Maio 03, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) ingressaram com pedido de esclarecimentos na Ação Civil Pública (ACP) que trata da contratação dos aprovados no concurso da Caixa de 2014 e tem as duas entidades como assistentes. Com essa medida, a ACP não transitou em julgado, o que abre possibilidade para novas contratações. Segundo a assessoria jurídica das entidades, não há prazo para os desembargadores julgarem os embargos declaratórios.

No dia 7 de abril o TRT, emitiu decisão favorável à nomeação dos aprovados e prorrogou a validade do concurso de 2014 até o trânsito em julgado da ação. Segundo a decisão do Tribunal, caso a Caixa realize novo concurso, deve dar prioridade aos concursados de 2014.

É sobre este ponto que a assessoria jurídica da Fenae e da Contraf-CUT pedem esclarecimentos. Foi solicitado ao Tribunal que explicite como deve se dar essa prioridade de contratação dos aprovados em 2014, caso o banco promova novo certame.

Outra questão, que consta nos embargos declaratórios, é sobre a multa por descumprimento da decisão por parte da Caixa. A medida está no Acórdão, mas não foi incluída no dispositivo (resumo final) da decisão.

“Nossa luta sempre é em defesa da Caixa. A contratação imediata de mais empregados é fundamental para dar melhor condições de trabalho para quem está na linha de frente e garante também melhor atendimento para a população. Mais empregados para a Caixa é mais Caixa para o Brasil, ganham todos assim!”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva da Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT.

Entenda o caso

Em 25 de janeiro de 2016, a Fenae entrou como assistente na Ação Civil Pública, de autoria do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a Caixa Econômica Federal para prorrogar a validade dos concursos (até o julgamento final da ação); não fazer concurso apenas para a formação de cadastro de reserva e divulgar o número de vagas existentes na data do edital e dar prioridade dos atuais concursados em caso de realização de novo concurso. 

“Isso nos deu condições de contribuir ainda mais com a luta para que a Caixa retomasse as contratações. Um dos problemas do banco continua sendo a falta de pessoal. A cada dia piora a situação de sobrecarga e adoecimento nas unidades de todo o país”, alerta o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Mais de 6 mil empregados aprovados em concurso foram contratados por força da Ação Civil Pública. Isto representa 4 mil a mais do quantitativo pleiteado quando a ação começou.

Mais empregados e melhor atendimento à população

Dados relativos ao 1º trimestre de 2021, divulgados quarta-feira passada (12), apontam que o banco tem 81.876 empregados, com fechamento de 2.943 postos de trabalho em doze meses, influenciado pelo Programa de Desligamento Voluntário (PDV) lançado em novembro, que teve adesão de 2.113 empregados.

De 2014, quando o número de empregados era de 101,5 mil até 2021, o déficit de trabalhadores é de aproximadamente 20 mil empregados. Por outro lado, o banco registrou incremento de aproximadamente 42,4 milhões de novos clientes.

Fonte: Contraf-CUT

A data de 17 de maio é o Dia Internacional Contra a Homofobia. Nesse dia, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. A data é uma oportunidade para a organização de atividades que promovam e apoiem a igualdade de direitos dos homossexuais e da comunidade LGBTQIA+.

“Consideramos a decisão da OMS um avanço importante no combate à discriminação. A data deve ser lembrada sempre com indignação daqueles que não querem compreender e respeitar a nossa orientação sexual.  É uma das primeiras grandes conquistas da comunidade LGBTQIA+. Não há cura pra quem não tem doença! Parem de nos matar!!”, declarou Adilson Barros, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT).

O Brasil tem tristes números sobre a violência contra homossexuais. A cada hora, uma pessoa LGBTQIA+ é vítima de agressão física no país., de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram assassinadas 175 pessoas transexuais no Brasil, de acordo com levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O número representa aumento de 29% em relação às 124 mortes registradas em 2019. A média é de um assassinato de transexual a cada 48 horas no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários do Itaú aprovaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre Bolsa Educação, Banco de Horas Negativa e Programa Complementar de Remuneração (PCR), em assembleias virtuais realizadas na quinta e na sexta-feira (13 e 14).

“É uma conquista histórica dos trabalhadores do Itaú, por conseguir um acordo tão bom, num cenário desfavorável de crise política, econômica e sanitária”, comemorou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Itaú

Leia abaixo o acordo

Bolsa Educação Acordos de Dois Anos.

1) Fica estabelecido para os anos de 2021 e 2022 a concessão de 5.500 (cinco mil e quinhentas) Bolsas Auxílio Educação para os empregados, na seguinte proporção: 5.000 (cinco mil) bolsas distribuídas aos bancários das EMPRESAS ACORDANTES BANCÁRIAS

2) Entre as quais 1.000 (um mil) bolsas serão destinadas prioritariamente a empregados portadores de deficiência física.  As 500 (quinhentas) bolsas restantes serão destinadas aos empregados das demais empresas do Grupo Itaú Unibanco não enquadrados na categoria bancária e cuja folha de pagamento seja administrada pela Área de Pessoas do Itaú Unibanco.

3) a. A distribuição das 5.000 bolsas previstas no item “a” acima observará o critério da proporcionalidade de bancários das EMPRESAS ACORDANTES BANCÁRIAS em cada Estado da Federação;

b. Por ocasião das inscrições, o empregado deverá manifestar sua opção por uma das três modalidades de subsídio: 

  • Primeira graduação;
  • Segunda graduação;
  • Primeira pós-graduação.

4) Cada empregado contemplado com a Bolsa Auxílio para o ano de 2021 terá direito a um ressarcimento de até 70% (setenta por cento) sobre o valor da mensalidade, limitado ao máximo de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) mensais, reembolsáveis em até 11 (onze) mensalidades, no período de fevereiro a dezembro do ano em que for contemplado.

Parágrafo primeiro: Para o exercício de 2022, o limite de R$ 450,00 (quatrocentos e cinquenta reais) disposto no caput, será reajustado em setembro de 2021 pelo mesmo índice estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários, qual seja, INPC acumulado  de setembro/20 a Agosto/21, acrescido de 0,5% (zero virgula cinco por cento).

5) CLÁUSULA NONA – Da Plataforma de Treinamento do Itaú Unibanco

No período de vigência deste acordo coletivo, com o objetivo de estimular o aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional, será disponibilizado a todos os empregados das EMPRESAS ACORDANTES, incluindo, os dirigentes sindicais com frequência livre, acesso à plataforma digital de treinamentos que permite aos usuários expandir, adquirir e aprimorar seus conhecimentos.

Por meio da referida plataforma, o grupo elegível terá acesso gratuito a conteúdos diversos incluindo cursos, treinamentos, palestras, vídeos entre outros conteúdos sobre diversos temas voltados principalmente ao mercado de trabalho atual e futuro, conhecimentos gerais, saúde, educação, dentre outros.

Horas Negativas Prorrogação do Acordo.

1) No dia 02.06.2020, considerando o estado de calamidade pública decorrente da pandemia causada pela COVID-19, as partes firmaram acordo coletivo de trabalho às horas negativas devidas pelos empregados da EMPRESA fossem acumuladas entre 04.05.2020 e 31.12.2020 (“Período de Acumulação”) e submetidas ao regime especial para compensação até 31.12.2021

2) Por meio do presente acordo coletivo, os empregados que ainda tiverem horas negativas acumuladas no período de 04.05.2020 a 31.12.2020 que, pelo acordo coletivo firmado em 02.06.2020 deveriam ser compensadas até 31.12.2021 terão até o dia 31.08.2022 para compensá-las.

O número de trabalhadores com horas negativas será reavaliado a cada três meses em mesa de negociação entre o Banco e os sindicatos para acompanhamento do prazo para compensação.

Programa Complementar de Remuneração.

A Participação Complementar nos Resultados PCR é um dos componentes de cálculo da PLR e constitui participação complementar nos resultados, apurada conforme o ROE (Retorno Sobre o Patrimônio) Médio Recorrente Anualizado divulgado no balanço patrimonial consolidado do Itaú Unibanco Holding ao término do ano fiscal. A apuração da PCR relativa ao exercício de 2021 e ao exercício de 2022 obedecerá aos índices de lucratividade apontados na tabela a seguir, não havendo interpolação de valores.

ROE Médio Anual Recorrente    Até 23,0%           Maior que 23,01%

2021      R$ 3.070,95        R$ 3.219,00

2022      Para 2022, os valores estabelecidos acima, serão corrigidos pelo percentual estabelecido na cláusula de reajuste salarial da convenção coletiva da categoria referente ao período 2021/2022.

Parágrafo Único

Se o ROE Médio Recorrente Anualizado for menor ou igual a zero, a PCR não será devida.

2) O Pagamento para este ano de 2021 o valor foi de R$ 2.943,50 reajustado em 4,35% que fica em R$ 3.070,95.

3) Para 2022, os valores estabelecidos acima, serão corrigidos pelo percentual estabelecido na clausula de reajuste salarial da CCT referente período de 2021/2022.

4) Os funcionários que vierem a pedir demissão não farão jus a receber o programa de remuneração.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense criou em seu site, um classificados onde as bancárias e bancários poderão encontrar e oferecer serviços, comprar, vender e alugar imóveis, por exemplo.
Todos os anúncios são de funcionários ou de ex-funcionários do banco, garantindo uma maior segurança.

Acesse nosso site, procure a parte de “classificados” e saiba mais.

Para anunciar, procure o diretor ou diretora do Sindicato de sua área.

Nesta sexta-feira, 14 de maio, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) enviou um ofício à Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), solicitando que suas filiadas cumpram as exigências dos normativos sobre a Saúde e Segurança no Trabalho, que estão em vigor. O ofício é assinado pelo Presidente Nilton Damião Esperança e pelo Secretário-Geral, Max José Neves Bezerra.

O pedido vem após a Fetraf RJ/ES receber diversas denúncias, através de seus sindicatos filiados, de que não estariam sendo cumpridas as normativas que tratam sobre as condições de saúde nos ambientes de trabalho, principalmente nas agências bancárias, que estariam funcionando sem aparelhos de ar condicionado. 

A orientação aos sindicatos filiados é para que as agências não funcionem sob tais condições, até que os equipamentos estejam em condições técnicas adequadas e que não coloquem em risco a saúde dos trabalhadores e público usuário.

Riscos à saúde

A utilização de aparelhos de ar condicionados em locais fechados destina-se a manter os requerimentos de qualidade do ar interior do espaço condicionado, controlando variáveis como a temperatura, umidade, velocidade, material particulado, partículas biológicas e teor de dióxido de carbono (CO2).

No Brasil a Resolução RE 09 de 2003, ANVISA, estabelece os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar em ambientes climatizados de uso público ou coletivo, como é o caso das agências bancárias. A lei na 13.589/2018 torna obrigatório, em locais onde a capacidade térmica dos aparelhos é superar os 60.000/Btus, a criação de um Plano de Manutenção Operação e Controle (PMOC).

Em tempo de pandemia, como a que estamos vivendo nos dias de hoje, a utilização de aparelhos de ar condicionado dentro das normas técnicas dos órgãos competentes é ainda mais importante, já que uma das funções do equipamento é a diminuição de dióxido de carbono e de fungos patogênicos, toxigênicos e de outras substâncias prejudiciais à saúde.

Fonte: Fetraf RJ/ES

 

A Caixa Econômica Federal divulgou na quarta-feira (12) seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2021. Em cerimônia de entrega de 500 unidades habitacionais em Alagoas, o presidente Jair Bolsonaro exaltou os resultados obtidos pelo banco.

“A Caixa, lá atrás, dava prejuízo. Em nosso governo, mais que lucro, ela traz benefícios para todos nós do Brasil”, disse Bolsonaro.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a fala de Bolsonaro comprova seu desconhecimento econômico. “Em diversas ocasiões ele disse que não entende nada de economia. Por isso, não podemos nos espantar com esse erro grotesco”, afirmou. “Ainda mais que ele, com toda sua ignorância econômica, é influenciado por declarações do presidente da Caixa (Pedro Guimarães), que espalha informações incorretas para exaltar sua própria gestão”, completou a dirigente da Contraf-CUT se referindo às comparações que Pedro Guimarães faz entre o lucro obtido pela Caixa atualmente com os obtidos durante o governo Lula.

Pedro Guimarães vem afirmando que o lucro da gestão dele em dois anos é maior do que o obtido pelo banco nos oito anos do governo Lula. “Ele compara os valores absolutos do lucro nominal, sem trazer os números a valor presente. Fazer a comparação desta forma é, no mínimo, má fé. Porém, em se tratando do governo da fake-news, podemos acreditar que é mais uma tentativa de enganar o povo”, ressaltou Fabiana.

Sem a atualização, o lucro da Caixa durante o governo Lula foi de R$ 20,5 bilhões com a atualização chega aos R$ 41,4 bilhões. No governo Bolsonaro, a Caixa faturou R$ 35,2 bilhões. Os valores foram atualizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O papel do banco público

Mas, para a representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração do banco, Rita Serrano, a comparação meramente financeira não é a mais adequada. Para ela, é importante observar o retorno dado pelo banco à sociedade. “O foco tem que ser o investimento. É muito pobre fazer uma análise meramente financeira sem se observar o papel que um banco público deve ter, que é contribuir com o desenvolvimento do país”, disse. “Além disso, não podemos nos esquecer o que se fez para alcançar o resultado”, completou.

O resultado de 2019 foi fortemente influenciado pela venda de Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) e com a venda de ações da Petrobras. Dos R$ 21 bilhões que a Caixa obteve de lucro em 2019, aproximadamente R$ 15 bilhões foi resultado de vendas de ativos, como as ações da Petrobrás, do IRB e do Banco Pan.

Em 2020, dos R$ 13,2 bilhões do lucro líquido, R$ 5,9 bilhões foi resultado de recursos que vieram da Caixa Seguridade, em razão de novos acordos operacionais que ocasionaram a renovação e formalização de novos contratos.

“Ele vende as áreas mais lucrativas do banco, infla os resultados, mas depois o banco não consegue mais operar, não consegue cumprir sua função de fomentar o desenvolvimento do país e tampouco de executar os programas sociais do governo”, observou a coordenadora da CEE/Caixa. “E ainda quer que a gente acredite que ele é um bom gestor”, completou.

Figurinha repetida

Fabiana lembrou, ainda, que a venda de parte das ações da BB Seguridade em 2013, por R$ 11,5 bilhões, foi lamentada, em mais de uma ocasião, por Paulo Caffarelli, que presidiu o banco de maio de 2016 até o fim de 2018. “A gente sente falta da receita recorrente da BB Seguridade”, disse Caffarelli em entrevista à imprensa.

No caminho inverso, quando se especulou sobre uma possível venda do Santander Brasil, quando o banco Espanhol enfrentou problemas com a crise de 2008, o banco não cogitou vender quem era responsável por cerca de 30% do seu lucro anual.

“O ‘mercado’ quer que os bancos públicos se desfaçam de seus ativos, de suas fontes de receita, mas eles mesmos as mantêm para conseguir sair do buraco”, observou a coordenadora da CEE.

Fonte: Contraf-CUT

O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, veiculou um vídeo no qual festeja o resultado do banco no primeiro trimestre deste ano, quando se obteve um lucro líquido de R$ 4,9 bilhões. Foi o resultado do trabalho dos funcionários e o vídeo provocou uma reação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Membros da comissão criticaram a jogada de marketing de Ribeiro em vídeos que estão nas redes.

“A CEBB fez alguns vídeos criticando a postura do presidente do BB que fala em estar próximos aos funcionários, mas no fundo repete a mesma política da falida gestão de pessoas. Uma pessoa que não entende como esta as agências varejo do BB e como a reestruturação afetou muito a vida das pessoas nesse momento de pandemia. Um outsider da situação do dia a dia do BB. Por isso, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contra-CUT) vem solicitando uma reunião para que se discuta de fato as condições de trabalho dos funcionários do BB. Se ele se preocupa tanto, vamos dialogar e criar pontes”, questionou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

Para ver o vídeo com as observações de João Fukunaga, clique aqui.

Paras ver o vídeo da representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), Elisa Figueiredo, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT

Foi realizado nesta quinta-feira (13) o Encontro Nacional das Mulheres Trabalhadoras do Ramo Financeiro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Participaram do encontro cerca de 150 mulheres. O evento foi preparatório para o Encontro Nacional de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a ser realizado no segundo semestre.

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, abriu o encontro se solidarizando com todas as mulheres presentes à reunião que tinham perdido parentes e amigos vitimados pela Covid-19. “Precisamos organizar as mulheres em um momento dramático provocado pela pandemia e também pelos retrocessos causados por esse governo. Temos um histórico de luta, fomos a primeira categoria que colocou uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho sobre a questão de igualdade de oportunidades, tão cara a nós mulheres”, afirmou a secretária.

Desmonte do estado

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, saudou as mulheres presentes ao encontro. “Estamos com lideranças que pensam e atuam em seus sindicatos e têm um papel grande na mobilização para transformar a sociedade e acabar com a triste situação que vivemos, expressa na figura do Bolsonaro. Esse governo promove o desmonte do estado. Sabemos que tem um grupo por trás do Bolsonaro. O mercado financeiro tem interesse no desmonte do estado, na entrega das empresas públicas. Mas a pandemia mostra o quanto estado é importante. Foi um tapa na cara dos que defendem o estado mínimo. A pandemia mostra o quanto esse modelo de capitalismo financeiro deu erado”, analisou a presidenta da Contraf-CUT.

No primeiro painel do encontro, realizado pela manhã, participaram a economista Marilane Oliveira Teixeira, diretora do Instituo de Economia da Unicamp; Ana Maria Cruz, escritora e ativista negra, e Vivian Machado, economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Subseção da Contraf-CUT. Elas debateram sobre as desigualdades socioeconômicas que atingem as mulheres na atual conjuntura.

Feminismo

O segundo painel na parte da manhã teve a participação na professora Valeska Zanello, do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB). A professor falou sobre o movimento feminista e a questão da masculinidade tóxica.

Na parte da tarde, o painel 3 contou com a participação da advogada Luanda Pires, do Grupo de Advogados Pela Diversidade Sexual e de Gênero, e da advogada e feminista Phamela Godoy, coordenadora do projeto ‘Basta! Não irão nos calar’. Elas debateram sobre a violência contra a mulher, feminismo, combate à fome e teletrabalho.

O último painel do encontro reuniu Neiva Santos, secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, e Marta Soares, secretária de Imprensa mesma entidade. O debate foi sobre a comunicação na era digital como instrumento de resistência às desigualdades.

Avaliação

“Foi um encontro muito importante, com riquíssimos debates. Com certeza, abriu grandes reflexões para ações de luta da categoria bancária para o próximo período”, avaliou a secretária Elaine Cutis.

Fonte: Contraf-CUT

Por muito tempo, no Brasil, o 13 de maio foi a data em que se lembrava o fim da escravidão. Para muitos, a libertação dos escravos não podia ser encarada como se fosse uma simples canetada da princesa Isabel. Nas últimas décadas, com o crescimento do movimento negro no Brasil, o 20 de novembro passou a ser a data que melhor marcava a luta dos negros.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguar, o 13 de Maio é uma data para se refletir. “A importância do 13 de Maio, a chamada abolição da escravatura que completa 133 anos, não é exatamente a comemoração de uma data histórica secular, mas uma oportunidade de reflexão para toda a sociedade. O Brasil da lógica escravocrata de uma burguesia racista, mesquinha e perversa, levou o nosso país à atual situação, o fundo do poço. Enquanto houver racismo no Brasil não haverá democracia. Que este 13 de Maio seja o fortalecimento da resistência, da virada, da esperança e do recomeço. Só depende de nós”, afirmou.

Jacarezinho

Para Almir, não há como ignorar a chacina ocorrida na semana passada na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, como exemplo escancarado da violência que atinge os negros da forma mais violência nas chacinas praticadas por forças policiais nas grandes cidades brasileiras. “A chacina na favela do Jacarezinho, que deixou 28 mortos, sendo um policial, só confirma que neste caso mudou o governador, com o impeachment de Wilson Witzel, mas a política genocida bolsonarista segue firme com Cláudio Castro (PSL)”, analisou.

“Operações que perfuram residências e apavoram moradores, matam jovens e crianças, jamais ocorreriam em condomínios da Barra da Tijuca ou da Zona Sul, áreas nobres, e isto não pode ser tratado com normalidade e frieza. Que este 13 de Maio possa ser o da esperança. Que no Brasil possamos reacender a chama da rebelião pacífica. Nos EUA, tivemos uma recente experiência que sim, nos serve de lição, onde as comunidades negras foram às ruas e às urnas e, unidas com a sociedade que se indigna com toda a forma de preconceito e discriminação, viraram o jogo, derrotando o governo negacionista e racista de Donald Trump. Que em nosso país o mesmo possa acontecer desde já, reencontrando o caminho da democracia”, frisou.

Almir Aguiar entende que não há como esconder para “debaixo do tapete” a triste realidade de exclusão, discriminação e dívida social que o Brasil tem com os afrodescendentes e a herança maldita do racismo vivo e do retrocesso político sem precedentes que tivemos, especialmente nos últimos três anos. O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT destaca que a chaga social brasileira tem os negros como maiores vítimas e dá um exemplo atual. “Se a pandemia afeta a todos no Brasil de hoje, morrem, vítimas da Covid-19, 40% mais negros do que brancos”, ressaltou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Desigualdade tem cor

A desigualdade no Brasil tem cor. Segundo os dados do IBGE, os negros representam 56,1% da população brasileira, 54,9% da força de trabalho e 64,2% dos desocupados no país. A informalidade também atinge mais esse contingente. Enquanto 34,6% de pessoas brancas se encontram em condições informais de trabalho, a informalidade atinge 47,3% de pretos e pardos. “Esta realidade social fundamentada no racismo histórico é agravada pelo retrocesso sem precedentes praticado pelo atual governo. No setor bancário, infelizmente, ainda temos desigualdades. O rendimento médio de uma bancária negra é apenas 68,2% do que recebe um bancário branco”, lamentou o secretário de Combate ao Racismo.

Capitão do mato

Almir Aguiar também ressalta o que considera outro retrocesso que atinge diretamente os afrodescendentes: a nomeação de Sergio Camargo para a presidência da Fundação Cultural Palmares. “O governo Bolsonaro transforma a Fundação Cultural Palmares num instrumento das oligarquias racistas, mesmo tendo um negro à frente da instituição, mas que, infelizmente, como bolsonarista, age como um ‘capitão do mato’ a serviço da ‘casa grande’ contra seus irmãos de raça. Ele próprio não se reconhece como negro, mas como um escravizado aculturado que incorpora a visão etnocêntrica branca e anglo-saxã dominante, negando a realidade do oprimido e reafirmando a versão do opressor”, avaliou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A política de privatização e os impactos que ela pode causar na prestação dos serviços e benefícios sociais estará em pauta nesta quinta-feira (13), a partir das 10h, em audiência pública da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, que vai participar da audiência proposta pelo deputado Alexandre Padilha (PT/SP), se a privatização da Caixa acontecer, os serviços públicos e o pagamento de benefícios sociais estarão comprometidos.

Takemoto lembrou que a estratégia do Governo Federal e da presidência da Caixa é dividir o banco em várias partes, uma delas é o chamado banco digital, que nada mais é do que um outro banco, com outro CNPJ, que será privatizado em seguida.

“O mais grave é que todos os benefícios sociais do banco serão repassados para esta nova instituição. Qual será o futuro dos programas e benefícios sociais se estiverem nas mãos do mercado privado, que só visa o lucro? As políticas públicas que atendem a população mais carente do país serão garantidas?”, questionou.

A audiência também vai discutir a situação dos aprovados no concurso de 2014. “Conseguimos uma grande vitória na Justiça, que manteve todas as contratações de 2016 por meio de ações coletivas ajuizadas pelo Ministério Público do Trabalho. Mas a nossa luta por mais contratações continua. A Caixa tem uma defasagem muito grande de empregados e precisamos de mais convocações para melhorar nossas condições de trabalho e para oferecer atendimento mais digno à população”, disse a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, e também participará da audiência.

É possível acompanhar a audiência pelo portal e-Democracia, inclusive enviando perguntas, críticas e sugestões aos convidados.

Fonte: Contraf-CUT