Abril 29, 2025
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Na última edição do ano, a Revista do Brasil traz em dezembro um balanço, inacabado, do primeiro ano de governo Dilma Rousseff. Artigo de Mauro Santayana e reportagens de Vitor Nuzzi analisam o desempenho da presidenta na política externa, na gestão das crises em seus ministérios, na condução da economia à sombra do pânico internacional e no trato de assuntos de interesse dos trabalhadores.

 

Clique aqui para saber mais sobre a edição.

 

Questões com a redução da jornada de 40 horas, da terceirização, da ratificação da Convenção 158 da OIT e da regulação dos meios de comunicação – de modo a coibir o monopólio da produção e da difusão de informação – não saíram da fila, o que pressupõe uma pressão maior da sociedade sobre o Congresso neste novo ano.

 

O jornalista Beto Almeida conversou longamente com a sambista Beth Carvalho e o resultado é uma saborosa entrevista, exclusiva para a edição de dezembro da revista. Sem perder o ritmo, Tom Cardoso lembra os centenários (ou o tricentenário?) de Mário Lago, Nelson Cavaquinho e Assis Valente. Já atravessando o samba, mas sem perder compostura, Guilherme Bryan foi sapear como o tango conquista cada vez mais adeptos no Brasil.

 

Carlos Araujo e Robson Melo, moradores da favela da Rocinha e integrantes da TV Tagarela, um iniciativa de mídia comunitária, contam como está o clima – apreensivo e esperançoso – depois da ocupação pacífica pela polícia em novembro.

 

No Mato Grosso, a apreensão ganha de goleada da esperança. Lá, Spensy Pimentel acompanhou o ambiente do assassinato e do desaparecimento de índios Guarani-Kaiowá, mais um episódio do conflito entre fazendeiros e comunidades tradicionais.

 

Cida de Oliveira entrevistou professores de educação física de várias regiões do Brasil e traz uma preocupante avaliação do ensino na disciplina: 70% das escolas não têm sequer uma quadra e o país ainda precisa avançar muito se quiser encaixar o esporte numa perspectiva educacional e de formação de cidadãos. Ela apurou ainda, com médicos e especialistas, o papel da espiritualidade e da fé como ingredientes de sucesso nos cuidados com a saúde.

 

Uma receita gastronômica de integração entre populações de refugiados, os segredos da mãe-de-santo mais respeitada da Bahia e uma viagem a fazendas de frutas e vinho, onde o sertão da Bahia virou mar, também estão na edição 66 da RdB.

 

Fonte: Paulo Donizetti de Souza – RdB

O leilão de privatização de três dos maiores aeroportos do país – Guarulhos, Viracopos e Brasília – está marcado para segunda-feira (6), mas entidades sindicais prometem lutar até que o martelo seja batido contra o que classificam como “entrega do patrimônio público brasileiro ao capital privado internacional”.

 

Enquanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou filiados para protesto em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), local do leilão e bem na hora dele, o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA) tenta barrar o pregão na Justiça, com ações que alegam o descumprimento de acordos firmados.

 

Para o secretário-geral da CUT, Quintino Severo, o governo adotou modelo privatizador que prejudica os interesses estratégicos do país, pois permite que a iniciativa privada seja majoritária no comando dos três aeroportos. Juntos, eles respondem por 30% dos passageiros, 57% do volume de cargas e 19% das aeronaves que passam pelos terminais brasileiros.

 

“Após a privatização, a Infraero terá, no máximo, 49% das ações destes aeroportos, que são os mais lucrativos do país. Como ela irá subsidiar os investimentos que os outros, muitos deles deficitários, precisam para atender bem aos passageiros?”, questiona.

 

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) administra 66, dos 67 aeroportos brasileiros. Em 2011, o governo Dilma privatizou um aeroporto no Rio Grande do Norte como experiência-piloto.

 

“Aprovaríamos se fosse um modelo como o da Petrobras, que é uma empresa de capital aberto, mas controlada pelo governo”, diz Severo.

 

O Sindicato Nacional dos Aeroportuários, que no ano passado iniciou greve contra as privatizações, tenta suspender o leilão por via judicial. Para o SINA, o edital descumpre acordo firmado durante a greve, que garante a estabilidade dos trabalhadores da Infraero nos terminais que serão privatizados.

 

O sindicato também contesta os prazos apertados para a concessão dos serviços, que prejudicariam a empresa pública.

 

Na última terça-feira (31), o juiz federal Haroldo Nader, da 8ª Vara Federal em Campinas, negou uma ação popular movida por quatro trabalhadores que pretendiam barrar o processo de privatização.

 

Para eles, o leilão vai tolher a participação das empresas nacionais. O juiz entendeu, porém, que o Judiciário não pode avaliar a conveniência dos atos administrativos, a menos que haja flagrante desvio de finalidade.

 

Quem investe?

A CUT questiona também o fato do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar até 90% da privatização, com empréstimos aos compradores. Para Severo, o governo deveria usar esse dinheiro para capitalizar a Infraero e permitir que a estatal pudesse ela mesma investir na modernização e ampliação dos terminais.

 

A falta de recursos públicos é o principal argumento do governo Dilma para a privatização. “Queremos parcerias para garantir que os aeroportos brasileiros se modernizem e expandam em ritmo adequado e compatível com o extraordinário crescimento da demanda por esses serviços no Brasil”, diz Dilma na mensagem que mandou quinta-feira (2) ao Congresso, com suas prioridades em 2012.

 

Em nota divulgada na última quarta-feira (1), a Secretaria Nacional de Aviação Civil, órgão que Dilma criou para ficar ligado diretamente a ela, diz que a privatização é necessária por causa do aumento do tráfego nos aeroportos, situação que vai piorar com a Copa de 2014.

 

“O crescimento no número de passageiros transportados no Brasil, no período de 2003 a 2011, foi de 118%, uma variação percentual que não foi registrada em nenhum outro país”, afirma.

 

No modelo de privatização dos três aeorportos proposto pelo governo e aprovado pelo Tribunal de Contas das União (TCU), a margem de lucro das empresas compradoras foi fixada em 6%. Para levar o aeoroporto de Guarulho, o interessado terá de pagar ao menos R$ 3,4 bilhões. No de Campinas, R$ 1,5 bilhão. E no Brasília, R$ 582 milhões.

 

Fonte: Najla Passos – Agência Carta Maior

A Caixa Econômica Federal lançou edital de concurso público para o cargo de médico do trabalho, a fim de formar um cadastro de reserva. Os interessados poderão fazer a inscrição no site da Cesgranrio, organizadora da seleção, a partir desta segunda-feira, dia 19 de dezembro, até o dia 8 de janeiro de 2012.

 

Clique aqui para acessar o site da Cesgranrio.

 

A taxa de participação é de R$ 70. Os testes, previstos para o dia 29 de janeiro, são compostos de três etapas: provas objetivas, avaliação de títulos e exames médicos admissionais.

 

Os aprovados receberão salário inicial de R$ 5.801.

 

Para participar, o candidato deve ter diploma de curso de graduação em medicina e certificado de conclusão de especialização em medicina do trabalho.

 

Conforme o edital, os novos empregados serão lotados em Pernambuco, Distrito Federal, Pará, Paraná, Goiás e Rio de Janeiro.

 

Fonte: Contraf-CUT com Fetrafi-RS e Correio Braziliense

O reajuste de 14,3% no valor do salário mínimo, que passa dos atuais R$ 545 para R$ 625, segundo fonte no Planalto, em janeiro, deverá injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2012. A destinação desses recursos para consumo ou pagamento de dívidas tende a acelerar os negócios e permitir que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a crescer no primeiro trimestre do ano que vem, depois de ficar praticamente estagnado ao longo do segundo semestre de 2011.

 

“Nossa estimativa é de que o PIB brasileiro volte a crescer em um ritmo de 0,8% no primeiro trimestre de 2012, principalmente por causa do impulso dado pelo salário mínimo em um período que tradicionalmente é fraco”, diz o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, autor do estudo sobre o impacto do aumento do mínimo no crescimento econômico do País.

 

Nesse cenário, o aumento do mínimo em 2012 passa de vilão a mocinho. No lugar de dar mais combustível à escalada da inflação, como criticavam economistas e empresários, essa montanha de dinheiro passou a ser bem vinda para reacelerar a economia brasileira.

 

“Se isso viesse num momento de atividade econômica excitada, promoveria muita preocupação”, diz Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Porém, vem em um momento em que a economia dá sinais de redução e queda até maiores que o previsto.”

 

Impacto

Nos cálculos da LCA, o ganho real de 7,5% do salário mínimo deverá agregar 0,3 ponto porcentual ao crescimento do consumo das famílias, componente que responde por 60% do PIB brasileiro sob a ótica da demanda. Assim, o reajuste do mínimo agregaria 0,2 ponto porcentual ao crescimento do PIB como um todo no ano que vem.

 

O economista explica que o impacto relativamente pequeno sobre o PIB acontece porque a massa de rendimentos da economia vinculados ao salário mínimo (somando rendas do trabalho, previdenciária e assistencial) é de “apenas” 22% da massa total brasileira.

 

O aumento real de 7,5% deverá beneficiar cerca de 66 milhões de pessoas, o que representa 46% da população que recebe algum rendimento no País. Além de aposentados e pensionistas que recebem um salário mínimo, o cálculo inclui ocupados com rendimento de até 1,5 salário mínimo e beneficiários da Lei Orgânica Social (LOAS) e do Renda Mensal Vitalícia, também atrelados ao salário mínimo.

 

Mas a participação da massa de rendimentos vinculados ao mínimo muda bastante dependendo da região. No Norte, ela é de 29% e, no Nordeste, de 37%. Já no Centro-oeste é de 19%, enquanto no Sudeste e no Sul fica em 17% e 18%, nessa ordem.

 

Fonte: Diap

Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, atual diretora da ONU Mulher, chegou pontualmente para a entrevista à Globonews e ao Globo. Enquanto era maquiada para a gravação, alternava perguntas sobre tempo e tema de gravação e comentários sobre cabelos. Reclamou que o dela era liso demais, elogiou o novo penteado da presidente Dilma.

 

Na entrevista falou sobre o complexo tema da mulher com teses e números na cabeça. Por ano, três milhões de meninas estão sob risco de mutilação genital. O Brasil tem apenas 8% de mulheres na Câmara. A crise econômica afeta mais as mulheres. Na entrevista falou também das ditaduras da região. Disse que o Estado tem o dever de procurar a verdade.

 

Como está a situação da mulher hoje?

MICHELLE BACHELET: Há cem anos, as mulheres podiam votar somente em dois países. Hoje, só não votam em um ou dois. O difícil é serem eleitas. Somente 19% dos Parlamentos são representados por mulheres no mundo. Na região, 22%. No Brasil, só 8,4% da Câmara dos Deputados são mulheres, um pouco mais de 12% do Senado são mulheres. Há apenas 20 chefes de Estado ou de governo, entre os 194 países-membros das Nações Unidas. Na economia, há mais mulheres no mercado de trabalho, mas muitas em trabalho informal, menos remunerados e menos qualificados.

 

Há lugares onde o fato de ser mulher faz com que ela seja excluída do benefício ou do direito à educação. Melhorou o acesso à saúde, mas uma mulher morre a cada minuto no mundo, resultado de algo tão natural como a gravidez e o parto. A violência doméstica é outro problema, e o estupro e o tráfico. No mundo, 80% das pessoas vítimas de tráfico são mulheres ou meninas. É uma nova forma de escravidão: a escravidão sexual.

 

A senhora é a favor das cotas para mulheres na política?

BACHELET: Temos de escolher o sistema que dê mais oportunidades ao homem e à mulher. No sistema de listas é preciso saber como elas são feitas. Há partidos que dizem: “Nós preenchemos as cotas.” Mas os nomes das mulheres ficam no final. Mais de 84% dos partidos não cumprem a lei. Na região, Uruguai e Argentina são exemplos de inclusão.

 

Os direitos das mulheres são universais ou cada cultura tem a sua interpretação do que é aceitável?

BACHELET: Não acredito que exista religião no mundo que justifique a mutilação genital feminina. Anualmente em torno de 3 milhões de meninas e mulheres correm o risco de sofrer mutilação genital. Não é uma imposição religiosa. São normas sociais que precisam ser mudadas. Nós temos trabalhado com líderes religiosos na leitura dos textos sagrados. No Alcorão não existe razão para algumas destas práticas. É um rito para que as meninas sejam consideradas puras e para que os homens queiram se casar com elas. Muitas vezes são as próprias mães que as levam a esses lugares. Nós temos de trabalhar para que todos entendam que esse é um dano brutal à mulher.

 

O que a senhora acha do fato de que o presidente Jacob Zuma, da África do Sul, tem três mulheres?

BACHELET: Agora você realmente me colocou em apuros. Obviamente eu não sou a favor da poligamia. Nas conversas que eu tive no Norte da África sobre esse tema, ficou claro que há interpretações de que o Alcorão estaria incentivando a poligamia. Mas as interpretações mudam. Para a cultura ocidental é inaceitável. O essencial é se perguntar: até que ponto a mulher tem o poder de escolha nessas sociedades? Essas são sociedades patriarcais, dominadas por um machismo significativo e, portanto, a real possibilidade de escolha da mulher está muito limitada.

 

Em época de crise econômica, como proteger as mulheres pobres?

BACHELET: Há uma certa invisibilidade do que acontece às mulheres. Só no ano passado, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) avaliou o impacto específico para as mulheres nas situações de crise. Todos os fenômenos – mudança climática, crise alimentar, crise energética… – sempre impactam a mulher de forma desproporcional. Os programas de proteção como o Bolsa Família e Brasil Sem Miséria são fundamentais. Eles são programas que vão além da crise, mas em momentos de colapso financeiro são ainda mais importantes.

 

A senhora deixou o governo com alta popularidade e já está na frente nas pesquisas de opinião do Chile para 2013. Vai se candidatar?

BACHELET: Eu estou me dedicando ao cargo de diretora executiva da ONU Mulher. Esse é o meu trabalho, e é apaixonante. Eu não tenho uma agenda política para ser candidata à Presidência do Chile.

 

Mas a senhora não diz que é preciso mais mulheres no governo? Então?

BACHELET: Precisamos apoiar a liderança das mulheres, jovens. A luta não pode ficar só em uma geração.

 

A senhora é a favor da proibição do uso de burca como alguns países europeus estão adotando?

BACHELET: Respeito as decisões soberanas dos países e dos Parlamentos. Não quero me intrometer em política daqueles países. A ONU Mulher é a favor da liberdade de escolha. Proibir não me parece ser o caminho correto. A pergunta que temos de nos fazer é se ela (a mulher) está tendo liberdade real para escolher.

 

A senhora foi presa, sua mãe foi presa, e seu pai, morto pela ditadura chilena. A presidente Dilma foi presa e torturada. Como a América Latina deve olhar esse passado: perdoar e esquecer ou passar a limpo?

BACHELET: Há níveis diferentes em países que viveram essa tragédia como o Brasil e o Chile viveram. O Estado tem que buscar verdade, justiça e reparação. No âmbito coletivo, só há uma resposta: repassar o passado para aprender as lições e não mais repetir os erros. No âmbito pessoal, no individual, é difícil dar uma receita. Há pessoas que passam por momentos de muita dor, muita raiva – inclusive eu pessoalmente – e não se lembram disso.

 

Eu nunca tive essa necessidade de vingança. Mas alguém pode sentir isso. No meu caso pessoal, eu passei momentos de muita dor familiar, mas também, dor por muitos amigos que desapareceram, que foram executados, exilados. Mas chegou um momento em que essa dor se transformou em uma força positiva que me leva a trabalhar para que nunca mais possamos viver isso no Chile.

 

Para mim, o essencial é o reencontro. Eu não uso a palavra “reconciliação”, porque ela tem um conteúdo que infere que as pessoas devem se perdoar mutuamente. Devemos trabalhar para um reencontro de compatriotas, que se viam como inimigos. É preciso passar a limpo o passado porque o futuro é uma tarefa em comum.

 

Fonte: O Globo

O internet banking não é mais a única forma de levar as agências bancárias até o cliente. Um equipamento móvel de apenas 400 gramas, já utilizado em outros segmentos da economia, foi adaptado para o sistema financeiro e começa a ser usado por grandes bancos de varejo.

 

Importada da Coreia do Sul, a BIP 1300 chega para complementar e não para concorrer com o internet banking. A grande diferença é que ela permite fazer, fora do ambiente físico das agências, transações que exigem a presença de um funcionário do banco, como abertura de contas e cadastramento de senhas de cartão de débito.

 

A Caixa Econômica Federal saiu na frente e, após testar 600 unidades, disponibilizou recentemente quase 5 mil das novas maquininhas para sua rede de agências, informou ao Valor o vice-presidente de atendimento da instituição, José Henrique Marques da Cruz.

 

Outros três grandes bancos também estão testando a novidade, disse Mauro Henrique Ferrer de Castro, diretor-presidente da Prime Interway, empresa que distribui com exclusividade a BIP 1300 no Brasil.

 

Por impedimento contratual, ele não revela que instituições financeiras são essas. Mas acredita que pelo menos duas delas não vão demorar para seguir o exemplo da Caixa.

 

Castro prevê importar este ano 13 mil novas unidades do equipamento, fabricado pela empresa sul-coreana Pidion. Isso representa quase 40% de tudo que foi importado desde 2009 (cerca de 18 mil), quando as primeiras máquinas chegaram ao Brasil.

 

O processo licitatório feito pela Caixa lhe permite adquirir até 7.810 unidades. Mas, segundo José Henrique da Cruz, “5 mil suprem a necessidade atual e a expansão da rede para os próximos anos”. Portanto, as 13 mil a serem importadas este ano pela Prime vão para outras empresas, sobretudo bancos.

 

Quem já comprou lanche em avião provavelmente já viu o equipamento. A máquina que serve para levar a agência bancária até o cliente é a mesma usada pelas companhias aéreas para fazer vendas a bordo. O que muda são os aplicativos, diz Oswaldo Henrique Bastos Salles, presidente da Mob-up Inovações Tecnológicas, empresa que desenvolveu os aplicativos para a Caixa Econômica Federal.

 

A Mob-up e a Prime são parceiras no consórcio que venceu a licitação feita pelo banco estatal.

 

O sistema financeiro responde por 27% das unidades vendidas até hoje no Brasil, basicamente por causa da Caixa. Outros 20% estão com o setor público não-financeiro.

 

O presidente da Mob-up conta que a BIP 1300 é usada, por exemplo, por órgãos estaduais de trânsito na emissão de autos de infração e multas. Com a máquina em mãos e conectada à distância aos computadores da entidade ou órgão fiscalizador, o fiscal ou guarda de trânsito imprime o documento no próprio local e o entrega na hora ao motorista infrator.

 

Mauro Castro, da Prime, conta que a máquina tem sido usada ainda por empresas de transporte de carga. De onde estiver, o motorista imprime o chamado “Danfinho”, versão reduzida do Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica (DANFE).

 

“Em um só equipamento você tem um terminal móvel de dados com leitor de código de barras, leitor de cartões de crédito e de débito, impressora, WI-FI, Blouthooth e GSM/GPRS”, explica ele.

 

Osvaldo Salles, da Mob-up, acrescenta que, no caso dos bancos, a BIP 1300 serve para fazer as mesmas operações que são feitas nos caixas das agências, com exceção das que envolvem movimentação de papel-moeda. Em tese, até depósitos e pagamentos em cheque podem ser recebidos, embora a Caixa ainda não tenha feito essa opção.

 

A versão que vem da Coreia do Sul não tem leitor de cheque. Mas a Mob-up desenvolveu um leitor próprio para acoplagem na BIP 1300, informa Salles. Se o banco quiser, “a solução está pronta”, diz.

 

O equipamento tem ajudado a Caixa a ganhar correntistas entre empregados de sua clientela de pessoas jurídicas, ao permitir a abertura de contas bancárias no local de trabalho, exemplifica José Henrique da Cruz.

 

Uma equipe de funcionários do banco vai até a empresa, levando as maquininhas, para que os trabalhadores não precisem ir à agência.

 

A abertura de conta corrente é um dos procedimentos que não são possíveis via internet. O preenchimento e envio de formulários podem até ser feitos dessa forma. A entrega de documentos, por sua vez, pode ser feita pelos Correios ou por mensageiro do banco. Mas o processo só se completa com cadastramento da senha de débito, o que exige ida ao banco, observa o vice-presidente da Caixa.

 

Quanto aos terminais de autoatendimento, ele lembra que, além de não serem móveis, não cadastram senha de débito de conta corrente.

 

A Caixa também tem usado a novidade no próprio ambiente físico das agências, como mecanismo “papa-filas”, diz o vice-presidente da estatal. As máquinas têm servido principalmente para atender os beneficiários do programa Bolsa Família.

 

Segundo ele, existe uma grande demanda desse público por recuperação de senha de débito, o que tem sido feito com ajuda da BIP 1300.

 

Fonte: Mônica Izaguirre – Valor Econômico

A Polícia Federal multou nesta quinta-feira (15) dez bancos em R$ 1,258 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 92ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) do Ministério da Justiça, em Brasília. Santander, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal foram os bancos mais punidos.

 

Foi a quarta e última reunião da CCASP em 2011. A Contraf-CUT é a entidade que representa os bancários. Também participam entidades dos vigilantes, governo, Febraban e empresas de segurança, transporte de valores e centros de formação de vigilantes.

 

Veja a relação das multas de cada banco:

Santander – R$ 564.278,00
Bradesco – R$ 196.456,00
Itaú Unibanco – R$ 149.990,00
Banco do Brasil – R$ 125.434,00
Caixa – R$ 113.068,00
HSBC – R$ 63.600,00
Banif – R$ 14.134,00
Banestes – R$ 10.600,00
Bonsucesso – R$ 10.600,00
Mercantil do Brasil – R$ 10.600,00

Total de multas: R$ 1.258.760,00

 

A reunião foi presidida pelo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier.

 

Bancos não priorizam segurança

As principais infrações dos bancos foram a falta ou o descumprimento do plano de segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de vigilantes, transporte de valores feito por bancários e alarmes inoperantes, dentre outros itens.

 

“Essas multas provam que os bancos seguem tratando com descaso a segurança de trabalhadores e clientes, o que contribui para a onda de assaltos e sequestros”, disse Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT.

 

Não à toa que nos primeiros nove meses deste ano 38 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo o país, conforme pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) com base em notícias da imprensa.

 

“Mais uma vez, os bancos foram multados por usarem bancários para transportar valores, o que é ilegal e coloca em risco a vida dos trabalhadores. Esperamos que essa realidade mude, a partir da nova cláusula da convenção coletiva, conquistada na Campanha Nacional deste ano, que obriga os bancos a coibir esse tipo de transporte de numerário”, destaca Pedro Batista, diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES.

 

“As multas aplicadas mostram a importância do trabalho de fiscalização da Polícia Federal e, para tanto, é importante que os sindicatos denunciem para as delegacias estaduais de segurança privada mais próximas as irregularidades cometidas pelos bancos, a fim de que novos processos sejam movidos, como forma de aumentar as punições e forçar as instituições financeiras a cumprir as leis e normas de segurança”, ressalta Carlos Copi, diretor da Fetec do Paraná.

 

Clique aqui para ver os endereços da Polícia Federal em todo país.

 

“No primeiro semestre deste ano, os quatro maiores bancos do país lucraram mais de R$ 25,3 bilhões, mas gastaram somente R$ 1,29 bilhão em despesas de segurança e vigilância, segundo levantamento do Dieese. Essas multas comprovam que os bancos não priorizam investimentos para combater assaltos e seqüestros e garantir segurança para trabalhadores e clientes”, frisa Leonardo Fonseca, diretor da Federação dos Bancários de Minas Gerais.

 

“Os bancos não podem tratar a renovação dos planos de segurança como medida burocrática, mas sim como forma de valorizar a segurança e a integridade física e psicológica de trabalhadores e clientes. Funcionar sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal significa falta de responsabilidade social”, salienta Danilo Anderson, diretor da Federação dos Bancários de SP-MS.

 

“Ficou comprovado, mais uma vez, que, além de investir muito pouco em segurança, os bancos ainda descumprem leis e normas que visam proteger a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários. A CCASP é um fórum importante para defender os interesses dos trabalhadores e da sociedade”, conclui Sandro Mattos, diretor da Fetec Centro Norte.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinam nesta nesta sexta-feira, dia 16, às 15h, no segundo mezanino, sala 2, na Torre Santander, em São Paulo, o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Também serão firmados o acordo do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e os Termos de compromisso do Banesprev e Cabesp. Os instrumentos, com validade de um ano, foram aprovados em assembleias dos sindicatos em todo país.

 

“Trata-se um momento importante para os trabalhadores do Santander no Brasil, pois a assinatura garante a renovação com avanços econômicos e sociais, sendo o único aditivo firmado com os bancos privados, valendo tanto aos funcionários da rede de agências quanto aos de centros administrativos”, afirma o secretário de imprensa da contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

Novas conquistas

Entre elas, a manutenção do salário quando o trabalhador afastado recebe alta do INSS, mas é avaliado como ainda inapto pelo médico da empresa; a ausência abonada para exames pré-natal; a participação de um cipeiro eleito por Cipa no fórum de saúde; a garantia de acesso dos dirigentes sindicais a todas as unidades do banco, incluindo as concentrações; além da criação de grupos de trabalho para discutir um processo eleitoral democrático no SantanderPrevi, e para tratar dos problemas do call center com a aplicação da NR 17.

 

Outra conquista foi a ampliação do número de bolsas do programa de graduação. Este ano serão ofertadas 2.300 bolsas de estudo aos bancários que quiserem concluir ou iniciar a primeira graduação, 300 a mais que no ano passado.

 

Também permaneceu no acordo o não desconto do PPR da PLR da categoria. Nenhum funcionário poderá receber menos que R$ 1.500 a título de programa próprio de renda variável. Os créditos ocorrerão até o dia 1º de março de 2012.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) informou na quinta-feira (2) prejuízo referente ao quarto trimestre, após perdas contábeis de 1 bilhão de euros em suas operações nos Estados Unidos e aumento das provisões para cobrir empréstimos duvidosos.

 

Porém, diferentemente do rival Santander, o BBVA não contabilizou grandes perdas com ativos imobiliários no trimestre.

 

O banco reportou prejuízo líquido de 139 milhões de euros, ante lucro de 939 milhões de euros um ano antes.

 

Alguns analistas estavam esperando que o BBVA seguisse o Santander e aumentasse sua cobertura sobre imóveis com hipotecas executadas desde o início da crise. Isso não ocorreu e os executivos do BBVA afirmaram que preferem esperar até saber quanto mais terão que provisionar.

 

No começo da semana, o Santander informou que aumentou seu provisionamento para imóveis com hipotecas executadas de 31% para 50%, enquanto o BBVA disse que só aumentou a cobertura para perdas para 34% do valor, ante 32% no fim de 2010.

 

O BBVA elevou o volume de recursos separados para cobrir perdas com empréstimos no quarto trimestre em 24%, para 1,34 bilhão de euros.

 

O vice-presidente de operações, Angel Cano, disse que o banco irá “facilmente” cumprir com os novos patamares de provisão e com as exigências maiores de capital dos órgãos reguladores bancários da Europa, sem reduzir dividendos ou vender ativos estratégicos.

 

O lucro líquido para o ano todo caiu a 3 bilhões de euros, ante 4,61 bilhões em 2010.

 

Fonte: Dow Jones Newswires

A Contraf-CUT enviou nesta quinta-feira, dia 2, carta aos bancos, cobrando o pagamento da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários. Várias instituições financeiras já publicaram os seus balanços. Conforme a convenção coletiva, o crédito deve ser efetuado até o dia 1º de março.

 

Na terça-feira, dia 31 de janeiro, o Bradesco e o Santander anunciaram os seus resultados de 2011, com lucros astronômicos de R$ 11,19 bilhões e R$ 7,75 bilhões, respectivamente. O Itaú apresenta os seus números na próxima terça-feira, dia 7, e Banco do Brasil no dia 14. A Caixa Econômica Federal, o HSBC e os demais bancos ainda não informaram a data de divulgação dos seus balanços.

 

“A melhoria da PLR foi uma das principais conquistas da Campanha Nacional dos Bancários de 2011, ampliando a distribuição dos lucros para os trabalhadores, principais responsáveis pelos ganhos estratosféricos dos bancos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

Bancos privados e estaduais

1. Regra básica da PLR

Cada bancário deve receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29.

Se ao final do pagamento da regra básica, o montante distribuído não atingir 5% do lucro líquido do banco, o valor deve ser aumentado até atingir 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

 

2. Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

 

Caixa

Cada empregado da Caixa deve receber a regra básica e a parcela adicional da PLR, nas mesmas regras previstas na convenção coletiva.

Além disso, os trabalhadores conquistaram no acordo aditivo o pagamento da PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011. Do montante será deduzido o valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.

 

Banco do Brasil

Cada funcionário do BB deve receber a PLR semestral, que é composta pela distribuição de 4% do lucro líquido, além dos módulos bônus e Fenaban.

 

Fonte: Contraf-CUT