Maio 05, 2025
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Na terceira rodada de negociação específica entre os representantes dos empregados com a Caixa Econômica Federal, realizada na quinta-feira (26), em Brasília, o banco reafirmou que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) será utilizada como parâmetro para as decisões em relação ao Saúde Caixa, tanto durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2018 quanto na mesa específica de negociações. Nesta terceira rodada de negociações, além do Saúde Caixa, foram debatidas questões referente à Funcef (fundo de previdência dos empregados).

“O Saúde Caixa é resultado de negociação entre os trabalhadores e o banco e não pode ser destruído por um decreto editado por um governo ilegítimo, a pedido de banqueiros e dos planos privados. Os trabalhadores contribuem com o Saúde Caixa e esperam ter seu direito à saúde garantido, assim como os aposentados, que contribuíram a vida inteira tanto para o crescimento da Caixa quanto para o plano de saúde e, por isso, devem ter seus direitos assegurados”, afirmou Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Para os representantes dos trabalhadores essa determinação do governo onera o associado do Saúde Caixa, quebra o princípio de solidariedade, excluem aposentados, impõem períodos de carências e permitem cobrança de franquias, acabando com a cobrança de mensalidade única por família, trazendo novas restrições para dependentes, vetando a oferta do plano em novos concursos e proibindo a entrada de novos associados.

A secretária de Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, ressaltou ainda que a negociação coletiva é assegurada na Constituição e também na legislação trabalhista. “Dessa forma, os limites postos pela CGPAR são inconstitucionais e ilegais. Além disso, a negociação coletiva dá condições de o trabalhador conquistar direitos acima dos estabelecidos em lei e, por consequência, muito acima das resoluções”, destacou a dirigente.

     > Entenda como as resoluções da CGPAR ameaçam o direito à saúde dos empregados da Caixa

Na mesa, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) reforçou a importância de manter o atual modelo de custeio e cobertura do Saúde Caixa, sob o risco de inviabilizar sua manutenção. Atualmente, o banco responde por 70% das despesas assistenciais, cabendo aos usuários os outros 30%, o que garante a sustentabilidade do plano.

“Os empregados estão mobilizados para reivindicar a garantia do plano de saúde para os aposentados, para o grupo familiar e o princípio de solidariedade, que assegura um teto para a coparticipação e o percentual de 2% de desconto do salário a todos os empregados, independentemente da idade e do tempo de banco. Assim, como a manutenção da assistência à saúde para os novos concursados”, disse a secretária de Cultura da Contraf-CUT. “Na quarta-feira, bancários de todo o país se manifestaram em defesa do Saúde Caixa. Vamos manter as mobilizações para vencer essa intransigência da Caixa e do Governo, que insistem em retirar direitos dos empregados”, completou.

Na quarta-feira (25), véspera da negociação específica que discutiu Saúde Caixa, trabalhadores e movimento sindical deflagraram um Dia Nacional de Luta em Defesa dos Planos de Saúde, não apenas da Caixa, mas também do Banco do Brasil (Cassi), e demais empresas públicas. Foram realizados atos e paralisações em locais de trabalho país afora. O simbolismo desses protestos ficou representado no fato de que muitos empregados foram trabalhar com roupas de cor branca para manifestar seu repúdio às mudanças que o banco e o governo tentar impor aos trabalhadores.

A defesa do Saúde Caixa é uma das reivindicações da pauta específica dos empregados da Caixa na Campanha Nacional Unificada dos Bancários 2018.

Diante da ameaça ao direito à saúde dos trabalhadores de empresas públicas, incluindo os vinculados ao Saúde Caixa, a orientação é para que a mobilização seja intensificada em todo o Brasil em torno da campanha nacional “Saúde Caixa: eu defendo”.

“Nosso Acordo Coletivo de Trabalho assegura o atual modelo de custeio do Saúde Caixa até 31 de agosto. A mobilização e o enfrentamento por parte dos trabalhadores é fundamental para evitar que, após o término da vigência deste acordo, haja perda de direitos”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa, que também e diretor da Região Sudeste da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).

Funcef
Além do Saúde Caixa, as negociações também trataram sobre a Funcef, com base nas resoluções do 34º Conecef, que integram o eixo “Saúde Caixa e Funcef”.

Em relação à Funcef, o banco trouxe argumentos evasivos e também não garantiu reivindicações importantes como a revisão da metodologia de equacionamento do REG/Replan, assim como a instituição de assembleias e consultas para que os associados decidam sobre as questões mais fundamentais dos planos de benefícios.

Ao defender a imediata revisão da metodologia do equacionamento, a Contraf/CUT e a CEE/Caixa avaliaram que o atendimento dessa reivindicação abre espaço para a suspensão de algumas cobranças a mais que estão sendo feitas indevidamente. Esse item busca a saúde financeira da Funcef, ao mesmo tempo que visa ainda uma maior e mais adequada qualidade de vida dos participantes. O entendimento é o de que o endividamento prejudica a todo mundo.

Em resposta a essa reivindicação, a Caixa informou que busca mitigar os efeitos negativos provocados pela atual metodologia de equacionamento. Disse ainda que pretende provocar uma discussão a respeito de uma possível revisão das regras em vigor desse processo.

A falta de rumo e de transparência da atual gestão, os déficits seguidos, as tentativas de infringir os regulamentos dos planos de benefícios e a meta de subjugar a paridade nos planos de equacionamento foram alvos de críticas contundentes por parte dos representantes dos empregados nesta terceira rodada de negociações. Para a Contraf-CUT e para a CEE/Caixa, a solução destes pontos é fundamental e tem a ver com a elaboração de novas políticas de governança e transparência no âmbito da Funcef.

Contencioso
Foi cobrada a responsabilidade da Caixa sobre o contencioso, que é formado pela passivo da dívida trabalhista do banco. EO banco insiste em transferir tal dívida para a Funcef e os administradores do fundo não cobram a dívida da Caixa (saiba mais sobre o contencioso). A reivindicação é para que a Caixa pague integralmente a dívida que gerou o contencioso da Funcef, cuja origem está baseada na relação de emprego entre os empregados e a Caixa. Assim como não se omita de discutir o Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA), que não foi causado pela Funcef. Em 1998, a Caixa implantou o CTVA sem a inclusão dessa rubrica na base de contribuição à Funcef. Como resultado disso, nascia o maior objeto de ações com repercussão previdenciária sobre a Fundação.

A representação nacional dos empregados deixou claro que eventuais mudanças no estatuto da Funcef devem ser amplamente debatidas e aprovadas pelos participantes. Nesse caso, o entendimento é o de que nenhuma alteração estatutária poderá acabar com as eleições entre os participantes para a Diretoria e Conselhos da Fundação, ou retirar os direitos atualmente previstos. “A paridade foi construída na mesa de negociação e não pode esse processo ser mudado unilateralmente”, explicou Dionísio.

Campanha Nacional Unificada 2018
Na Campanha Nacional 2018, as negociações das questões específicas na Caixa ocorrem concomitante aos debates da pauta geral da categoria bancária na mesa única da Fenaban.

A próxima rodada de negociações específicas com a Caixa foi agendada para o dia 2 de agosto, em São Paulo. Estarão em pauta o fim do descomissionamento para empregadas gestantes, a apresentação de dados concretos para debater e avançar nos itens em defesa do Saúde Caixa e a garantia contra a desregulamentação da lei trabalhista, com base no princípio de nenhum direito a menos.

Leia também:
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Fonte: Contraf-CUT

Na quarta reunião de negociação da mesa específica do Banco do Brasil, da Campanha Nacional dos Bancários 2018, os temas tratados foram as cláusulas sociais e sindicais, envolvendo representação dos delegados e dirigentes sindicais.

Nas cláusulas sociais, o banco sinalizou a renovação dos itens já constantes no atual acordo, com promessa de apresentar redação de alguns itens que foram debatidos.

Um dos debates colocados foi de se avançar na cláusula de ausências, acrescentando as madrastas e padrastos. A argumentação da Comissão de Empresa para essa questão é que não se trata apenas de se ter um controle de quem é ou da quantidade de madrastas e padrastos, mas a questão do luto de um ente familiar, mesmo que não constante nos registros de nascimento.

Sobre planos de previdência complementar, o banco informou que está tratando internamente sobre a proposta da minuta de melhoria dos planos de previdência patrocinados pelo banco e também envolvendo os funcionários de bancos incorporados.
O banco adiantou na primeira mesa de negociação a possibilidade de revisão da fórmula PIP (Pontuação Individual do Participante) constante no regulamento da PREVI.

Problemas nos pedidos de férias

Os representantes dos funcionários relataram os problemas que vêm acontecendo nas solicitações de férias, quando as cobranças de adiantamentos vêm antes do crédito. Os funcionários relataram que na prática é como se as pessoas pagassem para tirar férias.

O banco informou que os problemas decorrem da operacionalização do E-Social e que está discutindo internamente uma forma de amenizar os problemas apresentados pelos Sindicatos.

Parcelamento de férias

O banco apresentou a proposta de abrir a possibilidade de parcelamento de férias em três períodos, dentro das regras vigentes na legislação. Para este tema, o BB apresentará uma proposta de redação na mesa de negociação.

Pauta dos funcionários LGBTI

Os representantes dos funcionários debateram com o BB os pontos da pauta de reivindicações dos funcionários LGBTI construída no Congresso dos Funcionários, informando ao banco que a Comissão de Empresa da Contraf-CUT apoia a pauta desses funcionários apresentada diretamente em outras instâncias do BB as ações que vem sendo desenvolvidas para esse público. Ainda, que algumas questões envolvendo o nome social em todos os sistemas de identificação tem apresentado pequenos problemas. O banco informou a existência de normativo específico e vai verificar os problemas. Os representantes do banco falaram que o banco tem apoiado as ações e que o Banco do Brasil foi o primeiro grande banco brasileiro a aderir aos padrões de conduta para empresas, criados pela ONU, Organização das Nações Unidas que contribui para demonstrar a clientes, funcionários e acionistas o apoio a pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo).

Descomissionamento por GDP

O Banco apresentou na mesa a proposta de redução para apenas 1 ciclo avaliatório de GDP o período para descomissionamento decorrente de avaliação funcional. A argumentação do BB é que com 1 ciclo igualaria todos os funcionários com cargos comissionados.

A Comissão de Empresa argumentou com o banco que a proposta traz mais insegurança para os funcionários e pode facilitar as situações de assédio e perseguição. Os funcionários relataram que nas reuniões que os superintendentes vem realizando em todo o país vem sendo abertamente orientado que os gestores devem aumentar o número de anotações na GDP com o objetivo de facilitar os descomissionamentos.

A Comissão de Empresa apresentou ao banco vários argumentos que mostram que a GDP não vem sendo seguida há muito tempo, como por exemplo, ao não observar a média das avaliações e as notas dos pares e subordinados.

Outro argumento apresentado é que ao considerar apenas 1 ciclo o banco aumenta o risco de adoecimento, uma vez que os funcionários correm o risco de adiar inclusive ausências para tratamento de saúde, já que a pressão está mais alta o tempo todo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a reunião não trouxe avanços e uma ainda um proposta de retrocesso, que é a mudança nos tempo para descomissionamentos por desempenho. "Com essa proposta o banco ratifica o fim da GDP segundo os próprios critérios e estudos feitos pela área de gestão de pessoas ao longo dos anos. O que queremos e falamos na reunião é que o banco aplique a GDP da forma como ela é concebida, o que não vem acontecendo. Somos contra essa alteração pois vai facilitar os acertos de conta, as ameaças e as perseguições", disse.  "Sobre os demais itens tratados, esperamos que o banco apresente avanços na próxima reunião, assim como uma proposta econômica que contemple o esforço dos funcionários no último período, completou Wagner Nascimento. 

Fonte: Contraf-CUT

Próximo da realização das duas grandes manifestações agendadas para os dias 10 e 15 de agosto, a Executiva Nacional da CUT, reunida nesta quarta-feira (25), em São Paulo, convocou a militância CUTista para participar dos atos marcados.

No Dia do Basta, 10 de agosto, haverá manifestações por todo Brasil chamada pela CUT e demais centrais sindicais com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.

 “Temos condições de fazer uma grande mobilização no dia 10 para dizer basta ao desemprego, basta de política de preços da Petrobras, com reajustes diários. Basta de retirada de direitos, entre tantas maldades deste governo golpista”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

As plenárias interestaduais da CUT, que estão acontecendo pelo país, visam o fortalecimento da mobilização de trabalhadores e trabalhadoras.

Os sindicalistas CUTistas promovem ainda as plenárias estaduais para potencializar a luta pela retomada de direitos. Nos encontros, além das mobilizações, a CUT está construindo a campanha Lula Livre e lançando a Plataforma da central para as eleições deste ano.

Segundo Vagner Freitas, os sindicatos precisam fazer esse enfrentamento e não permitir a conclusão do golpe jurídico, parlamentar e midiático, elegendo o candidato de Temer (MDB-SP) e do mercado financeiro que querem colocar a política da elite que é contra o trabalhador.

“O candidato da direita também quer acabar com direitos, sucatear as empresas públicas, privatizar a educação e a saúde, entre outros ataques à classe trabalhadora. Esse é o candidato do golpe que atrasou o Brasil e é o candidato de Temer, que além de ilegítimo e golpista, é o mais rejeitado da história”, destacou Vagner.

Para o presidente da CUT, a disputa eleitoral terá um tom de luta de classes.

“A candidatura da direita além de ser da situação, tem apoio do mercado, da base governista e com coalização de partidos do parlamento. O nosso candidato tem o voto do povo, como mostram as pesquisas. Lula já disse que vai revogar todas as medidas de Temer e governar para o trabalhador. Então as opções serão um governo de trabalhador com inclusão social ou com o mercado e os golpistas com exclusão”, afirma.

 “Eles não têm vacina ou um antídoto capaz de enfrentar Lula nas urnas. Tentaram até o fim. Julgaram, condenaram e prenderam tentando tirá-lo da disputa achando que Lula ia sumir nas pesquisas eleitorais, mas ele lidera a intenções de voto mesmo preso político. Essa estratégia foi boa para eles, porque se Lula estivesse solto fazendo as caravanas pelo País, neste momento as pesquisas iam confirmar que ele estaria eleito no primeiro turno”, finalizou o presidente da CUT.

15 de agosto – Registro de candidatura de Lula à presidência

No dia 15 de agosto, dia do prazo para registrar a candidatura de Lula à presidência da República, milhares de pessoas deverão ocupar o Brasil para defender a participação do ex-presidente.

“Lula é candidato e a efetivação desta disputa será feita em 15 de agosto. A direita já tem seu candidato, mas o medo não é do Partido dos Trabalhadores (PT), do Movimento dos Sem Terra e nem da CUT, o medo deles é do Lula”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo ele, a CUT não tem plano B. Lula é o candidato da classe trabalhadora, que saberá demonstrar a sua insatisfação com o momento político nas urnas.

“Temos o melhor candidato e a melhor militância. Nossa tarefa prioritária é vencer a eleição e temos a verdadeira possibilidade da vitória, desde que o nosso time esteja nas ruas acreditando e jogando o tempo todo. O que define a arma que temos é vencer a eleição com um programa de governo transformador, que não deixe dúvidas do por que escolhemos Lula e o que ele vai fazer para trazer de volta a felicidade e a dignidade dos brasileiros e das brasileiras”, afirmou Vagner, que finalizou: “Lula livre, lula Inocente e Lula presidente!”

 

10 de Agosto – Dia do Basta

E para dar um basta aos desmandos do governo ilegítimo de Temer e as medidas de retirada de direitos dos trabalhadores, como a reforma trabalhista, a política de preços dos derivados de petróleo e pelo direito de Lula ser candidato às próximas eleições, a CUT e demais centrais sindicais realizarão o Dia do Basta, em 10 de agosto, com paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o País.

Cada cidade do país terá seu local de realização de atos. Em São Paulo será na Avenida Paulista, na altura do nº1313, em frente à Fiesp, a partir das 10h da manhã.

Fonte: CUT Nacional e editado por Contraf-CUT

O Bradesco teve lucro líquido Recorrente de R$ 10,263 bilhões, no 1º semestre de 2018, com crescimento de 9,7%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 1,2% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) alcançou 18,5%, com aumento de 0,3 pontos percentuais em doze meses. Segundo o banco, o resultado do período foi impulsionado pela performance das receitas de prestação de serviços, pelo resultado das operações com seguros, previdência e capitalização e pela redução nas despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Sociais (Dieese).

“A arrecadação com a prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu mais do que a inflação. Mas, as despesas com pessoal, mesmo contanto os acertos de conta com o grande número de funcionários demitidos no período, reduziram. Isso mostra que os clientes estão sendo triplamente explorados. Tem o atendimento precário devido à falta de funcionários, precisam eles mesmos realizar serviços antes realizados por bancários e ainda têm que pagar taxas com valores reajustados acima da inflação”, observou diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 6,1% em doze meses, totalizando R$ 12,4 bilhões. Já as despesas de pessoal caíram 0,8%, totalizando R$ 9,3 bilhões. O valor arrecadado com prestação de serviços e tarifas é 32,4% maior do que o total das despesas com pessoal.

     > Relembre os resultados do 1º trimestre

Emprego bancário
A holding encerrou o 1º trimestre de 2018 com 97.683 empregados. Uma expressiva redução de 7.460 postos de trabalho em doze meses. O número também reflete os resultados do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), divulgado em julho de 2017 e que, de acordo com o banco, teve 7,4 mil adesões. No período, ainda, foram fechadas 368 agências e 18 postos de atendimento (PA).

“Isso significa que o banco reduziu 7,1% o número de funcionários. É péssimo para quem perde o emprego, mas também não é nada bom para quem fica. O número de clientes atendidos por empregado subiu 13,3%. As demissões geram sobrecarga de trabalho e o consequente adoecimento dos trabalhadores que permanecem no banco”, criticou a dirigente.

Magaly explicou que essas são algumas das questões que estão sendo tratadas na mesa de negociações com a Federação nacional dos Bancos (Fenaban). “Queremos que os bancos apresentem soluções para reduzir o índice de adoecimento da categoria, que é um dos maiores entre toda a classe trabalhadora. Isso passa pelo encerramento das demissões e também por mais contratações”, disse.

Veja a íntegra da análise do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

No Brasil e no mundo, os jovens são os mais afetados pelo desemprego crescente e permanente, faceta da atual crise econômica agravada pelas reformas trabalhistas de caráter neoliberal. Entre os brasileiros na faixa dos 18 aos 24 anos, o número de desempregados chega a 28,1%, de acordo com o IBGE.

Somando-se a isso os cortes em programas de acessoao ensino superior, como o ProUni e o Fies, os jovens têm os seus sonhos de emancipação adiados ou mesmo abortados. Diante desse quadro, buscam saídas na informalidade – que alcança 38% nessa mesma faixa etária –, realizando bicos que garantam a sobrevivência do dia a dia.

"Um dos esforços é mostrar para o jovem o que é trabalho digno e decente, para que ele possa almejar isso", afirma o psicólogo Gabriel di Piero, supervisor de área de juventude da Ação Educativa, que promove a Semana de Formação em Direitos Humanos e Educação Popular

Segundo ele, as políticas públicas para a juventude nos últimos anos têm se concentrado em estratégias que buscam garantir a permanência dos jovens em espaços de ensino, retardando sua entrada no mercado de trabalho para que possam, com melhor formação, não se submeterem a trabalhos precários que proliferam no cenário atual.

Outra alternativa seria fortalecer programas que promovem a organização de empreendimentos autônomos constituídos pelos próprios jovens, como é o caso do Programa de Valorização das Iniciativas Culturais (VAI), criado em 2003 pela prefeitura de São Paulo, e que sofreu também com congelamento de verbas durante a gestão Doria. 

Para a antropóloga Alana Moraes, que pesquisa as novas configurações do trabalho nas ocupações urbanas na periferia de São Paulo, o modelo atual, que desregula as relações de trabalho, aumenta a pressão sobre os jovens porque a eles é atribuída a culpa quando não encontram inserção no mercado. "Com desemprego permanente e vínculos cada vez mais precários, é dito ao jovem que ele precisa ir em busca dessa empregabilidade para se tornar atraente ao mercado. Isso traz consequências devastadoras, como o aumento do suicídio e da depressão em jovens de todo o mundo."

O quadro deve ser mais do que uma crise passageira, com uma nova fase, de acordo com ela, na qual os melhores empregos estariam ligados à carreiras de alta qualificação de setores de ponta do chamado capitalismo cognitivo, em que a mercadoria não é mais o produto, mas sim os fluxos de informação e conhecimento. Do outro lado estarão os trabalhos cada vez mais precários, pagando baixíssimos salários mas ainda assim impondo exigências de formação cada vez maiores, dada a concorrência em função do número elevado de pessoas em busca de uma colocação.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

A intervenção federal no Rio de Janeiro, iniciada em fevereiro, não conseguiu conter a insegurança no estado e ainda provocou o aumento da violência nas favelas e na periferia. A conclusão é da Comissão Popular da Verdade, que divulgou o relatório denunciando a situação de militarização, nesta quarta-feira (25).

O documento aponta o aumento das taxas de letalidade, tiroteios e chacinas em todo o território fluminense, principalmente nas periferias e favelas dos centros urbanos. "Muito próximo às escolas do Campus Maré 2 e a creche na Vila dos Pinheiros registramos mais de 100 marcas de tiros no chão", relata Marcelo Dias, do Movimento Negro Unificado.

O número de tiroteios, por exemplo, cresceu 60% nos meses de intervenção, em relação ao mesmo período do ano passado, somando 4.005 registros em 2018, frente aos 2.503 registros em 2017. "Observa-se também um aumento de 53% nas mortes ocasionadas em ações policiais. Salta de 125 casos para 191 dados", conta a líder comunitária do Jacarezinho, Fabíola Alves.

Segundo o texto publicado, os dados apontam que, após cinco meses de intervenção, o combate à violência não melhorou. As conclusões apontam para o agravamento de uma situação que já era preocupante antes da chegada das forças armadas. "O que nós temos assistido é um aumento da violência, principalmente nas periferias. Às vezes, nas favelas, a gente nem consegue tomar muito conhecimento porque a coisa é escondida", lamenta Dilceia Quintela, integrante da comissão.

A Federação das Organizações de Moradores de Favelas considera que a solução para a violência não passa pela militarização. Já a mãe da vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada em março, prestou solidariedade e lembrou do posicionamento da parlamentar. "Ela falava que não queria que a intervenção fosse nesse nível, ela estava lutando contra isso, para ser de uma maneira clara, mas foi uma vítima", afirma Mônica Cunha.

A Comissão Popular da Verdade tenta, sem sucesso, entregar as conclusões para o interventor e pretende denunciar que o caos na segurança é de responsabilidade do governo Temer. "Esse relatório além de ser encaminhado às comissões do Legislativo para que possam fazer alguma coisa", acrescenta Virgínia Berriel, também integrante da comissão.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

O Brasil tem 27 milhões de desempregados. A reforma trabalhista do pós golpe, aprovada sob o pretexto de ampliar o mercado de trabalho, resultou no inverso: um em cada quatro brasileiros procuram trabalho e não conseguem. Muitos empregados perdem direitos.

Os bancos, exímios apoiadores do golpe, colaboram fortemente para esse cenário que agrava a crise no Brasil. Desde 2016, eliminaram 40 mil postos de trabalho bancário.

Por isso, na quarta rodada de negociação da Campanha 2018, realizada na quarta-feira (25), o Comando Nacional dos Bancários cobrou dos negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) uma garantia para os empregos e a contratação de bancários com todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, independente da remuneração ou escolaridade. E que os novos tipos de contratos previstos pela lei pós-golpe, como intermitente, temporário e terceirizado, só possam ser feitos mediante negociação com os sindicatos.

Os bancos reconheceram esses dados e afirmaram não querer promover demissões ou troca de bancários por empregados precarizados. E falam em “confiança” ao se recusar a colocar isso na Convenção Coletiva de Trabalho.

“Se dizem que não vão contratar intermitentes, temporários, terceirizados, por que não assinam, não colocam na CCT?”, questionou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Cobramos que a Convenção Coletiva tem de valer para todos, inclusive os hipersuficientes (leia mais abaixo) e queremos garantias. Negociação prevê assinatura, é assim que se firma compromissos.”

A dirigente lembrou que o que está acontecendo no Brasil já deu errado em outros países. “Esse tipo de legislação que retira direitos, enfraquece o mercado interno, o sistema previdenciário. Todos perdem para o 1% mais rico ganhar ainda mais”, ressaltou Juvandia.

Os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) e compõem a mesa de negociação, empregam em torno de 90% da categoria. Em 2017 lucraram juntos R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016. No primeiro trimestre deste ano já atingiram R$ 20,6 bi em lucro, 18,7% a mais do que no mesmo período de 2017.

“Esse setor que ganha tanto, deve muito ao Brasil e aos brasileiros. Tem plenas condições de contratar mais bancários e ajudar a reduzir a extrema pobreza que desde o golpe só aumentou no país.”

Nova rodada no dia 1º
O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltam a se reunir em 1º de agosto, em São Paulo, para debater as cláusulas econômicas. Os bancários reivindicam aumento real para salários, vales, auxílios e piso, PLR maior. A categoria cobra ainda respeito à igualdade de oportunidades e de ascensão profissional para todos nos bancos. 

“Lembramos aos negociadores da Fenaban que eles ficaram de apresentar uma proposta final na rodada do dia 1º. Até agora os bancos prometeram analisar a maior parte das reivindicações e queremos respostas efetivas para apresentar aos bancários. Chegou a hora de resolverem se querem mesmo resolver a campanha na mesa de negociação, como disseram na primeira rodada de negociação, em 13 de junho”, lembrou a presidenta da Contraf-CUT.

Principais reivindicações e as respostas dos bancos

CCT para todos
O Comando cobra que a CCT valha para todos os trabalhadores dos bancos, independentemente do nível de escolaridade ou da faixa salarial. Inclusive os hipersuficientes (que têm salários acima de R$ 11.291,60 e nível superior), que representam cerca de 90 mil empregados de bancos públicos e privados, e correm risco de perder direitos da CCT e a PLR. Os bancos não garantiram, mas ficaram de analisar a reivindicação.
Banco de horas
Os representantes dos trabalhadores não querem acordos individuais porque os bancários não têm governabilidade para resolver suas folgas, não podem negar o que é determinado pelas chefias. A lei pós-golpe libera esses acordos individuais e compensação em seis meses. O Comando disse não, explicando que os bancos muitas vezes marcavam a folga em cima da hora. E destacou que se precisa de um ano para compensar, é porque precisa de gente e tem de contratar. Uma nova proposta deve ser apresentada pela Fenaban.
Garantia no emprego e contra dispensa imotivada e em massa
Os bancos se negaram a garantir empregos e cláusula contra as demissões em massa, sob o argumento de que isso pode criar problema, travar a entrada e saída do mercado. O Comando lembrou que metade do setor tem trabalhadores estáveis e que isso nunca quebrou nenhuma empresa.
Garantia da gratificação de função
Os trabalhadores reivindicam que o banco não poderá reduzir ou retirar o valor da gratificação/comissão em quaisquer hipóteses. Mas a Fenaban afirmou que isso promove injustiça. Para os dirigentes sindicais, injustiça é com quem perde a gratificação e esse quadro causa insegurança para todos.
Terceirização e outras formas de contratação pós-golpe
Diante da lei trabalhista do pós-golpe, que liberou a contratação de terceiros e a contratação de empregados por tempo parcial, intermitente ou autônomos, os dirigentes sindicais querem proibir a troca de bancários por trabalhadores precarizados. A Fenaban pediu um crédito de confiança e informou que os bancos não estão terceirizando nem têm planos de fazer isso, ou utilizar esse tipo de contratação, mas não aceitaram colocar isso na CCT. Os dirigentes do Comando Nacional dos Bancários insistiram que se não será feito, pode e deve estar garantido na CCT.
Trabalho em home office
A Fenaban afirma querer avançar neste tema, permitindo um modelo híbrido que mescle uma parte do trabalho em casa e uma parte no banco, para o qual querem apresentar uma proposta. O Comando disse que a proposta deve levar em conta as condições de saúde e que não tenha custo do trabalho para o bancário.
Comissão sobre mudanças tecnológicas
Sobre a criação de uma comissão bipartite para debater, acompanhar e apresentar propostas em razão dos projetos de mudanças tecnológicas e os impactos no emprego bancário, a Fenaban informou que entendeu a mensagem, mas que existe uma preocupação sobre o sigilo das empresas e irá refletir sobre o tema.
Agências digitais
Os trabalhadores reivindicam que os serviços em agências bancárias digitais sejam desempenhados exclusivamente por bancários, visando garantir a qualidade de atendimento e proteção do sigilo bancário. Também querem que sejam respeitadas jornada e pausas para refeição e descanso de forma a proteger a saúde e evitar sobrecarga de trabalho. O Comando cobrou ainda o livre acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades. A solicitação será analisada pela Fenaban, que dará resposta em uma nova rodada de negociação.
Homologação
O ato homologatório deve ser realizado nos sindicatos diante de sua função fiscalizadora da rescisão contratual e do devido pagamento de todos os direitos dos trabalhadores. Os bancos ficaram de analisar para informar se colocam na CCT, mas querem quitação total do contrato de trabalho após a homologação. Os dirigentes sindicais explicaram que a homologação abrange muita gente e que a quitação total depende de cada bancário.

 

 

Fonte: Contraf-CUT

É preciso que o país cobre imposto sobre os lucros e dividendos, defendeu a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, em vídeo exibido na TV 247. Em 2017 foram distribuídos no país quase R$ 80 bilhões de lucros e dividendos sem cobrança de imposto de renda, graças a uma lei de Fernando Henrique Cardoso, sancionada na década de 1990.

“Para o país ter uma tributação mais justa é preciso zerar os impostos dos alimentos”, afirma ainda Ivone Silva ao relacionar as medidas de reforma tributária que poderiam reduzir a carga de impostos sobre os salários dos trabalhadores. Nesse sentido, ela defende também a taxação de grandes fortunas e o recolhimento sobre bens de luxo, como helicópteros e iates, de acordo com o princípio de que quem ganha mais, paga mais.

A reforma é destacada pela presidenta do sindicato em função das eleições deste ano, que terá a carga tributária entre seus temas de debate. “Em 2018 temos a chance de mudar tudo isso, temos uma nova eleição para presidente, deputados federais, governadores, senadores, e temos de eleger pessoas que vão legislar pelos trabalhadores, pelos que ganham menos e não só para os milionários, como tem acontecido”, disse.

No vídeo, Ivone aborda também cinco mitos sobre o tema da tributação no país. Ela refuta a ideia de que se cobra muito imposto de renda, e confronta a alíquota máxima de IR, de 27,5%, com 39,6%, que é quanto se cobra nos Estados Unidos. Ela comenta também sobre carga tributária e impostos sobre latifúndios, que são mínimos, apenas 0,04% de toda a arrecadação do país.

Clique aqui e assista o vídeo: 5 mitos sobre os impostos 

Fonte: CUT Nacional

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com o banco na terça-feira (24) para obter informações sobre Score de Qualidade de Vendas (SQV). O objetivo era entender porque tantos trabalhadores estão sendo penalizados após a implantação do sistema, muitas vezes sem ao menos saber o porquê da punição.

Os trabalhadores também questionaram a transparência e reclamaram dos problemas de saúde que podem ser gerados pelo programa de avaliação de qualidade dos serviços implantado pelo banco, devido à pressão para o cumprimento de metas e pelo risco de demissão.

“Ouvimos as explicações do banco sobre o SQV e questionamos o impacto que ele gera nos programas próprios de remuneração dos funcionários, uma vez que se trata de um programa que analisa a performance dos funcionários.”, disse o Jair Alves, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Segundo o banco, o programa foi implementado para evitar vendas casadas, fraudulentas aos clientes depois de receber diversas reclamações de clientes que alegavam não ter adquirido determinados produtos, mas os terem os valores descontados de suas contas.

Uma central proativa liga para os clientes para confirmar, ou não, o interesse na aquisição do produto, ou serviço. No caso de não confirmação, a venda é cancelada e o funcionário é penalizado e seu nome é adicionado na tabela que aponta as penalizações. Os pontos são mantidos na tabela por 12 meses.

“Vamos orientar os sindicatos a irem até suas bases para confrontar as informações com os funcionários que vivem o dia a dia do trabalho nas agências e são avaliados de acordo com o sistema”, disse Jair.

O dirigente da Contraf-CUT disse que é um avanço um sistema que inibe as vendas casadas, uma luta antiga do movimento sindical, que discorda a prática de “empurrar” produtos para os clientes para atingir as metas abusivas de vendas que os bancários são obrigados a cumprir.

“Mas, queremos saber como vai ficar a questão da remuneração dos funcionários e a pressão dos gestores para que os mesmos cumpram suas metas. Isso pode gerar não apenas a redução dos rendimentos, como também a demissão com a justificativa de não cumprimento de metas”, explicou Jair. “Aí, entramos em outro ponto crítico que é o assédio moral e a pressão pelo cumprimento de metas, que tem levado tantos bancários ao adoecimento”, completou.

Vem ocorrendo demissões devido ao assédio moral no banco, que vem sendo realizado pelos gestores. As visitas às bases também terão a função de apontar quem são esses gestores que cometem assédio moral contra os funcionários.

AGIR
Outra preocupação da COE é com a Ação Gerencial Itaú para Resultados  (AGIR) e as influências do SQV sobre ele. Os resultados da AGIR são utilizados para definir a avaliação de desempenho dos funcionários e, consequentemente, suas remunerações pelos programas próprios de remuneração.

“Aqueles que batem as metas definidas recebem os adicionais destes programas, aqueles que não batem recebem apenas os valores definidos pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.

Metas flutuantes
Outro ponto discutido sobre a AGIR é com relação a alteração das metas durante o período em que as mesmas têm que ser cumpridas e sem o conhecimento, nem o consentimento, dos funcionários. “Isso é mudar a regra do jogo com o mesmo em andamento. Este é um dos motivos pelos quais dizemos que tratam-se de metas abusivas”, criticou Jair.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 5,884 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 27,5% em relação ao mesmo período de 2017, com rentabilidade de 19,3%, alta de 3,4 pontos percentuais em doze meses. No trimestre, o crescimento foi de 5,8%. O lucro obtido nos seis primeiros meses do ano no Brasil representou 26% do lucro global que foi de € 3,752 bilhões (com crescimento de 4,0% em doze meses). Os dados são da análise que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos) Dieese sobre os dados do balanço apresentado pelo banco nesta quarta-feira (25).

     > Santander lucrou R$ 2,859 bilhões no 1º trimestre de 2018

“O banco continua lucrando cada vez mais no Brasil. “Com números expressivos como estes e a unidade brasileira continuando ser a mais lucrativa do grupo espanhol no mundo, o banco tem condições de atender todas as reivindicações de renovação do acordo específico do Santander e também a da Convenção Coletiva de Trabalho, que estão sendo discutidas na mesa de negociações com a Fenaban”, observa o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionário do Santander, Mario Raia.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 12,1% em doze meses, totalizando R$ 8,4 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR subiram 4,3%, atingindo R$ 4,6 bilhões. Com as receitas obtidas por meio de prestação de serviços e tarifas o banco consegue cobrir 183% das despesas com pessoal.

“A falta de reconhecimento da importância dos funcionários para a obtenção destes resultados é gritante. O crescimento das despesas que o banco tem com os trabalhadores representa um terço do crescimento obtido com as receitas de prestação de serviços e tarifas”, observou O dirigente sindical. “E olha que estas receitas são ínfimas perto daquelas que são obtidas com as outras transações financeiras”, completou.

Emprego
“O banco continua demitindo e gerando sobrecarga de trabalho aos seus funcionários. Um banco que lucra tanto quanto o Santander e tem no Brasil sua principal fonte de receitas do mundo não tem desculpa para continuar demitindo funcionários”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT.

     > Não há razão para demissões nos bancos

A holding encerrou o 1º semestre de 2018 com 48.008 empregados no Brasil, com abertura de 1.412 postos de trabalho em relação a junho de 2017, entretanto esse resultado se deve à consolidação dos empregados da tecnologia do banco, antes terceirizados pelas empresas Isban e Produban. Em relação ao 1º trimestre de 2018, o saldo foi de 847 postos fechados. O número de agências cresceu em sete unidades em doze meses.

Veja a íntegra da análise do Dieese.
 

Fonte: Contraf-CUT