Abril 25, 2025
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O Ministério do Trabalho e Previdência é a mais nova vítima da bagunça orçamentária do final de governo Bolsonaro. A pasta dispunha de R$ 225 milhões, mas ficará com apenas R$ 14 milhões para terminar o ano. O suficiente para pôr em risco o funcionamento de agências de atendimento aos cidadãos. Além disso, operações de fiscalizações trabalhistas e até de combate ao trabalho escravo podem sofrer paralisações. O corte de R$ 211 milhões é desdobramento do bloqueio de R$ 5,7 bilhões no orçamento de 2022 anunciado pelo governo na semana passada.

Além de Trabalho e Previdência, o corte atinge duramente também as áreas da Educação e da Saúde. O governo alega que precisa passar a tesoura em “despesas não obrigatórias” para cumprir o teto de gastos até o final do ano. Mas com R$ 366 milhões retirados do orçamento de universidades e institutos federais de ensino técnico e tecnológico, faltarão recursos pagar contas básicas, como água, luz e pessoal. Os cortes na Educação podem chegar a R$ 1,7 bilhão, informa a CNN.

Contas que não fecham

Outra pasta afetada, a Saúde pode fechar o ano no vermelho em R$ 1,7 bilhão por conta do bloqueio no orçamento de 2022. De acordo com o canal, o corte deve afetar a aquisição de diversos insumos, inclusive medicamentos, além de programas do ministério. Entre eles, assistência a povos indígenas, a farmácia popular e básica, prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), rede de atendimento materno e infantil e outros. Tudo isso num momento em que a pandemia de covid-19 volta a elevar o número de contágios e internações e o fornecimento de vacinas e campanhas de prevenção e imunização precisam ser intensificados.

De acordo com o Ministério da Economia, o “contingenciamento” se deve a despesas extras de R$ 2,3 bilhões da Previdência Social – consideradas obrigatórias. E também à determinação de que R$ 3,8 bilhões de benefícios para o setor cultural sejam pagos ainda este ano. O governo havia vetado em julho os pagamentos referentes às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, e editado medida provisória empurrando a conta para 2023. Porém, o efeito dessa MP foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar disso, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse nesta terça-feira (29) que o governo não conseguirá executar as despesas da Lei Paulo Gustavo em 2022. Alegou que mesmo com o bloqueio orçamentário para arrumar os recursos, não haverá tempo de os repasses serem viabilizados ainda este ano.

Fonte: Rede Brasil Atual

Quase 60% dos acordos salariais com referência em outubro (data-base) tiveram reajustes acima da inflação medida pelo INPC-IBGE. Foi o melhor resultado de 2022 até agora, mas o cenário geral ainda é negativo. Ao longo do ano, apenas 22% das campanhas tiveram índice superior ao da inflação.

Assim, em outubro, de 258 reajustes com essa data-base, 59,3% tiveram reajuste acima do INPC. Outros 20,5% foram equivalentes à inflação do período e 20,2% tiveram perda. “Os dados mais favoráveis refletem tanto a queda dos preços (deflação), ocorrida em julho, agosto e setembro, como a presença maior de negociações de categorias de grande poder de negociação”, analisa o Dieese, que divulgou os números nesta quarta-feira (30).

Com isso, a variação real média no mês foi de 0,74%. Categorias com resultado acima do INPC em outubro conquistaram, em média, 1,84% acima do IPC, enquanto as que ficaram abaixo sofreram perda de 1,74%.

Já o reajuste real média em todo o ano está em -0,78% em relação ao INPC. De 16.673 acordos analisados, 22% têm ganho real, 36% são equivalentes à inflação e 42% ficam abaixo. Dessa forma, são 58% de reajustes iguais ou superior ao índice do IBGE. Essa participação sobe para 72% no comércio e a 68% na indústria, setor que tem o maior índice de ganhos reais (28,5%). E cai para 49% nos serviços.

Com a deflação, o reajuste necessário para recompor perdas, que chegou à casa dos 12% no meio do ano, caiu para 6,46%. Mas o último resultado do INPC mostra que a inflação voltou a subir. Além disso, a “prévia” de novembro confirma o aumento.

Fonte: Rede Brasil Atual

A  Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira Leite, da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense faz parte, recebeu o título de Cidadã Honorária do Município do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, 30 de novembro.

A cerimônia de entrega do título aconteceu no Salão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e pôde ser acompanhada pela TV Câmara do Rio.

“Juvandia tem se destacado na defesa do trabalhador e da trabalhadora, de modo particular do ramo financeiro, que no Brasil é tão explorado”, disse o vereador Reimont (PT-Rio de Janeiro), que é bancário do Banco do Brasil, ao lembrar que o Rio de Janeiro é uma cidade que conta com um grande contingente da categoria.

Reimont, que é foi eleito deputado federal nas últimas eleições, ressaltou que o sistema financeiro emprega muita gente e também demite muita gente na cidade. “Sabemos que a busca insana dos bancos pelo lucro tem levado a categoria bancária ao adoecimento. Sabemos também o que foi a reforma trabalhista do governo de Temer, o que foi a derrocada dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, notadamente dos bancários e bancárias e de todo o sistema financeiro”, observou.

Para o vereador, a presidenta da Contraf-CUT não mede esforços para organizar a resistência contra os ataques desferidos contra os trabalhadores. “Por isso, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e eu, como vereador e como bancário do Banco do Brasil, compreendemos a importância desta atuação da Juvandia e decidimos homenageá-la com o título de cidadã carioca”, explicou. “Nossa intenção é reforçar essa luta que consideramos tão importante. E a Juvandia enobrece ainda mais a galeria dos homenageados, que tendo prestado serviços relevantes à sociedade brasileira, são reconhecidos por esta casa legislativa, que é uma das mais importantes do país”, completou Reimont.

“Me sinto honrada por receber este título de cidadã carioca, cidadã do Rio de Janeiro, uma cidade que é bonita por natureza, mas não apenas por suas belas paisagens, como também pelo seu povo trabalhador, por sua cultura e história, que tanto contribuiu e contribui para o país”, disse a homenageada. “E partilho do mesmo desejo do vereador Reimont, para que este título sirva para reforçar a luta em defesa dos trabalhadores e de seus direitos”.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal não aceitou proposta da representação das empregadas e empregados e apresentou uma contraproposta para que o pagamento dos “deltas” da promoção por mérito, referentes ao Plano de Cargos e Salários (PCS), seja feito considerando apenas o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), de acordo com critérios empresariais da meritocracia. A proposta apresentada ao banco pelo movimento sindical é para que seja distribuído um delta linearmente para todos que cumpram os critérios definidos e que apenas o segundo seja distribuído de acordo com a GDP.

>>>>> Empregados apresentam proposta para promoção por mérito na Caixa

“Esta gestão da Caixa avalia que os empregados que devem receber são somente aqueles que atingirem a classificação de bom desempenho e desempenho de excelência na GDP, mas não querem discutir os critérios utilizados para a avaliação no programa, mantendo critérios subjetivos, como o feedback do gestor”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito na Caixa, João Paulo Pierozan.

“Já tivemos este debate no ano passado. Pra gente, a distribuição linear não é a ideal, mas não temos como aceitar que ela seja feita a partir de critérios subjetivos. Queremos discutir os critérios de avaliação não apenas para a promoção por mérito, mas de todo o processo de gestão de pessoas”, afirmou Túlio Roberto Menezes representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste no GT.

Promoção por mérito X GDP

“A Caixa tinha um sistema que utilizava critérios de avaliação criados em conjunto com a representação dos empregados, mas criou a GDP, que permite a mudança dos critérios no meio do ciclo avaliatório”, lembrou a representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiza Hansen. “O que observamos no dia a dia é que muitas vezes os objetivos da GDP são impostos pela gestão. Além disso, as metas mudam constantemente, os sistemas apresentam falhas e há pouco tempo para o cumprimento dos objetivos, prejudicando a avaliação do desempenho dos empregados”, observou a dirigente, ao ressaltar que os empregados não têm a liberdade de escolher os objetivos smart das metas.

Continuidade das negociações

A representação dos empregados no GT avalia que a proposta da Caixa não será aceita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e pediu que o banco apresente os dados solicitados na reunião anterior, referentes aos impedimentos de recebimento da promoção e as formas de distribuição do segundo delta. Nesta terça-feira, os trabalhadores também pediram que o banco apresente uma estimativa de quantos empregados receberiam a promoção considerando a proposta apresentada pela Caixa. O banco, mais uma vez, ficou de analisar as solicitações.

A próxima reunião de negociações ainda não tem data marcada.

Fonte: Contraf-CUT

Projeto de Lei 1.043/2019, que autoriza a abertura de agências e o trabalho bancário aos sábados domingos e feriados, foi retirado da pauta de votação da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (30), após ação da representação sindical junto aos parlamentares e pressão da categoria nas redes sociais.

“Fizemos um trabalho intenso junto aos membros da CDC para que requeressem a retirada da pauta e concomitantemente junto ao presidente da comissão, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos/PE), para que os acolhesse, sendo assim, o requerimento do deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) foi prontamente acolhido”, informou o secretário de Relações do Trabalho e responsável na Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento da tramitação de projetos e temas de interesse dos trabalhadores do Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão, acrescentando que o deputado Ivan Valente (Psol/SP) também contribuiu com as ações para a retirada do projeto da pauta.

“Agradeço a sensibilidade do presidente da comissão, que ajudou a proporcionar esta grande vitória da categoria, que se mobilizou para a retirada do projeto da pauta”, disse o deputado Daniel Almeida. “Espero que este projeto não volte à pauta este ano e que, no ano que vem, seja arquivado, pois o mesmo não serve ao interesse nacional, não é de interesse dos bancários e se configura em quebra de contrato e retirada de direito adquirido”, completou o deputado.

Ação sindical e da categoria

“Estamos atentos à tramitação dos projetos de interesse dos trabalhadores no Congresso e agimos rapidamente, mas foi fundamental a pressão exercida pela categoria e entidades sindicais nas redes sociais”, acrescentou o dirigente da Contraf-CUT, ao informar que o tuitaço realizado na manhã desta quarta-feira ficou entre os temas mais comentados da rede.

O tuitaço realizado nesta manhã colocou a hashtag #SábadoÉMeu na sétima posição entre os assuntos mais comentados do país.

“Conseguimos, mais uma vez, barrar a tentativa de alteração na jornada de trabalho dos bancários. Mas, precisamos manter a mobilização, o lobby do sistema financeiro no Congresso é forte e esta não foi a primeira e, com certeza, não será a última vez que vão tentar esta mudança que prejudica a categoria”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “A eleição de um governo com compromisso com a classe trabalhadora ajuda na retirada deste tipo de projeto da pauta, mas temos que acompanhar a atuação dos deputados e senadores para lutar contra todas as tentativas de retirada de direitos”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco nesta terça-feira (29), para dar continuidade às negociações da minuta específica. Este é o segundo encontro entre as partes após o fim da emergência em saúde por causa da pandemia de covid-19. Os encontros entre as partes tinham sido interrompidos, pois a prioridade passou a ser a preservação da vida de clientes e funcionários. O encontro anterior ocorreu no último dia 14 e marcou a retomada das negociações dos temas de interesse dos trabalhadores.

Várias cláusulas da minuta foram tratadas, como manutenção do índice de emprego, questões do plano de saúde, medidas para prevenção da covid-19 e a ampliação do Prêmio de Desempenho Extraordinário (PDE). O encontro também definiu uma agenda inicial para o debate de novos tópicos, já a partir do começo de 2023.

Emprego

Os integrantes da COE solicitaram detalhamento de informações a respeito da garantia do nível de emprego na entidade, pois há informações de falta de funcionários em diversas agências, onde também se observa sobrecarga de trabalho dos funcionários.

O banco adiantou que em 2022 ocorreu um saldo positivo no número de funcionários, ao contrário do que se verificou no ano passado, quando ocorreu mais demissões que contratações. Segundo os resultados divulgados pelo Bradesco no terceiro trimestre deste ano, a instituição encerrou 159 agências, mas apresentou um saldo positivo de 638 postos de trabalho no período de 12 meses.

Plano de Saúde

No encontro, foram detalhadas as informações que deve ter o relatório que cada federação vai elaborar sobre as dificuldades que vêm sendo enfrentadas no atendimento do Saúde Bradesco. Os problemas relatados alcançam especialidades, hospitais e clínicas credenciadas, bem como o serviço odontológico, em especial no interior dos estados, onde os problemas ocorrem com muita frequência.

Ficou acertado que os relatórios devem apontar a localidade de cada questão. As informações devem dar conta da dificuldade enfrentada de modo específico, como inexistência de hospital ou clínica, falta de determinada especialidade ou dificuldade de agendamento, entre outras. Esse trabalho já havia sido iniciado em 2019, mas foi interrompido pela pandemia. Assim que o relatório for encaminhado, o banco terá 90 dias para solução. Até lá, qualquer necessidade de urgência será tratada pontualmente.

Os representantes dos trabalhadores também solicitaram que o plano de saúde fosse estendido aos aposentados, mas o banco manteve a posição de não ampliar o benefício.

Prevenção da covid

Em complementação às ações acertadas com o banco para a prevenção da covid-19, os membros da COE defenderam a instalação de uma divisória de acrílico, posicionada entre o funcionário de atendimento e o cliente, para a proteção de ambos. O banco disse que não entende a medida como necessária, e informou que está reforçando campanha para prevenção, que não há nenhum funcionário internado e que o índice de vacinação entre os trabalhadores é alto e satisfatório. A empresa também confirmou que todos que testam positivo são afastados por sete dias, ou mais, caso seja necessário.

PDE

A reivindicação da COE de que o PDE fosse estendido a todo o corpo de funcionários foi negada pelo banco. A instituição reafirmou que o benefício se destina apenas para os setores comerciais e administrativos que participam diretamente do processo de concessão de crédito. Segundo a empresa, esse prêmio é diferente da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), instituída para atender todos os funcionários.

Agenda

As próximas reuniões entre a COE e o Bradesco ocorrerão no início de fevereiro e em março, quando as pautas prioritárias serão o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral e segurança (que inclui as unidades de negócios), além da apresentação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre teletrabalho específico no Bradesco.

Nesses encontros serão definidas as datas seguintes, para a discussão de tópicos como auxílio academia, reembolsos de gastos extraordinários (que inclui o valor por quilômetro rodado pelo funcionário em trabalho externo), plano de cargos e salários, inclusão e igualdade de oportunidades, entre outros.

Para a secretária de Formação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e representante da Fetec/SP na COE Bradesco, Erica Oliveira, “a pauta é extensa e alguns dos itens são de negociação difícil e estão entre nossas reivindicações há bastante tempo, mas, em parceria com toda a organização dos bancários, precisamos insistir. Às vezes, para conquistarmos avanços, enfrentamos um processo longo”.

A coordenadora da COE e secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, entende que “é importante a retomada de negociação referente à minuta específica, mas precisamos aprofundar em várias cláusulas em que necessitamos de avanços. A proposta é dividir por temas. A mesa de hoje foi de retomada. Passamos por todos os pontos da minuta e agora esperamos desdobramentos”.

Fonte: Contraf-CUT

Nota de falecimento

Novembro 28, 2022

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense lamenta o falecimento da bancária aposentada, Marina Fernandes Queiroz Rocha, na manhã desta última segunda-feira, 28 de novembro.

Foram mais de 38 anos exercendo a profissão, passando pelos bancos Bamerindus, HSBC e Bradesco. Sua última agência foi a 129 (Duque de Caxias).

A bancária havia se aposentado em setembro de 2022.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos.

Marina, presente!

Estudo conduzido pelo instituto de pesquisas Plano CDE revela que as populações mais pobres – das classes C, D e E – tomaram empréstimos ao longo dos últimos meses principalmente para comprar comida e pagar as contas básicas. Questionados sobre o motivo ou por que buscariam um empréstimo, entre 45% e 50% dos entrevistados dessas classes indicaram que a alimentação e as contas do mês foram ou seriam a principal finalidade. 

As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a pesquisa na noite de ontem (27). A necessidade indicada pelos mais pobres chamou atenção do diretor do instituto Plano CDE, Maurício Prado. Segundo ele, o quadro “indica a situação grave que uma série de famílias enfrenta atualmente”. Esse percentual cai para 30% entre as classes A e B. Sendo que, entre os mais ricos, a maioria justifica a tomada de empréstimos como uma busca por investimentos no próprio negócio (46%). 

O pesquisador alerta que, nesse cenário, é preciso ainda mais atenção com a concessão do empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil. Em muitos casos, eles estão contraindo dívidas com juros elevados para a subsistência. A possibilidade de crédito com o programa social faz parte de medida eleitoreira, anunciada às vésperas do pleito presidencial pelo governo Bolsonaro, liberando o beneficiário a comprometer até 40% de sua renda mensal com os empréstimos. 

Brasil favorece o superendividamento

“O consignado do Auxílio Brasil só vai fazer com que as famílias se enrolem ainda mais”, adverte Prado. De forma geral, 42% confirmaram ter alguma dívida em atraso, segundo a pesquisa. Ao todo, foram consultadas 2.370 pessoas maiores de 18 anos, de todas as classes sociais, nacionalmente. A pesquisa foi feita entre 26 de julho a 9 de agosto de 2022. Para definir as classes D e E, o estudo considerou domicílios com renda familiar de até R$ 2 mil. Aqueles na faixa de R$ 2 mil até R$ 3 mil foram classificados como C2. Já as residências com renda de R$ 3 mil a R$ 6 mil são C1. E as classes AB são formadas por lares com renda acima de R$ 6 mil. 

A pesquisa mostra ainda que cerca de 50% das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano. Nesse caso, a principal fonte para a busca dos recursos entre os mais pobres são familiares e amigos e, só depois, bancos digitais e tradicionais. 

A situação reflete um cenário de crescimento econômico baixo, com inflação alta e um mercado de trabalho precarizado e informal que força com que o crédito seja cada vez mais utilizado como um complemento à renda da população com menor poder aquisitivo. É o que destaca o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Lauro Gonzalez. “O crédito como complemento de renda é um caminho quase certo para o superendividamento”, garante o especialista. 

Tirar de onde não tem

Até 50% dos entrevistados mais pobres, das classes D e E, confirmaram que tiveram de reduzir a compra de comida para pagar uma dívida. É comum também que as famílias busquem fazer horas extras, bicos e trabalhos temporários (56%) ou vender seus bens, como carros, móveis ou eletrodomésticos (28%), para quitar os débitos. 

O levantamento também chama atenção para a falta de renda que impede a formação de poupança, principalmente entre os mais pobres. Nos últimos 12 meses, cerca de 50% da população teve gastos maiores do que a renda, sendo 37% nas classes A e B e 48% a 55% nas C1 e C2. Esse percentual chega a 60% nas D e E. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Quebrar o círculo de violência de gênero e violência no trabalho, com a defesa da assinatura, pelo Brasil, da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse é o foco dos 21 Dias de Ativismo que, no Brasil, começou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Internacionalmente, são 16 dias de ativismo, com início nesta sexta-feira (25), Dia de Combate à Violência contra a Mulher. O período, tanto em âmbito nacional quanto internacional, termina em 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“A proposta, todos os anos, é dar o máximo de visibilidade ao tema e continuar combatendo os vários tipos de violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho, desde assédio moral e sexual, até sobrecarga de trabalho, desigualdade salarial e nas oportunidades de crescimento”, explica Fernanda Lopes, a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que integra a campanha assim como o Comitê Mundial de Mulheres da UNI Global Union.

Convenção 190

A Convenção 190 (C190) é o primeiro tratado internacional para enfrentar a violência e o assédio no ambiente laboral. Foi aprovada em 2019 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, até o momento, seis países a retificaram – Argentina, Equador, Fiji, Namíbia, Somália e Uruguai. “O movimento sindical quer a ratificação da C190 no Brasil que, além de fornecer a primeira definição internacional de violência e assédio no mundo de trabalho, inclui violência de gênero e assédio”, pontua Fernanda Lopes.

Avanços para categoria bancária

A secretária da Mulher destaca que, entre as contribuições do movimento sindical bancário contra o cenário de violência no ambiente laboral está a inclusão de uma cláusula sobre assédio sexual na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) dos funcionários do Banco do Brasil e dos empregados da Caixa Econômica Federal para os próximos dois anos. Além disso, aponta a criação do projeto “Basta! Não irão nos calar!”, em agosto de 2021, que fornece assessoria técnica às federações e aos sindicatos para a implantação de canais de atendimento jurídico especializado para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

“Ainda temos muita luta pela frente para alcançar um ambiente de trabalho sem violência de gênero. No setor bancário, apesar de terem mais escolaridade que os homens, as mulheres recebem, em média, 78,1% do salário dos colegas do sexo masculino. As bancárias negras são ainda mais injustiçadas e recebem em média 59% dos homens bancos”, explica Fernanda com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dirigente da Contraf-CUT lembra ainda que o governo Bolsonaro cortou 94% da verba destinada ao Ministério da Mulher para a proteção de gênero, nos orçamentos elaborados e enviados ao Congresso, referentes aos anos de 2020 a 2023. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam também que, em 2022, a gestão bolsonarista executou apenas 25% do orçamento para o Ligue 180, serviço de utilidade pública de enfrentamento à violência contra a mulher. “Por isso os Dias de Ativismo são necessários, para aumentar a visibilidade ao tema e para que a sociedade pare de normalizar as situações de violência que as mulheres são submetidas”, reflete.

Além de divulgar as informações sobre os 21 Dias de Luta nas redes sociais e no site da Contraf-CUT, a secretária da Mulher participa de uma entrevista no ContrafCast, que será divulgada nos próximos dias. “É importante que os movimentos sindicais participem ecoando o debate para que, nesta nova fase que o país entrará, devido à mudança de governo, as políticas públicas de combate à violência contra a Mulher voltem a ser reforçadas”, pondera.

Denuncie

Além dos canais de denúncia como o 180 os sindicatos dos bancários estão preparados para orientar vítimas de violência doméstica, por meio do projeto “Basta! Não Irão Nos Calar!”. As bancárias que estiverem em situação de insegurança e necessitem de assessoria jurídica, desde a orientação para procurar canais e serviços públicos até sobre questões como guarda dos filhos, podem entrar em contato com a entidade sindical da sua base.

Fonte: Contraf-CUT

Mais da metade das greves deflagradas no primeiro semestre (53%) envolvia descumprimento de direitos, como atraso no pagamento de salários, férias ou 13º, entre outros. Segundo o Dieese, que divulgou balanço dos movimentos na primeira metade do ano, os chamados itens de caráter defensivo, em defesa de direitos, estavam na pauta de 80% das 663 paralisações pesquisadas. Esse número (663) representa 76% de aumento em relação a igual período de 2021. Basicamente, pelo crescimento no setor público.

Assim, a quantidade de greves só não é maior que a do primeiro semestre de 2018 (901). As horas paradas quase dobraram, chegando a 37 mil. Mas o número de paralisações no setor privado e nas estatais praticamente não se alterou. Já no funcionalismo público, se multiplicou por cinco – de 82 para 412. 

Questões salariais

“Questões salariais como reajuste (48%) e pagamento do piso (31%) foram as mais frequentes”, informa o instituto. “Itens relacionados à alimentação (tíquetes, cestas básicas) vêm em seguida: estiveram presentes em 19% das greves. O pagamento de vencimentos em atraso (salários, férias, 13º) continua entre as principais reivindicações – com uma participação diminuída, no entanto (16%).”

Das 663 greves registradas de janeiro a junho, 438 (66%) foram de trabalhadores no setor público, sendo 412 no funcionalismo (62%) e 26 (4%), em estatais. As paralisações “de advertência” representaram 45% do total (setores público e privado), enquanto 53% foram por tempo indeterminado. Em 2% dos casos, não havia informação disponível.

Já movimentos que envolveram categorias profissionais inteiras predominaram, com 60% do casos. Outros 40% foram em empresas ou unidades do funcionalismo.

Piso nacional da educação

“A frequência da deflagração das greves neste primeiro semestre também se associa a questões salariais – reajuste nos valores e pagamento do piso”, comenta o Dieese. “De janeiro a março, a presença conjunta dos dois itens vai progressivamente se destacando na pauta das mobilizações. Abril marca novamente um recuo e também o início do distanciamento entre os dois itens, com a reivindicação por reajuste salarial tornando-se preponderante.” O instituto destaca a forte mobilização pelo piso salarial nacional da educação básica.

Das 412 greves no setor público, 72% foram deflagradas por servidores municipais, 19% por estaduais e 8%, por federais. Mais da metade (55%) foi de advertência, enquanto 87% envolveram categorias profissionais.

“Itens de caráter defensivo estiveram presentes na grande maioria das pautas grevistas (79%)”, lembra o Dieese. “Ainda assim, itens propositivos também foram muito frequentes (68%). A maioria das greves trouxe, de modo combinado, reivindicações caracterizadas das duas maneiras.” Reivindicações de salários e pisos foram as mais frequentes, com 58% e 48%, respectivamente.

Maioria por tempo indeterminado

Por sua vez, no setor privado, de 223 paralisações registradas, 161 (72%) foram no setor de serviços e 62 (28%), na indústria. Diferente do setor público, só 28% foram de advertência e 67%, por tempo indeterminado. Também predominaram as greves por empresa ou unidade: 85% do total.

“Na pauta reivindicatória de 82% das greves deflagradas estiveram presentes itens e caráter defensivo, com predominância de pleitos relativos ao descumprimento de direitos (62%)”, diz ainda o estudo do Dieese. “A exigência de regularização de valores em atraso (salários, férias, 13º) compôs a pauta da maioria (47%) das mobilizações. Itens relativos à alimentação (tíquete, cesta básica) vieram a seguir (38%). A reivindicação por reajuste salarial esteve presente em quase um terço das greves (31%).”

Confira aqui a íntegra do estudo.

Fonte: Rede Brasil Atual