura de conchavos e comprometimento político que garantem força do Palácio do Planalto no Congresso Nacional para aprovar projetos que retiram direitos dos trabalhadores e proteger Temer das denúncias que recaem sobre ele, de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Decotes e minissaias

Como deputada, a petropolitana Cristiane Brasil jamais apresentou uma proposta para defender o trabalhador. Entre seus estranhos e polêmicos projetos, está um que resultou em calorosos protestos dos servidores da Câmara: ela queria criar um código de vestimenta, que proibiria as funcionárias de usarem minissaias e decotes dos corredores e salões da Casa.

Golpista

 Em abril de 2016 Cristiane era também presidente de seu partido, o PTB e um de seus últimos atos à frente da sigla foi justamente fechar a questão a favor do impeachment de Dilma Rousseff. No dia da votação na Câmara, ela usou o símbolo dos favoráveis à saída da ex-presidente, a camisa da seleção brasileira, para declarar seu voto. No discurso, admitiu sua retaliação ao lembrar da cassação do mandado do pai, onze anos antes, e votou pelo afastamento de Dilma em "homenagem" ao pai.

Retirou direitos

 Em 2017 Cristiane apoiou o governo Temer em questões decisivas, como a PEC do Teto dos Gastos Públicos, que reduzirá investimentos em setores como saúde, educação, habitação e saneamento básico, nos próximos 20 anos. Em relação às propostas que prejudicam o trabalhador e atendem aos setores mais reacionários do empresariado, a nova ministra do Trabalho sempre ficou do lado patronal. Votou a favor da ampliação da terceirização e da reforma trabalhista.

Apesar de sua postura “moralista”, votou contra a abertura de investigação de Temer, que poderia afastá-lo da presidência da República.

Quem é o suplente

Com a ida para o Ministério, Cristiane deixa aberto seu lugar na Câmara, que será ocupado pelo suplente Nelson Nahin (PSD-RJ), irmão do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, ex-presidiário, condenado por exploração sexual de meninas.

Cristiane foi condenada a apagar R$60 mil por dívida trabalhista

A nova ministra do Trabalho de Temer, Cristiane Brasil, além de sua posição patronal, parece não ser uma boa patroa. Foi condenada, em 2016, a pagar R$60,4 mil a um motorista que prestava serviços para ela e sua família. Na época, a decisão do tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região foi confirmada em segunda instância.

De acordo com o juiz Pedro Figueiredo Waib, da primeira instância, o funcionário não teve a carteira de trabalho assinada e, por isso, deveria receber todo o dinheiro a que tinha direito referente às férias, aviso prévio e gratificações natalinas. A carga horária do funcionário era de cerca de 15 horas por dia.

Agora, a parlamentar só pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho, para tentar reduzir o valor da indenização.

Tudo é ruim na indicação da filha de Roberto Jefferson. Como diz o ditado popular, no atual governo “não há tão ruim que não possa piorar”