Maio 05, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Lucro Líquido Ajustado do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) chegou a R$ 86 milhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 13,2% na comparação com o primeiro semestre de 2017, segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese). A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio – ROE) do banco foi de 12,4%, queda de 0,2 pontos percentuais.

A receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 10,4% no período, totalizando R$ 159 milhões. Por sua vez, as despesas de pessoal caíram 2,8%, atingindo cerca de R$ 176 milhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 89,32%.

O banco encerrou o 1º semestre de 2018 com 2.383 empregados, fechando 99 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2017. O número de agências se reduziu em 6 unidades, mas, 65 outros postos de atendimento foram abertos no período, perfazendo um total de 125 agências e uma rede de atendimento com 849 pontos.

A Carteira de Crédito Ampliada do banco apresentou alta de 10,6% em doze meses, atingindo R$ 5,7 bilhões. Os destaques da carteira no período foram empréstimos (10,9%) e financiamento imobiliário (15%). A carteira comercial atingiu R$ 4,0 bilhões, com elevação de 7,1%. Desse total, 60% pertencem ao segmento pessoa física e 40% pessoa jurídica, sendo 80% desta última voltada para pequenas e médias empresas, enquanto 20% dos recursos estão alocados no segmento de grandes empresas. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,4 pontos percentuais no período, ficando em 2,6%. As despesas com PDD foram reduzidas em 6,7%, totalizando R$ 69 milhões.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Banestes. Para ler a íntegra da análise do Dieese, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de todo o país se uniram as demais categorias para realizar o Dia do Basta, nesta sexta-feira (10). A categoria bancária foi às ruas para dialogar com a população e entregou panfletos informativos sobre os ataques que o governo Temer está promovendo contra a classe trabalhadora e a democracia. Algumas agências bancárias tiveram as suas atividades paralisadas até às 12h.  

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) parabenizou o engajamento da categoria bancária nas mobilizações. “Quero parabenizar os bancários de todo Brasil pela massiva participação no dia do Basta! Por lutarem contra o desemprego, contra a retirada de direitos, contra o desmonte das empresas públicas, contra o aumento dos combustíveis e também pelo recado aos banqueiros que não aceitaremos nenhum direito a menos”, afirmou.

A data, que contou com a participação da Contraf-CUT, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), demais centrais sindicais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, foi marcada por atos e paralisações em protesto contra o desemprego, os preços abusivos do gás de cozinha e da gasolina, as privatizações e os retrocessos sociais e trabalhistas.  

Os bancários também pressionaram a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por melhores propostas na negociação marcada para o próximo dia 17.  A Campanha Nacional dos Bancários 2018 reivindica a reposição da inflação para salários e demais verbas, e a garantias contra as novas formas de contratação precárias da reforma trabalhista.

De acordo com Juvandia Moreira, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, o Dia do Basta faz parte do calendário da Campanha Nacional da categoria. “Esse dia de protestos nos prepara para negociação que vai acontecer no dia 17. O que os bancários disseram no Brasil todo nas assembleias, realizadas no dia 8, é que não vamos aceitar nenhum direito a menos e que queremos aumento real e melhorar a participação nos lucros e resultados", finalizou. 

Clique aqui e veja como foi o Dia do Basta em todo o país. 

Veja como foram as atividades em alguns estados:

> Bancários de São Paulo param contra retrocessos e proposta da Fenaban

> Bancários do Rio de Janeiro fazem paralisação para pressionar Fenaban e protestar contra Temer

> Bancários de Porto Alegre realizam Dia do Basta

> Bancários dizem basta à retirada de direitos com grande mobilização em Belo Horizonte

 

Fonte: Contraf-CUT

Basta de desemprego, de preços abusivos do gás de cozinha e gasolina, basta de privatizações, de retrocessos sociais e trabalhistas, basta de arrocho salarial e de desmandos! É o que exigiram trabalhadoras e trabalhadores em todo o país desde a madrugada desta sexta-feira (10), no Dia Nacional do Basta, com paralisações, atrasos de turnos, panfletagens, diálogo com a população e atos em diversas capitais.

Em algumas cidades, como Sorocaba, no interior de São Paulo, Natal, no Rio Grande do Norte, e Feira de Santana, na Bahia, os rodoviários não saíram das garagens nesta manhã. Os trabalhadores e trabalhadoras das empresas Rosa, São João e Lira aderiram ao Dia do Basta e a paralisação atingiu 44 cidades da região de Sorocaba.

Em Natal, motoristas e cobradores de ônibus urbanos e intermunicipais paralisaram as atividades por duas horas em protesto contra a onda de retrocessos que ataca os direitos da classe trabalhadora desde o golpe de 2016 e para reivindicar dos patrões o aumento no valor do vale-alimentação.

Os metalúrgicos do ABC Paulista realizaram assembleia nos locais de trabalho às 5h da manhã e atrasaram a entrada nas fábricas. Em seguida, mais de 12 ônibus saíram da região rumo ao ato unificado na Avenida Paulista, em frente à sede da Fiesp, para se juntar aos bancários, servidores municipais, estaduais e federais, trabalhadores da saúde, entre outras categorias que se concentram na capital paulista para um grande ato neste Dia do Basta.

Na Bahia, o dia também começou cedo. Foram realizadas, por volta das 5h da manhã, assembleias nos locais de trabalho para dialogar com os trabalhadores sobre a importância da luta contra os ataques aos direitos sociais e trabalhistas.

Trabalhadores das fábricas, lojas e refinarias da Petrobras, onde as mobilizações foram fortes, se concentraram no centro de Salvador para uma caminhada que começou no Mercado Modelo e seguiu pela Rua do Comércio, onde tudo ficou fechado.

PERNAMBUCO
Em Pernambuco, os petroleiros e petroleiras fizeram uma manifestação em frente à Refinaria Abreu e Lima e à Transpetro Suape. Diversas rodovias foram fechadas no estado pelos movimentos populares, entre elas, a BR 232, na altura do Parque Aquático, em Moreno, e na altura da BR 232 Vitória – Galileia; BR 408 Nazaré - Mata Norte e Lourenço.

Em Recife, os servidores decidiram parar as atividades e estão fechadas as agência do INSS do Pina, Moreno, Areias, Casa Amarela, Afogados. Agências dos municípios do Cabo e Paulista também estão paradas.

Em São Bento do Una, no interior do estado, os servidores da educação estão totalmente parados e os servidores da saúde paralisaram parcialmente as atividades nesta sexta-feira. A cidade foi tomada por cavaletes e faixas contra os retrocessos.

PARANÁ
No Paraná, as agências bancárias amanheceram paralisadas em Curitiba, Londrina, Cornélio Procópio, Apucarana, Arapoti, Umuarama, Guarapuava, Toledo, Campo Mourão e Paranavaí.

Em Araucária, os petroleiros e petroleiras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas realizaram uma assembleia nesta manhã e atrasaram a entrada do primeiro turno em duas horas, contra a privatização da Petrobras e os preços abusivos dos combustíveis e gás de cozinha.

Na capital paranaense, os trabalhadores também realizaram manifestação em frente à Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).

RIO DE JANEIRO
No Rio de Janeiro, a categoria petroleira paralisou as atividades nesta manhã, por volta das 6h, na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e na base da Petrobras de Imbetiba, em Macaé.

As agências bancárias permanecerão fechadas até 12h no centro do Rio de Janeiro. Agências da Caixa Econômica Federal também ficaram fechadas nesta manhã em Teresópolis e no bairro Aterrado, no Sul Fluminense. Em Angra dos Reis, os portuários realizaram panfletagem pela manhã.

CEARÁ
Em Fortaleza, no Ceará, houve uma caminhada pelas ruas do centro na luta por um Brasil com mais empregos, sem desmontes, sem privatizações, com mais cidadania e pelo direito do ex-presidente Lula ser candidato nas eleições deste ano.

BAHIA
Na Bahia, além da caminhada e do fechamento do comércio na região central de Salvador, os químicos do Polo Petroquímico, em Camaçari, paralisaram as atividades nesta manhã. Os trabalhadores também cruzaram os braços pela manhã na Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), em Salvador.

Em Feira de Santana, bancários, que estão em campanha salarial e podem deflagrar greve em setembro, aderiram às paralisações do Dia do Basta e as agências só abrirão às 12h.

PARÁ
No Pará, mais de 3 mil pessoas, entre bancários, professores, trabalhadores rurais, dos Correios e estudantes, realizaram um ato público em frente ao Banco da Amazônia nesta sexta-feira (10).

MARANHÃO
No Maranhão, houve concentração em frente a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para dialogar com a população e exigir um basta às mazelas que o governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP) está promovendo no país.

SANTA CATARINA
Em Santa Catarina, nos municípios de Jaraguá do Sul e Guaramirim, a mobilização começou às 7h com panfletagens e assembleias nos locais de trabalho. Em São Bento do Sul, a panfletagem também iniciou cedo nas portas de fábrica, com a participação de mais de 1.400 trabalhadores e trabalhadoras.

Em Florianópolis, na capital catarinense, as atividades começaram cedo na Praça XV, com o fechamento das agências bancárias, que ficaram paradas das 8h30 às 12h. Além disso, ocorreram panfletagens no comércio e no centro para chamar a população para o ato do Dia do Basta, que acontecerá a partir das 15h, na Udesc.

Panfletagens também ocorreram em Criciúma, Joinville, Nova Erechim, Blumenau, Apiúna, Lages, Curitibanos, Xanxerê, Concórdia e Chapecó.

ESPÍRITO SANTO
Em Vitória, uma carretada percorreu as ruas da capital na manhã desta sexta-feira. Os portuários também aderiram às mobilizações e realizaram assembleias, panfletagens e diálogo com a população.

RIO GRANDE DO SUL
No Rio Grande do Sul, agências bancárias do centro da cidade ficaram fechadas até às 11h da manhã. Por volta das 7h, diversas categorias como bancários, professores e servidores públicos estaduais e municipais, com apoio de todas as centrais sindicais, se concentraram diante da Federação do Comércio (Fecomércio), no centro da cidade, onde realizaram um ato com caminhada em defesa dos direitos dos trabalhadores.

SÃO PAULO
Em São Paulo, além do ato na Avenida Paulista, que reuniu diversas categorias para exigir um basta de retrocessos e retirada de direitos, teve assembleia em várias cidades da grande São Paulo e do interior.

No ABC paulista, além da mobilização dos metalúrgicos, teve atraso de turno nas empresas do ramo químico. Em Diadema, a paralisação foi na Sanko. Já em Mauá, o protesto dos trabalhadores ocorreu na Refinaria de Capuava. Petroleiros também realizaram assembleia com atraso de turno na Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo.

Os eletricitários da base do Sinergia-CUT realizaram assembleias e atrasos de turno em Campinas, Bragança Paulista, Tatuí, São João da Boa Vista, São Carlos, na Cesp de Porto Primavera, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e São José do Rio Pardo.

Em Taubaté, no distrito de Piracangagua, metalúrgicos, químicos, trabalhadores da refeição coletiva e condutores também aderiram às mobilizações do Dia do Basta.

Fonte: CUT, com edições da Contraf-CUT

Basta de desemprego, basta de privatizações, de retrocessos sociais e trabalhistas, basta de arrocho salarial e de desmandos! É o que exigiram bancárias e bancários na Baixada Fluminense, que percorreram diversas agências em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, e em todo o país desta sexta-feira (10), no "Dia Nacional do Basta", com paralisações, atrasos de turnos, panfletagens, diálogo com a população e atos em diversas capitais.

“Sem os bancos públicos, políticas habitacionais para a baixa renda deixarão de existir”. A declaração, taxativa, é de Miguel Lobato, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado que discutiu o desmonte dessas instituições. Na opinião dele, a própria ameaça de pulverizar os recursos do FGTS no sistema financeiro pode acabar com o investimento em moradia para os mais carentes. “O Ministério da Cidades não vai conseguir pagar nem o que já foi contratado e que já está em obras, quanto mais realizar novos investimentos”, criticou.

Ao detalhar a participação da Caixa no total de financiamentos habitacionais e de saneamento, Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, salientou a importância de ocupar todos os espaços para esclarecer a sociedade brasileira sobre o papel dos bancos públicos no desenvolvimento do país. “As pessoas precisam saber que o desmonte dessas instituições significa retirar a grande ferramenta de financiamento habitacional e de saneamento, de políticas sociais fundamentais para movimentar a economia do país”, salientou. Cerca de 56% da carteira de crédito habitacional vem de recursos do FGTS, um patrimônio do trabalhador que está sob a mira do sistema financeiro. Recentemente, a Fenae obteve uma vitória no STF, uma liminar em ação que impede a privatização de empresas públicas sem o aval do Legislativo.

Sérgio Takemoto, vice-presidente da Fenae, lembrou que nos últimos anos os bancos públicos passaram a ter importância vital para a implementação de políticas de governo e que o fechamento de agências, as demissões e os ataques à sua eficiência são estratégias para justificar o discurso de desmonte e atender ao mercado financeiro. Ele acredita que só a mobilização da sociedade pode mudar esse quadro, além da eleição de um Congresso Nacional comprometido com as causas dos trabalhadores.

“Estamos em nossa campanha salarial e um dos pontos de pauta é a defesa das empresas pública. Espaços de debate como esses são fundamentais para que o povo entenda os prejuízos que podem vir. Então, a saída é dialogar com a população e eleger representantes comprometidos com a agenda dos trabalhadores. É uma tarefa difícil, mas gostaria de citar Santo Agostinho: a esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”, afirmou Takemoto.

Para Kleytton Guimarães, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, os bancos públicos são instituições que possibilitam a promoção do desenvolvimento social, estimulam a concorrência e são indutores da atividade econômica. “Nós estamos vendo o retorno de uma agenda neoliberal, em que a fragilização das instituições públicas e os ataques às imagens dessas empresas são formas de suprimir sua importância”, ressaltou. Já Rita Josina Feitosa da Silva, presidente da Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (BNB), ressaltou que os bancos públicos não podem ser regulados exclusivamente com regras do sistema capitalista e que devem levar em consideração as necessidades das populações que atendem.

Ao finalizar a audiência, a presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI), denunciou que o governo Temer está promovendo um verdadeiro desmonte dos bancos públicos e de políticas públicas. “Fechamento de agências, de postos de trabalho, tem levado pessoas a percorrerem mais de 150 quilômetros para receberem benefícios, para usarem um banco. Isso é inaceitável”, sentenciou.

Fonte: Fenae

O Banco do Brasil obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 6,3 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 21,4% em doze meses e 7,1% no trimestre. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) do banco ficou em 13,3%, com alta de 0,9 pontos percentuais.

Segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no relatório do banco, o resultado foi impactado principalmente pelo aumento das rendas de tarifas e redução da despesa com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD) no período.

“Após a ascensão de Temer à Presidência da República, o Banco do Brasil passou a atuar como um banco privado, que pensa mais no lucro do que em seus funcionários e clientes. Cobra tarifas altas pelos serviços, que muitas vezes é realizado pelo próprio cliente, e promoveu uma grande redução em seu quadro de pessoal, prejudicando o atendimento e sobrecarregando ainda mais os funcionários que permaneceram no banco”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 5,5% no período, totalizando R$ 13,3 bilhões. Estas receitas são secundárias e respondem apenas por uma pequena parte do total de receitas do banco, mas, mesmo assim, o banco consegue cobrir com esse montante 121,53% do total de despesas de pessoal, considerando a Participação dos Lucros e Resultados (PLR). As despesas de pessoal cresceram apenas 0,4%, atingindo cerca de R$ 11 bilhões. Ou seja, a arrecadação secundária do banco dá para pagar todos os funcionários e ainda sobra muito dinheiro.

holding encerrou o primeiro semestre de 2018 com 97.675 empregados, com fechamento de 1.928 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2017. O número de agências se reduziu em 126 unidades, em virtude do plano de reorganização institucional, que previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento. Contudo, o número de postos de atendimento também foi reduzido. Verifica-se que a rede própria do banco foi reduzida em 1.305 pontos.

“Mesmo sobrecarregados os funcionários se esforçaram e produziram um grande lucro para o banco, suficiente para terem uma boa PLR e permitir que o banco atenda as propostas da Campanha Nacional dos Bancários”, ressaltou o coordenador da CEBB.

Carteira de crédito
A Carteira de Crédito Expandida do banco apresentou queda de 1,5% em doze meses, porém, com crescimento de 1,5% em relação ao 1º trimestre, atingindo R$ 685,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 2,1% em relação ao 1º semestre de 2017 e 2,2% no trimestre, chegando a R$ 189,6 bilhões. As operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 263,4 bilhões, com queda de 5% em doze meses, ficando estável no trimestre. Já as operações com o agronegócio ficaram praticamente estáveis (alta de apenas 0,2% em doze meses) e crescimento foi de 2,1% no trimestre, totalizando R$ 188,6 bilhões (a participação do BB na carteira do Agronegócio no país é de 59,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,77 p.p. no período, ficando em 3,34%. Diante disso, as despesas com PDD foram reduzidas em 19,4%, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Fonte: Contraf-CUT

"A austeridade compromete o futuro das próximas gerações, aumenta a desigualdade social e destitui direitos dos cidadãos", diz trecho do documento Austeridade e retrocesso – impactos sociais da política fiscal no Brasil, divulgado terça-feira (7) na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Resultado de meses de debates sobre temas diversos, o relatório afirma que abrir mão de políticas de transferência de renda "é optar por uma sociedade cada vez mais desigual e segregada, destituindo o acesso da população a direitos sociais básicos". Confira aqui a íntegra do documento.

A situação se agrava com a aprovação da Emenda Constitucional 95, de congelamento de gastos públicos por 20 anos. Uma "regressão social" que pode fazer o gasto passar de 19,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2017, para 12,4% em 2037. 

Segundo os autores do documento, a EC 95 (que começou a tramitar em 2016, como PEC 241) é "um projeto de Estado mínimo no Brasil, absolutamente incompatível com a garantia de direitos sociais e com a Constituição Federal de 1988". Um projeto "especialmente grave para o caso brasileiro, no qual o orçamento social é uma ferramenta fundamental de redução da já escandalosa desigualdade social brasileira em todas as comparações internacionais". Em resumo, "um passo à frente no 'abismo social'".

"O arrocho fiscal imposto pelas políticas de austeridade econômica tem promovido o desmonte de políticas públicas e permitido uma nova agenda do governo, com aumento da influência privada nas decisões estatais e um redirecionamento dos esforços do Estado", diz o documento. "Essa nova postura de política fiscal cumpre a perversa função de reverter os avanços conquistados nas últimas décadas no acesso a bens públicos e na redução da pobreza, assim como a melhora recente no mercado de trabalho e o aumento do poder de barganha dos trabalhadores."

No caso da saúde, por exemplo, políticas de austeridade tendem a piorar o quadro, na medida em que cortam recursos do sistema e reduzem a proteção social. "O resultado é, por exemplo, o aumento da mortalidade infantil, que voltou a crescer em 2017 depois de 26 anos de queda", diz o texto. A EC 95 acaba com as perspectivas de melhora da saúde pública. De acordo com simulação que integra o relatório, os recursos federais destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), até 2036, cairão de 1,7% para 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). E despesas do Ministério da Saúde transferidas a estados, municípios e Distrito Federal cairão em dois terços.

No caso da educação, a emenda "inviabiliza definitivamente o Plano Nacional de Educação", afirma o documento. "E vai contra a última recomendação do Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (CRC) ao Brasil (feita em 2015), que enfatizou a necessidade de 'garantir os recursos para a implementação do PNE, mesmo em tempos de crise'."

Com quase 30 colaboradores, o documento foi coordenado pelos economistas Esther Dweck (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Ana Luíza Matos de Oliveira (Universidade Federal de Minas Gerais) e Pedro Rossi (Universidade Estadual de Campinas). Além de saúde e educação, trata de áreas como seguridade social, meio ambiente, cultura, segurança, moradia, agricultura familiar, reforma agrária, gênero, raça e direitos humanos.

Eles argumentam que a EC 95 "é um projeto de desconstrução do pacto social de 1988 naquilo que ele tem de melhor: a cidadania social", além de um "equívoco macroeconômico". E receitam justamente o caminho oposto.

"O desenvolvimento brasileiro deve passar pela redução das desigualdades e pela ampliação do acesso aos bens e serviços públicos em contexto de aprofundamento democrático", afirmam os autores do documento. "Nesse projeto, a ampliação do gasto social é fundamental como ferramenta de desenvolvimento e para aumentar o impacto redistributivo da politica fiscal. Em um país tão desigual como o Brasil, a garantia de recursos do orçamento público para atender as demandas sociais é fundamental para viabilizar o exercício de direitos e da própria cidadania social." 

Longe de ser uma "necessidade técnica", afirmam, a austeridade é uma "opção política-ideológica". 

 

FONTE: Rede Brasil Atual

De 2012 a 2017 foram registrados 4.269.648 acidentes de trabalho. Um a cada 48 segundos. O total de mortes no período 15.874. Só em São Paulo, foram 3.517 acidentes com mortes. As principais causas são lesões como cortes, lacerações, feridas contusas, esmagamento, fratura, distensão e torção. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, uma plataforma desenvolvida e mantida pelo Ministério Público do Trabalho em Cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT)

O número de acidentes aumenta a cada ano, segundo o coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Geordeci Menezes de Souza. Representante da CUT no colegiado, ele afirma que o Brasil é o país onde mais se morre e mais se acidenta no trabalho. "Pelos dados oficiais, são 750 ocorrências por ano. Mas o número tem de ser multiplicado por três. Ou seja, a gente continua matando muita gente no trabalho”.

Tamanha insegurança, que adoece, incapacita e tira vidas que não têm preço, custa à Previdência Social R$ 74 bilhões por ano só com o pagamento de benefícios. A título de comparação, o orçamento do Ministério da Saúde é de R$ 120 bilhões. Ou seja, além de provocar a queda da receita previdenciária com o desemprego, o subemprego e a informalidade, a "reforma" trabalhista produz despesas para a seguridade social.

E as expectativas não são das melhores. As normas que deveriam garantir a segurança do trabalhador – que nunca foram aplicadas de maneira integral – estão sendo revogadas a partir de 2016. É o caso da Norma Regulamentadora (NR) 12, que em 1978 estabeleceu referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Além de fixar requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, inclusive na sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas.

Se a NR 12 tivesse sido implementada integralmente, não seriam comuns as serras elétrica do tipo fita, como as usadas em açougues, por exemplo. Das mais perigosas entre as máquinas existentes, podem amputar membros com facilidade. E até matar quando se rompem, dependendo da parte atingida pela serra no momento da ruptura. 

Segundo Geordaci, o empresariado nunca cumpriu a NR 12 apesar de nesses anos todos o governo teve de prorrogar diversas vezes os prazos para adequação, além de abrir linhas de crédito para financiar reformas, adaptações e substituições de máquinas. Ao contrário disso, por pressão da ala conservadora do empresariado, ganhou força nas comissões tripartites o lobby de patrões preocupados em aumentar a competitividade sem se preocupar com a integridade, a saúde ou a vida de seus empregados.

"Portarias têm revogado boa parte da NR 12, elogiada internacionalmente, e construída pelo consenso entre governo, patrões e trabalhadores. E aumenta a pressão para alterações na NR 1. Querem matar essa que a 'mãe' de todas as outras NRs. Se mexer nessa, há impactos em todas as demais", afirma o conselheiro do CNS.

Na sua avaliação, o adoecimento e os acidentes tendem a ser mais comuns devido à precarização ampliada por mudanças na legislação trabalhista, que aumentam a pressão e o assédio sobre os trabalhadores. Não é à toa que de cada três acidentes, dois são sofridos por terceirizados.

E também por causa das novas tecnologias, ainda pouco estudadas, como a nanotecnologia. Sedutores do ponto de vista comercial por agregar vantagens, como um para-brisa cujo revestimento espalha rapidamente a água da chuva, dispensando os tradicionais limpadores, produtos feitos a partir de nanomateriais. Ou um artefato em geladeiras que impede o mau cheiro. "O fabricante, no entanto, não esclarece que minúsculas partículas do nitrato de prata, cancerígeno, estão sendo usado dentro da geladeira, podendo contaminar os alimentos, em nome desse diferencial", explica.

Cada vez mais utilizada na indústria, a nanotecnologia é uma incógnita ainda em termos de impactos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente. Por isso o Conselho Nacional de Saúde vem pressionando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a estabelecer protocolos de segurança.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

Os bancários de todo o Brasil rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleias realizadas nesta quarta-feira (8), e aprovaram o calendário de manifestações do Comando Nacional dos Bancários. A categoria se reuniu nas sedes dos sindicatos para avaliar a oferta dos bancos que apenas cobre a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, feita na sexta reunião da mesa única de negociação, realizada na terça-feira (7), em São Paulo.

Os banqueiros também não garantiram que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Além disso, querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

“O recado está dado: bancários querem aumento real e não aceitam perder direitos. Não vão aceitar receber PLR menor, nem ser substituídos por trabalho precarizado,” afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Dia do Basta

Os bancários também votaram pela participação no Dia do Basta, na próxima sexta-feira, 10 de agosto. Aprovaram paralisação parcial. A abertura das agências e dos departamentos bancários será retardada em protesto contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos. O Dia do Basta foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.

“A categoria está unida aos demais trabalhadores na luta contra o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros e também contra a retirada de direitos que vem sendo feita pelos golpistas com a aprovação da nova lei trabalhista que libera a terceirização, com o congelamento dos investimentos em saúde e educação e também para defender os bancos públicos contra as privatizações”, disse a presidenta da Contraf.

Defesa dos bancos públicos
No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília. Estas resoluções determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência à saúde dos trabalhadores; e limita a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de súade dos funcionários pelas empresas públicas. Isso afeta tanto a Cassi (plano de saúde dos funcionários do BB), quanto o Saúde Caixa.

Leia também:

Bancos fazem proposta apenas de reposição da inflação, sem aumento real

Fonte: Contraf-CUT

Por conta de ação do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), o juiz José Roberto da Silva, titular da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho (TRT 14) condenou, na última segunda-feira (6), a Caixa Econômica Federal a pagar, a um empregado que exerce a função de Avaliador de Penhor, a gratificação conhecida como ‘quebra de caixa’, com reflexo em todas as parcelas contratuais (inclusive na PLR), e com efeito retroativo a contar da data em que o empregado começou a atuar na respectiva função.

Essa não é a primeira ação judicial em que o Sindicato exige o pagamento de quebra de caixa aos avaliadores de penhor da Caixa. Já há alguns anos o SEEB-RO luta para que todos os avaliadores de penhor tenham assegurado o direito de receber, em seus salários, a gratificação de quebra de caixa, principalmente porque trabalham lidando com numerário, ficando expostos ao risco de cobrir eventuais diferenças de caixa.

O Sindicato também defende que a gratificação de quebra de caixa é concomitante com a gratificação de função percebida pelo Avaliador de Penhor, por possuírem natureza jurídica diversa, uma vez que a quebra de caixa tem a finalidade de cobrir riscos da recomposição da diferença de caixa, enquanto que a gratificação de função visa a remuneração da função de maior complexidade.

“É fato notório que o avaliador de penhor habitualmente manuseia e controla dinheiro pois, segundo os normativos da instituição financeira, esse profissional realiza a identificação, avaliação e certificação de jóias e gemas, procedendo ao pagamento dos empréstimos concedidos sob penhor e recebimento das prestações/quitação dos mesmos, necessitando, para isso, receber e conferir documentos, assinaturas e impressões digitais, movimentar e controlar numerário, títulos e valores, entre outras atividades que são comuns também ao Caixa. Ora, a quebra de caixa visa minorar o prejuízo do empregado que for responsabilizado por eventuais diferenças de caixa, distinguindo-se da gratificação pagas ao caixa e/ou tesoureiro, as quais visam o pagamento da maior responsabilidade pelo exercício da função e/ou cargo técnico. Portanto, deve ser adotada a parêmia segundo a qual a mesma razão deve justificar o mesmo direito, assegurando ao Avaliador de Penhor o pagamento da verba quebra de caixa, nos termos da norma autônoma citada acima”, menciona o magistrado em sua sentença.

A ação foi conduzida pela advogada Kátia Aparecida Pullig de Oliveira, do Escritório Fonseca & Assis Advogados Associados, que presta assessoria jurídica ao Sindicato.

Fonte: Seeb RO