Maio 01, 2025
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O Banco do Brasil anunciou, nesta sexta-feira (5), o lançamento do Programa de Melhoria de Relacionamento e Atendimento, que vem com uma série de mudanças em várias áreas e, segundo a empresa, tem o objetivo de melhorar o atendimento aos clientes.

O anúncio foi feito pela manhã para as superintendências estaduais de todo o Brasil, com a presença de vice-presidentes e diretores que acompanharam o anúncio nos locais, ao mesmo tempo em que as informações eram divulgadas na agência de notícias interna do BB para o conjunto dos funcionários.

O programa apresentado prevê a criação de novas funções, readequação nos quadros das agências, criação de três novas Centrais de atendimento, corte em vagas de caixas e fechamento do CENOP - Centro de Apoio aos Negócios de Recife.

As novas Centrais de Atendimento serão criadas nas praças de Recife, Ribeirão Preto e São José (cidade vizinha de Florianópolis).

O banco anunciou a criação de mais de 2 mil novas carteiras de clientes para atendimento digital e ampliação do horário de atendimento noturno nas CABB.

Haverá também redução da função de caixa executivo em várias PSO e agências. Os caixas serão priorizados para realocação.

NOVAS REESTRUTURAÇÕES COM CORTES E AMPLIAÇÃO

Ao longo do dia, novas reuniões com funcionários foram feitas para detalhar como ficarão as estruturas. Algumas agências tiveram incremento no quadro de funcionários e outras tiveram redução, assim como foi anunciado o fechamento de alguns escritórios digitais gerando excessos de vagas de escriturários e cargos comissionados.

Não há uma informação concreta sobre aproveitamento dos gerentes pessoa jurídica desses escritórios nas vagas criadas.

PLANO DE ADEQUAÇÃO DE QUADROS - PAQ

Foi anunciado também um Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para a regularização dos excessos já existente e de novos excessos de funcionários criados com o corte de dotação em algumas unidades. O público alvo do PAQ são somente caixas e escriturários em excessos na praça ou em excessos no cargo, na sua unidade.

O Plano de Adequação de Quadros prevê incentivos para a remoção para locais de difícil acesso, desligamento voluntário e incentivado com compensação pecuniária, bem como aposentadoria com condições específicas dentro do PAQ.

Os funcionários que já detém aposentadoria pelo INSS não é público alvo do PAQ na modalidade de aposentadoria

NEGOCIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO

A Contraf-CUT se reuniu com o BB na manhã de quinta-feira, quando o banco apresentou informações sobre o programa que estava sendo anunciado.

Com as informações preliminares, a Comissão de Empresa já solicitou ao banco dados detalhados, como a quantidade de vagas criadas e os cortes em cada prefixo, o tamanho e dotação das unidades criadas e que seja estendida a gratificação de caixa aos excedentes por mais 4 meses, equiparando-se a VCP dos cargos comissionados em excesso.

Foi solicitada ainda que as priorizações sejam respeitadas de forma a garantir a realocação de todos os funcionários em excesso nos cargos.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os vários fechamentos de unidades não deixam de ser reestruturações traumáticas que precisam ser acompanhadas bem de perto e de forma a não haver perda salários como tivemos a menos de um ano. “As vagas criadas são benvindas e ao que parece, são mais que os cortes. Contudo onde há corte, faremos o acompanhamento até que todos sejam realocados.”

Sobre o PAQ, “embora o público alvo seja pequeno após as movimentações de realocação, a nossa orientação é que o funcionário tenha cautela ao aderir ao desligamento que já começa com a perda dos planos de saúde e previdência. Deve ser observado ainda que a nova lei trabalhista retirou direitos de trabalhadoras e trabalhadores que pedem demissão”, completou.

Já o secretário-geral da Contraf-CUT, Carlos de Souza, lamenta que  – depois de tanto terrorismo feito em 2017 – o banco surpreende os funcionários com outra restruturação. “Este é outro modelo que reduz postos de trabalho e aumenta o grau de insegurança, até pela falta de informação dos funcionários, o que prejudica diretamente o ambiente de trabalho. Por isso, é muito injusto que o banco nos surpreenda já no início do ano desta forma.

A Comissão de empresa fará reunião com o Banco do Brasil na próxima semana, na qual o banco apresentará respostas às solicitações já feitas, bem como o balanço das movimentações.

Fonte: Contraf-CUT

Em nove meses, a Caixa obteve um lucro líquido de R$ 6,2 bilhões, registrando aumento expressivo de 84,5% na comparação com o mesmo período de 2016.  A elevação no lucro se deu principalmente pelo lado da redução de despesas de intermediação financeira. A despesa de captação caiu 21% e a despesa de PDD caiu 14,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em contrapartida, devido ao Plano de Aposentadorias e Demissões Voluntárias, a Caixa reduziu fortemente seu quadro de pessoal com o fechamento de 7.315 posto de trabalho. Entre Pessoa Física e Pessoa Jurídica houve redução de 1.774.000 clientes. No período, a CAIXA abriu quatro novas agências.

“No ano de 2017, além das conquistas financeiras, o povo brasileiro teve uma grande vitória que foi a manutenção da Caixa 100% Pública. Em 2018, os empregados da Caixa e toda a sociedade tem uma luta muito grande de manter a Caixa forte e 100% Pública, pensando no desenvolvimento do nosso país e contra os desmontes que estão sendo feitos pelo atual governo, como redução de pessoal, resolução das unidades, redução da oferta de crédito e os juros mais altos que chegam ao patamar dos bancos privados”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 1,8% em doze meses, atingindo o saldo de R$ 712 bilhões. Novamente, destacou-se o desempenho da carteira habitacional que totalizou R$ 429 bilhões e cresceu 6,8% em relação ao 3º trimestre de 2017. A Caixa detém quase 70% do mercado de crédito habitacional do sistema financeiro e essa carteira representou 60,2% do crédito total ofertado pelo banco no 3º trimestre de 2017. A inadimplência da carteira imobiliária ficou em 1,88%, abaixo da inadimplência geral registrada pelo banco no 3º trimestre de 2017, que foi de 2,72%.

O índice de inadimplência geral para atrasos superiores a 90 dias teve queda de 0,8 p.p. em relação ao 3º trimestre de 2016 (de 3,48% para 2,72%). As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) recuaram 14,7%, mas se mantiveram em patamar elevado chegando a R$ 12,9 bilhões.

Fonte: Contraf-CUT

Uma importante pesquisa publicada pelo Datafolha mostrou que sete entre dez brasileiros são contrários à privatização de empresas públicas, política que o governo golpista de Michel Temer vem tentando pôr em prática para beneficiar empresas e bancos nacionais e estrangeiros. A maior parte dos brasileiros – 67% – também acredita que a venda de estatais gera mais prejuízo do que benefício para a população.

Foram ouvidas 2.765 pessoas com margem de erro de dois pontos percentuais. De acordo com a pesquisa do Datafolha, os moradores do Norte e Nordeste são os mais resistentes à desestatização, com 78% e 76% respectivamente. No Sudeste, 67% são contrários também.

A oposição às privatizações foi encontrada em todos os estratos sociais. Apenas entre pessoas com renda de dez salários mínimos por mês, a política é aprovada em maioria. Até entre eleitores do PSDB, um dos partidos do golpe e que aprova este tipo de medida, a privatização é rechaçada com 55% de tucanos contrários.

Geradoras do desenvolvimento

De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, é justamente a resistência às privatizações que dificulta o governo a vender as estatais, como no caso da Eletrobras. A venda da Petrobras também é rechaçada por 70% da população. Ministros e pessoas ligadas ao governo golpista já deram declarações afirmando que existe a intenção de privatizar a empresa que passa por um processo de desmonte, o que seria uma preparação para a sua venda.



A nova ministra do trabalho do governo Michel Temer, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), tem um currículo de arrepiar os cabelos do trabalhador brasileiro. Não bastasse ser filha de Roberto Jefferson, o ex-deputado que foi condenado e preso por envolvido no chamado caso do mensalão, no qual foi o principal delator, a parlamentar tem antecedentes em sua trajetória que só justificam sua escolha, na atual conjuntura de conchavos e comprometimento político que garantem força do Palácio do Planalto no Congresso Nacional para aprovar projetos que retiram direitos dos trabalhadores e proteger Temer das denúncias que recaem sobre ele, de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Decotes e minissaias

Como deputada, a petropolitana Cristiane Brasil jamais apresentou uma proposta para defender o trabalhador. Entre seus estranhos e polêmicos projetos, está um que resultou em calorosos protestos dos servidores da Câmara: ela queria criar um código de vestimenta, que proibiria as funcionárias de usarem minissaias e decotes dos corredores e salões da Casa.

Golpista

 Em abril de 2016 Cristiane era também presidente de seu partido, o PTB e um de seus últimos atos à frente da sigla foi justamente fechar a questão a favor do impeachment de Dilma Rousseff. No dia da votação na Câmara, ela usou o símbolo dos favoráveis à saída da ex-presidente, a camisa da seleção brasileira, para declarar seu voto. No discurso, admitiu sua retaliação ao lembrar da cassação do mandado do pai, onze anos antes, e votou pelo afastamento de Dilma em "homenagem" ao pai.

Retirou direitos

 Em 2017 Cristiane apoiou o governo Temer em questões decisivas, como a PEC do Teto dos Gastos Públicos, que reduzirá investimentos em setores como saúde, educação, habitação e saneamento básico, nos próximos 20 anos. Em relação às propostas que prejudicam o trabalhador e atendem aos setores mais reacionários do empresariado, a nova ministra do Trabalho sempre ficou do lado patronal. Votou a favor da ampliação da terceirização e da reforma trabalhista.

Apesar de sua postura “moralista”, votou contra a abertura de investigação de Temer, que poderia afastá-lo da presidência da República.

Quem é o suplente

Com a ida para o Ministério, Cristiane deixa aberto seu lugar na Câmara, que será ocupado pelo suplente Nelson Nahin (PSD-RJ), irmão do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, ex-presidiário, condenado por exploração sexual de meninas.

Cristiane foi condenada a apagar R$60 mil por dívida trabalhista

A nova ministra do Trabalho de Temer, Cristiane Brasil, além de sua posição patronal, parece não ser uma boa patroa. Foi condenada, em 2016, a pagar R$60,4 mil a um motorista que prestava serviços para ela e sua família. Na época, a decisão do tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região foi confirmada em segunda instância.

De acordo com o juiz Pedro Figueiredo Waib, da primeira instância, o funcionário não teve a carteira de trabalho assinada e, por isso, deveria receber todo o dinheiro a que tinha direito referente às férias, aviso prévio e gratificações natalinas. A carga horária do funcionário era de cerca de 15 horas por dia.

Agora, a parlamentar só pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho, para tentar reduzir o valor da indenização.

Tudo é ruim na indicação da filha de Roberto Jefferson. Como diz o ditado popular, no atual governo “não há tão ruim que não possa piorar”

Dados reforçam que o avanço dos indicadores propagados por governo e imprensa comercial está muito longe de beneficiar os brasileiros

Os consumidores de informações veiculadas pela grande mídia comercial se deparam a todo momento com notícias e comentaristas martelando bons índices econômicos, como a queda dos juros básicos, superávit da balança comercial e criação de empregos – mesmo com a eliminação de mais de 12 mil postos de trabalho apenas em novembro.

Entretanto, recortes de dados mais aprofundados reforçam que essa suposta melhoria da economia está longe de beneficiar a população.

Até o trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 12%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad Continua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que significa 12,6 milhões de pessoas desocupadas no país.

Segundo a pesquisa do IBGE, cerca da metade dos trabalhadores brasileiros sequer recebe um salário-mínimo por mês, cujo novo valor, de R$ 954, determinado pelo presidente não eleito Michel Temer, representa aumento de 1,8% em relação ao piso anterior, de R$ 937. O aumento sequer corrige as perdas para a inflação, que deve fechar o ano em torno de 2,8%.  

Apenas os custos com alimentação, ou seja, o valor da cesta básica, estavam, em novembro, entre R$ 327,85 (a mais barata, em Recife) e R$ 444,16 (a mais cara, em Porto Alegre), conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Ainda segundo o IBGE, dos 88,9 milhões de trabalhadores ocupados em 2016, 44,4 milhões recebiam, em média, o equivalente a 85% do valor do salário-mínimo vigente, ou R$ 747. Por outro lado, 889 mil pessoas (1% do total da população empregada) recebia, em média, R$ 27 mil mensais, o que coloca o Brasil na décima posição do ranking de países mais desiguais do mundo.

Reforço à injustiça social

Levantamento da ONG britânica Oxfam divulgado em setembro revelou que os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população. Além disso, mostra que os super ricos (0,1% da população brasileira hoje) ganham em um mês o mesmo que uma pessoa que recebe um salário mínimo ganharia trabalhando por 19 anos seguidos.

A miséria está voltando a patamares anteriores ao início da crise econômica, aponta o documento Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE. O levantamento revela que, em 2016, o número de brasileiros vivendo com rendimentos mensais abaixo de um quarto do salário-mínimo havia aumentado 53% em comparação com 2014, alcançando 24,8 milhões de pessoas, ou seja, 12,1% do total da população vivem na “pobreza extrema”.

Conforme divulgou o IBGE em dezembro, 52,2 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza em 2016, ou 25,4% da população. No caso da pobreza extrema, eram 13,35 milhões de pessoas, 6,5% da população.

Em artigo ao jornal El País, o escritor Luiz Ruffato avalia que a má qualidade da educação pública – o Brasil ocupa o penúltimo lugar no ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – explica a alienação da população em relação às questões coletivas.  Para Ruffato, a falta de acesso a conhecimento resulta em dificuldade de compreender o mundo e, por consequência, de tentar mudar a realidade à nossa volta. Assim também a pobreza.  

“Uma população premida por solucionar cotidianamente questões primárias de sobrevivência individual – comida e teto – e que não alimenta a menor esperança de que amanhã será um dia melhor, não tem energia para despender na resolução de problemas coletivos. Junte-se a isso a total desmoralização da classe política e do Poder Judiciário, e o resultado é esse que estamos assistindo: o desdém pelas próximas eleições”, opina o escritor.

Relatório recente do Banco Mundial aponta que embora as habilidades de brasileiros de 15 anos tenham melhorado nos últimos anos, no ritmo atual de avanço eles não atingirão a nota média dos países ricos em matemática por 75 anos. Em leitura, vai demorar mais de 260 anos.

Como sentenciou o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, “a crise da educação no Brasil não é crise; é um projeto”.

​Maior ameaça à sobrevivência do Dieese é provocada pela crise econômica

Atenção, entidades sindicais, trabalhadores e pessoas físicas de todo o Brasil! Criado há 62 anos, exatamente na data de 22 de dezembro de 1955, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) precisa urgentemente de apoio para continuar ajudando o movimento sindical a responder aos desafios colocados à classe trabalhadora, agora mais complexos. Os tempos são difíceis e exigem ousadia, novas ideias, criatividade, capacitação, visão estratégica, táticas de negociação e muita unidade.

Para enfrentar uma severa crise que atinge a sociedade e o Estado brasileiro, sob o impacto de uma situação difícil provocada pelas agudas ameaças aos direitos dos trabalhadores e à organização sindical, na esteira da famigerada reforma trabalhista perpetrada pelo governo ilegítimo de Michel Temer, o Dieese promove uma campanha nacional para captar recursos financeiros com vistas à constituição de um Fundo de Desenvolvimento Institucional. O objetivo é assegurar a sustentabilidade econômica da instituição e permitir a intensificação dos trabalhos de assessoria técnica para as entidades sindicais do país.

Essa campanha de captação de recursos visa, sobretudo, manter de pé uma entidade que atua como patrimônio dos sindicatos a serviço da classe trabalhadora. Para contribuir e investir nessa causa, a recomendação é para que as entidades sindicais filiadas, em torno de 700 em todo o país, destinem o aporte de uma 13ª mensalidade, além da divulgação da campanha de apoio no âmbito de suas bases. Para os não sócios, a solicitação é de uma contribuição financeira, que dará acesso a alguns serviços. Pessoas físicas também podem participar dessa iniciativa.

O depósito bancário, devidamente identificado por CNPJ ou CPF, deve ser feito no Banco do Banco – Agência 3320-0 – Conta Corrente 6333-9. Pagamentos por boletos bancários (pessoa jurídica e pessoa física) e por cartão de crédito (apenas pessoa física) também serão aceitos. No caso da contribuição via cartão de crédito, há a opção de três valores: R$ 50,00, R$ 100,00 ou algum outro montante a critério do interessado. Maiores informações podem ser obtidas pelo site Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone 0800 77 33 117.

Para não fechar suas portas, o Dieese precisa de apoio. A situação é crítica e inclui atraso de salários e dispensa de mão de obra, neste último caso nem tão recente. De dois anos para cá, o instituto cortou 70 dos seus funcionários, reduzindo o total para 270 – e deve diminuir mais. Projetos tiveram redução. A Pesquisa de Emprego e Desemprego no setor bancário (PED), aplicada em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), deixou de ser realizada em três regiões metropolitanas, a exemplo de Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, e está ameaçada em Porto Alegre. A pesquisa da cesta básica, que era feita nas 27 unidades da Federação, perdeu seis capitais.

"O impacto é várias vezes mais severo do que o ocorrido em outras ocasiões, porque é uma crise estrutural dos sindicatos. O Dieese sofre a consequência de uma pesada desestruturação. É também uma crise do Estado brasileiro", diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do instituto, apontando uma "acentuada queda de receita": 70% da receita provêm do movimento sindical e 30%, de setores não sindicais. No caso de convênios com órgãos públicos, muitos estão com pagamento em atraso. Alguns sócios também estão inadimplentes.

"Há um risco de entidades sindicais fecharem. Esse mesmo risco pode atingir o Dieese", observa Clemente. A perda de receita se tornou mais acentuada após a "reforma" trabalhista, que, em contrapartida, também pode exigir mais prestação de serviços. "A nossa ideia é que essas mudanças tragam aumento de demanda para o Dieese", diz o diretor técnico.

Atuação do Dieese
O Dieese foi criado pelo movimento sindical para atuar em atividades de pesquisa, assessoria, educação e comunicação em temas relacionados ao mundo do trabalho e que se ajustam aos desafios que a realidade coloca para a organização dos trabalhadores no país. Atua ainda em parceria com o próprio Estado em vários projetos.

No decorrer dos anos, como entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela contribuição das entidades sindicais filiadas, o Dieese tornou-se uma fonte de dados, informações e análises confiáveis para o movimento sindical e para a sociedade. As áreas de atuação são assessoria em negociação coletiva, pesquisa e estudos relacionados ao mundo do trabalho, educação e formação sindical e estudos em políticas públicas.

A equipe de técnicos é multidisciplinar e formada por economistas, sociólogos, estatísticos, geógrafos e outros profissionais, que estudam e investigam questões relacionadas a mercado de trabalho, salários e remuneração, negociação coletiva, igualdade distributiva e relação com o Estado, desenvolvimento econômico e social e políticas públicas.

Na busca para aprofundar os estudos que são feitos, o Dieese estabelece convênios com governos, organizações internacionais e multilaterais, entre outras entidades, para tratar de questões estruturais do ponto de vista socioeconômico. Essas cooperações possibilitam que o Dieese aprimore conhecimentos que contribuem para melhorar a qualidade do trabalho realizado por meio de estudos, pesquisas, produtos e serviços.

Fonte: Fenae

Projeto aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional prevê aportes de até R$ 15 bilhões, sem perda de patrimônio do FGTS

O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (4) a lei que permite a capitalização da Caixa Econômica Federal com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), desde que haja aprovação do Conselho Curador do fundo. De acordo com o projeto, aprovado em dezembro de 2017 pelo Congresso Nacional, serão aportados até R$ 15 bilhões na Caixa, sem perda de patrimônio do FGTS.

Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) Dionísio Reis, além de ser um banco comercial, a Caixa desempenha um papel fundamental para o financiamento do desenvolvimento do pais. “Por isso a Caixa deve continuar sendo 100% pública e o governo deve fazer aportes recursos na Caixa, que é um banco lucrativo mas, para precisa de aportes do governo para fazer as operações que nenhum outro banco faz, que é política de Estado”, disse.

O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, também destacou a importância da medida. “São recursos que serão utilizados em áreas fundamentais como habitação popular, saneamento básico e infraestrutura. Temos que destacar a importância da pressão que fizemos no ano passado, criticando a política do atual governo de enfraquecer os bancos públicos. Uma Caixa descapitalizada não interessa aos brasileiros, mas apenas ao capital privado, que sempre está de olho nas operações do banco 100% público”, afirmou.

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, também comemorou a sanção da lei. “Ela poderá obter até R$ 15 bilhões para compor seu capital e, em troca, pagará o dobro de remuneração ao FGTS. Essa aprovação e a recente vitória contra a transformação do banco em Sociedade Anônima resolvem, por agora, a sustentabilidade para o próximo período. Mas a luta por uma Caixa 100% pública, forte e social não para”, diz.

Acordo de Basileia
Esse formato de empréstimo é favorável à Caixa devido às exigências do acordo de Basileia 3, que estabeleceu novos níveis de prudência de aumento de capital para os bancos. Com o instrumento híbrido, a instituição pode contar a “dívida” junto ao FGTS como capital e reforçar seu patrimônio de referência, a partir do qual são exigidos índices máximos de empréstimos (alavancagem)

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

A direção da Caixa tem divulgado, inclusive no site oficial, o novo estatuto do banco. Um dos pontos prejudiciais aos empregados, incluído sem qualquer negociação com os representantes da categoria, é apresentado no quarto parágrafo do capítulo VIII: “a participação da CEF no custeio dos benefícios de assistência à saúde será limitada ao percentual de 6,5% (seis e meio por cento) das folhas de pagamento e proventos”.

“Além de impor um teto de 6,5% em relação à folha de pagamento, da ativa e aposentados, o modelo de custeio imposto leva em consideração no cálculo do teto os gastos fiscais e administrativos, que no modelo atual são de responsabilidade exclusiva da Caixa. Pela redação do estatuto, ao estourar o limite, o novo modelo vai impactar em maiores custos ao trabalhador a partir de 2020”, explica Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A diretora de Saúde e Previdência da Federação, Fabiana Matheus, aponta que o processo de negociação está sendo desrespeitado. “O modelo atual do Saúde Caixa, no qual o banco é responsável por 70% do custo assistencial, é resultado da luta dos empregados e está previsto no acordo coletivo. A categoria não aceitará a imposição do teto e vai defender essa tão importante conquista para ativos e aposentados”, avalia.

No dia 9 de novembro do ano passado, enquanto debatia em mesa de negociação a possibilidade de alterar o modelo de custeio do plano de saúde, a direção da Caixa não deu garantia de emprego e negou outros pontos essenciais aos trabalhadores como, por exemplo, a incorporação de função. Por isso, os representantes dos empregados não tiveram dúvidas em dizer não à intransigência do banco.

Fabiana Matheus reforça que a mobilização da categoria será fundamental para reverter as mudanças no Saúde Caixa. “Nosso plano de saúde é superavitário, sustentável e um dos melhores do país. Por isso, é hora de os trabalhadores e as entidades representativas mostrarem mais uma vez a unidade que sempre marcou as lutas da categoria. Só assim será possível impedir a tentativa de reduzir ou mesmo acabar com esse direito conquistado, o que é uma agressão aos empregados da ativa e, principalmente, aos aposentados”, diz.

Modelo atual

Pelas regras atuais do Saúde Caixa, o banco arca com 70% das despesas assistenciais, e os empregados, 30%. Os custos administrativos são todos de responsabilidade da Caixa. A porcentagem relativa aos trabalhadores é mantida por meio de 2% do valor do salário, mais 20% de coparticipação nos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400. O atual modelo de custeio não discrimina idade, faixa salarial ou se o empregado é aposentado ou da ativa. Todos pagam o mesmo valor.
 
Reajuste suspenso

Em 26 de janeiro do ano passado, a direção da Caixa divulgou comunicado informando aumentos no Saúde Caixa, que entrariam em vigor a partir de 1º de fevereiro de 2017. O valor passaria de 2% para 3,46% da remuneração base. Já em relação à coparticipação das despesas assistenciais, o percentual passaria de 20% para 30%, e o valor limite anual subiria de R$ 2.400 para R$ 4.209,05. O aumento, porém, foi suspenso por liminar judicial, expedida no âmbito de uma ação impetrada pela Contraf-CUT, Fenae e sindicatos. Nova audiência está marcada para o dia 23 de janeiro.

Fonte: Fenae

O Banco do Brasil divulgou nesta quarta-feira (3), na Agência de Notícias interna, a ampliação e remodelação do Programa Extraordinário de Desempenho Gratificado (PDG), com integração do Programa de Ascensão Profissional. Desta forma, foi lançado um Programa de Identificação de Talentos e outras formas de avaliação que comtemplam, inclusive, o programa de certificação.

O banco comunicou o anúncio do Programa à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que agendou uma reunião para a próxima quinta-feira (4), onde a instituição fará uma apresentação detalhada sobre o assunto.

O programa anunciado hoje amplia o leque de abrangência para assistentes, caixas e escriturários, e prevê pagamento de até um salário por semestre, dentro das regras estabelecidas de cumprimento de metas.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a representação dos trabalhadores tem todo interesse de conhecer e debater sobre qualquer programa que contemple premiação, remuneração ou benefícios dos funcionários. Após a reunião com o BB faremos uma melhor análise do programa anunciado.

“Em visita aos locais de trabalho, conversamos com diversos colegas do novo público alvo e muitos têm dúvidas sobre o efetivo funcionamento do programa, considerando que aquelas pessoas que estão no atendimento não dispõem de tempo ainda para analisar melhor o que foi divulgado. A condição de trabalho ruim não tem permitido sequer a realização de cursos obrigatórios”, completa.

Fonte: Contraf-CUT

De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgada nesta terça-feira (2), pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os bancos fecharam 17.711 postos de trabalho no país entre janeiro e novembro de 2017. O saldo negativo foi 53,7% superior em relação ao mesmo período em 2016.

O saldo do mês de novembro foi resultado de 2.611 admissões e 2.521 desligamentos. Em novembro de 2017 registrou-se saldo positivo de 90 postos no setor bancário, sendo o segundo saldo positivo do ano (o primeiro foi em julho). Grande parte deste saldo foi resultante dos Planos de Aposentadoria e Desligamento Voluntários (PADV) - implementados pela Caixa e pelo Bradesco em julho de 2017.

São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro foram os estados mais impactados pelos cortes, com fechamento de 5.186, 2.965 e 1.969 postos, respectivamente. Apenas a Paraíba apresentou saldo positivo no emprego bancário, com 74 postos abertos no período. O Acre teve o saldo zerado e os demais estados apresentaram saldo negativo no período.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba instituições como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foi responsável pelo fechamento de 10.541 postos entre janeiro e novembro de 2017. A Caixa respondeu pelo fechamento de 6.878 postos no mesmo período, em função de novo PADV implantado em julho de 2017.

Faixa Etária

A extinção de postos de trabalho nos bancos atingiu, principalmente, trabalhadores na faixa etária entre 50 a 64 anos, com fechamento de 15.101 postos de trabalho. Esse dado é indicativo do resultado dos PADV, anunciados em julho pela Caixa e pelo Bradesco por se destinarem a bancários aposentados ou em vias de se aposentar. Os bancários mais jovens - faixa etária entre 18 a 24 anos – representam a maioria dos postos de trabalho criados (7.317 postos).

Desigualdade entre Homens e Mulheres

As 11.412 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e novembro de 2017 receberam, em média, R$ 3.460,78. Esse valor correspondeu a 71,8% da remuneração média auferida pelos 11.763 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 21.071 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 6.525,09, o que representou 76,9% da remuneração média dos 19.815 homens desligados dos bancos no período.

 

Fonte: Contraf-CUT