Abril 28, 2025
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Imprensa

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Trabalhadores e trabalhadoras, com o apoio do movimento sindical, estão organizando manifestações nas redes sociais e em agências de todo o país por mais saúde na categoria, para esta quinta-feira (1º).

As ações ocorrerão em resposta à Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban) que, na última mesa de negociação, no âmbito da campanha nacional de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), relatou que não existem dados suficientes que comprovem que casos de adoecimento mental estão ligados à atividade de trabalho.

“Ainda na mesa, rebatemos as afirmações com dados da própria Organização Mundial de Saúde (OMS), entidade que afirma que as condições de trabalho podem afetar negativamente a saúde mental a exemplo do assédio moral que, infelizmente, é uma prática que todos nós reconhecemos que ocorre nos bancos, por isso que, em 2022, inclusive, estabelecemos uma cláusula na CCT de combate a esta prática”, pontuou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Orientações

Não haverá tuitaço, mas a orientação para esta quinta-feira (1º) é que, nas redes e nos grupos do WhatsApp, os bancários e bancárias compartilhem os materiais de apoio que serão compartilhados por meio das entidades sindicais, com dados sobre o adoecimento na categoria.

A proposta é utilizar sempre a hashtag #MenosMetasMaisSaúde e o mote “Não adianta negar, saúde em 1º lugar”, nas publicações.

Nas agências, realização de rodas de escuta, sobre o tema de metas e saúde, e explicar sobre as reivindicações da minuta entregue à Fenaban, para a campanha de renovação da CCT.

Afastamento na categoria é três vezes maior que média geral

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, ressaltou que a manifestação negacionista dos representantes da Fenaban na mesa é preocupante, considerando o resultado da Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, ouviu quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores, de todas as regiões do país.

“Quando foi perguntado se utilizavam medicamentos controlados (antidepressivos, ansiolíticos, estimulantes), nos últimos 12 meses, 39% afirmaram que sim. Esse dado revela o alto índice de adoecimento mental na categoria”, pontuou Salles.

Nessa mesma pesquisa, quando questionados sobre quais são os impactos da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas à saúde, podendo escolher múltiplas respostas, os resultados foram:

– 67% – preocupação constante com o trabalho
– 60% – cansaço e fadiga constante
– 53% – desmotivação, vontade de não ir trabalhar
– 47% – crise de ansiedade/pânico
– 39% – dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana

Mauro Salles destacou ainda que os trabalhadores abordaram na mesa, com a Fenaban, levantamento do Dieese, com base em dados do INSS e da RAIS, e que mostra que o afastamento bancário relacionado à saúde mental, em 2022, foi três vezes maior que a média de afastamentos, considerando todas as categoriais.

“Diante dessas informações, que não são de hoje, mas semelhantes às registradas em anos anteriores, nossas reivindicações são a rediscussão da política de metas nos bancos, para que os prazos sejam razoáveis e respeitados. Também reforçamos o combate ao assédio moral e o direito à desconexão, fora do horário de trabalho. Por fim, reivindicamos que as bancárias e bancários adoecidos tenham tratamento humanizado e condições para se recuperarem e manterem seus empregos”, completou Juvandia Moreira.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, ressaltou que o movimento sindical levou à mesa provas suficientes de que “o adoecimento mental dos bancários é maior que em outras categorias” e que por isso, os trabalhadores querem avançar no combate ao assédio moral. Ela lembrou ainda que a pressão para bater metas “também é intensificada pela vigilância de resultados e pela insuficiência de pessoas para realizarem suas tarefas, gerando um ritmo de trabalho excessivo”.

Só em 2023, os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 108,6 bilhões. Mas, apesar do montante, nesse mesmo ano fecharam mais de 600 agências e demitiram mais de 2 mil funcionários.

Fonte: Contraf-CUT

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), confirmou as expectativas do mercado e manteve a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 10,5% ao ano, em anúncio feito nesta quarta-feira (31), após o encontro do colegiado, realizado a cada 45 dias para definir o índice. No comunicado sobre a decisão, a entidade justificou a manutenção da Selic por conta da piora das expectativas da inflação e valorização do dólar frente ao real.

“Mais uma vez denunciamos que a entidade está boicotando a economia do país. Primeiro, porque a inflação segue dentro da meta e, segundo, porque a Selic não é o único instrumento para atuar no câmbio. O que de fato estamos colhendo com a Selic elevada são prejuízos à economia do país, porque reflete no aumento dos juros cobrados pelo sistema financeiro. Aumenta os custos para as famílias, para as empresas e para o estado brasileiro”, alerta a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

Sobre o argumento da inflação, os movimentos sociais que vem realizando uma série de protestos contra a política monetária contracionista do Banco Central, ou seja, que promove a desaceleração da economia, destacam que o IPCA, principal medidor de inflação do país, divulgado pelo IBGE, segue controlado.

A meta de inflação estimulada para o país neste ano é 3%, com intervalo de 1,5% para mais ou para menos, portanto, o índice segue abaixo do teto de 4,5%, segundo o último comunicado do IBGE, divulgado em julho e que mostra que o IPCA acumulava alta de 4,23%, nos últimos 12 meses.

Já, em relação ao dólar, lembram que o BC tem outros instrumentos para intervir no câmbio, como as operações de venda de moeda no mercado futuro (contratos de swap cambial), vendas diretas de dólar e os chamados leilões de linha.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, explica como a Selic impacta no câmbio. “A Selic elevada atrai investidores estrangeiros, porque quanto maior a diferença entre a taxa básica de juros brasileira em relação às economias mais fortes, como a dos Estados Unidos, mais atrativo se torna o Brasil. Com a entrada de mais dólares no país, a taxa de câmbio entre o Real e a moeda norte-americana pode cair, entretanto esse movimento, via Selic, é um movimento de especulação e que não colabora para desenvolvimento da economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda”, pontuou.

Impactos nas contas públicas

Por ser o principal índice de negociação dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a manutenção da Selic elevada aumenta os gastos do governo federal. Só em 2023, a União pagou mais de R$ 732 bilhões com juros dos títulos públicos.

Levantamento do Dieese mostra que esse valor equivale a 4,3 vezes os investimentos com o Bolsa Família, 8 vezes do montante direcionado para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PEC), voltado à recomposição e expansão da infraestrutura do país, além de 3,3 vezes o orçamento para a Saúde e 5 vezes o orçamento para a Educação. Veja o quadro:

Texto descritivo da imagem aqui

 

“É importante lembrar ainda que a Selic impacta em todas as outras taxas da economia, incluindo as que são cobradas pelos bancos. Atualmente, a taxa de juros rotativo dos cartões de crédito, que é uma modalidade muito utilizada pelos brasileiros, está em 429,5% ao ano. E isso só eleva a situação de endividamento da população, porque mais de 400% ao ano é uma dívida que você não consegue pagar nunca. Como a Selic não cai, sinaliza para o mercado financeiro que deve manter esses juros extorsivos”, explica o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Ele destaca ainda que os juros do cheque especial para pessoa física estão em 135% ao ano, e para pessoa jurídica 341,5% ao ano. “A taxa Selic, portanto, contribui para inviabilizar a tomada de empréstimos, inviabiliza o crescimento das empresas e, com isso, a criação de empregos, além dos encargos do governo em relação à dívida pública.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, 78,8% das famílias estavam endividadas no Brasil, em abril de 2024.

Fonte: Contraf-CUT

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) não cumpriu o combinado e não apresentou uma proposta global em resposta à pauta de reivindicações do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na tarde desta terça-feira (30), em São Paulo.

Os representantes sindicais propuseram um acordo de dois anos, com um reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC, de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de 5% de aumento real. Os mesmos índices devem ser aplicados na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, saiu da reunião com o sentimento de frustração. "É inaceitável que, após tantas negociações, a Acrefi não tenha apresentado uma proposta concreta que atenda às justas reivindicações dos trabalhadores. Entre elas, as questões sociais, como equidade salarial entre homens e mulheres, fim da terceirização e diversidade. O compromisso com os financiários precisa ser levado a sério."

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves, reforça a necessidade de respeito com os trabalhadores. "Os trabalhadores do setor financeiro merecem respeito e valorização. Esperamos que a Acrefi reconheça a importância de um acordo justo e apresente uma proposta que contemple as necessidades da categoria."

A reunião para apresentação da proposta ficou agendada para o dia 14 de agosto.

Fonte: Contraf-CUT

O debate sobre uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários, a jornada de quatro dias por semana, avança no Senado, com três projetos de senadores de diferentes partidos. “São propostas que dialogam com a reivindicação da nossa campanha nacional”, observou o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento da tramitação no Congresso Nacional das pautas de interesse dos trabalhadores, Jeferson Meira, o Jefão.

Com a reivindicação dos bancários, não haveria alteração no número de dias de abertura das agências bancárias. Apenas o número de dias de trabalho dos trabalhadores seria menor. “A diminuição da jornada, sem a redução salarial e com a manutenção da abertura dos bancos de segunda a sexta-feira, além de trazer impactos positivos na vida dos trabalhadores (com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga), não prejudica a produtividade, nem a receita da empresa, pelo contrário, pode até aumentá-las. Além disso, é uma forma de democratizar os ganhos financeiros, obtidos com os avanços tecnológicos, porque tem potencial de gerar mais vagas de emprego no setor”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

A “jornada de quatro dias semanais” é prioridade para 42% dos trabalhadores que responderam à Consulta Nacional dos Bancários de 2024, atrás apenas da “manutenção de direitos” (70%); “emprego” (49%) e “combate ao assédio moral” (45%).

As propostas no Senado


O Projeto de Lei (PL) 1.105/2023, que inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a possibilidade de redução das horas trabalhadas diárias ou semanais, mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda na remuneração, já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 148/2015, que havia sido arquivada em 2022, voltou a tramitar no ano passado e agora aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça. Ela propõe a redução da jornada para, no máximo, oito horas diárias e de até 36 horas semanais. A redução seria gradual, de uma hora por ano.

Uma terceira proposta sobre o tema em tramitação no Senado é o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 15/2024, que cria um prêmio, do próprio Senado, para as empresas que adotarem a jornada reduzida sem perda salarial.

“Pesquisas apontam que a redução da jornada, sem a redução salarial, deixa os trabalhadores mais satisfeitos com o trabalho, reduz o adoecimento e, consequentemente, o absenteísmo (ausência, ou afastamento do trabalho) e levam ao aumento da produtividade”, disse Jefão.

A redução da jornada de trabalho sem redução salarial também tramita na Câmara dos Deputados. Um dos projetos que tramita na casa é a PEC 221/2019, que “altera o artigo 7º, inciso XII da Constituição Federal, reduzindo a jornada de trabalho para 36 horas semanais, em 10 anos”.

Pesquisas

“O Senado fez uma pesquisa que aponta que 85% dos trabalhadores brasileiros acreditam que teriam mais qualidade de vida, caso tivessem um dia livre a mais por semana, sem corte no salário. E 78% afirmam que conseguiriam manter a mesma qualidade de trabalho", informou Jefão.

Além do Senado, outras pesquisas realizadas dentro e fora do país trazem dados de projetos-piloto com impactos positivos na saúde física e mental de funcionários, na redução de faltas no trabalho, além de ganhos na produtividade e na receita das empresas. No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro de 2024 com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% dos trabalhadores apresentaram melhoria na execução de projetos; 58,5% melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; e 33,3% na capacidade de angariar clientes.

Os resultados mostram, ainda, que 64,5% dos trabalhadores tiveram redução de exaustão frequente por causa do trabalho; 50% redução na insônia; 46,3% praticaram exercício mais de três vezes na semana. Também houve aumento de 27,1% no número daqueles que dormem mais de 8 horas por noite.

Mais empregos

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existem hoje.

Já, se a redução da jornada fosse implementada apenas na área de TI dos bancos privados, o potencial de geração de empregos seria de mais de 7 mil, aumento de 25% no volume atual de postos.

Com informações da Agência Senado.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 30 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou outra funcionária do Banco Itaú.

Andreza Pereira Fagundes, que é sindicalização, foi demitida injustamente.

A trabalhadora bancária procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo, do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

Após decisão da justiça, o Sindicato garantiu sua reintegração.

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 - 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE

Nesta terça-feira, 30 de julho, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou de um ato contra a política monetária praticada pelo Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro.

A data marca, também, o início da reunião que define a taxa básica de juros, a Selic.

O ato foi organizado pelas centrais sindicais.

A expectativa do mercado, o principal orientador da entidade, é que o colegiado irá manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, índice que torna o Brasil com uma das maiores taxas de juros reais (taxa Selic descontada a inflação) do mundo, com reflexos negativos para o crescimento do país, porque influencia todas as outras taxas da economia.

Além de tornar o crédito mais caro, com impactos em toda a cadeia produtiva, no consumo e na criação de empregos, por ser o principal índice usado nas negociações dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a Selic também impacta nos gastos do governo federal.

Organizações sociais voltam às ruas e às redes sociais em protestos contra a política monetária praticada pelo Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom). As manifestações serão concentradas nesta terça-feira (30), primeiro dos dois dias de encontro do Copom para definir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).

A expectativa do mercado, o principal orientador da entidade, é que o colegiado irá manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, índice que torna o Brasil com uma das maiores taxas de juros reais (taxa Selic descontada a inflação) do mundo, com reflexos negativos para o crescimento do país, porque influencia todas as outras taxas da economia.

“A Selic alta significa carrinho de compras vazio, significa também financiar um carro, mas ter que pagar por dois, dificulta pegar um empréstimo e dar conta de pagar o empréstimo necessário, por exemplo, para expandir um negócio, porque os juros estão muito altos”, explica Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, entidades que participarão dos protestos.

Além de tornar o crédito mais caro, com impactos em toda a cadeia produtiva, no consumo e na criação de empregos, por ser o principal índice usado nas negociações dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a Selic também impacta nos gastos do governo federal.  “O governo brasileiro acaba gastando muito mais com o pagamento dos juros dos títulos, recurso que poderia ser direcionado para importantes áreas, como saúde e educação”, completa o secretário de Assuntos Econômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Instrumento de boicote à economia

Os movimentos sociais também destacam que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado ao cargo em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro, não tem postura técnica, mas sim política, a exemplo da sua participação em almoço com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“As decisões do colegiado do BC, sob o seu comando, claramente sabotam o crescimento do país e as decisões econômicas do atual governo. De quebra, Campos Neto participa de encontros com políticos da oposição, num claro movimento político-partidário”, alerta Juvandia Moreira.

Paraíso para rentistas

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, explica que a Selic elevada tira dinheiro das famílias e das empresas e leva para os rentistas. Em outras palavras, desestimula o investimento na chamada economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda.

“Com a atual taxa de juros no Brasil (em 10,5%), é possível duplicar, em apenas 6 anos, o valor de um patrimônio aplicado em títulos públicos, sem a realização de nenhum tipo de investimentos produtivos, como, por exemplo, o Tesouro Prefixado 2031, com juros anuais em 12,29%”, destaca o economista. “A título de comparação, com os juros pagos por títulos públicos de prazo similar nos Estados Unidos, levaria cerca de 17 anos, ou quase 3 vezes mais tempo, para duplicar o valor dos recursos aplicados. Isso representa um enorme desincentivo ao investimento produtivo gerador de emprego e renda no Brasil”, completa.

Ainda segundo levantamento do Dieese, a cada 1% de aumento na taxa básica de juros brasileira, quase R$ 40 bilhões são transferidos, por ano, para a especulação financeira.

Inflação não se combate exclusivamente com Selic

No último encontro para definir a Selic, em junho, ao manter o índice em 10,5%, o Copom rompeu com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, quando a taxa básica ficou em 13,75% durante um ano. Ciclo de cortes estes que só foi implementado após intensa pressão de movimentos sociais e críticas do setor produtivo e do presidente Lula.

Agora, a indicação que vem sendo feita pela entidade monetária é a de que manterá a Selic em 10,5% até o final de 2024, usando como argumento a piora nas expectativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação no país.

Acontece que o IPCA segue dentro do teto estabelecido para o ano, de 4,5%, como apontam os relatórios divulgados periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mais recente, publicado no dia 10 de julho, o IPCA acumulava alta de 4,23%, nos últimos 12 meses. Para 2025, a meta da inflação que o Copom persegue é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

Cavarzan ressalta que a inflação não se combate exclusivamente com a Selic. O economista lembra que as causas que levaram à inflação registrada no país entre 2021 e 2023, quando o Copom subiu a Selic de 2,75% para 13,75%, foram múltiplas, e não por conta do mercado interno aquecido.

“Naquele período, gasolina e etanol subiram consideravelmente por causa da política de paridade internacional de preços da Petrobras, que fazia os preços internos acompanharem as movimentações do mercado internacional. Essa política terminou no governo Lula. O segundo fator que impactou na inflação foi a energia elétrica, que chegou a ter elevação de mais de 21%, mas que não se trata de um preço que responde a mudanças na dinâmica de oferta e demanda na economia, mas sim um preço administrado, reajustado por contrato e conforme as condições climáticas”, destaca.

O terceiro fator, apontado pelo economista, para a inflação que o país enfrentou entre 2021 e 2023, foi a alta nos alimentos e que também ocorreu por fatores externos, em função da pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia. “No caso do aumento de preços dos alimentos, uma política de estoques reguladores de preços seria uma das vias de resolução. Então veja, em todos os casos citados, a maneira de combater a inflação de forma eficiente seria por outras formas, que não a Selic e que traz fortes efeitos colaterais para o desenvolvimento do país”, conclui o economista.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho composto entre representantes das empregadas e empregados e da Caixa Econômica Federal para discutir questões relacionadas à saúde dos trabalhadores se reúne nesta quarta-feira (31). Em pauta, questões relacionadas ao Saúde Caixa.

A exclusão do teto para o custeio pelo banco com a saúde dos empregados, estabelecido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos, será um dos principais pontos a serem debatidos. “Mas também queremos discutir sobre custos que deveriam ser de responsabilidade do banco que são repassados para o Saúde Caixa e, consequentemente, acabam onerando os trabalhadores”, informou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Os trabalhadores também vão cobrar agilidade na volta do funcionamento dos comitês de credenciamento e descredenciamento. “Na última reunião de negociação para a renovação do nosso Acordo Coletivo de Trabalho, a Caixa anunciou a data e os nomes dos responsáveis pelas Gipes (Gerências Regionais de Pessoas) e deixou implícito que as Gipes tratariam dos credenciamentos e descredenciamentos. Vamos cobrar agilidade na criação dos comitês, para tratar disso, para solucionar os problemas de falta de hospitais, clínicas e profissionais credenciados em algumas localidades do país”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) no GT de Saúde da Caixa, Serginho Amorim, acrescentando que também é preciso melhorar a relação do plano de saúde com os credenciados, na questão de agilidade de pagamentos pelos serviços realizados e na burocracia para credenciamento.

A reunião será realizada por uma plataforma de videoconferência.

Fonte: Contraf-CUT

A Faculdade 28 de Agosto abriu inscrições para a nova turma do curso "Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas", com aulas online e ao vivo, voltadas para futuros pais bancários e bancárias grávidas com seus respectivos companheiros. O valor do investimento para o público em geral é de R$ 250, mas todos os bancários filiados aos sindicatos da base da Contraf-CUT têm desconto e pagam apenas R$ 150.

Detalhes do curso

O curso terá 8 horas de aula, distribuídas em 4 noites (segunda a quinta), das 19h30 às 21h30. 

Turmas disponíveis

Agosto (12 a 15): Inscrições até dia 09 de agosto.
Outubro (07 a 10): Inscrições até dia 04 de outubro.

Bancárias gestantes e seus companheiros são muito bem-vindos

O curso de Paternidade Responsável é pré-requisito para solicitar ao banco a licença paternidade ampliada de 20 dias, mais uma conquista dos bancários junto ao Sindicato. Porém, o curso é voltado não somente para os futuros pais bancários, mas também para suas companheiras gestantes. 

Convite especial

Considerando que o curso é totalmente inovador, com profissionais de diferentes especialidades, o Sindicato e a Faculdade 28 de Agosto convidam as bancárias, financiárias e demais mulheres que atuam no sistema financeiro que estão gestantes a participarem com seus companheiros. Se você está grávida e quer fazer o curso, pode se inscrever também.

Garanta sua vaga e aproveite essa oportunidade para aprender e se preparar melhor para a paternidade e maternidade compartilhada!

Saiba mais

Com aulas online e ao vivo, o grande diferencial do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas” se estabelece na interação entre professor e alunos. E na interação entre os próprios pais e mães, que são a todo momento convidados a refletir sobre suas experiências de vida. As trocas, por meio dos diálogos abertos, se constituem como um momento ímpar na vida das famílias.

A proposta do curso é oferecer aos participantes uma reflexão sobre a paternidade e a maternidade no mundo contemporâneo. São abordados pontos como o momento na vida do pai, os desafios para a família com a chegada do novo integrante, depressão pós-parto e o respeito à condição biológica e psicológica da mulher.

Os alunos também aprendem a trocar fralda, colocar para dormir, manobra de desengasgo, cuidados pós-mamada, entre outros assuntos que auxiliarão a desmistificar o dia a dia com o bebê, além de conceitos pedagógicos novos e antigos, educação para igualdade e a função paterna nesse contexto.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Faculdade 28 de Agosto por meio do WhatsApp.

Fonte: Contraf-CUT

Neste último domingo, 28 de julho, ocorreu a 10° Marcha das Mulheres Negras, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, foi celebrado no último dia 25.

Ocorreram atos em vários lugares do Brasil para denunciar o racismo, a violência e lutar pela reparação e bem viver.

No Rio de Janeiro, o ato aconteceu no posto 3 da praia de Copacabana.

A Coordenadora Geral, Renata Soeiro, representou o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense na manifestação, que convoca todos os setores da sociedade para se engajarem na luta de enfrentamento ao racismo e sexismo.

"É necessário ocupar e frequentar ambientes de reivindicação coletiva contra o racismo e pelo bem viver. E que, também, seja dado o protagonismo para as mulheres negras.”, disse Renata.

25 de julho

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha surgiu de uma articulação formada a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas ocorrido em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, para dar visibilidade à luta das mulheres negras na região. Na ocasião, as mulheres denunciaram opressões e debateram soluções na luta contra o racismo e o sexismo.

No Brasil, o 25 de julho é marcado como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importante liderança na luta contra a escravização.