Maio 05, 2025
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Desde 2003, o lucro dos bancos subiu 159,5% acima da inflação. No mesmo período, com toda luta e mobilização da categoria bancária por direitos e aumento real para salários, PLR, vales e auxílios, o crescimento real da remuneração desde 2004 foi de 20,3% nos salários e 41,6% no piso.

Além disso, somente com o que arrecadam na receita com tarifas, os bancos pagam toda sua folha de pagamento com sobras de quase 80%, ou praticamente outra folha inteira.

Se economizam com os bancários que estão na linha de frente nas agências e departamentos, o mesmo não se dá com os executivos. No Itaú, um diretor chega a ganhar quase 250 vezes mais que um escriturário. No Bradesco, 121 vezes mais; no Santander, 105.

Foi em torno de números como esses que dirigentes sindicais do Brasil todo reuniram-se na sede da Contraf-CUT, nesta terça-feira (31), em preparação para a quinta rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018. A reunião será realizada em São Paulo, nesta quarta (1º).

“São dados que demonstram todo tipo de injustiças com os responsáveis pelos gigantescos resultados do setor há duas décadas e que os bancos têm plenas condições de corrigir, pagando melhores salários, garantindo empregos e respeitando boas condições de trabalho”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. “O aumento real é uma prioridade apontada em pesquisas feitas com a categoria em todo o Brasil. Além disso, vamos cobrar igualdade de oportunidades e de ascensão profissional nas instituições financeiras.”

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Itaú lucrou R$ 12,801 bilhões no 1º semestre de 2018, um crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2017 e queda no trimestre de 0,6%. De acordo com o relatório do banco, “o desempenho no trimestre ocorreu em função da maior margem financeira com clientes e do maior ganho com prestação de serviços, além do menor custo do crédito. Esses efeitos positivos foram compensados por maiores despesas não decorrentes de juros e por menor margem financeira com o mercado”. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 22,0%, com aumento de 0,2 p.p. em doze meses.

A holding encerrou junho de 2018 com 86.144 empregados no país, com abertura de 4.892 novos postos de trabalho em doze meses. Segundo o Banco, a expansão do quadro de funcionários deve-se à aquisição das operações de varejo do Citibank no Brasil (com 2.897 trabalhadores) e as contratações na rede de agências do Banco de Varejo, além da maior contratação na área de tecnologia visando acelerar o processo de transformação digital. No período, o saldo foi de 8 agências físicas e 6 agências digitais abertas (que somaram 160 unidades, em junho de 2018). Entretanto, ao se considerar que 71 agências físicas do Citibank foram incorporadas ao grupo, o saldo, de fato, é de 63 agências físicas fechadas em doze meses.

Clique aqui e veja os destaques do Dieese.

A Carteira de Crédito do banco apresentou crescimento de 6,1% em doze meses, atingindo R$ 623,3 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 8,7% em relação a junho de 2017, chegando a R$ 195,0 bilhões, com destaque para cartão de crédito, que cresceu 17,2% e crédito pessoal, com alta de 9,6%. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) somaram R$ 228,1 bilhões, com queda de 3,0%. A queda no segmento de grandes empresas, excluindo o efeito da variação cambial foi de 3,1%, devido a baixa demanda no segmento. Na América Latina, a carteira de crédito cresceu 20,1%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,5 p.p em doze meses, ficando em, apenas, 3,4% no total, desconsiderando-se a América Latina. Diante disso, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) caíram 28,0%, totalizando R$ 7,5 bilhões.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 8,9% em doze meses, totalizando R$ 18,8 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 5,1%, chegando a R$ 11,3 bilhões. Com isso, a cobertura destas pelas receitas secundárias do banco foi de 166,27% em junho de 2018, com aumento de 5,84 p.p.

Fonte: Contraf-CUT

A "reforma" trabalhista retirou o custeio do movimento sindical e agravou a situação, que já era preocupante, do Dieese, o tradicional instituto de assessoria e análise do mundo do trabalho. Recentemente, sua direção se reuniu para discutir um plano de reestruturação, o que se traduz em diminuição do tamanho, mas também em definição de diretrizes. Um processo "para se pensar à frente", diz o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Dificuldades fazem parte da trajetória da entidade, mas ele acredita que esta seja a mais grave crise de sua história, iniciada em 1955.

"Nos anos 60, o impacto político foi severo, mas o Dieese era pequeno. Hoje, o impacto é em relação a uma equipe grande e uma instituição de presença nacional", avalia Clemente. Para ele, o momento é de "construir resistência em todas as frentes". A receita atual corresponde de 60% a 70% do período 2014/2015. Caiu a arrecadação sindical e houve perda de contratos com órgãos governamentais. A previsão é de que a receita de 2019 seja equivalente a 50% de 2016.

A pesquisa da cesta básica, que era realizada nas 27 capitais, agora é feita em 20. Também diminuiu o número de regiões metropolitanas abrangidas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). A pesquisa original, de São Paulo, iniciada em 1985, está garantida pelo menos para o ano que vem.

O corte atingiu também pessoal e subseções. Segundo o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, de 62 subseções em entidades no ano passado, o número caiu para 50. "Em algumas, o técnico foi demitido. Em outras, o tamanho da subseção foi reduzido, e também o valor do contrato." Desde 2015, mais de 100 funcionários foram dispensados. De 340, ficaram aproximadamente 230.

Caiu ainda o número de sócios, hoje em torno de 670. Em 2017, eram 720. Silvestre lembra que no começo dos anos 2000, esse número chegou a quase 1.200, mas a inadimplência também era alta, em torno de 40%. "Muitas entidades têm nos procurado para reduzir o valor da mensalidade", acrescenta. 

Uma parte da equipe teve atraso nos salários. Desde setembro, foi adotada uma linha de corte de R$ 5 mil – até esse valor, o pagamento é integral. Falta ainda acertar o 13º salário. Um comitê de reestruturação foi organizado, com participantes das seis centrais reconhecidas formalmente, e lançada uma campanha de fortalecimento do Dieese.

Transição

"O que a gente está fazendo é trabalhar nas entidades sindicais para a construção de um fundo para ajudar na reestruturação. Estamos tentando preservar as receitas sindicais e não sindicais", diz Clemente. O momento difícil também leva a planejar o futuro: "Olhar para as transformações que estão ocorrendo no mundo do trabalho, o impacto que a reforma trabalhista traz para o sistema de relações do trabalho".

O Dieese busca estabelecer prioridades, "reorganizar o nosso atendimento sindical para as negociações coletivas, principalmente", além de formar uma rede de atendimento nos estados, dando suporte via internet. Com a preocupação de se manter "na medida em que o próprio movimento sindical vai definindo o seu tamanho". É um período de transição "cujo tamanho ninguém sabe", lembra o diretor técnico. Algumas entidades certamente vão ajudar, mas ele observa que cada uma também está tentando se preservar. 

Fundado no final de 1955, com o objetivo de monitorar as entidades de trabalhadores e fomentar pesquisas próprias, com desconfiança dos índices oficiais, o Dieese acompanhou o crescimento do movimento social nos anos 1980, lembra Silvestre, mas nunca teve um financiamento 100% sindical. Agora, tem um duplo desafio: "Se reorganizar, mas também com capacidade de ajudar o movimento sindical a se repensar". 

Fonte: Rede Brasil Atual

Na rodada de negociação de 12 de julho, os bancos recusaram assinar o pré-acordo de ultratividade, que garantiria a validade dos direitos dos bancários até o final das negociações da Campanha Nacional 2018. A justificativa dos negociadores da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de que, no dia 1º de agosto, um mês antes da data base da categoria (1º de setembro), apresentariam uma proposta final para ser apreciada pelos trabalhadores.

Por isso, na quinta rodada de negociação, desta quarta-feira, os representantes de bancários de todo o Brasil, que compõem o Comando Nacional da categoria, cobram essa proposta final. “Queremos respostas para todas as reivindicações já debatidas de saúde e condições de trabalho, emprego, igualdade de oportunidades, além das cláusulas econômicas que serão tratadas nesta quarta”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando.

Não são poucos os números e indicadores que comprovam a plena capacidade dos bancos de atender às reivindicações da categoria. Em 2017, as cinco maiores instituições financeiras que compõem a mesa de negociação pela Fenaban, lucraram juntas R$ 77,4 bilhões. Um valor astronômico que impressiona ainda mais quando revelado que o montante foi 33,5% maior que no ano anterior.

“Que setor cresceu dessa maneira numa crise da proporção que estamos vivendo no Brasil”, questionou a dirigente. “Isso é resultado do trabalho dos bancários, muitas vezes além do limite para alcançar os resultados perseguidos pelos bancos”, criticou Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT lembra dos mais de 40 mil postos de trabalho extintos pelo setor desde 2016 para citar um outro dado que dá a dimensão do quanto os bancos devem ao Brasil: “eles são responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no Brasil entre 2012 e 2017, mas por 5% dos afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho”, de acordo com levantamento realizado pela Fecomércio.

Outro dado surreal: as famílias brasileiras comprometem a maior parte dos seus gastos com o pagamento de juros aos bancos. Foram R$ 354,8 bilhões transferidos da renda dos trabalhadores para as instituições financeiras em 2017, o que representa 17,9% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação. De acordo com a pesquisa, o montante superou os R$ 291,3 bilhões gastos com alimentação fora de casa, os R$ 154,3 bilhões dos gastos com transporte urbano e os R$ 129,9 bilhões pagos em aluguel.

“Os bancos têm uma dívida imensa com a sociedade brasileira e com seus empregados”, destaca a presidenta da Contraf-CUT. “Os bancários querem aumento real, PLR maior, garantia para seus empregos e direitos e cobram isso com a certeza de que trabalham para um setor que está em totais condições de atender todas essas reivindicações e, mais que isso, contratar mais bancários para prestar um atendimento cada vez melhor para toda a sociedade.”

 

Fonte: Contraf-CUT

O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha foi celebrado neste domingo (29), no Rio de Janeiro, com a Marcha das Mulheres Negras, que ocupou a orla da zona sul da cidade. Nesta quarta edição do ato promovido pelo Fórum Estadual de Mulheres Negras RJ, militantes da causa uniram-se “pela vida do povo negro: mais mulheres negras no poder”, e relembraram a luta antirracial.

Sob cantos de valorização da cultura afro e com cartazes que pediam o fim da violência, as mulheres também homenagearam a vereadora do Psol Marielle Franco e pediram apoio à candidatura da escritora e professora universitária Conceição Evaristo, que pleiteia a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

No último dia (18), a escritora oficializou sua participação por meio de uma carta de autoapresentação, em que declara seu desejo de ocupar a vaga de Nelson Pereira dos Santos, morto em abril. Em apoio a Conceição, o grupo Diálogos Insubmissos criou uma petição online que já ultrapassa 20 mil assinaturas. Se escolhida, a escritora será a primeira mulher negra representada na instituição.

 

FONTE: Rede Brasil Atual

O Brasil vive uma crise profunda já há alguns anos. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 1% em 2017, na primeira alta após dois anos consecutivos de retração.

Falta emprego para 27,7 milhões de brasileiros. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) trimestral, divulgada na quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 13,7 milhões de desempregados, 6,2 milhões de subocupados e 7,8 milhões de pessoas que poderiam trabalhar, mas desistiram porque já não conseguem mais procurar emprego. Assim, a taxa de desemprego/subutilização da força de trabalho ficou em 24,7% no primeiro trimestre de 2018, a maior da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior já registrado pela pesquisa.

Nesse cenário de caos, somente uns poucos ganham, e muito! É o 1% da população para quem nunca há crise. Levantamento da consultoria Economatica aponta que, nos últimos 12 meses até julho, a média do ganho dos acionistas com dividendos e juros sobre capital próprio foi a maior desde 2010.

Por lei, as empresas com ações em bolsa precisam distribuir, no mínimo, 25% do lucro para os acionistas. No entanto, muitas delas, como as de energia e instituições financeiras, distribuem ainda mais. O Itaú Unibanco, por exemplo, paga pelo menos 35% do lucro aos acionistas. E este ano vai pagar ainda mais: um “superdividendo” de 70,6% do lucro anual da instituição em 2017 (R$ 17,6 bilhões) – o maior montante já distribuído em um ano por uma empresa brasileira de capital aberto.

“Os bancos lucram muito. Os acionistas ficam contentes com isso. Mas, e como fica a vida dos bancários? Os principais responsáveis por esse resultado estrondoso, pressionados a cumprir metas abusivas que adoecem e têm custos enormes para a vida desses trabalhadores, de suas famílias e para toda a sociedade”, afirma a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “A mesma sociedade que paga impostos sobre o salário, a renda, sobre cada produto que compra, enquanto uma lei da era FHC permite que esses acionistas não paguem nada sobre essa montanha de dinheiro que recebem”, critica.

“O custo que a sociedade paga pelo alto lucros dos bancos no Brasil é altíssimo, enquanto os poucos milionários se dão bem. Esse não é o sistema financeiro que a gente quer. É preciso promover mudanças para impedir que o lucro deles seja resultado do massacre da sociedade e para que, quem ganha tanto, pague mais impostos e ajude a financiar o crescimento do Brasil, para todos”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os participantes dos fundos de pensão no modelo CD da Fundação Itaú - Unibanco (Iatubanco CD, Fundo Inteligente, etc.), tem até às 23h59 desta terça-feira (31), para optar ou não pela troca do perfil de investimentos dos seus recursos de poupança previdenciária. Hoje os participantes desses fundos podem optar por uma carteira de investimentos mais arrojada, mais agressiva, baseado em um percentual maior investido no mercado de ações, com expectativa de maiores ganhos no futuro, ou optar por perfis de investimentos mais seguros e prudentes de forma a proteger seus recursos de eventuais turbulências econômicas e políticas.

A escolha de um perfil de investimento no caso dos fundos de pensão devem considerar, a propensão e compreensão do participante de "arriscar mais" e ter uma fatia maior de suas reservas em renda variável, mas também o tempo que a pessoa projeta para se aposentar, e, quanto de reservas ainda possui e considerar assim os riscos envolvidos em perfis mais arrojados.

A conselheira Érica Godoy lembra que é uma decisão bastante pessoal, mas que deve ser tomada com bastante cuidado. “O momento é de muitas incertezas. A perspectiva de melhora econômica no curto, médio e longo prazo é bastante duvidosa, na medida em que onde se registra crescimento, este não está ligado a um crescimento sustentável e que beneficie o conjunto da sociedade. A macro economia dá sinais evidentes de caminhar para uma ratoeira e a micro economia vem caminhando na base "estamos nos virando como podemos". Além disso, a economia internacional ainda indica que há muitas incertezas e do ponto de vista econômico geral, verifica-se uma certa paralisia. Esses fenômenos econômicos não são exatamente seguros para um participante de fundo de pensão. Também há a influência política negativa do momento. Além da ilegitimidade do atual "governo" e sua consequente falta de autoridade tanto em termos nacionais como internacionais, as eleições trazem ainda mais incertezas e gera muita insegurança, o que tem levado muitos pequenos investidores e empresários a ter atitude de cautela frente à um cenário muito incerto. Nesse momento, embora seja uma decisão estritamente pessoal, talvez a prudência seja o melhor mecanismo de proteção dos recursos financeiros de quem participa de um fundo de pensão. Proteger os recursos nesses momentos incertos e turbulentos podem ser uma boa opção.”

Para ela, não dá para afirmar que entre o dia de hoje e março de 2019 (quando poderá mudar novamente nosso perfil de investimento na Fundação) que tudo permanecerá ruim e que quem tem parte de seus recursos em renda variável irá perder dinheiro. “Pode ocorrer justamente o contrário, mas em se tratando de reservas de complemento previdenciário, proteger as reservas talvez seja mais importante do que arriscar em perfis mais arrojados. Os participantes podem observar as rentabilidades dos últimos meses em cada perfil, e devem analisar a situação econômica e política do Brasil para os próximos meses e avaliar se é hora de arriscar mais ou agir com prudência. O importante é que cada participante tenha claro que suas reservas na Fundação são reservas voltadas para um complemento previdenciário futuro e avaliar se o melhor nesse momento é proteger essas reservas é um fator de suma importância.”

Os participantes podem acessar o site da Fundação pelo site ou pelo aplicativo e fazer uma avaliação das rentabilidades de cada perfil disponível e combinar isso com a perspectiva econômica e política desse período. Quem optar por alterar seu perfil de investimento agora poderá modificá-lo novamente em março do ano que vem.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander foi acusado de realizar negócios irregulares no mercado cambial. Por esse motivo, o banco terá de desembolsar R$ 3,3 milhões à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para encerrar processo administrativo sancionador (PAS).
De acordo com o processo, a instituição financeira operou com contratos de dólar futuro, que resultaram na transferência de R$ 6,6 milhões para o Banco Santander Central Hispano (Santander Madri), em 2015.
Foram realizadas seis operações para viabilizar a transferência dos recursos. O responsável pelas ordens de negociação era o executivo, Rogério Keiiti Endo. 
Mesmo com tentativas falhas do Santander de tentar reduzir o valor proposto para o pagamento da multa, o banco acabou aceitando a proposta do CVM. 
Além do banco, o Rogério Endo também teve de assinar um termo de compromisso e terá de pagar R$100 mil ao órgão.

Fonte: Contraf-CUT

A cada negociação com a direção da Caixa fica clara que a mobilização dos empregados é fundamental para evitar o retrocesso. A ameaça da vez é sobre a Participação nos Lucros e Resultados. Apesar de garantir na mesa de negociação do dia 20 de junho que vai seguir a regra definida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o banco alegou também que não tem autorização do pagamento da PLR social.

Segundo a direção do banco, o limite da soma da PLR está limitada pelo governo. A regra mencionada seria 25% do que for pago de dividendos no tesouro. Com base nos últmos anos, fica em 6,25 % do lucro liquido.

O posicionamento do banco é baseado na última mudança do estatudo, feita em 2017 pelo Conselho de Administração (CA). Desde então, o pagamento da PLR deve seguir os preceitos legais, o que significa seguir a lei original da Participação nos Lucros e Resultados, promulgada no ano 2000 (lei 10.101). Hoje o pagamento da PLR na Caixa consta do acordo coletivo firmado com os representantes dos trabalhadores, mas como se trata de um cálculo com muitas variáveis, a inclusão dessa cláusula no estatuto impedirá uma efetiva negociação e poderá resultar em controvérsias e perdas para os empregados do banco.

O banco vem buscando cada vez mais a lucratividade ao invés do crescimento do banco, com tarifas e taxas de juros cada vez mais altas. Por outro lado, a gente vê o governo buscando a redução do banco, com a redução das carteiras de crédito, redução das ofertas de crédito à população e com a descapitalização da Caixa e com o corte de direitos dos empregados”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa). “Os empregados devem se mobilizar para resistência que é a única forma de reverter essas medidas do governo.”

Saúde Caixa

Na terceira rodada de negociação específica entre os representantes dos empregados com a Caixa Econômica Federal, realizada na quinta-feira (26), em Brasília, o banco reafirmou que a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) será utilizada como parâmetro para as decisões em relação ao Saúde Caixa, tanto durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2018 quanto na mesa específica de negociações. Nesta terceira rodada de negociações, além do Saúde Caixa, foram debatidas questões referente à Funcef (fundo de previdência dos empregados).

Para os representantes dos trabalhadores essa determinação do governo onera o associado do Saúde Caixa, quebra o princípio de solidariedade, excluem aposentados, impõem períodos de carências e permitem cobrança de franquias, acabando com a cobrança de mensalidade única por família, trazendo novas restrições para dependentes, vetando a oferta do plano em novos concursos e proibindo a entrada de novos associados.

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Fonte: Contraf-CUT

Mesmo depois de o Banco do Brasil ter se recusado a discutir sobre o déficit da Caixa de Assistência aos funcionários (Cassi) na mesa de negociação da Campanha Nacional, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) apresentaram à direção do banco uma proposta de sustentabilidade do plano de saúde na mesa de segunda-feira (23), que teve como pauta as questões de saúde e condições de trabalho. O texto, traz alternativas ao modelo de custeio que a direção do banco vem tentando impor.

“Apresentamos mais uma proposta das entidades sindicais que mostra que há caminhos possíveis para se buscar a sustentabilidade da Cassi sem onerar os menores salários. É preciso ampliar a responsabilidade e o compromisso financeiro do BB, garantindo a proporcionalidade contributiva estatutária, sem retirar direitos nem reduzir a participação dos associados na gestão. Queremos negociar e isso está claro desde a primeira mesa. O banco precisa retomar a mesa de negociação sobre a Cassi”, disse Wagner Nascimento, coordenador da CEBB, órgão que auxilia a Contraf-CUT nas relações com os funcionários e nas negociações com o banco.

Em junho, após a posse da nova diretoria eleita para a Cassi, o banco se retirou da mesa de negociação específica e informou que as discussões passariam a se dar apenas no âmbito interno da Cassi e, desrespeitando o rito negocial, apresentou uma proposta que prevê aumento da coparticipação do associado em exames e consultas; tenta se livrar do dependente cônjuge da ativa que passa para a aposentadoria; tenta criar novas diretorias e implementar o voto de minerva a favor do banco diretamente à diretoria executiva da Cassi.

A governança da Cassi, a partir da proposta do banco, fez uma contraproposta que também retira direitos dos associados. É esta a proposta que o diretor e o conselheiro eleitos querem levar ao corpo social para votação, em um ato de traição aos seus eleitores.

Manutenção dos direitos
A proposta da Contraf-CUT e do movimento sindical vem no sentido de garantias e manutenção de direitos. O documento preserva o princípio da solidariedade, segundo o qual os associados contribuem de forma proporcional ao salário, independentemente da idade ou condição de saúde; defende a manutenção da Cassi sob o comando dos representantes dos associados, sendo gerida de forma paritária; dentre outros pontos.

Quanto à questão financeira, o documento propõe uma receita operacional nova de R$ 862,5 milhões/ano – o que representa R$ 4,3 bilhões entre 2019-23 – para reequilibrar liquidez e margem de solvência, fazer os investimentos necessários e ampliar o modelo assistencial. Esta verba viria de um aditivo ao Memorando de Entendimentos, definindo 1,5% para o corpo social, que corresponderia R$ 345 milhões para os associados ao ano, ou seja, R$ 1,725 bilhão de 2019 a 2023; e 1,5 vezes este valor a ser pago pelo banco, representando R$ 517 milhões ao ano, o que dá R$ 2,587 bilhões no mesmo período. Esta alteração sustenta a mesma metodologia contábil e legal que o banco construiu em 2016, inclusive dentro dos parâmetros da CVM695, e coloca de lado a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que tanto o banco quanto a chapa Mais Cassi querem impor para os associados.

Este remodelo do aporte possibilitaria inclusive o crescimento em 10% ao ano na rede de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), alcançando 300 mil associados em 2023. Além disso, a condição para se reavaliar os sistemas de custeio, gestão e saúde da Cassi como o próprio modelo assistencial com uma cobertura mais robusta em funcionamento, permitirão decisões mais acertadas e com temporalidades mais adequadas a partir de 2024.

Leia o documento na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT