Maio 03, 2025
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A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nas negociações com o banco, cobrou em ofício nesta sexta-feira (28), a marcação de uma nova reunião sobre os protocolos de enfrentamento contra da Covid-19, como ficou acertado na última reunião entre as partes, ocorrida em 11 de maio de 2021.

A CEE/ Caixa sugere que a mesa seja marcada entre os dias 7 e 11 de junho de 2021. “Nós queremos que a reunião aconteça o mais rápido possível. O número de casos voltou a subir e é alarmante. Precisamos ampliar os critérios de proteção para os colegas que estão trabalhando presencialmente em especial quem está nas agências atendendo a população e é onde ocorre principalmente as aglomerações. Todo cuidado é essencial e salva vidas”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT.

Zeláriom Breem, presidente do Pactu e membro da CEE/ Caixa, lembra que o quadro de proliferação da contaminação pela Covid-19 está crescendo assustadoramente. “A todo dia temos notificações de contaminação e óbitos de companheiros e companheiras bancárias, com casos de contaminação de até 80% dos trabalhadores em algumas unidades. Os bancários e as bancárias, por atuarem em atividade essencial, estão com uma exposição acentuada aos riscos de contaminação, em especial os da Caixa, por conta do atendimento social e do pagamento do auxílio emergencial. Se o atendimento bancário é essencial, os trabalhadores são linha de frente e devem ser colocados como prioritários no PNI COVID. Além da priorização, se faz necessários que os trabalhadores e os bancos sigam os protocolos de enfrentamento da OMS, e haja uma unificação dos protocolos visando preservar a vida.”

Fonte: Contraf-CUT

A sinalização de uma relação de abertura, diálogo e proximidade por parte do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, marcou a primeira reunião realizada entre a direção do banco e a representação dos trabalhadores, ocorrida na terça-feira (25), em Brasília. Os representantes que compõem a diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília participaram da reunião presencialmente, respeitando-se rigorosamente todos os protocolos de segurança. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, participou por videoconferência.

Logo no início da reunião, o presidente do BB disse que o respeito aos funcionários vai prevalecer na sua gestão e que as portas para o movimento sindical estarão abertas.

“Apesar de termos tido esse primeiro contato, temos a demanda de um encontro solicitado pela Contraf-CUT por meio de um ofício. Por isso, foi bom ouvir que as portas estão abertas ao movimento sindical e que o diálogo com os funcionários e suas representações vão prevalecer”, disse Fukunaga. “Vamos manter esse contato e esse diálogo para apresentar e defender as demandas dos trabalhadores”, completou.

Contratações

O primeiro assunto tratado foi sobre a contratação urgente de mais funcionários, principalmente diante do cenário de colapso constatado nas agências pelo Brasil afora.

“A situação é ainda mais grave nas unidades de negócio”, apontou o presidente do Seeb/Brasília, Kleytton Morais, que enfatizou a necessidade de contratações via concursos públicos para suprir essa demanda. “Em função da procura cada vez mais crescente de clientes e usuários, por um lado, e da diminuição do número de funcionários por conta do processo de reestruturação, por outro, o déficit do quadro de pessoal é grave e tem impactado sobremaneira o ritmo de trabalho e consequentemente a saúde dos bancários, que estão cada vez mais adoecidos. Isso sem contar que, numa situação dessas, o banco também perde em termos estratégicos, na disputa de mercado”.

O coordenador da CEBB reforçou a urgência da abertura imediata de novo concurso público para o BB. “A situação verificada no Distrito Federal e entorno se repete em quase todos os cantos do país. Existem relatos de que gestores da unidade precisam atuar em todas as posições para se efetivar o atendimento aos clientes devido à falta de funcionários”, disse.

Vacina, já!

A inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 foi outro ponto tratado na reunião.

A representação dos funcionários cobrou posicionamento da direção do Banco do Brasil no sentido de atuar junto ao governo para assegurar a priorização dos bancários no PNI.

“O aceno positivo dado pelo presidente do BB, relativo ao pleito de buscar a priorização dos bancários no PNI é um importante reforço para os esforços que já realizamos neste sentido”, disse Kleytton ao lembrar que houve um grande crescimento no número de mortes entre os bancários.

Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no primeiro trimestre de 2021 houve 176% mais mortes na categoria, na comparação com o mesmo período de 2020.

O argumento foi reforçado pelo presidente da Federação dos Bancários da CUT do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Cleiton dos Santos. “Assim como outras categorias que se mostraram fundamentais, os bancários colocaram suas vidas em risco para cumprir seu papel social de manter o atendimento da população e fazer a economia funcionar neste período tão crítico e sem precedentes na história de nosso país”, disse.

Defender o banco público

Os debates também giraram em torno da importância de se manter o Banco do Brasil como instituição pública de fomento e como agente de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, ainda mais diante de uma conjuntura em que os bancos públicos vêm mostrando a sua relevância e papel diferenciados.

Fonte: Seeb/BSB, com Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício, na manhã desta sexta-feira (28), à presidência da Caixa para reivindicar que os executivos atuem junto ao governo federal, ao Congresso Nacional e ao Ministério da Saúde para assegurar a priorização dos bancários no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

“A atividade bancária é considerada essencial desde o início da pandemia. Ou seja, este tempo todo a categoria bancária correu risco à saúde para atender toda a sociedade. Eles merecem ter essa prioridade. Os empregados da Caixa ainda sofrem mais, por serem os responsáveis pelo pagamento do auxílio emergencial e de outros benefícios sociais”, lembrou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Contraf-CUT.

“Basta observar as longas filas quilométricas, com centenas de pessoas que são atendidas todos os dias pelos bancos. Na fila externa às agências já é um risco, quando entra nas agências, que muitas vezes são pequenas, esse risco aumenta”, apontou Odaly Medeiros, presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí e integ

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira (27), a categoria bancária promoveu o Dia Nacional de Luta pela sua inclusão como essencial no Plano Nacional de Imunização (PNI). Uma reivindicação justa se levarmos em conta que a variação no número de desligamentos por morte cresceu mais que dobrou no 1º trimestre deste ano, na comparação com mesmo período do ano passado. O crescimento do número de mortes é associado à pandemia.

O Boletim Emprego em Pauta, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de maio de 2021, destacou que o número de desligamentos por morte de trabalhadores com carteira assinada cresceu 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. “Entre mais de 20 setores econômicos analisados as ‘Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados’, na qual os bancários estão enquadrados, foi o terceiro com maior variação no número de desligamentos por morte no 1º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020, com variação de 114,6%”, afirmou Gustavo Cavarzan, economista do Dieese.

Entre todas as atividades econômicas, na mesma comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, os trabalhadores da área de educação apresentaram variação de 106,7%, os do setor de transporte, armazenagem e correio, tiveram crescimento de 95,2%; atividades administrativas e serviços complementares, 78,7%; atenção à saúde humana, 75,9%.

Dia Nacional de Luta

Em uma análise dos desligamentos por morte apenas na categoria bancária, a variação no número de desligamentos por morte foi de 176,4%, chegando a 152 desligamentos por morte no 1º tri de 2021 e 473 desligamentos por morte nos últimos 12 meses. Não por acaso a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) organizou nesta quinta-feira o Dia Nacional de Luta pela inclusão da categoria bancária entre as prioridades para a vacinação contra a Covid-19 no PNI do governo federal.

“Esses números são assustadores e demonstram a importância de cobrarmos do Ministério da Saúde a inclusão da nossa categoria como essencial no PNI. Estamos na linha de frente no atendimento à população, inclusive pagamentos fundamentais como o auxílio emergencial para quase 70 milhões de pessoas. Temos contato direto com o público. Só que a cada dia aumentam os casos de morte por Covid-19 entre bancárias e bancários. Por isso nos mobilizamos nesta quinta-feira, em nosso Dia Nacional de Luta”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Enquanto a categoria bancária fica de fora da prioridade da vacina, os veterinários foram incluídos no Plano Nacional de Imunização. Na Bahia, cineastas e blogueiros foram inclusos na vacinação contra Covid-19 após uma reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Estado, realizada este mês.

Curvas semelhantes

Os números crescentes de desligamentos por morte foram extraídos do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O crescimento de desligamentos por morte identificadas no estudo e a evolução das mortes por Covid-19 apresentam curvas com desenhos semelhantes (ver tabela abaixo).

“Os dados do Novo Caged não apontam exatamente a causa da morte dos trabalhadores, mas todos os indicativos apontam que o crescimento de mortes se deve, principalmente, a mortes por Covid-19. Quando comparamos a tendência dos desligamentos por morte no mercado de trabalho formal, vemos uma correlação enorme com a tendência geral das mortes por Covid-19 no Brasil. O mês de março de 2021, por exemplo, foi o mês com maior número de desligamentos por morte com 10.571 casos e foi também o mês com maior número de mortes por Covid-19 no país. Apenas para termos ciência da magnitude dessa cifra de março, vale dizer que nos anos de 2017, 2018 e 2019 a média mensal de desligamentos por morte no mercado de trabalho formal no Brasil girava em torno de 4.500 ao mês”, ressaltou o economista Gustavo Cavarzan.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 27 de maio, mais um bancário do Banco Itaú foi reintegrado pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A reintegração ocorreu na agência São João de Meriti, por decisão 3a Vara do Trabalho do mesmo município.

A demissão de Ricardo Regaço de Mello ocorreu em plena pandemia do novo coronavírus.

O trabalhador teve suas funções restituídas através do trabalho dos Departamentos Jurídico e de Saúde do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

ENTENDA O CASO

Os bancos vem contrariando um compromisso firmado com a categoria bancária de não demitir durante a pandemia. Mas, mesmo com lucros estratosféricos obtidos nos primeiros meses de 2021, estão demitindo.

Ricardo buscou atentimento no Sindicato logo após sua demissão e foi atendido pelo Departamento Jurídico. Seu contato imediato, após o desligamento, foi fundamental para que a reintegração fosse obtida com sucesso e rapidamente.

IMPORTANTE

Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.

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Nos dias 28 e 29 de maio, mulheres CUTistas da região Sudeste irão promover um encontro para dialogar e construir a agenda de lutas para os próximos meses. A atividade “Mulheres na Resistência – pela Vida, Direitos e Respeito” terá como objetivo articular as trabalhadoras nos estados para fortalecer a luta por políticas públicas para as mulheres. Participam da iniciativa, que será virtual, as representações estaduais da CUT na região: São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais.

“Nossa organização é necessária nesse momento em que a pandemia e esse desgoverno nos têm afetado de forma muito drástica. É fundamental que as mulheres estejam cada vez mais integradas e unidas nas suas estratégias para minimizar esses impactos e não permitir os retrocesos”, afirmou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis. As bancárias também realizaram, no dia 13 destte mês, o Encontro do Ramo, no qual definiram estratégias e também discutiram formas de participar de todo o processo de organização das mulheres.

O encontro do Sudeste

Ao longo dos dois dias de atividades, as participantes irão discutir temas como políticas públicas, o mercado de trabalho e renda para as mulheres e mobilização em rede nos espaços virtuais. É a primeira vez que os encontros de mulheres sindicalistas são realizados de forma regional – antes ocorriam de forma estadual. O atual modelo foi adotado pela possibilidade do ambiente virtual permitir participantes dos diversos territórios, mas, sobretudo, pela necessidade das sindicalistas trocarem experiências sobre suas atuações nos estados que vivem, além de relatarem a aplicação das políticas de incentivo às mulheres no mundo do trabalho e de combate à violência.

A atividade também é de preparação ao Encontro Nacional de Mulheres, que será organizado pela CUT Brasil no segundo semestre. Por isso, a expectativa é que o encontro eleja as delegadas que representarão a região. Podem participar mulheres de todos os sindicatos filiados à Central na região Sudeste. A inscrição, até o dia 27 de maio, pode ser feita por meio da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT da região em que atua.

Conforme informamos no Encontro Nacional das Bancárias,  para sair delegadas ao Encontro Nacional de Mulheres da CUT as mulheres deverão ter participado do encontro estadual e pleitear vaga no encontro Regional de sua região, bem como seu sindicato estar em dia com a CUT.

Outras regiões

Outras regiões do país também realizam encontros. Nos dias 22 e 23 deste mês, a Região Sul realizou seu encontro. A Região Nordeste 1 (Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas) realizará seu encontro nos dias 11 e 12 de junho. A Região Nordeste 2 (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba) faz seu encontro nos dias 18 e 19 de junho.

Com informações da CUT.

Em matéria nesta terça (25), a Folha de São Paulo informa que entidades representativas dos empregados da Caixa pretendem reivindicar a reintegração dos conselheiros e a restituição da paridade na gestão da Funcef.

A Caixa Econômica Federal – que é a patrocinadora do fundo de pensão dos empregados da Caixa – cassou o mandato dos conselheiros deliberativo e fiscal eleitos da Funcef, em reunião do Conselho Deliberativo da fundação, realizada no dia 11 de maio.

O jornal noticia ainda que as entidades também buscam amparo judicial contra uma regra que barra a candidatura de empregados do banco público nas eleições deste ano para a composição do conselho responsável pela gestão do fundo de pensão. “Em carta enviada aos participantes da Funcef há três dias, as associações afirmaram que, via Caixa, o governo tenta intervir na gestão do fundo ao barrar, com ações judiciais (individuais ou coletivas), a candidatura de empregados”, destaca a Folha.

Ouvido pelo jornal, o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, lembrou que “a regra foi imposta pela Caixa sem que tenha respaldo no estatuto da Funcef”. Ainda, segundo Takemoto, “querem configurar conflito de interesse, mas o que tentam é impedir a paridade no fundo para que seja controlado pela Caixa”.

Os mandatos dos conselheiros eleitos seriam encerrados em maio do ano passado e foram prorrogados por conta da suspensão do processo eleitoral, que foi inviabilizado devido as constantes manobras da Caixa e da Fundação. No dia 11 de maio, o Conselho Deliberativo decidiu cassar os conselheiros sem que uma nova eleição tivesse ocorrido.

Fonte: Fenae

Nesta quinta-feira, 27 de maio, é o Dia Nacional de Luta pela inclusão da categoria como essencial no Plano Nacional de Vacinação (PNI) e por vacina para todos.

O Movimento Sindical organiza, em todo o país, atividades para cobrar a inclusão da categoria como grupo essencial.
 
Bancárias e bancários estão na linha de frente no atendimento à população, assim como outras categorias como professores, motoristas de transporte coletivo e trabalhadores da saúde. Mas ainda estão de fora da prioridade do PNI.

Serão realizadas distribuição de boletins, manifestações nas redes sociais, uso de carros de som para explicar a necessidade de proteção da categoria, assim como a necessidade de vacina para todos, já.

Desde que retiradas do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) começaram a ser liberadas a partir de 2016, no governo Temer, para contas inativas até dezembro de 2015, e no governo atual com novas modalidades – saque aniversário e emergencial – o movimento sindical alerta como o esvaziamento do Fundo pode comprometer sua sustentabilidade, por conta da queda na arrecadação. A possibilidade de novos saques pode agravar a situação do FGTS que já era preocupante.

Criado para proteger o trabalhador, o Fundo de Garantia também é uma importante fonte de investimentos em áreas sociais. Com as constantes retiradas, os recursos do FGTS destinados às áreas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana vêm diminuindo. Para ter uma ideia, segundo o site oficial do Fundo, os valores efetivamente executados no setor de saneamento caíram aproximadamente 40%: saíram de R$ 2,25 bilhões em 2018 para R$ 1,97 bi em 2019 e R$ 1,36 bilhão, ano passado.  Em habitação, o orçamento do FGTS para a concessão de financiamentos a famílias com renda bruta mensal de até R$ 4 mil sofrerá uma queda de R$ 14,5 bilhões: reduzirá de R$ 48 bilhões (em 2020) para R$ 33,5 bi este ano, de acordo com a Caixa.

“Hoje, vejo que o Fundo de Garantia está totalmente fatiado. O FGTS não foi criado para essas finalidades de saques emergenciais. O FGTS está sendo penalizado pelo governo com esses saques emergenciais, que reduz cada vez mais a reserva do Fundo”, alerta o atual membro do Conselho Curador do FGTS indicado pela CUT, José Abelha Neto.

Além dos saques, o representante dos trabalhadores no Fundo de Garantia aponta para outra ameaça: o aumento da informalidade. “O governo hoje está incentivando o trabalho sem registro em carteira, como o MEI (Microempreendedor Individual), que não recolhe FGTS. Num momento em que o desemprego está altíssimo, quando não tem ingresso de novos depositantes e as retiradas são maiores do que aquilo que entra, você retira a capacidade de financiamento do Fundo”, reforça Abelha.

Dados preocupam

Os dados também preocupam representantes do governo no Conselho Curador do Fundo. Em reportagem divulgada pela Folha de São Paulo, no último domingo (23), o diretor da área do FGTS no Ministério da Economia e secretário executivo do Conselho Curador do Fundo, Gustavo Tillmann, admitiu a dificuldade de atender novas demandas de saques emergenciais sem comprometer a sustentabilidade do Fundo de Garantia. “A gente precisa dar tempo para o fundo se recuperar. A capacidade de ele oferecer ajuda depende de quanto ele se recupera, o baque ano passado foi muito forte”, declarou Tillmann ao jornal.

Conforme dados divulgados pela Folha, o volume total sacado no ano passado foi de R$ 24,2 bilhões de um total de R$ 37,8 bilhões que haviam sido disponibilizados. O montante de 2020 foi menor do que o valor sacado em 2017, de R$ 44 bilhões, quando o governo o então presidente Michel Temer autorizou retiradas de contas inativas.

“A liberação de novos saques não salvará a economia e nem resolverá os problemas dos trabalhadores que estão desempregados ou na informalidade por conta da crise. É necessário substituir medidas paliativas por políticas públicas que efetivamente estimulem a criação de empregos e contribuam para a estabilização e o crescimento sustentado da economia”, defende o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

O dirigente lembra que é preciso defender o FGTS como proteção social do trabalhador e fomentador do desenvolvimento social e econômico do país, essas áreas fomentam a construção civil, geram emprego e fazem com que o FGTS volte a crescer, retroalimentando o fluxo. “Sem recursos, o Fundo não poderá fomentar investimentos em setores essenciais, como habitação, saneamento e infraestrutura”, acrescenta o presidente da Fenae.

Queda no lucro

Em novembro de 2020, o resultado do Fundo de Garantia foi de R$ 6,894 bilhões. No mesmo mês de 2019, R$ 11,703 bilhões. O balancete de novembro de 2015 —antes das novas modalidades de saques do Fundo, iniciadas no governo Temer — mostra um resultado de R$ 14,8 bilhões naquele ano. Em 2019, os depósitos foram de R$ 128,7 bi ante R$ 162,9 bilhões em saques – uma diferença negativa de R$ 34,2 bi. No acumulado de janeiro a outubro de 2020, os saques de recursos do Fundo superaram a arrecadação em R$ 7,076 bilhões.

Fonte: Fenae