Abril 28, 2025
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Nesta segunda-feira, 12 de agosto, o Sindicato dos Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências bancárias de Nilópolis, reivindicando por reajustes na remuneração da categoria.

Foram diversas manifestações e atos em todo o país, pelo Dia Nacional de Luta, com o mote "Se tem lucro, tem que ter valorização” e que ocorrem um dia antes da 7ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Na última mesa de negociação, realizada quarta (7), os trabalhadores apertaram os bancos com dados que demonstram que, no Brasil, as instituições seguem obtendo lucros e rendimentos exorbitantes. Ainda assim, os porta-vozes da Fenaban disseram que estariam em perigo no país, devido ao aumento da concorrência e, ainda, fizeram sugestões que precarizam direitos e rebaixam salários no setor, prontamente recusadas pelo Comando Nacional dos Bancários.

Os trabalhadores destacaram que, enquanto os cinco maiores bancos do Brasil pagam remuneração média anual de R$ 9 milhões às diretorias, nos últimos oito anos, os bancários tiveram um déficit nos salários de 0,3%, abaixo da inflação.

O Comando também exigiu que, na próxima reunião, que acontecerá na terça (13), os bancos tragam propostas sobre a série de reivindicações já levadas às meses de negociação e que incluem:

- Aumento real salarial, melhora na PLR, VA/VR e demais remunerações, como auxílio creche e babá;
- Saúde e condições de trabalho, com o foco no adoecimento da categoria;
- Combate ao assédio moral e sexual;
- Direito à desconexão;
- Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
- Igualdade de oportunidade e igualdade salarial, entre gênero e raça;
- Mais mulheres na TI;
- Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.

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Na manhã desta sexta-feira (9), a quarta reunião de negociação entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e a direção do banco aconteceu na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. O encontro, que integra as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), debateu novos temas relacionados à saúde e às condições de trabalho dos empregados.

Entre as principais demandas apresentadas pela COE, destaca-se a proposta de que empregados com deficiência, conforme definido por lei, tenham prioridade na transição para o teletrabalho ou trabalho remoto. A comissão defende que qualquer recusa por parte do banco a esses pedidos deve ser devidamente justificada. A mesma prioridade ao teletrabalho é reivindicada para empregados com filhos com deficiência e/ou neurodivergentes, independentemente da idade, incluindo dependentes sob guarda provisória e enteados. Além disso, em casos que não for possível o trabalho remoto, deverá ser garantido uma redução de jornada diária nos dias de comparecimento presencial, sem que isso acarrete qualquer desconto no salário.

Outro ponto central das negociações foi teletrabalho e trabalho externo. Ao Santander foi solicitado que forneça um telefone celular corporativo para os empregados que também desempenham atividades externas. Esse dispositivo deverá contar com uma linha de dados suficiente para permitir a conexão compartilhada (Wi-Fi) com equipamentos de trabalho, como notebooks ou tablets. A COE também enfatizou a importância de garantir a comunicação direta e individualizada entre os representantes sindicais e os empregados que atuam nessas modalidades, por qualquer meio telemático.

"O nosso objetivo é garantir que todos os trabalhadores do Santander, especialmente aqueles que enfrentam maiores desafios, como pessoas com deficiência ou que têm filhos neurodivergentes, tenham condições de trabalho que respeitem suas necessidades específicas”, afirmou a coordenadora da COE Santander, Wanessa Queiroz. “As propostas que levamos para esta mesa de negociação visam assegurar que esses trabalhadores tenham acesso prioritário ao teletrabalho e condições que lhes permitam conciliar suas responsabilidades pessoais com suas atividades profissionais sem prejuízos", completou.

Prevenção de riscos laborais

A proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores também foi discutida. Os representantes dos trabalhadores reivindicam a criação de um Grupo de Trabalho (GT) paritário, composto por representantes de ambas as partes, com a missão de eliminar ou reduzir riscos no ambiente laboral, com atribuições e prazos previamente definidos.

Além disso, a análise ergonômica incluirá a prevenção contra riscos de violência, tanto internos quanto externos ao ambiente de trabalho, garantindo apoio e acompanhamento médico e psicológico para os trabalhadores afetados. 

Desconexão

Outro tema debatido foi a regulamentação voltada para o uso de tecnologias no ambiente de trabalho. Os trabalhadores devem ter o direito a se desconectar fora do horário de trabalho legalmente estabelecido, garantindo-lhes seu tempo de descanso e privacidade.

Para assegurar o cumprimento desse direito, o movimento sindical solicita a proibição do uso de dispositivos digitais como celulares e e-mails corporativos fora do horário de expediente. O banco também deve fornecer aos trabalhadores os equipamentos necessários para o desempenho de suas funções, como celulares e notebooks. “É impossível a desconexão quando o trabalhador usa o celular próprio. Por isso, é fundamental que o aparelho seja cedido pela empresa”, enfatizou diretora da Contraf-CUT e funcionária do banco Santander, Rita Berlofa.

A cláusula ainda garante a privacidade dos trabalhadores, limitando o uso de tecnologias de vigilância e controle digital, e estabelece o direito dos empregados a não serem submetidos a decisões automatizadas sem intervenção humana, assegurando a participação dos sindicatos em casos de uso de inteligência artificial nos processos de tomada de decisão.

Para Rita, "a proteção dos direitos dos trabalhadores em um ambiente de trabalho cada vez mais digitalizado é fundamental. Precisamos de regras claras que garantam a privacidade, o direito à desconexão e a transparência no uso de novas tecnologias. As negociações sobre esses temas são cruciais para que o avanço tecnológico seja uma ferramenta de melhoria das condições de trabalho, e não um fator de opressão ou desgaste para os empregados."

A direção do Santander se comprometeu a apresentar uma resposta global às demandas entre os dias 22 e 23 deste mês.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal cobrou, na quarta-feira (7), durante reunião de negociação para renovação do Acordo Coletivo, a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente. E que sejam pagas as devidas gratificações das funções para todos os empregados que integrem a cadeia de substituições e ocupem as mencionadas funções.

“A pessoa que exerce uma função tem que receber pela função exercida. E quem a substitui tem que receber também. Mas existe um bloqueio que impede a substituição em cascata”, disse o representante da Fetec-PR, Felipe Pacheco. “A Caixa alega que tem que haver um mínimo de dias trabalhados na função para poder receber por esta função, mas quando é do interesse dela, consegue até pagar por minuto exercido”, disse, fazendo referência aos pagamentos para quem exerce função de tesoureiro e caixa minuto.

A Caixa disse que vai estudar a possibilidade da substituição em cascata, com o devido pagamento aos colegas.

Bônus

A CEE também reivindicou o reconhecimento do trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. “Há anos são feitos regulamentos para o Bônus Caixa sem a participação da representação dos empregados. Queremos trazer esse debate para a mesa”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “Não queremos tirar de quem já recebe, mas é ruim quando um setor é privilegiado. Se todo mundo participa do resultado, todos devem ser reconhecidos”, completou, ao acrescentar que é preciso amadurecer este debate para responder ao pedido que é feito em toda a rede de agências.

“A forma de atingimento de metas dos gerentes gerais é, via de regra, reunir toda a equipe e dividir a meta. Eles envolvem todos os empregados na busca dessa meta. É o que ele chama de equipe”, disse o representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann. “Quando a meta é alcançada, é sempre com a contribuição de todos. Não apenas das gerências. Nada mais justo que todas as pessoas que trabalham para atingi-la também recebam parte do bônus”, completou.

O coordenador da CEE observou que, a partir do momento em que foi instituído o pagamento do Bônus Caixa, houve um aumento do adoecimento mental dos trabalhadores. “A Caixa diz que o Bônus é pago somente às gerências pois trata-se de uma forma de promover lideranças sustentáveis. Mas o que percebemos é o aumento do adoecimento mental a partir de 2017, exatamente no ano em que o Bônus Caixa passou a ser pago”, disse Rafael.

Texto descritivo da imagem aqui

Segundo o coordenador da CEE, as reclamações nas agências é que os gerentes pressionam a equipe para cumprimento da meta para que ele receba a premiação. “As pessoas são pressionadas a cumprir uma meta sem que isso lhes traga qualquer benefício. Isso não tem nada de liderança sustentável”, disse. “Como explicar para as empregadas e empregados que eles têm que aceitar a pressão pelo cumprimento de uma meta que não lhes trará nenhuma premiação? Se todos contribuem com o resultado, todos precisam ser reconhecidos”, continuou o coordenador da CEE.

Rafael também lembrou que, na reunião passada, a CEE reivindicou a equiparação da remuneração dos Gerentes Executivos de Varejo com os Gerentes de Rede e dos Gerentes de Varejo com os Gerentes de Carteira, e que isso inclui o pagamento do porte.

Transferências

Os empregados também reivindicaram que a Caixa crie um plano permanente de realocação de pessoas e que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa, antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público. “Mas, com relação ao Movimenta.Caixa, é preciso haver a possibilidade para que, de fato, seja observado o interesse. Porque, no dia a dia, o que acontece é que isso não é observado e o gestor escolhe quem será transferido”, disse o representante da Fetrafi-MG, Lívio Santos.

Lucas Cunha, da Fetrafi-RS, reforçou o pedido, ao explicar que é preciso que existam critérios e formas pré-estabelecidas para as transferências e que elas sejam feitas com transparência.

“Nos casos de vacância de função, é preciso que o Movimenta.Caixa ‘saia da prateleira’ e seja efetivamente utilizado. É uma boa ferramenta, mas as pessoas registram seu interesse e ficam esperando. Não conseguem e assistem outras pessoas ocupando a vaga que gostariam”, ressaltou o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto.

Os empregados também citaram problemas que estão acontecendo no processo de reestruturação da Caixa, com a transformação de agências físicas em digitais e o fechamento de algumas unidades.

“A Caixa disse que os empregados das unidades atingidas poderiam se inscrever para dizer qual sua preferência de lotação; que haveria prioridade para pais e mães de pessoas com deficiência. Mas, ao que nos parece, as superintendências não acessam o Movimenta.Caixa e estas prioridades precisam ser observadas. As transferências e lotações não podem ficar apenas nas mãos e seguir critérios pessoais dos gestores. Precisamos que haja uma ferramenta perene, que não deixe as transferências à critério dos gestores”, explicou a representante da Fetec-SP, Vivan Sá.

Sobre as transferências que estão acontecendo devido à reestruturação da Caixa, Vivian também lembrou da necessidade de garantia de manutenção da função e da devida remuneração. “A Caixa garantiu que ninguém seria prejudicado com a perda de função”, lembrou.

Endividamento

Também foram cobradas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco para os empregados da ativa e aposentados nos casos de empréstimos consignados.

“Estamos preocupados com o endividamento e superendividamento dos empregados da ativa e aposentados. Quando inserimos no nosso ACT a menção de que a taxa a ser cobrada dos empregados era de nível 5, esta era a menor taxa aplicada pelo banco. Mas, hoje sabemos que o banco oferece taxas menores para outros segmentos de clientes. Temos que melhorar a redação da cláusula no ACT para deixar claro que a taxa para os empregados tem que ser a menor que pode ser oferecida”, observou o coordenador da CEE.

Outras questões

Funcef: A CEE voltou a cobrar que a discussão da proposta para o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, da Funcef, seja feita em mesa de negociações com a representação dos empregados participantes dos planos.

PLR Social de 2020: A representação dos empregados também cobrou solução para o pagamento a menor da PLR Social de 2020. O coordenador da CEE informou que, das 24 ações judiciais coletivas que pleiteiam a correção do valor sob responsabilidade do escritório jurídico que assessora a CEE, 13 já têm decisões favoráveis aos trabalhadores, inclusive algumas com sentença final, transitada em julgado. “Vamos resolver isso em mesa de negociação e acabar com esse problema?”, questionou.

Gipes e Repes: A representação dos empregados cobrou a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível, começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.

Mobilização

“O banco tem acolhido nossas reivindicações e dito que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para que a gente possa apresentar para o conjunto das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre nossas reivindicações nos seriam apresentadas. Esperamos que na semana que vem sejam trazidas as respostas”, completou.

Na mesa única de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as respostas dos bancos não têm sido tão diferentes e a representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria. “A orientação é para que as empregadas e empregados participem ativamente das atividades e estejam mobilizados para cobrar respostas da Caixa e da Fenaban”, orientou Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

No primeiro semestre de 2024, o Itaú Unibanco atingiu um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 19,843 bilhões, representando um aumento de 15,5% em relação ao mesmo período de 2023. No segundo trimestre de 2024, o lucro líquido gerencial foi de R$ 10,072 bilhões, uma alta de 3,1% em relação ao trimestre anterior. Esse desempenho foi impulsionado pelo crescimento da margem financeira com clientes, resultado de TVM, e redução das despesas com PDD e captação. A carteira de crédito do banco também cresceu, atingindo R$ 1,254 trilhões, com destaque para operações de crédito pessoal, veículos e imobiliário.

Apesar dos resultados financeiros robustos, a situação dos trabalhadores do banco se mostra preocupante. Valeska Pincovai, coordenadora da COE Itaú, expressou preocupação com a postura do banco em relação à manutenção dos postos de trabalho. "Com um lucro altíssimo desses, o banco tem condições de manter os postos de trabalho, aliás, criar novos ao invés de eliminar, como vem fazendo. Não precisa terceirizar e precarizar o trabalho como vem acontecendo em diversas áreas," afirmou.

As declarações de Valeska destacam a contradição entre os lucros recordes e as condições de trabalho dos bancários. Segundo ela, "Este lucro é graças ao trabalho dos bancários e bancárias que vêm cada vez mais adoecendo nos locais de trabalho por pressão e metas abusivas."

Além disso, Valeska chamou a atenção para a necessidade de uma responsabilidade social autêntica por parte do Itaú. "O Itaú pode fazer diferença valorizando seus trabalhadores, respeitando e principalmente atendendo as nossas reivindicações da Campanha Nacional, que são justas! O Itaú precisa ter responsabilidade social de verdade, e não somente apresentar nos comerciais de TV, para fazer para toda população brasileira acreditar que ele tem," ressaltou a coordenadora da COE Itaú.

O relatório financeiro do Itaú revela que, apesar do crescimento da receita com prestação de serviços e tarifas bancárias, que somou cerca de R$ 24,405 bilhões, o banco fechou 1.785 postos de trabalho nos últimos doze meses. Ao final do segundo trimestre de 2024, a holding contava com 86.293 empregados no país e fechou 175 agências físicas em um ano.

Valeska concluiu afirmando que o banco precisa fazer sua parte para o crescimento do país, gerando mais empregos. "Passou da hora do banco fazer sua parte para o crescimento do país, gerando mais empregos," disse. “Os trabalhadores do Itaú esperam que, diante dos resultados financeiros positivos, o banco adote uma postura mais favorável aos seus funcionários, promovendo a valorização e melhores condições de trabalho”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

Na 6ª rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários, que aconteceu nesta quarta-feira (7), o Comando Nacional cobrou da Federação Nacional do Bancos (Fenaban) aumento real nos salários, aumento na PLR e melhorias nas demais cláusulas econômicas, como nos vales alimentação e refeição, diante dos significativos resultados financeiros dos bancos.

A Consulta Nacional dos Bancários deste ano, realizada com quase 47 mil trabalhadoras e trabalhadores em todo o país, aponta que o aumento real no salário está no topo (93%) das prioridades da categoria, seguida pelo aumento da PLR (63%), e dos vales alimentação e refeição (51%).

O porta-voz da Fenaban falou de aumento de concorrência no setor, diante do surgimento de novas instituições de pagamento. Disse ainda que essa concorrência coloca o setor bancário em risco no país e sugeriu propostas que poderiam precarizar direitos e rebaixar os salários.

“Os bancos estão chorando de barriga cheia. Mostramos que, entre 2003 e 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Além dos lucros, os bancos sempre mantiveram rentabilidade significativa no país, mesmo em momentos de crise, com crescimento médio de 15% acima da inflação. A título de comparação, os bancos dos Estados Unidos têm rentabilidade média de 6,5% acima da inflação, na Espanha 10% e na Inglaterra 9%", destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Atualmente, 82% do crédito brasileiro e 81% dos ativos do setor financeiro estão nas mãos dos bancos”, completou.

Os trabalhadores ressaltaram ainda que, apesar de a Convenção Coletiva de Trabalho ter garantido aumento real de 21% na remuneração da categoria, entre 2003 e 2023, efetivamente, os ganhos reais no período foram de 16%, por causa da rotatividade no setor, uma vez que trabalhadores admitidos ingressam com salários menores que os admitidos. E, nos últimos oito anos, os bancários tiveram um déficit nos salários de 0,3%, abaixo da inflação.

“Então, a realidade é que os bancos estão retirando os ganhos da categoria, obtidos em acordo coletivo, por meio da rotatividade e isso impacta também na qualidade dos serviços para os clientes, porque demitem trabalhadores mais experientes, novamente, colocando os ganhos financeiros acima dos direitos trabalhistas e do atendimento melhor”, completou Juvandia.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, lembrou que, entre 2003 a 2023, as receitas de tarifas dos bancos cresceram 120% acima da inflação. “As receitas com as tarifas são por onde as empresas retiram recursos para a folha de pagamento. Neste mesmo período, de 20 anos, as despesas com pessoal dos bancos cresceram 52%. Se pegarmos então o operíodo a partir de 2017 até 2023, as despesas com pessoal dos bancos caíram 10% em termos reais", ressaltou, com base em levantamento do Dieese.

Principais revindicações da mesa

Recomposição salarial:

- Que o reajuste salarial corresponda à reposição da inflação, pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Participação nos Lucros e Resultados:

- Garantia de que todos os empregados, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente, tenham participação nos lucros da empresa, a partir do pagamento de três salários-base, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024.

- Que as empresas paguem, a título de parcela adicional, o valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%.

- Que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros pagamentos feitos por planos próprios e de remuneração variável.

- Transparência nas regras usadas pelos bancos para calcular e pagar a PLR.

Auxílio alimentação e auxílio refeição:

- Aumento do VA dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00, e aumento do VR dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39.

Auxílios creche e babá:

- Pagos no valor de um salário-mínimo, R$ 1.412,00.

Endividamento entre os bancários

O Comando Nacional também levou à mesa resultados da pesquisa sobre a situação de endividamento da categoria: 71% estão com dívidas. Desses, 46% com cartão de crédito e 42% com crédito pessoal.

A título de comparação, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio, aponta que 78,8% das famílias do país estão endividadas. Na população com renda acima de 10 salários mínimos, esse percentual é 71,4%.

Entre os bancários endividados, 10% estão com atrasos, enquanto a média das famílias com alguma dívida em atraso no país está em 28,6%.

"Dessas dívidas em atraso, entre os bancários, 66% são com cartão de crédito e 45% crédito pessoal, o que é muito preocupante, sobretudo no caso do cartão de crédito, diante dos juros extorsivos do rotativo", pontuou Juvandia Moreira.

O Comando Nacional dos Bancários lembrou que, até 2022, ocorreu um aumento nos níveis de endividamento do país, por conta de fatores como crise política e econômica e a covid-19. Esses níveis começaram a melhorar em 2023, com inflação sob controle, melhora na atividade econômica, programas de governo para famílias saírem do endividamento, como o Desenrola, e aumento nos níveis de emprego.

“Nossa reivindicação neste ponto do endividamento é para que os bancos atuem, por exemplo, com a criação de um crédito consignado, com juros abaixo dos praticados, para os funcionários. Chamamos a atenção também que, com a melhora das atividades econômicas, os bancos estão apresentando melhores lucros, em relação aos anos recentes, e isso é reflexo dos esforços da categoria, no seu dia a dia no trabalho, e que devem ser reconhecidos, com melhoria na remuneração”, ressaltou Juvandia.

Dia de mobilização

O próximo encontro com a Fenaban será em 13 de agosto. O Comando cobrou que os bancos tragam, no dia, propostas já debatidas até o momento na campanha nacional.

No dia 12, a categoria realizará um dia nacional de lutas, para cobrar propostas decentes dos bancos.

Calendário das próximas negociações

13/08 – Cláusulas econômicas

20/08 – Em definição

27/08 – Em definição

Fonte: Contraf-CUT

Na tarde desta quarta-feira (7), em São Paulo, ocorreu a sexta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 voltada para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil. Os temas abordados incluíram metas, Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), plano de cargos e remuneração, Performa, carreira de mérito, caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) apresentou relatos de aumento de metas por todo o Brasil. Uma das reivindicações apresentadas é a transformação da mesa temática sobre cobrança de metas em uma mesa permanente com reuniões trimestrais. “Isso visa melhorar as condições de trabalho e minimizar o impacto do assédio moral associado ao cumprimento de metas”, explicou Fernanda Lopes, coordenadora da comissão.

Gestão de Desempenho Pessoal

Os dados apresentados pelo BB sobre a GDP evidenciam uma redução significativa nos casos insatisfatórios e descomissionamentos nos últimos três anos. De 2021 para 2022, os casos insatisfatórios reduziram 15,9% e os descomissionamentos 56,8%. Já no ano seguinte, os casos insatisfatórios caíram de 25,8% e os descomissionamentos 93,3%.

Mesmo com os números positivos, os representantes dos trabalhadores reivindicam que o descomissionamento decorrente de avaliações de desempenho funcional passe a observar três ciclos avaliatórios insatisfatórios consecutivos antes de ser aplicado. Além disso, o sistema de GDP deve possibilitar a defesa do funcionário. A comissão cobra ainda a exclusão de anotações negativas em caso de não cumprimento de todas as fases do ciclo avaliatório ou indícios de vício de origem.

Plano de Cargos e Remuneração (PCR)

A comissão reivindica que a carreira de mérito possa incrementar a remuneração dos comissionados, com as promoções com base em uma pontuação acumulada ao longo do tempo de serviço. As promoções também devem considerar o tempo de permanência em cargos no banco, com diferentes grupos de funcionários recebendo pontos diários para progressão na carreira. “É importante uma solução com um novo PCR para reverter os impactos do programa “Performa”, que só trouxe distorções nas carreiras dos colegas comissionados. É preciso um plano que reconheça a carreira e o mérito dos funcionários”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do BB, Gustavo Tabatinga Jr

Caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço

A negociação também abordou questões específicas dos caixas, supervisores de atendimento e gerentes de serviço. A reivindicação dos trabalhadores é que o exercício da função de caixa seja pontuado tanto para concorrências de ascensão profissional quanto para a carreira de mérito, desde o primeiro dia na função. A substituição de comissionados deve ser garantida a partir do primeiro dia de ausência do titular do cargo, assegurando ao substituto o mesmo salário do substituído.

“Cobramos do banco uma solução definitiva para a situação dos caixas. Reivindicamos a manutenção dos salários e a possibilidade de qualificação e priorização para os que optem por concorrer para novas funções”, disse Fernanda.

O BB garantiu que a situação está sendo avaliada e irá retornar até o fim das negociações da Campanha Nacional.

"Estamos em um momento crucial para garantir que os direitos dos trabalhadores do Banco do Brasil sejam preservados e ampliados. As reivindicações apresentadas visam não apenas melhorias nas condições de trabalho, mas também a valorização do esforço e dedicação dos funcionários. É fundamental que o banco reconheça essas demandas e trabalhe conosco para criar um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado", completou Gustavo Tabatinga Jr.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal cobrou, nesta quarta-feira (7/8), durante reunião de negociação para renovação do Acordo Coletivo, que o banco reconheça o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Outra demanda apresentada nesta quarta-feira foi para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião.

Também foram cobradas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco, para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Outra cobrança foi para que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa, antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público.

A representação dos empregados também cobrou a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.

“O banco tem acolhido nossas reivindicações e dito que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para que a gente possa apresentar para o conjunto das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre nossas reivindicações nos seriam apresentadas. Esperamos que na semana que sejam trazidas as respostas”, completou.

Na mesa única de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as respostas dos bancos não tem sido tão diferentes e a representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria. “A orientação é para que as empregadas e empregados da Caixa participem ativamente das atividades e estejam mobilizados para cobrar respostas da Caixa e da Fenaban”, disse Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal cobrou, nesta quarta-feira (7/8), durante reunião de negociação para renovação do Acordo Coletivo, que o banco reconheça o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Outra demanda apresentada nesta quarta-feira foi para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião.

Também foram cobradas soluções para o endividamento dos trabalhadores e que o banco aplique a menor taxa que é concedida pelo banco, para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Outra cobrança foi para que sejam observados os pedidos de transferências registrados no Movimenta.Caixa, antes das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público.

A representação dos empregados também cobrou a rápida estruturação das Gipes e Repes, para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.

“O banco tem acolhido nossas reivindicações e dito que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para que a gente possa apresentar para o conjunto das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre nossas reivindicações nos seriam apresentadas. Esperamos que na semana que sejam trazidas as respostas”, completou.

Na mesa única de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), as respostas dos bancos não tem sido tão diferentes e a representação sindical dos trabalhadores já agendou para o dia 12 de agosto (segunda-feira), um dia de mobilização nacional para cobrar respostas satisfatórias às reivindicações da categoria. “A orientação é para que as empregadas e empregados da Caixa participem ativamente das atividades e estejam mobilizados para cobrar respostas da Caixa e da Fenaban”, disse Rafael de Castro.

Fonte: Contraf-CUT

Mais um funcionário do Banco Itaú foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

Cláudio Fernandes Albuquerque foi reintegrado nesta terça-feira, 6 de agosto.

O bancário foi demitido estando acometido de doença ocupacional, mas a Justiça reconheceu o acidente de trabalho na perícia médica, e foi deferido o benefício B-91.

Assim, foi determinada sua reintegração ao emprego.

IMPORTANTE

O trabalhador bancário é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 - 2658-8041)

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Nesta terça-feira, 6 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências da região, para mobilizar a categoria pedindo reajustes na remuneração.

O ato, que teve como mote o slogan "se tem lucro, tem que ter valorização”, ocorre um dia antes da 6ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Além disso, as diretoras e diretores do Sindicato também falaram sobre o andamento da Campanha Nacional dos Bancários 2024.

Amanhã, quarta-feira (7), das 9h às 11h, a categoria irá realizar um tuitaço, com a hashtag #JuntosPorValorização.

Dados

O aumento real de salário, o aumento da PLR e nos vales alimentação e refeição (VA/VR) são, respectivamente, as três primeiras prioridades da categoria na Consulta Nacional dos Bancários que, neste ano, foi respondida por quase 47 mil pessoas.

As principais reivindicações nestes três pontos, incluídas na minuta aprovada durante a 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, são:

Recomposição salarial

- Reajuste que corresponda à reposição da inflação, medida pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

Participação nos Lucros e Resultados

- Pagamento de três salários-bases, mais as verbas fixas de natureza salarial, reajustadas em setembro de 2024;
- Parcela adicional no valor fixo de R$ 15.400,07, corrigido pelo INPC-IBGE, acumulado no período entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido de aumento real de 5%;
- Que os bancos não descontem da PLR (seja regra básica, seja parcela adicional) outros valores pagos em planos próprios e de remuneração variável;
- E que todos os empregados tenham a PLR, independentemente de faixa salarial e incluindo aposentados e afastados por motivos de saúde ou acidente.

Vales alimentação e refeição

- No vale alimentação (VA) a reivindicação é aumento dos atuais R$ 835,99, pagos mensalmente, para R$ 1.412,00;
- No vale refeição (VR), aumento dos atuais R$ 1.060,84, pagos sob a forma de 22 tickets de R$ 48,22, para R$ 1.412,00, pagos em 23 tickets de R$ 61,39;

Entre 2003 e 2023, a rentabilidade média de todos os bancos do país (capacidade de obterem retorno financeiro a partir de investimentos, em relação ao patrimônio) também foi significativamente superior à inflação, mesmo durante a pandemia, quando a média ficou 2,5 vezes acima. Em 2023, enquanto a inflação no ano foi 4,62%, a rentabilidade média dessas instituições financeiras foi 15%.

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