Abril 30, 2025
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O Comando Nacional dos Bancários enviou ao Banco do Brasil, na quinta feira (24), um ofício solicitando imediata reunião para apresentação de proposta da pauta específica dos funcionários do banco público.

Depois de cinco rodadas de negociação e com a apresentação da proposta da Fenaban, a categoria esperava que o Banco do Brasil apresentasse proposta complementar à proposta geral da categoria bancária. Mas, até agora, nenhuma reunião foi marcada.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, é extremamente necessária uma reunião com o Banco após a rodada com a Fenaban, a qual o Banco do Brasil participa. “Temos uma pauta de reivindicações específicas que foi negociada sem resposta alguma do BB. Os funcionários querem respostas às contratações, melhorias na carreira, nas condições de trabalho e andamento nas negociações da Cassi”, cobrou. 

Fonte: Contraf-CUT

A Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00, durante a rodada de negociação desta sexta-feira (25), em São Paulo. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano. Diante da intransigência dos banqueiros em atender às reivindicações da categoria, as quais abrangem reajuste de 16% (incluindo 5,7% de aumento real), o Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de mobilizações para pressionar os bancos, apontando para greve a partir de 6 de outubro, orientação que será deliberada em assembleias dos trabalhadores nos dias 1° e 5 de outubro em todo o País. “A Fenaban está jogando os bancários para a greve”, afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. “Essa proposta rebaixada vem justamente do setor que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. Com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores. Então, só podemos dizer, que é uma irresponsabilidade dos bancos”, completou. “Essa proposta, a pior dos últimos anos, é um total desrespeito à categoria e orientamos sua rejeição nas assembleias que acontecerão em 1º de outubro, em todo o Brasil, com indicativo de greve a partir do dia 6″, disse a vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “E o desrespeito não é só com os bancários, mas com toda a sociedade, já que o setor vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional, mesmo estando em pleno ganho”, critica a dirigente que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

 

Proposta dos bancos

 

Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).

Piso portaria após 90 dias – R$ 1.321,26.

Piso escritório após 90 dias – R$ 1.895,25.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.

Antecipação da PLR

Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.

Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.

Auxílio-refeição – R$ 27,43.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 454,87.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 378,56.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 323,84.

Gratificação de compensador de cheques – R$ 147,11.

Requalificação profissional – R$ 1.294,49.

Auxílio-funeral – R$ 868,58.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 129.522,56

Ajuda deslocamento noturno – R$ 90,67.

As reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, são muito diferentes da proposta dos bancos. Confira :

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

O Comando Nacional protestou veemente contra esta mudança de desenho de campanha salarial apresentada pelos bancos, afirmou o presidente da Contraf-CUT.

“Fica claro que os bancos querem abandonar o ciclo de valorização do trabalho bancário, que acumulava onze anos de ganho real. E pretendem fazer esta mudança sem que tenha acontecido nenhuma redução dos seus lucros ou crise no setor. Isso é incompreensível para os trabalhadores que até adoecem para cumprir metas e produzir lucros fabulosos para os bancos. E a nossa resposta indignada vai ser dura”, finalizou Roberto von der Osten.

 

Fonte: Contraf-CUT

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da baixada fluminense, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 28750016000130, Registro sindical nº 117878260 por seus coordenadores abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a assembleia geral  extraordinária   que  se   realizará dia 01/10/2015, às 18:00h, em primeira convocação, e às 18:30 h, em segunda convocação, no endereço à Rua Professor Henrique Ferreira Gomes nº 179  Cto Duque de Caxias / RJ para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

 

1. Avaliação e deliberação sobre contraproposta apresentada pela FENABAN na reunião de 25/09/2015, à minuta de reivindicações entregue em 11/08/2015

 

2. Deliberação acerca de paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00 do dia 06/10/2015

 

Duque de Caxias . 25 de setembro de 2015

 

Coordenação : Alcyon Vicente , Jose Laercio , Pedro Batista

Os bancários de todo o País realizaram manifestação no Dia Nacional de Luta, nesta quarta-feira (23), para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta concreta e decente que atenda as reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2015.

O Dia Nacional de Luta foi uma deliberação do Comando Nacional dos Bancários para fortalecer a campanha, combater às demissões, a rotatividade, os projetos de terceirização, as metas abusivas e o assédio moral, a insegurança e as discriminações nos bancos.

Para Roberto von der Osten, as federações e os sindicatos mostraram hoje sua unidade, mobilização e disposição para a luta. “Foi um “esquenta” para ouvir a proposta que a Fenaban vai nos fazer dia 25. Mostramos que estamos preparados para o que der e vier e, se houver desrespeito para com a nossa categoria, daremos uma resposta igualmente dura, debatida em assembleias, na quais quem decide democraticamente são os trabalhadores”, afirmou.

“Vamos aguardar a responsabilidade e coerência dos bancos: eles ganharam muito este ano e podem atender as nossas reivindicações”, completou o presidente da Contraf-CUT.

Na cidade de São Paulo, foi atrasada até o meio-dia a abertura de agências na Praça Silvio Romero, na zona leste, na Avenida Faria Lima, zona oeste, e no centro da capital. Na Avenida Paulista, a mobilização foi com os 700 funcionários e centenas de terceirizados da Superintendência do Banco do Brasil, onde a principal preocupação com a reestruturação unilateral imposta pela direção.

Na região do ABC, as manifestações ocorreram nas agências do centro de Santo André. Já no interior, 19 agências e departamentos tiveram seu início do expediente atrasados, em Campinas e em Catanduva.

No Rio de Janeiro, o Sindicato organizou caravanas para vários bairros da capital fluminense. A diretoria convocou a categoria a se mobilizar e pediu o apoio dos clientes, que também são explorados pelos banqueiros.

A diretoria do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Sistema Financeiro de Campos dos Goytacazes (RJ) retardou a abertura das agências Select do Santander, Bradesco E Itaú, localizadas no bairro Pelinca, área nobre do Município.

Em Minas Gerais, os diretores do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas retardaram por uma hora a abertura de cinco agências do Itaú, no centro das cidades da região.

Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários de Curitiba fechou a agência do Itaú da Rua João Negrão, no Centro. Em Londrina, o Sindicato paralisou as atividades de seis agências, sendo três do Itaú, uma do Santander, uma do Bradesco, e uma do HSBC. Em Campo Mourão, foram duas agências do Itaú. Em Arapoti, a exemplo de Curitiba, fechou uma agência do Itaú. Em Cornélio Procópio, cinco agências só iriam abrir após as 12h. Em Apucarana, foram três Itaús e um Santander. O sindicato de Umuarama fechou três Itaús e o de Paranavaí dois.

Os bancários fizeram paralisação de duas horas em várias agências de Florianópolis. Na atividade, os dirigentes voltaram a dialogar com a população sobre as más condições de trabalho dos bancários e no quanto isso reflete no atendimento a clientes e usuários.

As bancárias e bancários de Brasília pediram apoio da população para diminuir filas, ampliar o horário de atendimento, reduzir os juros e aumentar a segurança nas agências.

A abertura das agências do banco Itaú da Barão e da Cândido Mariano, em Campo Grande (MS), foi retardada pelos bancários. Já em Dourados, a manifestação ocorreu das 07h às 11h em frente ao Banco Itaú, agência João Candido Câmara.

Os bancários de Mato Grosso foram para as portas das agências manifestar a insatisfação. A categoria cobrou dos banqueiros a apresentação de uma proposta decente no dia 25 de setembro, quando terá nova rodada de negociação.

Fonte: Contraf-CUT

“Houve um mal-entendido”. Esta foi a explicação dos representantes do banco Itaú, dada ao Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, em reunião realizada nesta quarta-feira (23) em São Paulo. O objetivo do encontro foi o de esclarecer as declarações do diretor da Área de Varejo do Itaú, Marco Bonomi, sobre o fechamento de agências de tijolos substituindo-as por agências digitais e cortes de postos de trabalho na instituição financeira.

Segundo os representantes do Itaú, Bonomi foi mal interpretado pela imprensa. Na reunião desta quarta, a direção do banco negou o fechamento de agências e a eliminação de postos de trabalho.

Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, os bancos sempre alegam mal-entendidos. “Eles sempre dizem que a gente entendeu diferente o que eles falam, mas é uma desconfiança legítima de nossa parte. Reestruturação no sistema financeiro é sinônimo de demissão. Os nossos sindicatos estão alertas e vão acompanhar muito de perto este processo de transferências de contas da rede física para a rede digital”, comentou Roberto.

Segundo o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves, os trabalhadores foram pegos de surpresa com a nova política do Banco. “Este novo modelo não afeta apenas a questão do desemprego que abala a categoria, mas também vem afetando a remuneração dos bancários, que perdem com a diminuição do número de contas das agencias solos para as digitais. A meta dos funcionários das agências solos não é alterada com número de contas que sai da agencia. O que agrava o problema das metas abusivas”, explicou Jair.

“Vamos acompanhar de perto toda a movimentação desta nova fase do banco. Os sindicatos e federações irão estar na base para fazer um levantamento semanal e mensal dos postos de trabalho”, ressaltou Jair.

PCR e Bolsa de Estudo

Os representantes dos trabalhadores também entregaram uma carta ao banco Itaú sobre o Programa Complementar de Resultados (PCR), onde reivindicam a correção dos valores previstos em acordo, com a vigência de dois anos, ou seja, um valor condizente com os altos lucros que o Itaú vem obtendo, de 23,5%, passando a R$ 5.100.

No tocante às concessões de Auxílio-Educação aos funcionários do banco mediante acordo, definiu-se pela reinvindicação da atualização dos valores praticados, em 23,5%, passando a R$ 392,50.

Clique aqui para ver a carta enviada ao Banco Itaú.


Fonte: Contraf-CUT

Após Audiência Pública, que ocorreu na manhã desta terça-feira (22), em Brasília, os representantes de sindicatos, empresas, Fenae, trabalhadores e conselheiros eleitos de várias empresas públicas, como a Caixa, Petrobrás, BB, BNDES e outros, conseguiram adiar a votação em regime de urgência do Projeto de Lei do Senado – PLS 555/2015, que representa a ameaça de privatização e um grande retrocesso para o país.

“Formamos uma frente ampla de combate ao PLS 555/2015, que utiliza um modelo privatista e desvaloriza o papel dos conselheiros eleitos, proibindo-os de terem participação partidária e sindical”, enfatizou Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da CEF.

Maria Rita ainda destacou sobre a necessidade de ampliar o debate com a sociedade, por isso foi preciso tirar o caráter de urgência da votação, que aconteceria hoje à noite. “Iremos debater com os diversos atores da sociedade civil e segmentos da administração pública sobre os malefícios do projeto de lei para o patrimônio público”, disse.

Com o plenário lotado, a Audiência Pública, promovida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), contou com a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Contraf-CUT, Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação Nacional dos Portuários (FNP), trabalhadores e conselheiros eleitos de várias empresas públicas, como a Caixa, Petrobrás, BB, BNDES, entre outros.

Foi marcada para a próxima semana uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para tratar do assunto.

A Lei de Responsabilidade das Estatais é um substitutivo ao PL 167 de 2015, do senador Tasso Jereissati, e uma referência ao PLS 343, também deste ano, do senador Aécio Neves, ambos do PSDB. Sob pretexto da `transparência´ na condução das estatais, o projeto traz em suas normas gerais a determinação de que empresa pública e sociedade de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedade anônima. O projeto representa uma ameaça a Caixa, Correios, BNDES, empresas do setor elétrico, entre outras.



Fonte: Contraf-CUT

Apesar de ter provocado a crise econômica, que desde 2008 fechou mais de 30 milhões de postos de trabalho em todo o mundo, e na Europa estar destruindo o Estado de bem-estar social construído em quase um século de lutas dos trabalhadores, o neoliberalismo perdeu o pudor e volta a dominar todos os espaços na grande mídia nacional.

 

Em nome do deus mercado, os neoliberais, cujo quartel-general se esconde nas entranhas no sistema financeiro, combatem a política de queda de juros e spread do governo federal, rebelam-se contra a redução das tarifas de eletricidade e contra as intervenções do Estado para regular áreas estratégicas da economia. Demonizam as políticas sociais e amplificam a campanha visando criminalizar a ação política dos que os combatem, especialmente dirigentes políticos do Partido dos Trabalhadores.

 

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, que acaba de ser reconduzido à presidência da UNI Américas Finanças, defende que é desafio do movimento sindical sair do corporativismo e fazer esse enfrentamento com os neoliberais e com os conservadores, que têm hoje a hegemonia nos grandes veículos de comunicação.

 

Nesta entrevista exclusiva, concedida às vésperas do ano novo, Carlos Cordeiro faz também um balanço da campanha nacional dos bancários de 2012 e aponta os desafios para o futuro.

 

Que balanço você faz do ano de 2012?

Carlos Cordeiro – Foi bastante positivo. O êxito na verdade teve início em 2011, quando sofremos uma pressão muito grande dos banqueiros, da mídia e do governo para não ter aumento real de salário, porque traria inflação. Fizemos o enfrentamento, junto com outras categorias, e conquistamos ganho real de salário pelo oitavo ano seguido. E em 2012 não tivemos um aumento de inflação, como eles ameaçavam, e tivemos novo ganho real.

Nos últimos nove anos, conquistamos 16% de aumento real em todos os salários e 36% de ganho real no piso. Podemos dizer que é uma política permanente e constante de aumento real de salário e valorização do piso. E isso ocorre no momento em que comemoramos os 20 anos da nossa Convenção Coletiva de Trabalho, que é hoje uma referência para todos os trabalhadores brasileiros.

Não tem maior inclusão social do que distribuição de renda via aumento de salário. Embora ainda em uma velocidade lenta, é uma mudança, porque antigamente tínhamos perdas e neste último período conseguimos reverter, o que é fundamental para reduzir a desigualdade no país. O aumento real deste ano vem coroar esta política correta, que começa lá atrás com a Convenção Coletiva.

 

Os avanços na parte econômica foram o ganho mais importante?

Carlos Cordeiro – Não. Tão ou mais importante que as conquistas econômicas são os avanços sociais no último período. Em 2012, por exemplo, tivemos grande avanço no tema da segurança bancária. No ano passado tivemos 49 mortes em assaltos envolvendo bancos e no primeiro semestre de 2012 foram 27 homicídios, o que nos obriga a buscar uma solução. Conseguimos manter uma dinâmica de negociação sobre segurança com a Fenaban que aponta para um projeto-piloto, embora ainda com algumas fragilidades, que contempla antigas reivindicações como porta giratória com detector de metal e biombos em frente aos caixas. Abrimos um canal de negociação onde vamos poder testar essa política de segurança, fazer uma avaliação do que funcionou ou não funcionou, com o objetivo de implantar um projeto nacional.

 

O que mais você destacaria da campanha nacional de 2012?

Carlos Cordeiro – Na questão do emprego, tivemos avanços na Caixa, com a contratação de mais de 5 mil bancários em 2012 e com a conquista de uma cláusula no acordo coletivo que garante mais 7 mil contratações em 2013. Isso é importante na disputa que estamos travando com os bancos privados, particularmente Santander e Itaú.

O banco espanhol, que obtém aqui 26% do lucro mundial, demitiu 1.280 trabalhadores na véspera do Natal, desrespeitando o Brasil e os brasileiros. Já o Itaú, apesar do maior lucro do sistema financeiro nacional, cortou mais de 7 mil postos de trabalho nos primeiros nove meses do ano, mostrando que não está gerando empregos para contribuir com o desenvolvimento do país. Além disso, eles abusaram da rotatividade, essa jabuticaba para reduzir custos e turbinar lucros, além de pagarem bônus milionários para os altos executivos.

Conquistamos ainda novas cláusulas sobre saúde do trabalhador e no tema igualdade de oportunidades também teve avanço. Conseguimos arrancar da Fenaban a realização de um novo censo, que vai permitir fazer uma reflexão aberta, pública em relação às políticas que os bancos vêm adotando a partir do Mapa da Diversidade, e saber se surtiram efeito ou não. Hoje temos clareza que não surtiram efeito, mas o novo censo, embora não seja instrumento que acabe a discriminação, é um meio importante para discutirmos em cima de fatos concretos com a Fenaban sobre políticas para acabar com as discriminações. Isso é uma luta, é um processo e o censo é mais um passo nessa direção.

 

Você destacaria algo no campo da organização da categoria?

Carlos Cordeiro – A grande conquista que temos é a unidade dos bancários de todo o país. Não só na campanha deste ano, mas do último período, evidenciando que, quanto maior a unidade dos bancários, maior são as conquistas. E isso aponta para o futuro. Se de fato queremos enfrentar os bancos e melhorar as condições de trabalho e remuneração dos bancários, vai depender no nosso grau de unidade. Não só unidade entre trabalhadores dos bancos públicos e privados, mas também unidade interna do movimento sindical bancário.

 

E quais os desafios que você enxerga para 2013?

Carlos Cordeiro – O projeto político eleito pelo povo brasileiro vem sendo atacado constantemente pela direita organizada neste país, comandada pelos grandes meios de comunicação. E isso nos leva a uma disputa que está colocada na sociedade hoje. Nós do movimento sindical, que somos a referência dos trabalhadores, precisamos entrar nesta disputa mais fortalecidos ainda, organizados e articulados.

É importante também pautar a discussão dos temas que interessam aos trabalhadores e à sociedade. A reforma tributária é um deles. Que reforma tributária os trabalhadores querem? E dentro dela qual o papel do Estado, quem vai financiar o Estado, quais as políticas públicas, as políticas sociais?

 

O 3º Congresso da Contraf-CUT, em abril de 2012, apontou mais temas prioritários para os trabalhadores na discussão com a sociedade?

Carlos Cordeiro – Sim. Outro tema importante é a reforma política, que há décadas está na ordem do dia, mas cuja discussão não avança porque é travada pelas forças conservadoras. Qual a reforma política que queremos? Como devem ser o Congresso Nacional, as assembléias legislativas e as câmaras de vereadores para que de fato representem os trabalhadores e não o poder econômico, como hoje, que coloca lá seus representantes com campanhas milionárias? Precisamos discutir o financiamento público das campanhas políticas.

 

E sobre o sistema financeiro?

Carlos Cordeiro – A reforma do sistema financeiro é absolutamente prioritária. Por isso, nós precisamos cada vez de uma conferência nacional sobre o sistema financeiro. Como o governo ignorou as várias solicitações que fizemos para realizá-la, cabe aos trabalhadores e outros representantes da sociedade concretizá-la. É muito importante discutir não apenas o papel dos bancos e do crédito, mas acima de tudo o que a sociedade quer de um sistema financeiro, para onde estará direcionado, quem vai ser atendido, a questão da universalização dos serviços bancários, a redução dos juros e das tarifas e, acima de tudo, com fiscalização eficiente e punição exemplar quando houver falcatruas.

 

Há outros temas que ganham relevância cada vez maior, como por exemplo o do marco regulatório da mídia.

Carlos Cordeiro – Acho que precisamos discutir urgentemente uma regulamentação da mídia. O marco regulatório das comunicações no Brasil é de 1962, de uma época que não havia sequer televisão a cores, quanto mais TV a cabo e internet. A Argentina está fazendo essa discussão, com um projeto que tem recebido elogios das Nações Unidas. A Inglaterra está punindo os excessos e crimes cometidos pelos jornais do Rupert Murdoch. Na Europa e nos Estados Unidos há limite para que um mesmo grupo empresarial acumule propriedades cruzadas de meios de comunicação, de forma a impedir o oligopólio e incentivar a diversidade de propriedade de meios de comunicação e, em última instância, a liberdade de expressão e a pluralidade de opiniões.

As reformas tributária e política, a regulamentação do sistema financeiro e o marco regulatório das comunicações são temas que a sociedade, e especialmente os trabalhadores, precisam ficar a par deles. E para isso o movimento sindical precisa estar preparado, conhecer esses temas e se especializar neles para promover a discussão, fazer o debate e dialogar com os trabalhadores. Temos que ter posição a respeito desses temas e, mais do que isso, fazer a disputa na sociedade, sendo a referência dos trabalhadores, porque hoje os empresários acabam sendo a grande referência.

 

E quais são os desafios no campo sindical?

Carlos Cordeiro – Do ponto de vista corporativo, o grande desafio hoje colocado é o emprego. Temos de criar condições para grandes mobilizações em defesa do emprego, porque banco e governo é como feijão: só com pressão. É importante negociar, estabelecer as mesas de negociação, mas negociação sem mobilização é frágil. E isso passa por ampliar nosso diálogo com os trabalhadores, para estarem mais presentes nesses processos de negociação, participando das mobilizações.

É possível dar um salto de qualidade no debate do emprego. Não podemos ficar atrás do debate que há em outros países, que têm empregos estáveis, sem rotatividade. Esse é, sem dúvida, hoje o maior desafio que a categoria bancária tem. É preciso acabar com a demissão imotivada, com a terceirização, com a precarização, com o trabalho indecente, com os projetos de correspondentes bancários.

Os outros dois desafios corporativos são o da remuneração e das condições de trabalho. É preciso inverter essa lógica de remuneração variável x remuneração fixa. Temos que lutar por uma remuneração decente, fixa, e que tenha impacto em toda a vida laboral, especialmente na aposentadoria do trabalhador. Essa é uma mudança que vai depender de muito debate com os trabalhadores e muito enfrentamento com os bancos e com o governo. E, claro, da nossa unidade e mobilização.

 

Por fim, qual é a sua mensagem de ano novo para bancários e bancárias de todo Brasil?

Carlos Cordeiro – Quero desejar um maravilhoso ano novo para toda a categoria e seus amigos e familiares, repleto de muitos sonhos, esperanças, lutas, conquistas e realizações. Que as luzes do Natal nos acompanhem e iluminem os nossos caminhos ao longo de 2013. E que tenhamos muita paz, que só existe com emprego, melhores salários e condições de trabalho, respeito, valorização, justiça social e dignidade.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Santã-der se esforçou, realizou demissão em massa e conseguiu subir ao pódio como campeão da 15ª edição da corrida-sátira de São Pilantra. O evento promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo nesta quinta-feira 27, na Avenida Paulista, teve Lord Exploration e Bob Entuba em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

 

Clique aqui para ver as imagens da São Pilantra.

 

O prêmio de pilantragem do ano foi conquistado justamente pelos três maiores responsáveis pelas recentes demissões do setor financeiro: o “Satã-der”, em referência ao banco espanhol Santander, que dispensou cerca de dois mil funcionários somente no mês de dezembro; o inglês “Lord Exploration”, representando a ganância do HSBC e as demissões do banco antes do Natal; e o presidente de um grande banco brasileiro, Bob Entuba, em alusão ao Itaú, responsável por demitir 9.393 trabalhadores em um ano.

 

A corrida é uma tradicional sátira à edição oficial da São Silvestre, que acontece também no final do ano, como forma bem-humorada de os bancários criticarem os maus empregadores e as injustiças presentes na sociedade. Os ganhadores da São Pilantra, o Santo Padroeiro das Elites do Brasil, foram escolhidos pelos bancários por intermédio da votação disponível no site do Sindicato.

 

Também disputou a prova o Leão do Imposto de Renda, que “morde” parte dos salários dos trabalhadores, mas que não será mais assim com a PLR dos bancários.

 

Concorreram ainda o Partido da Imprensa Golpista, o PIG, que manipula a informação de acordo com os interesses daqueles que detêm o poder; e o caos no transporte público de São Paulo, representado pela lotação do metrô. Estiveram presentes também os fantasmas das metas abusivas e do assédio moral, que perseguiram os bancários durante todo o ano.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Os fatores de cálculo do imposto de renda que é debitado todo mês no holerite dos assalariados terão um alívio de 4,5% a partir de janeiro. De acordo com a regulamentação negociada entre o governo federal e as centrais sindicais, o percentual de correção foi instituído em 2011 para aplicação anual até 2014.

 

Desse modo, os salários isentos de Imposto de Renda na fonte, atualmente até R$ 1.637,11, passarão para R$ 1.710,78. A faixa em que incide a alíquota de 7,5% irá desse valor até R$ 2.563,91. A partir daí até R$ 3.418,59, a mordida é de 15%. De R$ 3.418,60 a R$ 4.271,59, de 22,5%. E nas faixas salariais acima disso incidem a alíquota máxima, de 27,5%.

 

Também influenciam no cálculo do salário líquido do trabalhador as deduções da contribuição à Previdência Social e por dependentes.

 

O desconto por dependente, atualmente de R$ 164,56, com o reajuste de 4,5% passará a ser de R$ 171,97. As contribuições do empregado ao INSS variam de 8% a 11%, conforme a faixa salarial (saiba como calcular na explicação abaixo; os valores do quadro já levam em conta o reajuste de 4,5% na tabela do IR e de 9% no teto da Previdência).

 

A partir de janeiro, com o aumento de 9% previsto para o salário mínimo, o valor do teto da Previdência Social subirá de R$ 3.916,20 para R$ 4.268,66 – a parcela máxima, portanto, 11% desse valor, será de R$ 469,55.

 

A tabela do IR retido na fonte (IRRF) tem faixas diferentes para assegurar a chamada progressividade ao IR – quem ganha menos não paga ou paga pouco em relação aos salários mais altos.

 

De 1996 a 2002, a tabela ficou congelada. Com isso, quando os salários tinha reajuste, parte do reajuste era corroída pelo IR. Isso fez com que a correção da tabela fosse incorporada às reivindicações das centrais sindicais ao governo federal desde o primeiro mandato de Lula – na mesmo processo de negociação em que se discutia a valorização do salário mínimo.

 

Fonte: Paulo Donizetti de Souza – Revista do Brasil

A Polícia Federal multou 13 bancos em R$ 3,557 milhões por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante as três reuniões em 2012 da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), ocorridas em 12 de abril, 18 de julho e 29 de novembro, em Brasília. O balanço do ano foi realizado pela Contraf-CUT, que representa os bancários na CCASP.

 

Os bancos foram punidos em processos abertos contra agências e postos de atendimento pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp). Dentre as principais irregularidades destacam-se o número insuficiente de vigilantes, planos de segurança não renovados, alarmes inoperantes, inauguração de agências sem aprovação de plano de segurança, uso de bancários para transportar numerário, falta de coletes balísticos para vigilantes e cerceamento da fiscalização de policiais federais.

 

O campeão disparado de multas em 2012 foi o Bradesco, com R$ 1,240 milhão. O valor é quase o dobro do vice-campeão, o Banco do Brasil, com R$ 730,2 mil. Em seguida vêm o Itaú, com R$ 593,4 mil, o Santander com R$ 446,6 mil, a Caixa Econômica Federal com R$ 175,9 mil e o HSBC com R$ 170,7 mil.

 

“Não surpreende que o Bradesco tenha sido o banco mais multado pela Polícia Federal em 2012. Apesar dos lucros bilionários, o descaso com a segurança é gritante em todo país, com falta de equipamentos de prevenção e abertura de unidades sem cumprir o que está previsto na legislação federal. É também o banco que usa e abusa na utilização de bancários para transporte de valores”, avalia o representante da Contraf-CUT na CCASP e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

 

“Esperamos que em 2013 os bancos consideram a segurança como prioridade e façam mais investimentos, porque recursos financeiros não faltam”, projeta o dirigente sindical. Os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 35,9 bilhões nos primeiros nove meses do ano, enquanto gastaram R$ 2,3 bilhões com segurança e vigilância no mesmo período, segundo estudo do Dieese com base nos balanços publicados. “Isso significa investimentos de apenas 6,3% em segurança na comparação com os lucros, o que é insuficiente para proteger a vida de trabalhadores e clientes”, destaca Ademir.

 

O secretário de imprensa da Contraf-CUT lembra que pesquisa nacional feita em parceria com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) revelou que houve 27 mortes em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre. “É inaceitável que tenhamos mortes, feridos e pessoas traumatizadas por falta de segurança nos bancos”, ressalta.

 

Nas reuniões da CCASP houve também aplicação de multas e outras penalidades contra empresas de segurança, vigilância e transporte de valores e cursos de formação de vigilantes, igualmente por descumprimento da legislação federal e das normas da Polícia Federal.

 

“Além de mais investimentos dos bancos em segurança, esperamos que o Ministério da Justiça finalize em 2013 o projeto de lei do estatuto de segurança privada, atualizando a lei federal nº 7.102/83, garantindo novos equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros e colocando a proteção da vida das pessoas em primeiro lugar”, conclui o dirigente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT