Abril 29, 2025
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O 3º Congresso da Contraf-CUT acontecerá nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, em Guarulhos (SP). A data foi aprovada por unanimidade na manhã desta quinta-feira (2), em reunião da Direção Nacional da Confederação, em São Paulo. Também foi definido o temário e os critérios para eleição de delegados pelos sindicatos e federações, de acordo com os estatutos.

 

“Foi o primeiro passo para realizarmos um grande congresso, com a visão de fortalecer a organização e a mobilização dos trabalhadores do ramo financeiro e da classe trabalhadora para os próximos três anos”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

“Estamos atravessando um momento histórico no Brasil e no mundo, com grandes oportunidades e desafios. Para tanto, precisamos avaliar a conjuntura, fazer um balanço da nossa gestão, definir estratégias e posicionar o movimento sindical para disputar nos rumos do país na perspectiva de garantir desenvolvimento e avanços econômicos e sociais”, sustenta.

 

No congresso, que ocorrerá no Hotel Slaviero Executive Guarulhos (Rua Rafael Balzini, 32), será eleita a direção da Contraf-CUT para o triênio de 2012-2015.

 

Temário

Os temas centrais para os debates durante o 3º Congresso serão:

1. Conjuntura Nacional e Internacional

2. Balanço da Gestão

3. Estratégia da Contraf-CUT

- Disputar os rumos da sociedade
- Lutar por trabalho decente
- Definir os rumos do movimento sindical
- Atualizar o projeto político e organizativo da Contraf
- Atualizar o modelo de negociação da Contraf
- Construir a autonomia financeira da Contraf
- Construir alianças sociais no mundo – política internacional

Nos próximos dias, a Executiva da Contraf-CUT irá encaminhar um texto-base aos sindicatos para orientar as discussões.

 

Delegados

Os sindicatos têm prazo até o dia 29 de fevereiro para realizar assembleias para eleição dos delegados para o evento, conforme os seguintes critérios de representação:

- Um delegado para cada 1.000 sócios ou fração igual ou superior a 500, garantindo no mínimo um por sindicato.

- Um delegado para cada federação filiada ou orgânica à CUT

Serão considerados delegados natos os 19 membros da Executiva da Contraf-CUT e os representantes do ramo financeiro na Executiva Nacional da CUT.

As oposições reconhecidas pela CUT também têm direito à participação.

 

Pré-congressos

Ficou definida também a realização de pré-congressos em cada federação filiada ou orgânica da CUT, com a participação dos delegados eleitos. Trata-se de uma inovação, visando ampliar os debates e fortalecer a participação dos estados.

 

Confira o calendário dos pré-congressos:

- Feeb RJ/ES: 1º de março
- Fetec SC: 7 de março
- Fetec PR: 8 de março
- Fetrafi RS: 9 de março (a confirmar)
- Fetraf MG: 13 de março
- Fetec CN : 15 de março
- Fetrafi NE: 20 de março
- Fetec SP: 22 de março

 

Comissão Organizadora

A Direção Nacional da Contraf-CUT ainda escolheu os cinco integrantes da Comissão Organizadora do 3º Congresso, conforme estabelece o estatuto, que será formada por:

- Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo;
- Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro;
- Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília;
- Ronaldo Zeni, diretor da Fetrafi-RS;
- Carlos Eduardo Bezerra Marques, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará e da Fetrafi-NE.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os ataques aos sites de bancos brasileiros desde o começo da semana podem ter uma ligação com o mundo do crime digital. Segundo especialistas em segurança, os grupos que realizam ataques que tiram sites do ar – a negação de serviço, ou DoS, na sigla em inglês – lançam mão da mesma estrutura usada por criminosos para roubar informações de internautas: as redes de computadores zumbi, ou botnets.

 

Essas estruturas são criadas quando computadores conectados à internet são infectados por programas conhecidos como “cavalos de troia”. Os softwares deixam portas abertas nas máquinas que permitem seu acesso sem o conhecimento do dono. As botnets são usadas por criminosos para roubar informações pessoais de internautas e para o envio de spam.

 

Formadas por milhares de computadores, essas redes dão aos hackers o poder de fogo necessário para tirar do ar sites da internet, segundo José Antunes, gerente de engenharia de sistemas da empresa de segurança da informação McAfee.

 

Ontem foi o Banco do Brasil (BB) que teve a seu site (www.bb.com.br) bombardeado, o que ocasionou lentidão fora do normal para quem tentava acesso principalmente de manhã. Muitos usuários não conseguiam acesso. O site esteve sob a mira do mesmo grupo de hackers que diz ter atacado Bradesco e Itaú nos dois dias anteriores.

 

Segundo Antunes, a McAfee detectou que as redes usadas nos ataques às instituições brasileiras são as mesmas das usadas na semana passada por grupos estrangeiros para tirar do ar os sites do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da polícia federal americana, o FBI.

 

“Quando acontece um grande ataque, essas redes ficam em evidência. Assim, é comum que alguém que queira fazer algo semelhante busque a mesma estrutura”, diz. Antunes destaca que não é possível dizer se as redes pertencem aos grupos de hackers que realizam os ataques, ou se elas são contratadas junto a organizações especializadas.

 

Atualmente, uma das redes zumbi mais atuantes é a TDL-4, que até meados de 2011 contava com 4,5 milhões de computadores infectados. No ano passado o uso de botnets nesse tipo de ataque já havia sido detectado pela empresa de segurança Trend Micro quando os grupos Anonymous e LulzSec atacaram páginas de empresas e governos em todo o mundo. Em conversa com o Valor na terça-feira pelo Skype, três dos integrantes do grupo responsável pelos ataques aos bancos brasileiros negaram o uso de redes zumbi.

 

A justificativa foi técnica. “Usar botnets não é viável, pois o link [conexão com a internet] que elas geram são bem inferior [sic] ao necessário, teríamos que ter milhões de bots para conseguir o mesmo desempenho dos link [sic] de alto desempenho que usamos”, escreveu um dos hackers. “Nós usamos links semelhantes aos contratados pelo banco”, escreveu outro. Perguntados, eles não explicaram como, ou de qual empresa conseguem essas conexões.

 

A proporção dos problemas que o BB enfrentou foi menor que a vivida por Bradesco e Itaú. Segundo a assessoria de imprensa do BB, os serviços online não chegaram a ficar totalmente fora do ar em nenhum momento, pois páginas secundárias continuaram funcionando, e os problemas estariam principalmente em algumas regiões do país (não foram ditas quais).

 

De qualquer forma, houve confirmação de que existiu uma tentativa “anormal” de sobrecarregar o site “que seria impossível de ter sido originada somente por clientes”, e que os departamentos responsáveis por Tecnologia da Informação (TI) e segurança do banco reforçaram o monitoramento ao longo de todo o dia.

 

De acordo com o BB, os primeiros dias de todo mês geralmente concentram mais acessos por serem datas de pagamento de servidores públicos e de empresas privadas, o que normalmente já requer um reforço por parte da estrutura de TI.

 

Fonte: Valor Econômico

Hackers atacaram na manhã desta quinta-feira 2, o site do banco HSBC. Às 11h15, a página principal do site estava fora do ar – e assim permanece até às 12h27. O site internacional também foi atacado por volta das 12h.

 

A ação faz parte de uma série de ataques comandada por um grupo identificado no Twitter como @AntiSecBrTeam. Os sites do Itaú, do Bradesco e do Banco do Brasil já foram atacados nesta semana.

 

Em todos os casos, as páginas foram apenas derrubadas. Não houve invasão ou roubo de dados. “Não somos crackers (hackers que cometem crimes), não usamos nosso conhecimento para roubar dinheiro. Em nossos ataques deixamos apenas o site inacessível”, disse ao Estado um hacker que assina como Bile Day.

 

O HSBC informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que o site www.hsbc.com.br está apresentando um volume de acessos acima do esperado – o mesmo ocorrido com os outros bancos. A instituição trabalha neste momento para normalizar o serviço e esclarece aos clientes que há outros canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos e Phone Centre.

 

Ações desse tipo, em geral, ocorrem pelo método da distribuição de ataque por negação do serviço (DDoS, na sigla em inglês): bombardeia-se uma página com milhões de acesso simultâneos até que ela fique extremamente lenta e inacessível. Isso pode ser feito por meio de inúmeros computadores infectados, que poderiam ser programados para acessar um site ao mesmo tempo, ou pela invasão em grandes servidores, explica o professor da Escola Politécnica da USP Marcelo Zuffo.

 

Os ataques, como anunciado pelos hackers no Twitter, fazem parte da #OpWeeksPayment – intitulada assim por esta ser a semana em que os salários são pagos. O objetivo é afetar a população, “que é muito acomodada”, disse o hacker Bile Day ao Estado. O @AntiSecBrTeam se diz parte do movimento Anonymous, grupo hacker internacional que invadiu, em 2011, sites como o do FBI e da CIA e que, neste ano, invadiu o site da Sony em protesto contra o fechamento do site Megaupload.

 

“Nós nos posicionamos contra corrupção, desigualdade e etc.”, disse o hacker por e-mail.

 

Fonte: Nayara Fraga – O Estado de S. Paulo

 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam as negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal no próximo dia 10, às 14h, em Brasília. Os itens da pauta são promoção por mérito no âmbito do Plano de Cargos e Salários (PCS), o modelo de Ret/PV e a eleição do representante dos empregados no Conselho de Administração.

 

“É fundamental a mobilização dos trabalhadores neste início de ano para reforçar as reivindicações na mesa de negociações com a Caixa. Precisamos estar atentos aos temas pautados, dentre outras questões”, afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae.

 

Reunião preparatória

Em preparação à negociação, a Contraf-CUT realiza uma reunião da CEE/Caixa no mesmo dia, às 11h, na sede da Fenae.

 

Fonte: Contraf-CUT

O gabinete da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, apoiou planos de reativar o fundo de socorro aos bancos da Alemanha para dar sustentação a instituições financeiras às voltas com problemas de insolvência e atenuar o risco de um colapso financeiro sistêmico decorrente da crise da dívida. Reunidos ontem em Berlim, os ministros concordaram em ampliar o fundo para US$ 626 bilhões, em relação aos 360 bilhões de euros anteriores, segundo a minuta do projeto de lei.

 

O texto abranda as cláusulas constantes de minutas anteriores que obrigavam os bancos problemáticos a se recapitalizar. “É especialmente importante agir preventivamente, inclusive quando existe um perigo latente” ameaçando o sistema bancário, diz o projeto de lei.

 

O renascimento do fundo põe em evidência o objetivo de governo de estar preparado para a eventualidade de algum banco se defrontar com a possibilidade de um colapso durante a crise da dívida e de prevenir um possível contágio. Entre as medidas estão ajuda governamental para o caso de os bancos não conseguirem captar capital por meios privados, de acordo com o documento.

 

Bancos alemães, como o Deutsche Bank e o Commerzbank, foram orientados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) na semana passada a captar mais capital do que o calculado anteriormente, como parte dos esforços destinados a elevar o grau de confiança no setor depois que as empresas financeiras concordaram em aceitar prejuízos com os bônus do governo da Grécia.

 

Os bancos alemães precisam levantar 13,1 bilhões de euros para alcançar um índice de capitalização de nível 1 de 9% ou mais, segundo dados do fim de setembro, disseram a Autoridade Federal Alemã de Supervisão Financeira (BaFin) e o Bundesbank, o BC do país, no dia 8.

 

“O fato de o fundo estar preparado para uma eventual necessidade de fornecer recursos às empresas, voluntariamente, devido ao ônus da crise da dívida soberana, é um sinal impulsionador da confiança para os mercados”, disse Michael Kemmer, diretor-geral da Associação dos Bancos Alemães (BdB), em comunicado divulgado por e-mail. “É importante a manutenção do pressuposto de que um banco poderá decidir por si como atender à elevação das exigências de capitalização.”

 

Os bancos deverão contar com a possibilidade de o BaFin exigir melhorias caso não consigam tomar as medidas apropriadas eles mesmos, entre as quais a opção de nomear um representante especial para supervisionar seu trabalho, disse ontem à imprensa em Berlim um alto funcionário do governo alemão que pediu para não ter seu nome divulgado. A ameaça de nomeação de um representante constituirá um incentivo para que os executivos conduzam seus bancos a bases saudáveis mesmo na ausência de uma recapitalização forçada, disse a autoridade. Nenhum executivo de banco pode se permitir a instauração de um supervisor, disse ele.

 

Minutas anteriores do projeto de lei alemão, que deverá ser sancionado em lei no início de 2012, possibilitaram que o BaFin determinasse a recapitalização dos bancos às voltas com dificuldades num estágio inicial, quando ameaçados por uma possível insolvência. O Commerzbank está explorando opções, como a colocação da carteira soberana num banco “podre”, bem como examinando formas de se desvencilhar da Eurohypo, sua divisão de imóveis comerciais e de finanças públicas, entre as quais uma aquisição pelo governo alemão, disse uma pessoa familiarizada com o assunto em 29 de novembro.

 

A Alemanha instaurou um fundo de socorro financeiro aos bancos em 2008, após o colapso do Lehman Brothers, dotando o fundo, conhecido por seu acrônimo Soffin, de u20ac 400 bilhões em garantias e u20ac 80 bilhões em capital voltado para a compra de participações em bancos. A iniciativa incluiu cláusulas para a criação de bancos “podres”, acionadas pelo WestLB e pelo Hypo Real Estate Holding e para a compra de participações em instituições financeiras, como foi o caso do Commerzbank.

 

Fonte: Brian Parkin e Rainer Buergin – Bloomberg

Os bancários já estão enviando suas indicações para o São Pilantra 2011 que deve se configurar numa das disputas mais acirradas desde o início das manifestações em 1998. Neste ano a “prova” acontece em 28 de dezembro, na Paulista.

 

Entre os favoritos está o Itaú Unibanco, por promover um dos natais mais tristes entre seus trabalhadores. O clima é de insegurança devido ao processo de demissões que atinge principalmente funcionários com longo tempo de casa e prestes a se aposentar, além de pessoas com deficiência.

 

A conduta do banco está sendo combatida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo por meio de protestos, inclusive com denúncia a organismos internacionais como o Ponto de Contato Nacional (PCN) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 

No cenário nacional são lembradas figuras como José Serra (indicação “turbinada” depois das denúncias publicadas no livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro), o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e o deputado Sandro Mabel, autor do projeto que amplia a terceirização.

 

Boas cotações têm o cartola Ricardo Teixeira, o PIG – Partido da Imprensa Golpista, os lotados metrôs e ônibus urbanos. E ainda o leão do imposto de renda, o interdito proibitório, a insegurança pública, a Contax (empresa de terceirização) e a Zara, por conta do trabalho escravo flagrado em sua rede de produção.

 

Para indicar seu favorito basta clicar aqui e enviar mensagem por meio do , colocando “São Pilantra 2011″ no espaço destinado ao assunto.

 

“Premiados”

O protesto organizado pelo Sindicato já está na sua 14ª edição. Em 2010 o laureado foi o “Papai Noel dos Deputados” que presenteou os parlamentares federais e estaduais com aumento de 62%. Em 2009, o “Perfeito Taxab” ficou com o primeiro lugar.

 

Em 2008, foram três grandes premiados: o governador José Serra, por vender a Nossa Caixa; o prefeito “Nunkassabe”, pelo veto à lei que obrigava as portas de segurança nas agências, e a presidenta da Caixa, Maria “Ferranda”, por descontar os dias parados na greve daquele ano.

 

O primeiro título, de 1998, coube ao banco Mercantil, por não pagar a PLR devida. Depois o Unibanco esbanjou “talento” para garantir três “conquistas” (1999, 2000 e 2002), sendo que em 2000 dividiu o título com o juiz Lalau.

 

Em 2001 o vencedor foi Paulinho, presidente da Força Sindical, por atuar a favor da flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Em 2003, o Banco Real (hoje Santander), que demitira 190 pessoas às vésperas do Natal.

 

Em 2004 foi Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, por prejudicar mais de 800 funcionários. Já em 2006 o prêmio foi dividido entre os ex-governadores Cláudio Lembo e Geraldo Alckmin, pela péssima administração da Nossa Caixa.

 

O vereador Dalton Silvano (PSDB) foi o vencedor em duas competições, 2005 e 2007, pelo mesmo motivo: querer retirar as portas de segurança das agências.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Para quem ainda acredita que as privatizações trouxeram algum ganho para o Brasil, aí vai uma conta bem simples. O governo FHC afirma ter arrecadado R$ 85,2 bilhões com a venda das empresas públicas. O país, no entanto, pagou R$ 87,6 bilhões para as empresas que assumiram esse patrimônio público. Isso mesmo: gastou R$ 2,4 bilhões a mais do que alegou receber.

A conta, feita à época das privatizações pelo jornalista Aloysio Biondi, está no livro A Privataria Tucana, lançado na sexta-feira 9, pelo jornalista Amaury Ribeiro, e com a primeira edição de 15 mil exemplares já esgotada no sábado 10.

O prejuízo, que Biondi anunciava de forma corajosa, muitas vezes por intermédio da Folha Bancária e da Revista dos Bancários (hoje Revista do Brasil), veio do fato de que para vender as estatais, o governo absorveu as dívidas dessas empresas, promoveu milhares de demissões, emprestou dinheiro público via BNDES aos compradores e ainda aceitou a utilização de “moedas podres”, ou seja, títulos do próprio governo que valiam metade de seu valor de face, como parte do pagamento.

O resultado é essa conta que dilapidou o patrimônio do país. Mas, se o Brasil não ganhou, então por que as privatizações foram feitas? Porque muita gente ganhou.

Quem ganhou?

Aí é que residem as grandes revelações do livro-denúncia de Amaury Ribeiro, um premiado jornalista investigativo, que trouxe histórias, factuais e documentadas, dos crimes obscurecidos pelo processo de privatização. O livro, da Geração Editorial, tem 320 páginas: 200 de texto jornalístico da melhor qualidade e 120 de reproduções de documentos e provas.

Alguns personagens são bem conhecidos. Além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do seu ministro do Planejamento, José Serra, há o “chefe da lavanderia do tucanato”, conforme define o autor, o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, apontado como “artesão” dos consórcios da privatização das telecomunicações no país.

A “costura” feita por Ricardo Sérgio envolvia o pagamento de propina dos empresários interessados em participar dos consórcios de privatização. O dinheiro dessas propinas era, então, “lavado” em operações que envolviam empresas “offshore” – criadas em paraísos fiscais.

Abrindo empresas desse tipo, para limpar o dinheiro sujo que saía do país, a família de José Serra deu uma mãozinha à “privataria tucana”, principalmente o genro e a filha, Verônica Serra. E, ainda de acordo com o apurado por Amaury Ribeiro, todos eles enriqueceram muito após o processo de privatizações do final de década de 1990.

BB e Caixa

A ordem de FHC era: “vender tudo o que der para vender”. Para privatizar as estatais, o governo federal promoveu um verdadeiro desmonte das empresas públicas, fazendo-as parecer, ainda mais inoperantes do que realmente eram.

E assim quase foram pelo ralo da privatização e da corrupção tucana o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Amaury relata que “o Memorando de Política Econômica, de 9 de março de 1999, no alvorecer do segundo mandato de FHC, descreve (…) no item 18 a venda de componentes estratégicos” desses bancos ou a transformação das duas instituições em “bancos de segunda linha”.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de são Paulo, Juvandia Moreira, o livro de Amaury Ribeiro prova a importância do combate do movimento sindical ao processo de privatização promovido pelos governos federal e estaduais do PSDB.

“Esse é um Brasil que felizmente estamos deixando para trás. O país que era para poucos, no qual dilapidar o patrimônio público em nome de uma suposta modernidade era algo visto como correto. O fato de a velha imprensa não dar nenhuma repercussão a essas graves denúncias é uma forma de mostrar sua parcialidade. E um sinal de que seu moralismo seletivo está a serviço de fazer o país voltar a um tempo que a maioria da população não deseja ver de volta”, afirma.

“Esperamos que o Ministério Público e a Polícia Federal tomem providências para investigar todas as denúncias feitas nesse livro e retomar para os cofres públicos qualquer dinheiro desviado”, completa a dirigente.

Fonte: Seeb São Paulo

O Brasil forneceu um amplo suporte econômico e diplomático aos primeiros anos da ditadura do general Augusto Pinochet no Chile.

 

É o que revela uma série de 266 telegramas confidenciais produzidos por diplomatas brasileiros entre 1973 e 1976.

 

Os telegramas sigilosos foram enviados e recebidos pela Embaixada do Brasil em Santiago do Chile e liberados pelo Itamaraty à Folha, que os divulga no site do projeto “Folha Transparência”.

 

Os documentos indicam que a ajuda brasileira veio logo após o golpe liderado por Pinochet (1915-2006) em 11 de setembro de 1973.

 

Em novembro daquele ano, o Brasil, também governado por um ditador, Emílio Médici (1905-1985), liberou US$ 50 milhões ao Banco Central chileno para estimular exportações.

 

O socorro veio a pedido do Chile, que disse, por meio da chancelaria, se encontrar em “grave situação”.

 

O Brasil abriu linhas de financiamento na Cacex, a Carteira de Crédito para Exportação do Banco do Brasil, para empresários interessados em vender para o Chile, estimulou a venda de açúcar, ônibus, caminhões e fragatas e acelerou a aquisição de cobre das jazidas chilenas.

 

De tal forma que passou, em 1976, ao posto de maior comprador externo de cobre, desbancando a Alemanha.

 

“É momento de concentrarmos aqui nossas compras de cobre. Isso nos dará aqui uma influência e uma expressão desvinculadas de quem governe o país”, orientou o embaixador brasileiro.

 

No campo diplomático, o Brasil, a pedido da Junta Militar chilena, ocupou o status oficial de “protetor dos interesses do Chile” no México, na Polônia e na Iugoslávia.

 

Como esses países condenaram o golpe chileno, o Brasil assumiu a tarefa de representar o regime de Pinochet desde negociar a chegada de presos políticos a quitar compromissos do serviço diplomático.

 

TROCA DE FAVORES

Os telegramas também revelam o socorro que o Brasil deu ao Chile durante discussões na Organização dos Estados Americanos a propósito da situação dos direitos humanos no Chile -relatório de agosto contou 3.225 mortos ou desaparecidos políticos.

 

Nos foros internacionais, a diplomacia brasileira se absteve ou votou com o Chile em resoluções que pudessem constranger Pinochet.

 

“O projeto inicial bastante forte de moção condenatória do governo chileno foi ‘aguado’ por iniciativa das delegações brasileira e argentina”, diz um telegrama de 1975 sobre sessão no Parlamento Latino-Americano.

 

Em contrapartida, Chile apoiou inúmeros candidatos brasileiros a cargos em organismos internacionais.

 

Os telegramas descrevem ainda como o Brasil operou para financiar aquisição, pelo Chile, de um sistema completo de comunicações para a Interpol do Chile, cujo objetivo é capturar foragidos da Justiça de outros países.

 

Documentos liberados pelos EUA dizem que uma das principais ajudas do Brasil à Operação Condor, um plano dos países latino-americanos para eliminar opositores políticos, foi montar uma rede de telecomunicações.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

O grupo da família Setúbal demitiu, somente em 2010, mais de 4 mil trabalhadores, mesmo diante de um lucro de R$10 bilhões. A política caduca do banco resulta em aumento das filas, sobrecarga de trabalho e mais pressão sobre os trabalhadores, gerando um grande caos nas agências. Os bancários não suportam mais.

Em pouco mais de um ano e meio de existência das letras financeiras (LFs), as instituições financeiras arrecadaram R$ 134,2 bilhões por meio do papel. Do total, R$ 110 bilhões vieram depois que o Banco Central desobrigou os bancos de destinar parte dos recursos angariados por meio desses títulos ao compulsório – reservas que os bancos são obrigados a manter em caixa.

 

Os números são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Títulos privados de longo prazo, as letras financeiras permitem que as instituições financeiras peguem dinheiro emprestado de investidores e devolvam com juros. A diferença é que os recursos só podem ser devolvidos depois de pelo menos dois anos, sem a possibilidade de que, nesse meio tempo, os bancos comprem os papéis de volta.

 

A legislação sobre as LFs foi editada no fim de 2009, mas as primeiras emissões ocorreram em abril do ano passado. Esses títulos, de acordo com o Ministério da Fazenda, têm o objetivo de estimular a captação de recursos de longo prazo no mercado privado, dinheiro que pode tanto financiar investimentos em infraestrutura como fornecer recursos para linhas de crédito com prazos maiores e juros menores.

 

Para emprestar dinheiro aos clientes, os bancos pegam recursos de investidores. No entanto, antes das LFs, os instrumentos de captação eram de curto prazo, como os certificados de depósitos bancários (CDBs) e os recebíveis de depósitos bancários (RDBs). Dessa forma, as instituições financeiras tinham de devolver o dinheiro em curto prazo (no máximo seis meses), ficando sem capital para fornecer crédito para projetos mais longos. Restava às empresas que desejassem fazer grandes investimentos procurar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou ir ao exterior.

 

Apesar da consolidação das LF como mecanismo de obtenção de recursos longo prazo, esse instrumento ainda responde por uma pequena parte das captações bancárias. De acordo com a Anbima, as Letras Financeiras respondiam, até o fim de novembro, por 9% das captações dos bancos, contra 51% do CDB e 26% das debêntures – outro tipo de título privado, geralmente com prazo mais curto que as LF.

 

Apesar de as LF ainda não representarem uma fatia expressiva das captações bancárias, o vice-presidente da Anbima, Alfredo Moraes, considera um sucesso a trajetória desse instrumento. “Havia uma demanda reprimida por fontes de recursos de longo prazo. Agora, o mercado está cada vez mais próximo do equilíbrio”. Segundo ele, o ritmo de crescimento do estoque de LF será menor em 2012 porque os primeiros títulos emitidos em 2010 vencerão a partir de abril do ano que vem.

 

Para Moraes, o principal desafio agora é fortalecer o mercado secundário das Letras Financeiras, quando os investidores que compraram os papéis das instituições financeiras compram e vendem os títulos entre si, podendo reembolsar o investimento antes do prazo mínimo de dois anos. “O mercado secundário aumenta a liquidez [dinheiro imediato]. Qualquer novo incentivo do governo deveria se concentrar nos formadores de mercado”.

 

O vice-presidente da Anbima acredita que a consolidação das Letras Financeiras terá impacto para o correntista, que pode ter acesso a linhas de crédito de longo prazo com juros mais baixos. “As Letras Financeiras permitem que os riscos [de crédito] passem a ser distribuídos entre agentes maiores, em vez de se concentrarem apenas em um banco. A mudança da estrutura de captação deve fazer com que os bancos consigam oferecer juros menores”.

 

Fonte: Agência Brasil