Abril 27, 2025
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No dia 6 de outubro, brasileiras e brasileiros vão às urnas nos 5.569 munícipios de todo o país para eleger prefeitas, ou prefeitos, e vereadoras e vereadores. A menos de duas semanas do pleito, a Contraf-CUT reforça a resolução aprovada pela categoria bancária, em junho, durante sua 26ª Conferência Nacional, que ressalta a importância das eleições municipais para a construção do debate sobre grandes temas nacionais para a conquista de direitos para a classe trabalhadora e a consolidação da democracia no país.

O texto foi construído com base na resposta de 74% dos quase 47 mil bancários e bancárias que participaram da Consulta Nacional à categoria e avaliaram como muito importante a eleição para as câmaras municipais e prefeituras, de candidatas e candidatos comprometidos com as pautas dos trabalhadores. Para outros 18%, é importante a eleição de candidatos com esse perfil. Apenas 4% avaliam como pouco importante e outros 4% que não tem importância.

A resolução, aprovada em junho pela categoria, destaca que “o acirramento nas disputas de projetos políticos para o Brasil tem demonstrado que é fundamental que os trabalhadores avancem e garantam a continuidade e o aprofundamento de políticas que fortaleçam nosso projeto de sociedade democrática, o que implica em desenvolvimento sustentável, com melhor distribuição de renda, inclusão social e geração de empregos de qualidade”.

“O apoio da categoria às candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora é fundamental para que se altere a correlação de forças nas câmaras municipais e nas prefeituras que hoje são ocupadas, em grande parte, por quem atua contra os trabalhadores e contra a democracia”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “Precisamos estar atentos e votar com consciência para tirarmos do poder quem quer manter a concentração de renda e não pensa em políticas sociais para reduzir a desigualdade social. Já passou da hora de pararmos de eleger quem trabalha para deixar o rico cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Nós, trabalhadores, somos maioria! Precisamos eleger quem nos representa!”, completou.

 

Proximidade com o eleitor

Juvandia também lembra que é na esfera municipal que o eleitor consegue ver com mais clareza a importância da política para seu dia a dia. “O prefeito é o responsável pela Unidade Básica de Saúde e pela creche, é ele quem deve consertar os buracos nas ruas e cortar o mato das calçadas. Mas também é na política municipal que se constrói a base de debate para os grandes temas nacionais”, observou a presidenta da Contraf-CUT. “Por isso, além de elegermos prefeitas e prefeitos comprometidos com nossas pautas, temos que eleger vereadoras e vereadores que fiscalizem a atuação destes prefeitos e estejam em cada bairro, em cada vila, em cada comunidade de nossas cidades, para levar o debate e construir a visão social sobre a cidade, o estado e o país que queremos”, completou.

Veja abaixo seis pontos da resolução aprovada pela categoria bancária que devem ser considerados neste processo eleitoral:
•    Mapear e apoiar as candidaturas comprometidas com as pautas da classe trabalhadora será decisivo para que se altere a correlação de forças nas Câmaras Municipais e nas prefeituras, hoje ocupadas, muitas delas, por representantes da extrema direita, antidemocrática e antipovo;
•    Ampliar as fronteiras da cidadania com a criação de novos direitos e a democratização dos espaços de decisão e gestão das políticas públicas é uma prioridade a ser encampada por todas e todos os trabalhadores organizados;
•    A consolidação da democracia e a participação popular são necessárias para que mudanças estruturais ocorram e a disputa de projetos passa pela eleição de representantes nos parlamentos municipais e na gestão dos municípios brasileiros;
•    Defendemos reformas estruturais para a construção de uma sociedade democrática e igualitária, para que a democratização das cidades seja plena;
•    É necessário intensificar nossa estratégia organizativa e de lutas, construindo propostas e diretrizes para um projeto nacional de desenvolvimento, consolidadas nas pautas a serem defendidas por aquelas e aqueles que, de fato, nos representam e disputarão as eleições municipais de 2024;
•    Uma nova composição das casas legislativas e dos executivos municipais, unificando as forças em prol de um mundo justo e democrático, no qual os trabalhadores e trabalhadoras sejam reconhecidos como classe social digna de direitos e de cidadania é essencial à nossa luta.

Fonte: Contraf-CUT

Há 32 anos, o dia 21 de setembro foi instituído como o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (PcD), uma data que simboliza a constante busca por acessibilidade, emprego, educação e, sobretudo, respeito às diferenças. Segundo dados do IBGE, 34% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, enfrentando desafios diários em uma sociedade que ainda precisa avançar na inclusão.

A data, que foi oficializada em 14 de julho de 2005 pela Lei Federal nº 11.133, é resultado da luta e mobilização do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). O dia 21 de setembro foi escolhido por sua proximidade com a primavera e o Dia da Árvore, representando o nascimento das reivindicações por cidadania e participação plena em igualdade de condições.

Desde então, a data é celebrada anualmente em todos os estados do Brasil, servindo como um momento de reflexão e de incentivo à sensibilização por mais inclusão social. Os direitos das pessoas com deficiência são garantidos pela Constituição Federal de 1988, e o Brasil se destaca por ter uma das legislações mais avançadas do mundo nessa área.

Neste ano, a categoria bancária tem um motivo especial para comemorar a data voltada para o reconhecimento e reivindicação de direitos aos PcD: o resultado da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que incluiu na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de próteses, garantindo que esses trabalhadores possam atender suas necessidades sem enfrentar prejuízos financeiros ou profissionais.

“O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência é mais uma oportunidade para fortalecer essa caminhada, relembrando as conquistas e buscando sempre novos caminhos para garantir o respeito e a igualdade de todos os cidadãos”, destaca a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, "Tivemos, sem dúvida, alguns avanços importantes, frutos de muita luta. No entanto, ainda há muito, muito mesmo a se fazer quando falamos sobre as pessoas com deficiência. Precisamos criar condições acessíveis e dignas para esse público, desde garantir empregos decentes até proporcionar capacitação e oportunidades reais de ascensão dentro das empresas. Essas são questões centrais da nossa luta e esperamos poder continuar avançando, sempre com o objetivo de construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva", completa.

Maria Cleide Queiroz, coordenadora do Coletivo Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras com Deficiência da CUT, acredita que "a luta em defesa dos direitos e por mais conquistas é permanente, e seguiremos na perspectiva de dias melhores, buscando que a real inclusão das pessoas com deficiência aconteça em todas as esferas da sociedade e na garantia dos direitos humanos."

Fonte: Contraf-CUT

No Dia Internacional da Igualdade Salarial, comemorado nessa quarta-feira (18), os ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) apresentaram o 2º Relatório de Transparência Salarial e anunciaram uma série de medidas para que o Brasil alcance a equidade. Segundo o levantamento, feito com base em informações enviadas ao Governo por mais de 50 mil empresas com 100 ou mais empregados e empregadas, em 2023, as mulheres recebem em média 20,7% que os homens. O documento considerou ainda os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) daquele ano.

Nos cargos de gerência, a desigualdade é ainda mais aprofundada, com as mulheres recebendo cerca de 73% dos salários dos homens que exercem a mesma função. E, quando se trata de profissionais em nível superior, elas ganham 31,2% menos que os homens. Durante a divulgação do relatório, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, avaliou que o combate à desigualdade salarial é resultado de preconceito estrutural, ou seja, está na raiz da sociedade e, portanto, necessita de vários instrumentos sociais para ser superada. “Ainda acham que o que as mulheres [ganham] é o complemento do salário dos homens. Não é. Nós precisamos convencer as empresas, os homens e todo o mundo que as mulheres, hoje, são aquelas que mantêm suas famílias. O desafio é colocar as mulheres na centralidade do debate", completou.

"Os dados deste 2ª relatório mostram que houve aumento na diferença salarial entre homens e mulheres, em relação ao 1º relatório de transparência, divulgado em 25 de março pelo governo, com base nos dados de 2022 e que mostrava que as mulheres recebiam 19,4% menos que os homens no Brasil", observa a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, que participou do evento de divulgação do relatório deste ano, em Brasília, representando a entidade.

A dirigente ressalta ainda que a desigualdade salarial entre gêneros rouba recursos da economia ao lembrar que, recentemente, o instituto internacional McKinsey divulgou pesquisa com dados de 118 países mostrando que a paridade acrescentaria cerca de R$ 60 trilhões (US$ 12 trilhões) ao PIB global.

"A igualdade salarial entre homens e mulheres é uma reivindicação dos movimentos sociais em âmbito mundial. São necessários avanços, neste sentido, em todo o mundo. Aqui no Brasil, tivemos avanços recentes com a elaboração de políticas para criar e fortalecer mecanismos que mudem essa realidade, como o relatório de transparência, que traz um diagnóstico essencial para que nós, como sociedade, reconheçamos a situação para poder superá-la", completa Fernanda, que também representou o movimento sindical bancário no Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens.

Desigualdade racial

O 2º Relatório de Transparência Salarial confirma também que o país continua praticando desigualdade salarial entre brancos e pretos: mulheres pretas recebem em média metade (50,2%) do salário dos homens brancos e representam cerca de 10% dos trabalhadores dos estabelecimentos analisados.

O relatório aponta ainda que somente 35,3% das empresas têm alguma política de incentivo à contratação das mulheres e 22,9% delas oferecem auxílio creche. Além disso, somente 27,9% das empresas indicaram ter política de incentivo à contratação de mulheres negras.

Ações

O relatório de transparência é um dos mecanismos da Lei da Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios (nº 14.611), criada e sancionada pelo governo Lula. No evento deste ano, para a divulgação do material, os ministérios envolvidos com a proposta anunciaram 79 ações para combater a desigualdade salarial entre gêneros, divididas em três eixos:

1 - Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho, com 36 ações de enfrentamento às barreiras que impedem as mulheres de acessar o mundo do trabalho em condições de plena igualdade;

2 - Permanência das mulheres nas atividades laborais, com 19 ações para reduzir os obstáculos à permanência das mulheres e promover políticas de compartilhamento das responsabilidades familiares; e

3 - Ascensão e valorização profissional das mulheres no mundo do trabalho, com 24 ações que visam estimular e criar oportunidades para mulheres jovens acessarem carreiras vinculadas às ciências exatas.

Na categoria bancária

Fernanda Lopes ressalta que a desigualdade salarial entre gêneros também é enfrentada na categoria. Segundo levantamento do Dieese, de 2022, apesar de representarem quase 48% da categoria, as bancárias têm remuneração média 20% inferior à remuneração média dos homens bancários. O recorte racial revela uma distorção ainda pior: as mulheres bancárias negras (pretas e pardas) têm remuneração média 36% inferior à remuneração média do bancário branco.

Por conta dessa diferença, para que as mulheres negras bancárias recebam a mesma remuneração que os colegas homens e brancos, elas teriam que trabalhar num mês de 48 dias ou mais 7 meses do ano para haver igualdade salarial. 

"Neste ano, conquistamos entre os avanços sociais para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o compromisso dos bancos de alcançar a paridade salarial e de oportunidade de ascensão nas empresas do setor", destaca a dirigente.

Na Consulta Nacional da Categoria Bancária, realizada neste ano com quase 47 mil trabalhadores do setor de todo o país, o tema Igualdade de Oportunidade apareceu na 5ª colocação entre as prioridades da classe, relacionadas às cláusulas sociais. Entretanto, quando analisado separadamente as respostas de homens e mulheres, Igualdade de Oportunidade apareceu na 1ª colocação para 65% das mulheres, atrás de outros temas das cláusulas sociais, como manutenção de direitos, combate ao assédio moral e emprego. Enquanto que, para a maioria dos homens, manutenção de direitos é que aparece na 1ª colocação, ficando Igualdade de Oportunidade somente na 6ª posição.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de diversas reclamações de bancários, pais e mães de crianças e pessoas do espectro autista, sobre os altos valores cobrados de coparticipação para terapias, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) interveio junto ao Bradesco para buscar soluções. Muitas famílias cobradas pela Bradesco Saúde tiveram o comprometimento de quase a totalidade de sua renda.

Em resposta à solicitação de providências, o Bradesco explicou, na noite de quinta-feira (19), que inicialmente sua tabela de coparticipação prevê uma cobrança de 30% sobre consultas, terapias e exames de baixa complexidade. No entanto, reconheceu que, no caso de pessoas do espectro autista, que necessitam de uma série de terapias frequentes, muitas realizadas em mais de uma sessão semanal, os custos se tornam excessivos.

Com isso, o banco se comprometeu a reduzir a coparticipação para 15% (metade do valor original) nos pacotes de terapia para Transtorno do Espectro Autista/TEA). Essa mudança passa a valer a partir do dia 1º de outubro, e é necessário que o segurado informe na clínica responsável pelo tratamento que ela deve enquadrar as sessões como pacote de terapias TEA.

Além disso, o banco informou que os valores já cobrados até o momento serão corrigidos, com a devolução de 50% da coparticipação realizada. O crédito será feito automaticamente na conta dos trabalhadores no dia 27 de setembro, sem necessidade de qualquer ação por parte dos bancários. O Bradesco também se comprometeu a informar diretamente esses trabalhadores sobre a devolução.

“Fomos muito insistentes com o banco na resolução desse problema desde o início das queixas dos bancários. Continuaremos atentos, em contato com essas pessoas, para ver se está tudo como o combinado. Qualquer mudança no comportamento, o bancário deve procurar o sindicato de sua base”, elucidou Erica de Oliveira, coordenadora da COE.

Empréstimo social mantido

Para os bancários que entraram em contato com o programa VivaBem e solicitaram o empréstimo social para lidar com os custos elevados, o banco informou que o empréstimo será mantido, mas, mesmo assim, as correções nos valores de coparticipação serão efetuadas.

Fonte: Contraf-CUT

 

O Banco Santander confirmou que irá realizar o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2024 no dia 30 de setembro, prazo limite previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários.

A antecipação faz parte do acordo estabelecido na Campanha Nacional Unificada 2024, que garante o benefício aos trabalhadores com base nos lucros obtidos pelo banco.

[Link do cálculo da sua PLR]

Reflexo da política de corte de custos

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, destacou que o expressivo crescimento do lucro do banco no primeiro semestre de 2024 se deu, em grande parte, pela implementação da multicanalidade e uma política agressiva de corte de custos. Esse cenário inclui a fusão de agências, o fechamento de postos de trabalho e a descentralização do atendimento do segmento Empresa, que hoje opera de forma externa. “O banco tem aumentado seus lucros enquanto diminui sua força de trabalho e fecha pontos de atendimento. O modelo de multicanalidade tem incentivado o uso dos canais digitais pelos clientes, reduzindo o atendimento presencial e descentralizando as operações. Essa estratégia impacta diretamente os trabalhadores e a população, que agora enfrentam menos opções de atendimento nas agências”, explicou Wanessa.

No primeiro semestre de 2024, o Santander alcançou um Lucro Líquido Contábil de R$ 6,18 bilhões, um aumento de 46,9% em comparação ao mesmo período de 2023. Apenas no segundo trimestre, o lucro foi de R$ 3,2 bilhões, uma alta de 10,6% em relação ao trimestre anterior. Porém, apesar dos resultados financeiros positivos, o Santander encerrou o semestre com 55.091 funcionários, uma redução de 80 postos de trabalho em relação ao ano anterior. Além disso, foram fechadas 380 agências e postos de atendimento no mesmo período, enquanto a base de clientes cresceu em 3,9 milhões, totalizando 67,2 milhões de clientes.

“Estão ganhando mais dinheiro porque estão reduzindo custos, diminuindo a força de trabalho, reduzindo locais de atendimento para a população, e o modelo de multicanalidade tem norteado um atendimento mais remoto e descentralizado”, reiterou Wanessa.

PLR dos bancários 2024

A Participação nos Lucros e Resultados dos bancários é regulamentada pela CCT 2024/2026, que define as regras de pagamento, cálculo, datas e critérios. O valor da PLR é determinado pelo lucro anual do banco e é pago em duas parcelas: a antecipação até 30 de setembro e o restante até 1º de março do ano seguinte.

A fórmula da primeira parcela/antecipação da PLR dos bancários corresponde a “54% do salário + valor fixo de R$ 2.005,82” (Regra Básica), além da Parcela Adicional, que distribui 2,2% do Lucro Líquido de forma linear, com um teto de R$ 3.471,13. Esses valores já incluem o reajuste de 4,64% conquistado na Campanha Nacional 2024.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Itaú tem buscado fazer acordos com funcionários afastados por motivos de saúde ou com estabilidades provisórias garantidas por lei para que deixem a empresa. Muitos desses bancários e bancárias estão atualmente afastados pelo INSS, e o banco tem oferecido uma indenização em troca da desistência do afastamento e da estabilidade.

Além disso, a indenização proposta pelo Itaú inclui o plano de saúde, no qual o banco pretende oferecer valores em dinheiro ao invés de continuar custeando o benefício. Essa oferta, no entanto, implica na quitação plena de todos os direitos relacionados à saúde dos trabalhadores.

O movimento sindical manifestou seu desacordo com essa decisão unilateral do banco, considerando-a uma prática que retira direitos dos trabalhadores e dá plena quitação ao contrato de trabalho, impedindo futuras ações judiciais. O Itaú, por sua vez, alega que a decisão de aderir ou não ao acordo cabe aos bancários e que possui respaldo na nova legislação trabalhista.

Diante desta situação, orientamos todos os bancários que receberam essa proposta a procurar seus sindicatos para esclarecimentos, especialmente através dos departamentos de saúde e jurídico. É importante ressaltar que, após a reforma trabalhista, as homologações de rescisões de contrato não são mais realizadas nos sindicatos, o que torna ainda mais fundamental buscar orientação sindical antes de tomar qualquer decisão.

José Renato Riscado, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Itaú, que participou virtualmente da reunião entre a COE e GT de Saúde do Itaú, comentou.

“Reafirmamos a importância de buscar ajuda e esclarecimentos aos Sindicatos de suas bases, para esta, ou quaisquer outras questões, antes de qualquer decisão. O Sindicato está, e sempre estará, ao seu lado para defender e lutar pela manutenção dos seus direitos. Saúde é vida!”

Fonte: Contraf-CUT

A categoria bancária injetará R$ 86,5 bilhões na economia do país a partir de setembro deste ano até agosto de 2025, montante resultado de conquistas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) obtidas em mesa de negociações entre a categoria bancária e os bancos.

Do total deste valor, R$ 12,7 bilhões correspondem ao reajuste de 4,64% sobre os salários, vales refeição e alimentação e PLR, obtido na campanha deste ano e com validade de renovação da CCT 2024-2026. “O importante também é sair da campanha garantindo a manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho para todos, além de preservar e ampliar direitos,” avalia a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro, Juvandia Moreira. “Por meio do reajuste aos trabalhadores do setor, obtidas com mobilização sindical, a categoria contribui para a economia. Porque é o dinheiro no bolso do trabalhador e da trabalhadora que movimenta o comércio e a indústria", completa.

Considerando apenas os salários, o reajuste representa um acréscimo de R$ 2,95 bilhões para uma massa salarial anual da categoria de R$ 66,5 bilhões.

As conquistas para a PLR injetarão por volta de R$ 9,2 bilhões até março de 2025, sendo que R$ 4,3 bilhões deste total já estão sendo distribuídos na antecipação da PLR neste mês de setembro.

Já o reajuste nos vales alimentação e refeição representam R$ 474,5 milhões a mais no total desses direitos que somam R$ 10,7 bilhões recebidos anualmente pela categoria.

Ainda segundo o Dieese, desta vez considerando todos os setores econômicos, as negociações coletivas do país trazem um ganho adicional médio de R$ 250 bilhões por ano para o bolso dos trabalhadores e trabalhadoras. 

"As negociações coletivas, organizadas via ação sindical, são mecanismos fundamentais na correlação de forças entre trabalhadores e empresas. Não apenas promovem avanços na recomposição salarial como também funcionam como mecanismos para a desconcentração de renda", completa Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

ACT da Caixa é assinado

Setembro 16, 2024

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e sindicatos de todo o país assinaram, nesta segunda-feira (16), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, que foi aprovado por assembleias realizadas em todo o país nos dias 4, 5, 11, 12 e 13 de setembro, após mais de dois meses de negociações.

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“Sabemos da importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros e da responsabilidade das empregadas e empregados e, ao assinarmos esse acordo, entendemos que ele é parte do reconhecimento do trabalho que elas e eles realizam”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ao ressaltar que, em comparação com os vários acordos coletivos que existem no Brasil, a CCT da categoria e o ACT/Caixa se destacam pela quantidade de direitos sociais e econômicos garantidos aos trabalhadores.

A mesa única de negociações da categoria bancária é referência para os trabalhadores dos demais setores econômicos. Com uma CCT válida em todo o território nacional. “Termos entidades sindicais fortes é importante para o país e para a democracia”, ressaltou Juvandia, lembrando que as negociações são construídas em meio a divergências que fazem parte do processo, que também exigem respeito e confiança.

Juvandia também ressaltou a contribuição das redes sociais para a transparência das negociações, mas também lembrou que ela funciona como mecanismo de difusão de notícias falsas (fake news).

“Elas contribuem com o processo de comunicação, mas também como foco de tensão e de mentiras, com uma agilidade imensa, que faz com que até a gente explicar uma, já existe outra circulando. Por isso, é fundamental que os sindicatos ampliem o diálogo com os trabalhadores”, disse.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, foi uma das campanhas mais difíceis dos últimos anos. “Além de lidar com a dificuldade das negociações, típica da luta de classes, tivemos que combater notícias falsas, que tentavam desmoralizar as negociações e o movimento sindical. Por isso, quero agradecer e parabenizar todos os bancários e bancárias da Caixa, que entenderam o momento que estamos passando, confiaram no movimento sindical e aprovaram o acordo nas assembleias realizadas em todo o Brasil”, disse.

Neiva lembrou ainda que a campanha acabou, mas a luta continua. “Agora, precisamos acumular forças e fazer outras lutas importantes, como a questão do equacionamento da Funcef, a derrubada do teto do Saúde Caixa e a defesa do banco público, além de uma série de lutas sociais que também é nossa responsabilidade como sindicato cidadão, que ultrapassam questões corporativas, e seguem rumo à construção de um Brasil para todos os brasileiros”, completou.

Negociações permanentes

“As negociações com a Caixa foram duras, mas conseguimos manter os direitos previstos no ACT anterior e obtivemos avanços no acordo que assinamos hoje”, observou o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “Mas temos uma mesa permanente de negociações com a Caixa e agora queremos tratar sobre a derrubada do teto de custeio pela Caixa com a saúde do quadro de pessoal, tanto do estatuto do banco, quanto do ACT específico do Saúde Caixa”, completou.

Outra negociação que continuará ativa será pela criação de um GT Tripartite entre a Caixa, a Funcef e a representação das empregadas e empregados. “Precisamos tratar do equacionamento dos déficits do plano REG/Replan Saldado, do contencioso e de outras questões sobre o fundo de previdência fechado das empregadas e empregados da Caixa”, reforçou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

PLR será paga amanhã: entenda

O pagamento da PLR é dividido em duas parcelas. A primeira poderia ser paga até 30 de setembro de 2024, mas o banco vai adiantar para esta terça-feira (17). A segunda será paga até 31 de março de 2025.

A parcela de setembro é equivalente a 50% do valor da PLR total (50% da PLR Fenaban + 50% da PLR Social), calculada com base no lucro do primeiro semestre de 2024.

A PLR CEF é composta por dois módulos:

* Módulo Fenaban - Regra Básica: 90% do salário + valor fixo 3.343,04, limitado a um teto individual de R$ 17.933,79.

* Módulo Fenaban - Parcela adicional: corresponde a 2,2% do lucro líquido do exercício dividido pelo número total de elegíveis.

* PLR Social: 4% do lucro do banco dividido para todos os empregados.

Importante ressaltar que o valor total da PLR Caixa Econômica Federal está limitado a três remunerações base por empregado, desde 2020, por imposição da atual diretoria baseada em resoluções da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). A proposta também prevê o pagamento mínimo de uma remuneração base.

Outra informação importante é que nesta terça-feira (17), as empregadas e empregados recebem 70% (50% para quem paga pensão alimentícia) da parcela de setembro da PLR Caixa. Ou seja, recebem 70% da metade do valor total da PLR Caixa (PLR Social + PLR Fenaban). Os outros 30% restantes da parcela de setembro serão pagos junto com a folha deste mês, já com incidência de descontos como, por exemplo, a pensão alimentícia e o Imposto de Renda.

A segunda parcela da PLR Caixa (50% da PLR Fenaban + 50% da PLR Social) será paga até 31 de março de 2023, já ajustada conforme o lucro consolidado da Caixa neste ano.

Nesta segunda-feira, 16 de setembro, as empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, da base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através de assembleia, aprovaram a proposta apresentada pelo banco.

A assembleia, que ocorreu de forma presencial, deliberou a proposta de aprovação e renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, apresentada pela Caixa Econômica Federal; e o desconto a ser feito nos salários dos empregados, em razão da contratação a ser realizada (desconto assistencial e taxa negocial).

Diante do cenário formado em todo o país, somado ao fato da assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) estar marcada para a tarde desta segunda-feira, os empregados da Caixa decidiram por aprovar a proposta.

IMPORTANTE

A assembleia foi um pedido, formal, dos funcionários e funcionárias da Caixa que enviaram um documento ao Sindicato, fazendo a solicitação desta assembleia.

Feijoadas de setembro

Setembro 13, 2024

Confira as datas das feijoadas do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense no mês de setembro:

20/9 - Nova Iguaçu (sexta-feira)

26/9 - Duque de Caxias (quinta-feira)

Esperamos vocês!