Abril 27, 2025
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Na Consulta da Campanha Nacional dos Bancários 2024, onde participaram mais de 46.824 bancários e bancárias em todo o Brasil, entre as prioridades apontadas categoria para a última Campanha Nacional, a preocupação com a saúde teve destaque.

 

Entre os problemas mais frequentes, destacam-se a ansiedade, a depressão e o burnout. E cada um desses transtornos apresenta particularidades:

Burnout: Esse transtorno está diretamente relacionado à exaustão física e mental no ambiente de trabalho. Além disso, Freitas enfatiza a importância de diagnósticos precisos para garantir um tratamento eficaz. O Ministério da Saúde, por exemplo, já  reconhece o burnout como uma doença relacionada ao trabalho.

Ansiedade: Esse transtorno é marcado por uma preocupação constante e exagerada, que pode resultar em sintomas físicos, como falta de ar e arritmia. Durante a pandemia, a ansiedade aumentou significativamente devido à digitalização acelerada e ao isolamento social.

Depressão: A depressão, por sua vez, provoca uma tristeza intensa e prolongada, impactando a capacidade de trabalhar. É necessário diferenciar entre a depressão e a tristeza temporária para buscar o tratamento correto.

Durante as negociações, o movimento sindical mostrou para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que os bancos são responsáveis por 0,8% do estoque de empregos e 1,5% do total de afastamentos por doenças.

Confira alguns dados extraídos da Consulta:

 

  • 39% dos respondentes declararam ter usado medicamento controlado nos últimos 12 meses;
  • Em relação aos impactos à saúde das cobranças excessivas pelo cumprimento de metas:
  • 67% responderam ter preocupação constante com o trabalho;
  • 60% responderam sentir cansaço e fadiga constante;
  • 53% sentem-se desmotivados e sem vontade de ir trabalhar;
  • 47% tem crises de ansiedade/pânico; e
  • 39% sentem dificuldade de dormir mesmo aos finais de semana (entre outros sintomas).

Dados de Afastamentos na Categoria Bancária
(Smartlab – INSS)

  • A Categoria Bancária representa 0,8% do emprego formal. Com relação ao auxílio doença previdenciário, a taxa de afastamento nos bancos comerciais chegou a 289,7 para cada mil vínculos;
  • Analisando dados por ocupação, nota-se que ocupações tipicamente bancárias estão entre as que geraram maiores taxas de afastamento acidentário: gerente de agência (12,3 para cada mil); gerente de contas PF e PJ (11,4 para cada mil); e caixa de banco, com taxa de 11,0 para cada mil vínculos;
  • Em 2022, foram registrados no país 105,2 mil afastamentos acidentários, sendo 3,7% na Categoria Bancária. Ocorreram ainda 928.5 mil afastamentos previdenciários, 1,5% na Categoria Bancária;
  • o Em relação aos afastamentos relacionados à Saúde Mental e Comportamental, em 2022, a Categoria Bancária foi responsável por 25% dos afastamentos acidentários (B91) e 4,3% dos afastamentos previdenciários (B-31);
  • Em 2012, os afastamentos acidentários de bancários foram motivados, em sua maioria, por doenças “Osteomuscular e Tecido Conjuntivo” (48,7%). Já em 2022, as doenças Mentais e Comportamentais foram as principais causas dos afastamentos, responsáveis por 57,1% do total dos afastamentos na categoria bancária;
  • Quanto aos afastamentos previdenciários, as doenças Mentais e Comportamentais foram as principais responsáveis pelo total de afastamentos em ambos os períodos (23,6% em 2021 e 40% em 2022);
  • Taxa de ocorrência de afastamento: a utilização do conceito de taxa como indicador é um parâmetro comum que propicia melhor análise comparativa. Em 2022, a taxa de afastamento acidentário na categoria bancária ficou em 9,1 para cada mil vínculos, enquanto a média geral da economia foi de 2,0 para cada mil vínculos;
  • Nos bancos comerciais, a taxa de afastamento acidentário foi de 37,3 para cada mil vínculos e nos bancos múltiplos com carteira comercial a taxa foi de 9,5 para cada mil vínculos.

RISCO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Uma pesquisa nacional da Contraf-CUT/UNB, neste ano, com o objetivo de investigar as relações entre o trabalho bancário e o adoecimento na categoria, revelam a presença de fatores de risco no ambiente de trabalho, com riscos psicossociais.

De acordo com a Dra Ana Magnólia Mendes, coordenadora da pesquisa, a presença intensa de relações produtivistas intensificam a sobrecarga no trabalho: "Essas relações são caracterizadas pelo foco em metas, pela cobrança por resultados, pela pressão intensificada pela vigilância de resultados e também pela insuficiência de pessoas para realizar as tarefas que contribui para um ritmo de trabalho excessivo".

AÇÕES CONCRETAS E RECOMENDAÇÕES 

Em 2022, a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) fizeram um chamado à ações concretas para atender às preocupações sobre a saúde mental da população trabalhadora. Na época, estimou-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por causa de depressão e ansiedade, custando à economia global quase 1 trilhão de dólares. As diretrizes globais da OMS sobre saúde mental no trabalho recomendam ações para enfrentar os riscos à saúde mental, como cargas pesadas de trabalho, comportamentos negativos e outros fatores que geram sofrimento no trabalho.

Pela primeira vez, a OMS recomenda o treinamento de gestores para desenvolverem capacidades para prevenir ambientes de trabalho estressantes e responder aos trabalhadores em sofrimento.

A 12ª reunião de negociação entre o Coletivo Nacional dos Financiários e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), realizada de forma online na manhã desta sexta-feira (27/9), trouxe avanços significativos para a Campanha Nacional 2024.

A Fenacrefi apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com perspectiva de assinatura no dia 11 de outubro de 2024.

O Diretor de Bancos Privados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Max Bezerra, participou da reunião, representando a entidade.

A proposta inclui o seguinte:

2024:

  • Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
  • Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024.
  • Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.
  • Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.

2025:

  • Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.
  • Mudança da data-base para outubro de 2025, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.
  • Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.

PLR:

Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.

Outras cláusulas importantes:

  • Convênio médico: Não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.
  • Violência contra a mulher: Ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.
  • Combate ao assédio sexual e moral: Será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.
  • Grupo de trabalho paritário: Um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.

“Essa proposta de renovação da CCT representa um avanço importante nas negociações da Campanha Nacional 2024, com a expectativa de trazer melhorias salariais e de condições de trabalho para os financiários de todo o Brasil. Por isso, indicamos a aprovação da proposta”, pontuou a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes.

“Sempre estivemos comprometidos em construir um acordo que traga benefícios concretos em questões fundamentais para a categoria, como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a manutenção dos benefícios já conquistados, sempre com foco na defesa dos direitos dos financiários. Saímos dessa reunião com a sensação de dever cumprido”, afirmou o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves.

Os sindicatos devem realizar as assembleias de avaliação da proposta na próxima semana. Caso seja aprovada, a nova CCT será assinada no dia 11 de outubro.

*com informações da Fetraf RJ/ES e Contraf-CUT

O Acordo Coletivo de Trabalho específico de Jornada de Trabalho (AJT) obteve aprovação de 93% nas assembleias dos funcionários do sistema BNDES realizadas pelos sindicatos dos bancários de Brasília, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, que representam as bases onde existem unidades do banco, da BNDESPAR e da Finame.

“O alto índice de aprovação reflete o bom resultado das negociações com o banco. Mantivemos todos os direitos dos funcionários e conseguimos que a regulamentação do trabalho remoto, que antes era feita por norma interna, fosse incluída no acordo, trazendo mais segurança ao trabalhador, pois a empresa não poderá mudar as normas sem antes negociar com as entidades de representação do funcionalismo do BNDES”, avaliou o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade na mesa de negociações com o banco. “Também conseguimos aumentar de seis meses para um ano a redução de uma hora na jornada para mulheres lactantes”, completou.

Outras negociações

Além do Acordo da Jornada de Trabalho (AJT), ainda estão em negociação o ACT Geral e o específico sobre a PLR. “No ACT Geral, o banco já disse que vai seguir o que foi negociado com a Fenaban. Restam apenas alguns pontos específicos a serem discutidos. O ACT da PLR também já foi negociado e será debatido com o funcionalismo do BNDES na semana que vem”, informou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Sistema BNDES

Além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, as subsidiárias de fomento de investimentos imobiliário (BNDESPAR) e de financiamento à produção e comercialização de máquinas e equipamentos (Finame) fazem parte do Sistema BNDES.

Fonte: Contraf-CUT

Após pressão da Contraf-CUT e do Coletivo Nacional dos Financiários, a Fenacrefi convocou uma reunião para esta sexta-feira (27), em formato online, devido à urgência do tema. O encontro será fundamental para dar continuidade às negociações da Campanha Nacional 2024.

O Coletivo Nacional dos Financiários espera que a bancada patronal apresente uma proposta que atende às reivindicações dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

Você já deve ter ouvido alguém dizer que “eleição é coisa séria”. E é mesmo! No momento do voto e em toda vida social de cada pessoa. Mas, infelizmente, a grande maioria não entende desta forma. Não se envolve e nem se preocupa em conhecer a quem delega poderes através do voto. “Esta pode ser uma grande armadilha! Daqui a pouco mais de uma semana, as pessoas podem delegar poderes a quem tem interesses inversos aos coletivos e afetar a vida de toda a sociedade. Precisamos trabalhar para evitar que isso aconteça”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão.

Para Jefão, isso é consequência da “cultura antipolítica” que as elites financeiras e dominantes incutem no inconsciente coletivo da sociedade. “Querem que a população seja alienada do processo eleitoral, para poder obter vantagens com a eleição de candidatos financiados por eles para defender a manutenção da atual situação de desigualdade social que reina no país. Desta forma, podem continuar oprimindo as trabalhadoras e os trabalhadores”, disse.

A “cultura antipolítica” nos faz acreditar que tudo o que se refere à política é ruim e que devemos nos afastar. Por isso, muita gente se isola e vive presa em uma bolha, que, ao contrário do que se pode pensar, não existe apenas nas redes sociais.

Para Elias Jordão, secretário de Comunicação da Contraf-CUT, “só a política é capaz de mudar pra melhor a vida das pessoas”. Por isso, não adianta deixar de votar, ou votar nulo. “Nosso voto tem peso e nossas decisões têm consequências. Até mesmo com a recusa de votar, de alguma forma, pode-se estar atendendo aos interesses dos poderosos, que contam com esta abstenção para que seus candidatos obtenham mais votos do que os obtidos por quem representaria os interesses da pessoa que se absteve”, completou Elias, ao lembrar que quem difunde a “cultura antipolítica” age com hipocrisia, pois é quem mais se envolve e se beneficia da política. “Por isso, é importante, antes do voto, analisarmos com muita atenção os candidatos e escolhermos com responsabilidade quem merece nossa confiança”, ressaltou.

Democracia participativa

Para os dirigentes da Contraf-CUT, se as pessoas começarem a entender os seus direitos, também compreenderão o poder que têm, se envolverão nas decisões sobre a sociedade e elegerão pessoas comprometidas, que representam, verdadeiramente, os interesses da maioria. “Com isso, podem mudar a situação de opressão a que são submetidas e melhorar suas próprias vidas. Caso contrário, os mesmos de sempre continuarão sendo eleitos e não haverá a mudança social que todos queremos”, disse Elias.

“Todos temos que fazer nossa parte. Isso começa com a escolha de pessoas que nos representem de verdade, mas não pode parar no ato do voto. Temos que acompanhar a atuação dos candidatos eleitos para ver se estão cumprindo sua obrigação e cobrá-los caso não estejam”, orientou Elias.

Outra forma de “fazermos a nossa parte”, é participar dos debates sobre as políticas de transporte público, saúde, segurança, saneamento básico, educação, meio ambiente que são realizadas em seu bairro e na sua cidade, assim como das eleições para os conselhos municipais de políticas públicas, como os Conselhos de Política para Mulheres, os Conselhos de Saúde, os Conselhos Tutelares. “Com a baixa participação da sociedade, a maioria das conselheiras e conselheiros são apoiados por grupos conservadores que elegem, na maioria das vezes, pessoas sem a necessária qualificação ou atuação social na área específica”, lamenta Jefão.

Consequências drásticas

Com a falta de participação social, as pessoas ficam alheias ao que está acontecendo em suas cidades e em seus bairros e são levadas a acreditar em notícias falsas, as chamadas fake news. “Todo o sistema democrático do país fica prejudicado, com sérios reflexos ao sistema eleitoral”, observou Jefão. “O resultado disso tudo pode ser comprovado nas eleições. Em 2018, tivemos um presidente da República eleito pelo voto popular com uma pauta contrária a todas as necessidades das próprias pessoas que o elegeram. E, tão grave quanto a eleição de um presidente, ou um prefeito que trabalha pela conservação do atual status social e da manutenção de privilégios para as elites dominantes, é a constante eleição de uma maioria de vereadores e vereadoras sem qualquer compromisso com a população. Se dizem representantes do povo, mas na verdade são representantes deles mesmos ou delas mesmas, e votam de acordo com os próprios interesses”, completou.

Para os dirigentes da Contraf-CUT, somente é possível acabar com este círculo vicioso com a participação da classe trabalhadora e da população marginalizada em todas as atividades sociais e espaços de decisão. “Temos que nos fazer verdadeiramente presentes nos espaços da democracia participativa. É esta participação que nos dará base de sustentação para eleger verdadeiras e verdadeiros representantes do povo, tanto nas eleições para os conselhos e câmaras municipais, distrital e federal, quanto para as prefeituras, assembleias legislativas, governos estaduais, Senado e Presidência da República”.

Queremos caminhar rumo à sociedade justa, fraterna e igualitária que tanto sonhamos. Vamos juntos?

Fonte: Contraf-CUT

Até às 18h desta sexta-feira (27), os participantes ativos, aposentados e pensionistas do plano REG/Replan Saldado da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), responsável pela administração dos planos de previdência das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal, podem participar de uma consulta sobre a proposta de equacionamento dos déficits do plano.

Os participantes responderão “Sim”, ou “Não”, a uma única pergunta:
“Você concorda com a implementação das medidas propostas pela Funcef, tendo por base o Relatório do GT Caixa e Funcef, para redução (estimada) de 43% no valor das contribuições extraordinárias mensais do equacionamento do REG/Replan Saldado?”

Apenas os participantes ativos, aposentados e pensionistas do REG/Replan Saldado maiores de 18 anos e com situação ativa no plano podem opinar. E a Contraf-CUT orienta que, antes de votar, todos leiam, com muita atenção, os prós e contras da proposta e deem sua opinião.

Contra e a favor

Em live realizada no dia 19 de setembro, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) lembrou que, graças à pressão das entidades de representação sindical das empregadas e empregados, houve melhorias na proposta original elaborada pelo GT constituído pela Funcef e pela Caixa, mas ressaltou que a única certeza da proposta é que ela ainda retira direitos dos participantes do plano REG/Replan Saldado e deixou claro que existem outras alternativas que reduzem as contribuições extraordinárias e preservam os benefícios, sem prejudicar os trabalhadores e aposentados da Caixa.

Já a Funcef, diz que a proposta atual traz uma redução estimada em 43% nos valores das contribuições extraordinárias mensais pagas atualmente pelos participantes ativos, pensionistas e aposentados do plano e que que validará o resultado da pesquisa se pelo menos 25% dos participantes do plano (13.418 votantes) derem sua opinião.

Histórico da proposta

1. No dia 11 de setembro de 2023, a Contraf-CUT e a Fenae se reuniram com a Funcef e reiteraram a antiga cobrança de uma solução para o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan;
2. No dia 7 de dezembro de 2023, a Funcef anunciou que havia criado em um GT com a Caixa para realizar estudos para o equacionamento de déficits do Plano REG REPLAN Saldado e Não Saldado;
3. No dia 13 de dezembro de 2023, a Contraf-CUT e a Fenae enviaram ofício cobrando à Funcef e à Caixa cobrando a participação das entidades de representação dos empregados no GT constituído pelo banco e pela fundação para discutir o equacionamento;
4. No dia 14 de maio de 2024, a Funcef apresentou a proposta que elaborou no GT constituído por ela e pelo banco, que foi muito criticada e rejeitada pelas entidades. A Funcef e a Caixa queriam impor uma série de perdas aos participantes, tais como:

  • Redução da pensão, que atualmente corresponde a 80% do valor do benefício, para 50% do valor do benefício + 10% por dependente, limitado a 80%, conforme parâmetros da reforma da previdência aprovada no governo Bolsonaro;
  • Redução da idade limite para recebimento da pensão para os filhos de até 21 anos;
  • Fim do auxílio pecúlio, que está fixado atualmente em 2 vezes e meia o valor do benefício;
  • Atendimento à Lei 3.135/2015 (tabela de temporalidade, que limita o prazo de pagamento da pensão por morte conforme a idade do dependente);
  • Alteração do início de acumulação do benefício saldado no Fundo de Acumulação de Benefício (FAB), removendo o direito de incorporar o tempo de contribuição por ingresso no mercado antes dos 18 anos.

5. A Contraf-CUT, a Fenae e a Anapar criam seu próprio grupo de trabalho para discutir alternativas para o equacionamento sem retirada de direitos dos participantes;
6. Durante o 39º Conecef, as empregadas e empregados exigem revisão do estatuto, responsabilização da Caixa pelo contencioso, alteração da taxa atuarial dos fundos da Funcef e discussão coletiva sobre o equacionamento;
7. Em julho, a Contraf-CUT, a Fenae e a Anapar apresentam uma proposta para o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, sem retirada de direitos dos participantes;
8. Ainda em julho, graças à pressão da Contraf-CUT, da Fenae e da Anapar, a Funcef apresenta uma proposta melhorada, mas que ainda desconsidera a responsabilização da Caixa pelo contencioso e retira direitos dos participantes;
9. Durante as negociações com a Caixa na Campanha Nacional dos Bancários 2024, a representação dos empregados entregou ao banco, novamente, a proposta da Contraf-CUT, Fenae e Anapar para o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, sem retirada de direitos dos participantes; A Caixa se comprometeu a debater o tema com a representação dos empregados após o fim da campanha;
10. No dia 16 de setembro, a Funcef divulgou a consulta aos participantes do REG/Replan Saldado sobre a proposta que mantém a retirada de direitos dos participantes e anunciou que a mesma será implementada se for aprovada na consulta com participação de, pelo menos, 25% dos participantes do REG/Replan Saldado.

Outros temas

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu na terça-feira (24) para discutir sobre outros pontos que precisam ser encaminhados para debate, como o fim do teto de custeio pelo banco com a saúde das empregadas e empregados e a extensão do direito de manutenção do Saúde Caixa após à aposentadoria aos contratados após 2018, além de questões específicas sobre as funções de caixa e tesoureiro, que precisam ser debatidas com as bases e avaliadas até final de outubro, ou começo de novembro, após cláusulas terem sido apartadas da negociação do ACT para aprofundamento do debate.

Fonte: Contraf-CUT

Faculdade 28 de Agosto está com inscrições abertas para a nova turma do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas”, com aulas online e sempre ao vivo, para receber os futuros pais bancários e bancárias grávidas com seus respectivos companheiros.

Para o público em geral, o valor do investimento é R$ 250, mas bancários e financiários sócios dos sindicatos da base da Contraf-CUT têm desconto e pagam somente R$ 150.

Data e horário do curso

As aulas serão de 7 a 10 de outubro, de segunda a quinta, das 19h30 às 21h30, totalizando 8 horas distribuídas em quatro noites. As inscrições poderão ser realizadas até 4 de outubro;

Mulheres que estão gestantes e seus companheiros (mesmo que não sejam bancários) podem participar.

Pré-requisito para licença-paternidade

Considerando que o curso é totalmente inovador, com profissionais de diferentes especialidades (psicologia, pedagogia, enfermaria, história e sociologia), o Sindicato e a Faculdade 28 de Agosto deixam o convite para as bancárias e financiarias e as demais mulheres que atuam no sistema financeiro que estão gestantes participarem com seus companheiros. Ou seja, se você está grávida e quer fazer o curso, pode se inscrever também.

O curso de Paternidade Responsável é pré-requisito para solicitar ao banco a licença paternidade ampliada de 20 dias, mas, não se limita a este público, haja vista seu conteúdo ser fundamental para pensar a família.

Saiba mais sobre o curso

Com aulas online e ao vivo, o grande diferencial do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas” se estabelece na interação entre professor e alunos.

E na interação entre os próprios pais e mães, que são a todo momento convidados a refletir sobre suas experiências de vida. As trocas, por meio dos diálogos abertos, se constituem como um momento ímpar na vida das famílias.

A proposta do curso é oferecer aos participantes uma reflexão sobre a paternidade e a maternidade no mundo contemporâneo.

São abordados pontos como o momento na vida do pai, os desafios para a família com a chegada do novo integrante, depressão pós-parto e o respeito à condição biológica e psicológica da mulher.

Os alunos também aprendem a trocar fralda, colocar para dormir, manobra de desengasgo, cuidados pós-mamada, entre outros assuntos que auxiliarão a desmistificar o dia a dia com o bebê, além de conceitos pedagógicos novos e antigos, educação para igualdade e a função paterna nesse contexto.

Fonte: Contraf-CUT

 

A pesquisa State Of The Global Workplace, realizada pela consultoria especializada em análise comportamental no Trabalho, Gallup, com 128 mil funcionários e funcionárias em mais de 160 países, revelou que, no Brasil, 46% dos trabalhadores estão estressados, 25% tristes e 18% com raiva. Esse dado coloca o país em quarto lugar, na América Latina, em sentimentos de raiva e tristeza, e em sétimo lugar em estresse na região.

Em cada um dos países, a consultoria entrevistou cerca de mil pessoas. Quando questionados se vivenciavam estresse um dia antes da pesquisa, 46% dos brasileiros responderam positivamente. Globalmente, 41% dos trabalhadores entrevistados responderam que sentiram estresse um dia antes da pesquisa, 21% raiva e 22% tristeza.

A consultoria não divulgou o levantamento por setor de atividades. Mas outra informação que chamou a atenção foi que os resultados deste ano são os piores, desde que a Gallup iniciou o levantamento, como mostra trecho do relatório, no qual a entidade diz que “nos últimos 10 anos, o número de pessoas expressando estresse, tristeza, ansiedade, raiva ou preocupação tem aumentado, atingindo seus níveis mais altos desde o início das pesquisas da Gallup.”

Cenário regional

No quesito raiva, no qual o Brasil ocupa a quarta colocação na América Latina, os países que lideram o ranking são, respectivamente: Bolívia (25%), Jamaica (24%) e Peru (19%). No quesito tristeza, o Brasil repete a quarta colocação, Bolívia também lidera (32%), seguida de El Salvador (26%) e Jamaica (26%).

Os países que ocupam a última colocação de raiva no ranking são Uruguai (9%) e México (7%). E os com menos tristeza são Paraguai (34%) e Panamá (15%).

No ranking com trabalhadores mais estressados, Bolívia (55%), República Dominicana (51%), Costa Rica (51%), Equador (50%), El Salvador (50%) e Peru (48%), ocupam as seis primeiras posições, respectivamente. Nesse quesito os países que aparecem nos últimos lugares são Jamaica (35%) e Paraguai (34%).

“Perceba que esses números da Jamaica e Paraguai, apesar de serem menores, são absurdos: estamos falando de quase um terço de trabalhadores estressados, nos países onde há menos sofrimento neste quesito”, observa a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).  “Na perspectiva do capitalismo, que globaliza as desigualdades e concentra as riquezas e os benefícios nas regiões centrais, podemos identificar que as grandes corporações, sobretudo as estrangeiras, reduzem jornadas, ampliam salários e benefícios onde têm sede e, nos demais países, aplicam o exato oposto. Por isso a importância das negociações coletivas, que têm origem na Organização Internacional do Trabalho (OIT), e que, por meio de sindicatos fortes, possibilita reduzir as desigualdades entre patrões e empregados”, completa a dirigente.

O levantamento da Gallup revela ainda que as nações europeias registraram o segundo percentual mais baixo de trabalhadores que vivenciam “tristeza diária” (17%) e que a região mantém fortes proteções laborais.

Avanços da categoria bancária no combate ao assédio moral 

Entre as lutas do movimento sindical bancário por melhores condições de trabalho estão o combate a todo o tipo de assédio e violência no ambiente laboral e a redução da jornada semanal para quatro dias. “Na categoria bancária, temos dados que convergem para essa realidade apresentada pela consultoria internacional, infelizmente. Um exemplo é o levantamento feito pelo Dieese, a nosso pedido, com base em dados do INSS e da RAIS, e que mostrou que bancários e bancárias representaram um quarto (25%) de todos os afastamentos acidentários por saúde mental, em 2022”, ressalta Juvandia.

Na “Pesquisa Nacional da Contraf-CUT: modelos de gestão e patologias do trabalho bancário”, feita em 2023, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos sobre Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), com cerca de 5.800 bancárias e bancários, 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano; 40,2% que estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa; e 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico. O mesmo trabalho apontou que cerca de 80% declararam pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano e, desses, quase metade seguia em tratamento psiquiátrico.

A Consulta Nacional dos Bancários 2024, realizada neste ano com 46.824 trabalhadoras e trabalhadores do setor em todo o país, revelou ainda, em pergunta de múltipla escolha, que 67% sofriam com preocupação constante com o trabalho; 60% cansaço e fadiga; 53% com desmotivação e vontade de não ir trabalhar; e 47% com crises de ansiedade e/ou pânico.

“Nossas pesquisas e estudos apontam que a implementação de metas abusivas está atrelada aos casos de adoecimento entre nossos colegas. Por isso, avaliamos que os dados alarmantes apresentados pela Gallup também podem estar ligados a modelos de gestão que adoecem”, pontua secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. “E esse é um dos motivos para uma das nossas principais lutas: que os bancos discutam com a classe trabalhadora os sistemas de metas”, completa.

O debate entre a saúde e as condições de trabalho foi ainda um dos temas de maior embate entre a categoria e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), durante as mesas de negociação deste ano que resultaram na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o biênio setembro de 2024 – agosto de 2026, e que obteve um avanço importante: a inclusão do termo “assédio moral” no documento.

“Nós já tínhamos conquistado, em negociações de anos anteriores, mecanismos de combate a esse tipo de violência. Mas os bancos sempre se recusavam a usar essa terminologia de forma explícita, colocando no lugar expressões como ‘conflitos no ambiente de trabalho'”, destaca Mauro Salles.

Na nova CCT 2024-2026, o tema ganha um capítulo chamado “Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho”, que, entre as cláusulas, determina que os bancos disponibilizem “canal de apoio para questões relacionadas ao acolhimento” de vítimas, com prazo máximo de até 90 dias para o encaminhamento das denúncias.

“Para conseguir esses avanços, foi necessário levar para as mesas os resultados da Consulta, pesquisas, depoimentos de bancárias e bancárias e informações da própria Organização Mundial de Saúde, entidade que diz que o trabalho pode amplificar questões sociais que afetam negativamente a saúde mental, apontando a violência psicológica (também conhecida como assédio moral) entre as principais queixas de assédio no local de trabalho e que impactam negativamente a saúde mental”, completa Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

A primeira vez que mecanismos de assédio moral foram conquistados na CCT dos bancários foi em 2010, com a criação da Comissão Bipartite para Prevenção de Conflitos que, na redação da nova CCT, passa a se chamar Negociação Nacional sobre Assédio Moral, Sexual e outras Formas de Violência no Trabalho.

“De lá para cá, obtivemos outros avanços na discussão do tema. Entendemos que essas conquistas e a constante luta não são apenas da categoria bancária, mas da classe trabalhadora como um todo, porque passam a servir de referência para que outros setores avancem em direitos por melhores condições no trabalho”, conclui Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

Após forte pressão da Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Banco Santander apresentou uma proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), durante a negociação realizada nesta terça-feira, 24 de setembro, em São Paulo.

O novo acordo traz novas cláusulas importantes para os trabalhadores. Confira abaixo os principais avanços:

  • Manutenção do ACT: Após inúmeras reuniões com o banco, os trabalhadores garantiram a renovação integral das condições já asseguradas pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Isso inclui a manutenção das regras do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS), sem compensação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
  • Isenção da coparticipação no plano de saúde para PCDs: Outro avanço significativo foi a conquista da isenção da coparticipação no plano de saúde para empregados com deficiência (PCD).
  • Suspensão de metas após licença de saúde: O banco também aceitou suspender as metas por 30 dias para os empregados que retornarem de afastamentos por doença, saúde ou licença maternidade superiores a 180 dias.

No entanto, ainda há pontos que não avançaram nas negociações:

  • O banco não apresentou nenhuma proposta para o grupo de neurodivergentes, incluindo tanto os funcionários quanto os filhos desses empregados.
  • Também não foi atendida a reivindicação de isenção de tarifas bancárias para os funcionários, além da ausência de propostas sobre linhas de crédito com taxas diferenciadas.
  • Outro ponto fundamental que não avançou foi a representação de todos os trabalhadores das empresas do conglomerado Santander, que prestam serviços ao banco e contribuem para seus lucros.

“A COE permanece firme na luta por essa representação nas próximas rodadas de negociação”, completou Wanessa.

A COE também reivindicou que, na próxima reunião sobre relações trabalhistas, o Santander discuta os problemas enfrentados nos planos de saúde dos funcionários da base da Bahia e do Distrito Federal, que têm gerado insatisfação entre os trabalhadores dessas regiões.

Assim que o Santander formalizar a redação final da proposta, os sindicatos dos bancários de todo o país convocarão assembleias para a deliberação.

Fonte: Contraf-CUT

As funcionárias e funcionários do sistema BNDES vão deliberar, a partir das 9h desta quarta-feira (25), se aprovam o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico sobre a jornada de trabalho. A votação, que ocorrerá por meio de plataformas digitais com acesso pela internet, seguem até às 19h de quinta-feira (26). Na quarta-feira, das 18h às 19h, serão realizadas plenárias por videoconferência para debate e esclarecimento da proposta.
Os links das plenárias e das assembleias serão divulgados pelas entidades de representação de cada base sindical dos trabalhadores no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Recife.
“Conseguimos trazer a regulamentação do trabalho em home office para dentro do acordo. Isso traz mais segurança ao trabalhador, pois a empresa não poderá mudar as normas sem antes negociar com as entidades de representação do funcionalismo do BNDES”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade na mesa de negociações com o banco. “Também conseguimos aumentar de seis meses para um ano a redução de uma hora na jornada para mulheres lactantes”, completou.

Outras negociações

Além do ACT da Jornada de Trabalho, ainda estão em negociação o ACT Geral e o específico sobre a PLR. “No ACT Geral, o banco já disse que vai seguir o que foi negociado com a Fenaban. Restam apenas alguns pontos específicos a serem discutidos. O ACT da PLR também já foi negociado e será debatido com o funcionalismo do BNDES na semana que vem”, informou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Sistema BNDES

Além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, as subsidiárias de fomento de investimentos imobiliário (BNDESPAR) e de financiamento à produção e comercialização de máquinas e equipamentos (Finame) fazem parte do Sistema BNDES.

Fonte: Contraf-CUT