Abril 28, 2025
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Depois de 14 anos de suspensão, o Banco do Brasil voltou a repassar para a Cassi, caixa de assistência dos funcionários do BB, as contribuições patronais incidentes sobre valores pagos a funcionários e ex-funcionários, decorrentes de processos trabalhistas e acordos judiciais e extrajudiciais (CCV e CCP), as chamadas “reclamatórias trabalhistas”. Nest quinta-feira (22), a Cassi recebeu do BB R$ 345,269 milhões, valores retroativos a 2010, quando os repasses foram suspensos, e a partir de agora o pagamento será regularizado.

“O movimento sindical sempre lutou pela retomada dos repasses. Foram anos de negociação junto ao banco para regularizar essa situação, que agora finalmente teve uma solução definitiva”, comemorou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido recorrente da Caixa foi de R$ 6,170 bilhões, 36,6% maior que o obtido no primeiro semestre de 2023. Em decorrência de uma despesa de R$ 421,6 milhões com o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), o lucro líquido contábil foi de R$ 5,748 bilhões, 27,3% maior na comparação com o resultado do primeiro semestre de 2023 e de 33,5% maior do que o obtido nos três primeiros meses de 2024. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 10,07%, com aumento de 1,83 pontos percentuais (p.p.) ao longo de 12 meses e de 0,53 p.p. no trimestre.

O resultado foi influenciado pelo aumento da margem financeira, que totalizou R$ 30,8 bilhões no semestre, aumento de 6,9% em 12 meses.

“O lucro da Caixa é significativo e importante. Para o país, é ainda mais importante o incremento da carteira de crédito do banco, que permite que o banco contribua com o desenvolvimento econômico e mostra que os empregados, quando lhe dão condições, trabalham não apenas para ajudar os clientes e o país, mas também para trazer lucro para o banco”, observou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.

Rafael ressaltou, porém, que o banco precisa melhorar sua atuação, com linhas de crédito para pessoas físicas. “Precisa focar na oferta de crédito para pessoas físicas, para recuperar o mercado neste segmento. Pois, possui taxas menores do que bancos digitais e fintechs”, completou.

Carteira de Crédito

O saldo da Carteira de Crédito da Caixa teve alta de 10,6% em 12 meses, totalizando R$ 1,175 trilhão em junho de 2024.

As operações de crédito comercial com pessoas físicas sofreram uma queda de 2,5% em comparação ao primeiro semestre de 2023, totalizando R$ 132,4 bilhões. No segmento de pessoas jurídicas, houve crescimento de 2,9% em 12 meses, somando R$ 97,9 bilhões.

Com saldo de R$ 783,6 bilhões e participação de mercado de 67,97%, o crédito imobiliário cresceu 14,8% em 12 meses. As operações de saneamento e infraestrutura tiveram incremento de 3,4%, no período, totalizando R$ 101,8 bilhões. Com saldo de R$ 59,0 bilhões, o crédito rural apresentou o maior crescimento, de 19,5%. 

A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,20%, com redução de 0,14 p.p. na comparação com o 1º trimestre e de 0,59 p.p. em relação ao 1º semestre de 2023.

As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 6,7% em 12 meses, totalizando R$ 13,4 bilhões no 1º semestre de 2024. Já as despesas de pessoal, considerando a participação nos lucros e resultados (PLR), cresceram 12,5% em um ano, totalizando R$ 16,3 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 82,0% no semestre.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia veementemente o banco Santander pelo uso da Polícia Militar contra bancárias e bancários.

Trabalhadores foram reprimidos com cassetetes, gás de pimenta e armas de choque elétrico em seu direito constitucional de manifestação na unidade Radar Santander, localizada na capital paulista, na manhã desta quinta-feira (22). Os protestos pacíficos eram contra a contratação fraudulenta de mão de obra, mascarada em terceirizações, que precarizam conquistas trabalhistas.

Por que o uso da polícia, paga com dinheiro público, contra trabalhadores, Santander? Mulheres foram agredidas, colegas foram derrubados no chão e detidos para delegacia.

A resposta truculenta do banco expôs ainda mais a face lamentável do Santander que, ao invés de responder às reivindicações da categoria contra as contratações fraudulentas de mão de obra, por reajuste real nas remunerações e fim da cobrança de metas abusivas, coleciona reclamações trabalhista, tendo sido condenado na Justiça por negligenciar a saúde mental dos empregados.

Não vamos nos calar, mas nos fortalecer em solidariedade à toda a categoria, aos bancários e bancárias agredidos e ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), que esteve na linha de frente dos protestos pacíficos reprimidos de forma violenta.

Contraf-CUT
São Paulo (SP), 22 de agosto de 2024

A reunião de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, realizada nesta quinta-feira (22), para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho específico das empregadas e empregados começou com um protesto dos trabalhadores contra a violência da Polícia Militar de São Paulo às manifestações da categoria bancária no Radar Santander, na Zona Sul de São Paulo.

As bancárias e bancários protestaram também contra a proposta dos bancos de reduzir direitos da categoria, rebaixar salários (os bancos querem conceder apenas 85% do índice de inflação) e a terceirização dos trabalhadores bancários, principalmente pelo Santander.

“Ainda temos que chegar a uma redação sobre os temas de hoje, que precisam ser respondidos até a semana que vem, mas as negociações na Caixa estão andando”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Mas é preciso que as empregadas e empregados do banco estejam mobilizados, pois uma parte importante, como o índice de reajuste e demais pautas econômicas, é definida na mesa única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, observou.

Negociações com a Caixa

A Caixa apresentou propostas sobre a substituição em cascata, horas de estudo, direito a desconexão e política de diversidade. O banco ficou de encaminhar sugestões de texto sobre estes temas e agendar uma reunião com o departamento jurídico das entidades sindicais já na próxima semana para fechar a redação final das cláusulas.

Substituição em cascata

A Caixa se comprometeu a promover a substituição em cascata para todo o segmento gerencial. Como exemplo, disse que o gerente geral poderia ser substituído pelo gerente de carteira e este pelo assistente.

A contraproposta dos empregados é para que haja possibilidade de substituição, em caso de férias, para todas as funções. A Caixa ficou de fornecer lista com cargos, para que a representação dos trabalhadores verem na área meio o que pode ser contemplado.

Horas de estudo

Os empregados reivindicaram que, para que haja efetividade da cláusula 59 do atual ACT, que trata sobre disponibilidade, dentro da jornada, de seis horas de estudo por mês, que a formação seja de forma presencial, fora da unidade de trabalho. Hoje a disponibilização é na modalidade EAD, pela Universidade Caixa.

A Caixa propôs que sejam oferecidas seis horas de estudo na modalidade presencial a cada três meses para todos os empregados.

Direito à desconexão

Os empregados exigem o fim das cobranças que chegam nos celulares dos empregados, pelo Teams, WhatsApp e de outras formas, fora do horário de expediente. A Caixa disse que estuda a implementação de um sistema que evita o envio de mensagens pelo Teams após o registro no ponto de saída.

Outra cobrança dos empregados é para que seja expresso em normativos e no ACT, a proibição de cobranças e envio de mensagens fora do horário de trabalho, para inibir a prática. Outra cobrança é para que seja respeitado o intervalo para descanso de 10 minutos a cada 50 trabalhados para todos os empregados, inclusive caixas e tesoureiros.

Política de diversidade

A Caixa já havia se comprometido em clausular as comissões regionais de diversidade (PcD, Mulheres, Racial, LGBTQIA+ e Geracional), com a possibilidade de criação de outros eixos, de acordo com a mudança do perfil do quadro de pessoal e garantia de participação representativa das entidades sindicais dos trabalhadores.

Outro compromisso assumido pelo banco foi em alterar o estatuto da Caixa para inclusão de uma cota de 30% de mulheres em cada nível dos cargos de direção, inclusive nas vice-presidências.

Com relação às PcD, a representação dos empregados cobra ainda a redução da jornada, sem redução salarial, tanto para PcD, quanto para pais/responsáveis pelos cuidados de PcD.

Seleção interna

E, com relação aos PSI, os empregados cobram que se dê maior valorização aos processos, para que mais empregados tenham ascensão de carreira pelos PSI e se reduza as indicações subjetivas do “Score”. Mas, tanto para um quanto para outro, os empregados cobram que haja critérios definidos para a escolha, sem que a decisão seja tomada por questões pessoais, ou de afinidade.

O banco também se comprometeu com a equidade de gênero nas bancas dos processos de PSI e, a pedido dos empregados, diz aceitar ampliar a diversidade, com a participação de PcD nas bancas e também na composição das equipes das Gipes e Repes.

PDV e concurso

A CEE questionou a Caixa sobre o aumento dos desligamentos pelo PDV, com o banco acatando todos os pedidos de adesão, não apenas de 3.200, como previsto anteriormente. O banco disse que está em discussão, mas que não há nada aprovado com relação a isso.

Os empregados cobram que a Caixa contrate mais empregados, em número suficiente para acabar com a sobrecarga de trabalho e reivindicam que a Caixa demande a Sest sobre a necessidade de um novo concurso.

Hoje a Caixa tem autorização para possuir 87.544 empregados. No balanço do primeiro semestre, divulgado nesta quinta-feira (22), o banco informa que, no final de junho de 2024, possuía 86.669 empregados. Isso foi antes da movimentação do PDV e do concurso.

Digitalização de agências

Os empregados trouxeram relatos de que está havendo transferências de local de lotação que levam à mudança de município, perda de função e que há cerceamento do direito de indicação do local de lotação, sem interferência do gestor. Também há casos de transferências para agência de menor porte e cobraram as promessas feitas pela Caixa de que isso não aconteceria.

A Caixa confirmou que estes problemas não deveriam estar existindo, pois não estavam previstos na proposta inicial e pediu para que os empregados afetados entrem em contato com a diretoria de pessoas.

Os empregados também cobram acesso às Superintendências Regionais digitais, para poder se comunicar com elas.

Outras cobranças

Saúde Caixa: Mesmo sabendo que há um acordo específico em vigência até o final de 2025, os empregados voltaram a cobrar a mudança do estatuto da Caixa para a retirada do teto de custeio pelo banco com a saúde de seus empregados e empregadas.
Também cobraram informações sobre os empregados afastados por doenças/acidentes de trabalho (B91).
Outra cobrança foi para que seja mantido o direito de manutenção do Saúde Caixa pós-aposentadoria para as contratações ocorridas depois de 2018 (retroativo à data da contratação).

Teletrabalho: O tema deve ser melhor debatido para que se estabeleça o público, os critérios, o aumento do valor da ajuda de custo (com pagamento proporcional ao número de dias em trabalho remoto, sem o limite mínimo de 15 dias) e o pagamento pelo banco (ou reembolso) de estrutura ergonômica.

PLR: Os empregados cobram:
•    Garantia que o pagamento do adiantamento da parcela da PLR seja de, pelo menos, 50% da PLR;
•    Retirada do limite de três Remunerações Básicas do valor global da PLR;
•    Separação do pagamento da PLR Social da regra básica, para efeitos de quaisquer limitadores;
Solução para o pagamento a menor da PLR Social de 2020.
A Caixa disse que o tema será tratado nas negociações da semana que vem.

Demais temas que precisam de respostas

Saúde do trabalhador
Gestão de pessoas
Tecnologia e sistemas
Jornada, emprego e carreira
Equiparação de salários
Roubos e sequestros
Anuidade de cartões e taxas de empréstimos e serviços
Bônus Caixa
PLR
Comunicação sindical
Funcef
GT do PFG Caixa e Tesoureiro

Fonte: Contraf-CUT

A oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada nesta quinta-feira (22) entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e os representantes do banco, embora não tenha apresentado propostas concretas que atendam as expectativas do funcionalismo, sinalizou uma série de avanços. Mas, conforme o BB esclareceu, é necessário aguardar a mesa única da Fenaban caminhar.

O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de setembro, em todas as unidades de varejo, independente de ter numerário ou não. O BB disse que os funcionários e clientes são valiosos, por isso os vigilantes estarão em todas as unidades de varejo" Esta é uma reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um sentimento de segurança entre a população.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso, cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem mais do que o patrimônio”.

Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid, tema abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% até maio (quando encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários afastados por licença à saúde também terão as horas anistiadas.

A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas. “Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também destacamos principalmente a questão das mães solo e de pais com crianças ainda em idade escolar, que não têm com quem deixá-las, e ficar fazendo mais horas”, aponta a coordenadora do CEBB.

Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra, para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra que a categoria é extremamente endividada.

Teto PLR

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi reforçada a cobrança do fim do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com patamares bem superiores, inclusive das estatais.

O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os contínuos (que hoje são 140 no banco). Eles passarão a receber a mesma dos escriturários.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense fez um ato na agência 226 do Banco Santander (25 de Agosto), em Duque de Caxias, nesta quinta-feira (22/8), pelo fim das terceirizações.

Na agência, onde também funciona Superintendência do banco na Baixada Fluminense, houve retardamento de duas horas em sua abertura.

Foi o Dia Nacional de Luta #TerceirizaçãoNão - Campanha Nacional, que ocorreu em todo o país.

O objetivo é cobrar dos bancos a proteção do emprego, dos direitos e para que os terceirizados sejam contratados com todos os direitos dos bancários e bancárias.

No ato, além da paralisação, os diretores e diretoras do Sindicato levaram faixa da Campanha Nacional, além de uma caixa de som, onde falaram para funcionários, clientes e transeuntes, sobre os malefícios da terceirização.

EFEITOS DA TERCEIRIZAÇÃO

Os bancos estão reduzindo os contratos, com todas as garantias conquistadas pela categoria na CCT, por terceirizados.

Se trabalha no banco, é bancário!

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Nesta quarta-feira, 21 de agosto, na 9ª rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos apresentaram proposta de reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC. A proposta foi prontamente rejeitada pelo comando na mesa.

O Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Nilton Esperança, o Presidente do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e Região, Ayres Carlos Alves e o Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Carlos Pereira (Carlão), representaram a entidade na reunião.

“Total desrespeito dos banqueiros, diante da lucratividade do setor. É uma total insensibilidade apresentar uma proposta aquém das expectativas da categoria. Não tem aumento real e nem, sequer, repõe a inflação. Beira o inacreditável, quando levamos em conta as negociações de outras categorias.”, declarou Nilton.

E completou. “A proposta foi rejeitada na mesa. Pois, além de absurda, financeiramente falando, sem aumento da PLR, do VA e do VR, ainda tem muitas pendências nas cláusulas sociais.”

DIEESE

Cálculos do Diesse, feitos no momento da mesa, mostram que o ajuste proposto pela Fenaban, de 85% do INPC resultaria em perda de 0,57% na remuneração das bancárias e bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.

O Comando Nacional dos Bancários ressaltou ainda que o país está em um momento de crescimento econômico, redução no desemprego e melhora na renda geral, fatores que promovem uma tendência na queda no endividamento da população, importante para a lucratividade e rentabilidade dos bancos.

Matéria publicada no Valor Econômico, nesta quarta (21), mostra que, na lista dos 10 maiores lucros no 2º trimestre, sete empresas são do setor financeiro, sendo cinco delas bancos: Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e BTG.

MOBILIZAÇÃO

O Comando Nacional aprovou um dia nacional de mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários.

PRÓXIMAS MESAS

As negociações com a Fenaban voltam na terça (27) e continuarão nos próximos dias, até a sexta (30).

*com informações da Contraf-CUT e Fetraf RJ/ES

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou à mesa de negociação, nesta terça-feira (20), sem apresentar propostas de reajustes, propondo a precarização e a retirada dos direitos da Convenção Coletiva dos Bancários (CCT), prontamente negada pelos representantes dos trabalhadores.

"A lógica dos bancos é a de atacar direitos e rebaixar os índices de remuneração. Não vamos discutir nada que resulte em perdas para as bancárias e bancários. Queremos discutir uma convenção coletiva que tenha ganhos reais", pontuou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Entre os itens da CCT que a Fenaban atacou em suas propostas estão a participação nos lucros e resultados (PLR), direitos garantidos aos trabalhadores afastados pelo INSS por motivo de doença e vales alimentação e refeição. "Todos esses pontos são fundamentais aos trabalhadores. Não faz sentido retroceder. Os bancos deveriam se envergonhar com essas proposições”, completou a também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro.

Juvandia Moreira ressaltou, por sua vez, que do total de setores no país que fizeram negociações salariais entre janeiro e junho deste ano, 86% obtiveram aumento real. “Estamos falando de setores que sofrem concorrência, mais que o setor bancário e que apresentam lucros e rentabilidades muito inferiores e, ainda assim, tiveram reajuste salarial acima da inflação”, pontuou a dirigente. “Não estamos num momento para perdas, muito pelo contrário, a economia está aquecida e o setor mais ainda. Em 2023, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões”, acrescentou. 

Houve uma pausa na reunião e, no retorno, os bancos voltaram com a proposta de precarização dos direitos, desta vez, a partir da segmentação da CCT por porte de banco. A proposta foi recusada terminantemente pelo Comando. O argumento utilizado pela Fenaban, e bastante fragilizado, foi a existência de pequenos bancos que não alcançam os mesmos lucros e retornos sobre o patrimônio líquido.

Sobre esse ponto, o Comando Nacional rebateu que a comparação não é válida, apontando exemplos de bancos menores que praticam taxas de juros abusivas e que faz com que haja inadimplência elevada.

"Um banco, usado como exemplo pela Fenaban aqui na mesa de negociação, no site do Banco Central está como sendo o segundo com a maior taxa de juros do cartão de crédito no país: 994% ao ano, ou 22% ao mês. Um verdadeiro abuso. Então, se o banco tem dificuldades de rentabilidade e lucro, esse problema não é por causa do pagamento com o pessoal, e sim porque prática taxas de juros abusivas, que faz com que tenha uma inadimplência de 14%, enquanto a média do sistema financeiro é 3,3%", destacou Juvandia. “Além disso, essse mesmo banco está dentro de um grupo que tem instituições de pagamentos e empresas de cartão de crédito. Se algum banco estiver com alguma dificuldade, ele tem que procurar o sindicato para negociar e não precarizar a CCT”, completou. 

O Comando Nacional pontuou que os bancos estão usando esse argumento na mesa para rebaixar o reajuste salarial, o que os bancários e bancárias não vão aceitar. 

Após cobrança do Comando, a Fenaban se comprometeu a trazer o índice na reunião que irá prosseguir nesta quarta-feira (21).

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense continua se mobilizando por reajustes e direitos da categoria.

Desta vez, diretoras e diretores percorreram agências bancárias de São João de Meriti, nesta segunda-feira (19/8), para falar sobre a Campanha Nacional e da importância da pressão para que os bancos entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e que corresponda às reivindicações dos trabalhadores.

As manifestações ocorreram em todo o país, na véspera da próxima mesa de negociação, que irá começar amanhã, 20 de agosto.

Na quarta-feira (15), a categoria realizou um dia nacional de luta, em todo o país, com o retardamento da abertura em algumas agências.

"Em 2023, os bancos lucraram R$ 145 bilhões no Brasil. Nós estamos falando de lucro, já descontado impostos, provisões, gastos com funcionários e equipamentos. No primeiro semestre deste ano, quatro dos cinco maiores bancos do país, que já apresentaram seus resultados (Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco) lucraram juntos R$ 53,6 bilhões. Ainda assim, não apresentaram propostas de reajuste salarial, faltando duas semanas para o fim da campanha nacional de renovação da CCT", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:

- Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.
- Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.
- E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

A campanha

As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.

Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

- Fim da gestão por metas abusivas que tem gerado adoecimento na categoria;

- Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;

- Direito à desconexão;

- Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;

- Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;

- Mais mulheres na TI;

- Combate à terceirização e garantia de empregos;

- Jornada de trabalho de quatro dias;

- Ampliação do teletrabalho.

Nesta quinta-feira, 15 de agosto, criminosos assaltaram a agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Presidente Lincoln, em Vilar dos Teles (São João de Meriti).

Assim que tomou conhecimento do assalto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense foi até a agência para garantir que os trabalhadores estivessem em segurança e a agência recebendo o devido atendimento das autoridades policiais e da direção do banco.

A Polícia Civil confirmou a prisão de três homens e informou que a ocorrência está em andamento na 64ª DP (Vilar dos Teles).

POSIÇÃO DO BANCO

De acordo com o banco, não haverá atendimento amanhã (16/8). A agência permanecerá fechada. Além disso, também garantiu atendimento psicológico a todos os trabalhadores que precisem.

Caso o bancário sinta necessidade, deve procurar um profissional da sua confiança.

CAT

O Sindicato informa que, se necessário, os trabalhadores podem emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), através do banco ou da entidade sindical.